PSDB – ES

Imprensa

“A marca do PT”, por Aécio Neves

ghg_95381-300x200É inconcebível o que o PT tem feito ao Brasil. Sob qualquer ponto de vista –econômico, político, ético–, o que assistimos é a revelação estarrecedora da dimensão do fracasso petista. Que algo ia mal já se sabia havia muito tempo, mas é inacreditável a magnitude do precipício em que fomos jogados.

A combinação letal de sandice econômica, demagogia política e irresponsabilidade gerencial provocou uma derrocada gigantesca que nos custará anos de sacrifício para ser superada. Essa é a verdade, nua e crua.

Vejamos algumas notas tristes das últimas semanas: um milhão de empregos foram eliminados neste ano, a inadimplência atinge mais da metade das empresas brasileiras, 26 dos 27 Estados encontram-se em recessão, o país lidera a fuga de capital entre os países emergentes. A lista de números negativos é enorme.

O governo mentiu ao governar, mentiu para se reeleger, mente agora para se defender. Chega a ser patético o ir e vir de posições oficiais: num dia, o governo nega de pés juntos a existência das famosas pedaladas fiscais; no outro, ao ser condenado por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União, alega que elas foram cometidas para manter os benefícios sociais.

A verdade é que os programas sociais como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida não somaram nem 4% da despesa primária do governo central. O maior volume de pedaladas foi a conta de R$ 50 bilhões de subsídios concedidos e ainda não pagos pelo Tesouro a grandes empresas pelo governo, via bancos públicos.

O PT sempre desprezou a Lei de Responsabilidade Fiscal. O ideário petista não prioriza o equilíbrio das contas públicas com o pretexto do discurso do atendimento aos mais pobres. Falácia. A máscara caiu. São os programas sociais que atendem aos mais vulneráveis, os que mais sentem as consequências dos desatinos cometidos ao longo dos últimos anos. Educação e saúde foram áreas que tiveram grandes cortes. A inflação cresce, e o Bolsa Família não tem reajuste há mais de um ano.

O PT errou grosseiramente nos fundamentos econômicos. E quem paga a conta são os mais pobres.

Infelizmente o governo não tem respostas críveis. A orquestrada verborragia de suas lideranças procura mais uma vez separar o Brasil entre “eles” e “nós”. O discurso da vitimização, de tão usado, já não surte efeito. É impossível salvar o que foi destruído: reputação e confiança.

Não há esteio moral para quem herdou um país arrumado, respeitado, na boa trilha do crescimento, e o coloca agora nesse estado de desequilíbrio, sem credibilidade, à deriva. Com tantas barbeiragens, quem rebaixou o Brasil não foram as agências de risco A ou B. Foi o governo do PT.

 

“O engodo da ‘pátria educadora’”, cartas de conjuntura do ITV

EDUCACAOSíntese: A educação tem sido um dos principais alvos do arrocho fiscal patrocinado pelo PT: mais de R$ 10 bilhões foram cortados do orçamento do MEC neste ano. Todas as antigas vitrines da gestão petista na área foram afetadas – Fies, Pronatec e Ciência sem Fronteiras, além das transferências para municípios em áreas como merenda e transporte escolar. O MEC, que já reduziu seus investimentos em 40% em 2015, é a pasta que mais sofre com o toma-lá-dá-cá: teve seis ministros em quatro anos, comprometendo a qualidade das suas (poucas) políticas públicas. “Pátria educadora” revelou-se mero slogan publicitário e Dilma Rousseff tornou-se a madrasta da educação.

Se a palavra da presidente Dilma Rousseff valesse, a educação deveria ser “a prioridade das prioridades” da atual gestão. Tornou-se, contudo, uma das áreas mais castigadas pelo arrocho fiscal promovido pelo governo do PT. Neste ano, mais de R$ 10 bilhões foram cortados do orçamento do Ministério da Educação (MEC), estilhaçando todas as antigas vitrines do governo petista no setor. A “Pátria Educadora” do lema oficial revelou-se mero slogan, enganoso e vazio. Até as eleições, eram só promessas. As oportunidades de formação superior seriam ampliadas com o Fies e o Ciência sem Fronteiras. O ensino técnico – panaceia para todas as mazelas do país nas memoráveis intervenções de Dilma nos debates presidenciais – seria expandido com o Pronatec e o compromisso de abrir vagas em creches, fundamentais para o desenvolvimento social das crianças, a emancipação e o progresso profissional das mães brasileiras, seria finalmente cumprido. Passado um ano da eleição, não resta pedra sobre pedra. Voltado ao financiamento estudantil, o Fies sofreu severas restrições. As vagas oferecidas caíram pela metade e as condições para acesso se tornaram muito mais rigorosas: os juros praticamente dobraram e os prazos para pagamento dos empréstimos diminuíram. Os subsídios reservados para novos contratos foram reduzidos em 32% e, oficialmente, mais de 400 mil alunos deixaram de ser atendidos pelo programa neste ano. Já o Pronatec, trunfo da campanha eleitoral do PT, minguou. Novas vagas só foram abertas neste segundo semestre, mesmo assim com queda de quase 60% em relação ao ofertado em 2014. Com o aperto fiscal, a promessa de oferecer 12 milhões de novas oportunidades até 2018, repetida quase diariamente por Dilma na campanha à reeleição, já foi reduzida à metade. A mesma falta de verbas levou ao congelamento do Ciência sem Fronteiras. A oferta de novas vagas foi suspensa e a promessa de dobrar as oportunidades para estudantes brasileiros estudarem no exterior, abrindo 100 mil bolsas até 2018, ficou a ver navios. Foi outro compromisso de campanha relegado ao lixo da história pelo PT.

As universidades federais também estão naufragando no atual mandato. Neste ano, o país assistiu a mais longa greve de professores já registrada no ensino superior brasileiro, com 139 dias de duração. O sucateamento é evidente. Sem recursos sequer para pagar serviços de vigilância e limpeza, as instituições federais de ensino superior, que começaram o ano com corte de 30% no orçamento, foram forçadas a adiar aulas e engavetar projetos. Perde a nossa ciência, perdem os estudantes. Entidades educacionais também reclamam que a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) reduziu em 75% os gastos com custeio de programas de pós-graduação. O corte golpeia a pesquisa científica, atrasa ainda mais nossa capenga inovação e solapa a competitividade do país. Em todos estes casos, há um traço comum: o governo inchou os programas educacionais no ano eleitoral para torná-los vistosos na propaganda de Dilma e depois ceifou-os sem dó (ver gráfico abaixo). Tratada com leviandade pelo marketing petista, a educação foi, assim, um dos componentes mais notáveis do estelionato eleitoral perpetrado por Dilma para se reeleger.

Programa voltado a estimular o ensino em tempo integral, o Mais Educação, por exemplo, sofre com atrasos de verbas desde 2014. Pior: aconteceu o inimaginável e, além de não produzir melhorias, a iniciativa acabou resultando na diminuição das notas dos estudantes em matemática, conforme revelou recente estudo da Fundação Itaú Social. Os problemas começam no berço. A expansão de vagas em creches e pré- escolas — que somam hoje déficit de, pelo menos, 3 milhões de vagas — também corre risco de não sair do papel, já que quase 40% do valor limado do orçamento do MEC neste ano seria usado para ampliar a educação infantil. O cumprimento das metas fixadas no Plano Nacional de Educação (PNE) vê-se ameaçado, a começar pela universalização da pré-escola, prevista para 2016, mas ainda à espera de 900 mil novas vagas. A promessa de construir 6 mil creches também se perdeu na megalomania petista.

Prioridade nenhuma Além do arrocho nas verbas educacionais, o descaso imposto pelos governos do PT à melhoria do ensino no país também pode ser mensurado pela transformação do MEC em moeda de troca política. A recente volta de Aloizio Mercadante à pasta dá ao ministério seu sexto comandante em quatro anos e o terceiro ocupante apenas neste ano. É a pasta com mais mudanças desde o início do governo Dilma, o que joga por terra quaisquer políticas de longo prazo na área. Bem gerir, estabelecer (e cumprir) prioridades e aplicar bem o dinheiro público no desenvolvimento do ensino no país está longe de ser prática cultivada pelo PT. Segundo levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas, de cada quatro reais disponíveis para a educação no Orçamento da União durante o primeiro mandato da presidente Dilma, um foi desperdiçado. São recursos que poderiam ter sido gastos na melhoria do ensino, mas, por falha de gestão ou restrição orçamentária, mofaram nos cofres do Tesouro e se perderam. Neste ano, os investimentos do MEC continuam indo ladeira abaixo: conforme dados do Siafi, de janeiro a setembro R$ 4,3 bilhões foram destinados a esta finalidade pelo governo federal, ante R$ 7,3 bilhões no mesmo período de 2014. A redução supera 40%. O descuido com projetos e planejamento é flagrante. Sancionado em 2014 pela presidente Dilma, o PNE estabelece 20 metas para melhorar desde o ensino infantil até a pós-graduação, passando pela formação dos professores e o aumento de recursos para a área. No entanto, até agora nenhuma das estratégias traçadas para este ano foi cumprida. O próprio governo admite que o ritmo do PNE será prejudicado pelo corte de verbas. É desse modo atrapalhado e sem prioridades claras e bem definidas que o ensino vem sendo tratado na “pátria educadora” petista.

Retrocessos por toda parte Sob Dilma, o ensino brasileiro simplesmente pisou no freio. Importante indicador da qualidade das escolas brasileiras, desde 2011 o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) permanece estacionado, com a nota 3,7 (numa escala de 0 a 10) no ensino médio. E 60% das redes públicas do país estão abaixo da meta nos anos finais do fundamental. A qualidade da educação também piorou em 294 redes municipais desde 2009, num retrocesso insuportável para um país com as carências do Brasil. Andamos para trás, ainda, em avaliações internacionais que medem a qualidade da educação. De acordo com o mais recente ranking mundial divulgado pela OCDE, entre 76 países avaliados o Brasil figura apenas na 60ª posição – para piorar, caímos dois degraus desde a avaliação anterior, feita em 2012. Foi também na gestão Dilma que o analfabetismo voltou a subir pela primeira vez em 15 anos, conforme revelado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2013. O Brasil é um gigante que, infelizmente, ainda abriga 13 milhões de analfabetos ─ o que deixa o país, entre 150 nações, num vergonhoso 8° lugar no ranking da ONU que mede a população que não sabe ler nem escrever.

Se as eleições fossem hoje, Luiz Paulo venceria disputa para Prefeitura de Vitória

Luiz-Paulo-Foto-George-Gianni-PSDB-2 (2)A pesquisa Enquet/A Tribuna  divulgada neste domingo (18), aponta Luiz Paulo Vellozo Lucas como o candidato preferido pelos eleitores de Vitória ao cargo de prefeito da Capital. O tucano lidera a disputa e aparece com 32,9% das intenções de voto.

Em todos os cenários propostos pela pesquisa, Luiz Paulo aparece em primeiro lugar. Somente quando seu nome não é colocado na disputa, o atual prefeito aparece na liderança.

 

 

Primeira simulação – Cenário 01

GRÁFICO 1

Segunda e terceira simulação – Cenários 02 e 03

GRÁFICO 2

Os dados são da pesquisa Enquet/A Tribuna, que ouviu 480 eleitores e moradores de Vitória com idade igual ou superior a 16 anos na última terça-feira.  A margem de erro é de 4,5%, para mais ou para menos, em um coeficiente de confiança de 95%. A pesquisa realizou quatro  cenários com os prováveis candidatos na menção estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos ao entrevistado.

 

 

ITV promove debate sobre as alternativas para o setor energético

img_9676O Instituto Teotônio Vilela (ITV) realizou, na sexta-feira (16/10), no Rio de Janeiro, o Seminário “Caminhos para o Brasil – Energia”, com a participação de especialistas do setor e lideranças do PSDB.

O evento, que integra as comemorações dos 20 anos do ITV, contou com palestras do ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zilbersztajn; do presidente do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires; do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales; e do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca. A mediação do debate foi feita pelo presidente do ITV, José Aníbal, e pelo diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Eloi F y Fernández.

”A MP 579 de setembro de 2012 desorganizou totalmente o setor elétrico. A presidente Dilma não aceitou sequer uma emenda das mais de 400 que foram propostas e o resultado está aí. Hoje, os brasileiros estão sofrendo a pior expropriação de renda com as contas de luz, o aumento tangencia 100%, é brutal”, avaliou José Aníbal.

O presidente do ITV, que foi secretário de Energia de São Paulo, constantou: “a conta de luz atual é o retrato mais bem acabado do padrão de governança do PT: um desastre. O Brasil tem que se emancipar dessa arapuca petista”.

Estoque intelectual baixo

David Zilbersztajn avaliou que falta elaboração e ação do governo para transformar o setor energético brasileiro. “O estoque intelectual desse governo é baixíssimo, está no volume morto. É preciso pensar, elaborar. Atualmente não temos absolutamente nada de elaboração para transformação do setor”, afirmou.

O ex-presidente da ANP começou sua palestra falando sobre a modernização do setor produtivo nacional iniciada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a consequente evolução do setor de energia. “Foi a partir do governo do PSDB, com a Lei das Concessões, a flexibilização da lei do petróleo, a incorporação do capital privado, a criação das agências reguladoras com autonomia para tomar decisões que começamos a modernizar o setor”.

O ex-diretor-geral da ANP afirmou também que o Brasil possui milhões de oportunidades, mas nada é feito pelo atual governo. “Não temos política nenhuma de Eficiência Energética por exemplo, geração distribuída, com o centro de produção próximo ao centro de consumo, estamos muito atrasados. É preciso ter leilões de geração distribuída. Em relação à geração elétrica por energias renováveis também se avança muito pouco, como no caso da biomassa, onde temos um enorme potencial e geração baixíssima”.

Zilbersztajn ainda criticou o modelo de partilha e o pensamento atrasado do atual governo. “Modelo de partilha é perfeito para governos autocráticos e ditaduras. Estamos indo no caminho oposto do mundo. Energias renováveis são um grande negócio no mundo inteiro e o governo federal não tem uma política estruturada para estimular a geração por essas fontes. O atraso desse governo impressiona, apostam no petróleo como riqueza maior, enquanto o mundo tenta se livrar dele e busca novas fontes para geração de energia. O petróleo não é o futuro”, finalizou.

Resgate do tripé ‘planejamento-gestão-regulação’

O diretor do CBIE, Adriano Pires, afirmou que para que o setor energético saia da encruzilhada e da desorientação, será preciso resgatar o tripé “planejamento participativo – gestão das estatais – regulação”. “O planejamento para o setor precisa ser participativo, descentralizado, com previsibilidade. Não adianta a discussão ficar somente entre poucos membros do governo. Sem ampliar esse debate, não teremos um setor de energia competitivo”, disse, reafirmando a necessidade, por exemplo, de se garantir mais poder de decisão aos secretários estaduais de Energia. “Políticas descentralizadas são essenciais para fazer crescer a produção de energia intermitente”, completou.

Segundo Pires, a grande crise que temos hoje na Eletrobrás e na Petrobras são causadas pela falta de governança. “Os dirigentes precisam respeitar o Estatuto Social das empresas. Ficam discutindo idéias mirabolantes, mas o fato é que é preciso voltar a ter gestão. Governança significa transparência, significa ter gente de qualidade, significa desaparelhar as empresas”, afirmou.

“Também é preciso resgatar a autonomia das Agências Reguladoras, que foram aparelhadas pelo governo. Hoje o setor elétrico é discutido na Justiça e não, na Aneel, porque a agência não tem capacidade para regular”, disse, reforçando que essa situação acaba afastando o investidor.

Adriano Pires fez um diagnóstico do setor energético brasileiro que, segundo ele, vai aos trancos e barrancos. Ele lembrou que durante a campanha eleitoral de 2014, o candidato tucano, Aécio Neves, ressaltava que havia uma “desorientação energética” que, no entanto, perdura até hoje. “Na área de petróleo, o pais segue sem calendário de leilões, sem política de conteúdo local, sem previsibilidade de preços, sem solução para dívida da Petrobras”, afirmou. “Continuamos sem programa de uso eficiente de energia, sem incentivo a fontes geradoras alternativas, sem plano de construção de dutos de gás natural. E o governo não toma atitudes”, afirmou.

“Precisamos mudar esse quadro. O Brasil é rico em fontes energia, água, vento, sol, no entanto, tem uma das energias mais caras do mundo e todos os anos ficamos discutindo se vai ou não faltar luz”, constatou.

Aumento 50% na conta de luz

Em sua palestra, o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, afirmou que o setor energético no Brasil está “dramaticamente” disfuncional, num cenário de total imprevisibilidade. O resultado, disse, é que em 2015 o consumidor brasileiro, em média, estará convivendo com um aumento na tarifa de energia de 50% em relação a 2014.

Esse aumento, explicou, é a soma de três parcelas: 23,3% da revisão tarifária ocorrida em fevereiro, 16% do efeito da bandeira tarifária e 10% dos reajustes regulares das distribuidoras. “Precisamos também compreender as causas desse aumento. Para o governo, a causa seria apenas a crise hidrológica, mas isso não é verdade. As causas incluem escassez da oferta, crescimento dos encargos e a gestão do setor”, disse.

Segundo ele, dois fatores contribuem para a escassez da oferta: a questão hidrológica e os inúmeros atrasos na entrada em operação de usinas e linhas de transmissão. “Quando está previsto que uma usina entre em operação e isso não acontece, são os consumidores que pagam o preço, o ônus do atraso”, disse.

Sobre os encargos, Sales explicou que anualmente, a Aneel faz uma estimativa dos gastos com a Conta do Desenvolvimento Energético (CDE), que ficam sempre na ordem dos 25 bilhões. Para cobri-los, existem as fontes de recursos da CDE, como multas, tarifas para custear os programas e recursos do Tesouro. Em 2014, os custos da CDE cobrados na conta de luz totalizaram R$ 1,7 bilhão. Em 2015, foram de R$ 18,4 bilhões – aumento de 1050%, ou 35% da CDE.

“Quanto aos erros de gestão, o governo supôs que conseguiria impor a renovação voluntária dos contratos de concessão das geradoras. É óbvio que isso não aconteceu, levando também a essa disfuncionalidade”, disse.

“No que diz respeito ao setor energético, estamos perto do caos. A distribuição está ameaçada, pois de cada R$ 100 que pagamos na conta de luz, apenas 14% vão para a distribuidora. Na transmissão é outro drama, com leilões vazios a todo tempo. Na geração, o operador está fora da ordem de mérito do setor. Os números dos rombo são gigantescos. O setor está na UTI e não há solução mágica”, diagnosticou.

Sales destacou ainda que, em 2001, quando houve racionamento de energia, a situação era outra e a condução da situação foi bastante eficiente. “Hoje o drama é equivalente ou maior, mas sem as lideranças políticas e econômicas para resolvê-lo. É preciso mudar a perspectiva a longo prazo, melhorando a gestão de risco, desenhando uma nova arquitetura de mercado”, concluiu.

Descompasso no setor de petróleo e gás

O presidente do IBP, João Carlos de Luca, criticou o modelo de partilha do pré-sal adotado pelos governos do PT e afirmou que é preciso liberar a Petrobras da obrigatoriedade de ser operadora única dos blocos.

“Não fomos inteligentes o suficiente para gerenciar o pré-sal. O modelo de partilha não deu certo. A Petrobras não pode ser obrigada por lei a operar todos os blocos do pré-sal. Ela tem 20 bilhões de barris que é obrigada a desenvolver e não consegue. Até quando vamos ficar reféns disso?”, questionou De Luca.

O presidente do IBP também falou sobre os desdobramentos da crise que afeta todo o Brasil e consequentemente o setor de Petróleo e Gás. “A indústria está com um hiato enorme, nada acontece. O Brasil atualmente afugenta os investidores. É preciso um mínimo de regulação para atraí-los novamente. O setor está travado por conta desse descompasso no modelo de partilha. Temos que contar com um lampejo do Congresso para tirar a obrigação da Petrobras de ter 30% na operação dos blocos do pré-sal”, concluiu.

Criminalização do debate

O presidente do ITV, José Aníbal, afirmou que o propósito dos seminários que o ITV está promovendo é debater e atualizar os programas do PSDB. Segundo ele, o “vale tudo” pelo poder do PT é um método de governo atrasado e autocrático. “Criminalizam o debate, insistem no nós e eles. Em uma democracia, esse tipo de ação é um retrocesso absoluto.”

O diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Eloi F y Fernández, avaliou que alguns conceitos originais referentes às questões de energia precisam ser desmistificados. Segundo ele, alguns partidos e setores da sociedade se apropriam desses conceitos como se fossem seus, enquanto são, na verdade, conceitos universais.

“Todos são a favor, por exemplo, da garantia de abastecimento e da modicidade tarifária. Interessa agora discutir como essas questões devem ser estruturadas”, disse. “Além da garantia do abastecimento, precisamos de um abastecimento com qualidade. Quanto à modicidade, precisamos garantir que ela seja sustentável. Precisamos sair da política do óbvio e traçar políticas de energia consistentes”, concluiu.

O presidente do PSDB-RJ, deputado Otávio Leite, demonstrou preocupação com a constante disseminação da idéia de que o PSDB pretende privatizar a Petrobras. Segundo ele, essa prática se tornou uma “bandeira do PT” desde as eleições presidenciais de 2002, mas precisa ser combatida. “Na verdade, quem está privatizando a Petrobras em vários pontos, a preço de banana, é o PT”, destacando ainda a profundidade dos debate promovido pelo ITV.

 

Vice-governador debate crise hídrica em Nova Venécia e São Mateus

CCO vice-governador César Colnago participou de duas audiências públicas sobre o tema nos municípios de Nova Venécia e São Mateus. Nos encontros estavam presentes lideranças comunitárias, religiosas, produtores rurais, comerciantes e parlamentares.
Prioridade na pauta do Governo do Estado, o enfrentamento da escassez de água que atinge o Espirito Santo é tema de uma extensa agenda que percorre os municípios mais prejudicados pela seca.

Representantes de comunidades e técnicos apresentaram situação de localidades que sofrem com plantações devastadas, morte de animais e secagem de rios e córregos.

Colnago defendeu a busca de alternativas para os principais problemas e garantiu que esse assunto não sairá da agenda prioritária do Governo.  “A crise é passageira, mas esse problema é cíclico. Por isso é uma pauta constante do Governo. Estamos com ações de curto, médio e longo prazo para produzir, reservar e usar a água de forma racional e econômica. Vamos investir no que for preciso com recursos próprios ou financiamentos e contamos com a colaboração de todos. Vamos caminhar juntos para chegar longe”, afirmou.

Em nova Venécia a audiência pública foi realizada na Câmara Municipal.  Já em São Mateus, o encontro aconteceu na Faculdade Vale do Cricaré.

Assessoria de imprensa Vice-governadoria

 

“Conta de luz dos brasileiros é o retrato mais bem acabado do padrão de governança do PT: um desastre”

mg_9731O presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), José Aníbal, afirmou durante o seminário “Caminhos para o Brasil – Energia” realizado nesta sexta-feira, 16, no Rio de Janeiro, que o Brasil precisa romper a lógica petista do “nós contra eles” e “descriminalizar o debate”.

“O propósito dos seminários que o ITV está promovendo é debater e atualizar os programas do PSDB”, complementou.

Aníbal, que foi secretário de Energia do Estado de São Paulo entre 2011 e 2014, falou que o PT não tem política para o setor energético, desdenha das boas propostas e faz “tudo por impulso e de forma autoritária”.

”A MP 579 de setembro de 2012 desorganizou totalmente o setor elétrico. A presidente Dilma não aceitou sequer uma emenda das mais de 400 que foram propostas e o resultado está aí. Hoje, os brasileiros estão sofrendo a pior expropriação de renda com as contas de luz, o aumento tangencia 100%, é brutal.”

O presidente do ITV criticou ainda o padrão petista de gestão, onde os fins justificam os meios. “O vale tudo pelo poder do PT é um método de governo atrasado e autocrático. Criminalizam o debate, insistem no nós e eles. Em uma democracia, esse tipo de ação é um retrocesso absoluto.”

Já no encerramento do Seminário, José Aníbal constatou: “a conta de luz atual é o retrato mais bem acabado do padrão de governança do PT: um desastre. O Brasil tem que se emancipar dessa arapuca petista”.

 

Max Filho acredita em novos apoios à investigação de Cunha

maxfilhobsbO deputado Max Filho, primeiro parlamentar do PSDB a apoiar a abertura de processo para apurar suposta quebra de decoro parlamentar pelo deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, acredita que outros integrantes do partido vão assinar  a representação.
Eduardo Cunha é acusado pelo Ministério Público Federal de manter contas bancárias na Suíça, com dinheiro oriundo da corrupção, embora tenha negado em depoimento à CPI da Petrobras.

Se confirmadas as acusações, o processo no Conselho de Ética da Câmara pode levar à cassação do mandato de Eduardo Cunha. Para o Ministério Público, há indícios suficientes de que o dinheiro depositado em contas de Cunha e seus familiares é produto de crime. Em documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público pediu o bloqueio do dinheiro encontrado nas contas bancárias.

No Conselho de Ética da Câmara, o pedido de cassação do mandato de Eduardo Cunha foi protocolado na última terça-feira. Até o final da próxima semana, o conselho deve se reunir para decidir se abre ou não o processo.

Assessoria de imprensa deputado federal Max Filho

Vereadora Neuzinha ouve comunidades e propõe mudanças no Integra Vitória

neuzinhaEm funcionamento desde o dia 3 de outubro, o projeto Integra Vitória, de mudança no sistema de transporte coletivo da capital, não foi bem recebido pela maioria das comunidades. Os moradores dos bairros Conquista, Ilha do Príncipe e Jaburu chegaram a queimar pneus e fechar o tráfego  em protesto contra o novo sistema.

Em virtude da polêmica, a vereadora Neuzinha de Oliveira realizou uma Audiência Pública nesta sexta (16), das 9h às 12h, no plenário da Câmara Municipal, para debater os problemas e ouvir a população em busca de soluções.

Estiveram presentes nove dos 15 vereadores da capital. Também compareceram lideranças comunitárias, presidentes de associações de moradores e populares de todas as regiões de Vitória. A prefeitura foi representada pelo gerente de planejamento da Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran).

O plenário da Câmara foi palco de muitas reclamações pontuais, que expuseram de forma clara as dificuldades enfrentadas pela maioria da população que depende do transporte coletivo.

Para contribuir com a melhoria do projeto, foram apresentadas algumas propostas, as quais constam da ata da Audiência Pública. O documento será protocolado em nome da Câmara de Vereadores no Ministério Público Estadual, como forma de encaminhar as propostas ao Poder Executivo Municipal.

Entre as propostas, está a de implantar o Integra Vitória de forma gradual. A ideia é fazer a mudança em uma comunidade de cada vez, garantindo mais tempo para adaptação. Outra proposta é a de não cobrar a passagem na 1ª viagem, permitindo ao usuário pagá-la somente nos pontos de integração. Isso eliminaria o risco de perder o tempo limite, estabelecido em 30 minutos, para o passageiro embarcar na 2ª viagem com a mesma passagem.

Os presentes à Audiência Pública também manifestaram preocupação quanto ao futuro próximo, já que, apesar da suspensão por tempo indeterminado, não há uma decisão final a respeito do projeto.

“É necessário haver mais diálogo e participação popular, posto que este projeto mexe com uma área extremamente sensível e importante, que é a mobilidade urbana. Também queremos dialogar sobre o direito de ir e vir das pessoas com deficiência, os idosos, sobre a questão da segurança das pessoas. Agora é necessário saltar de um ônibus e esperar por outro. Isso nos preocupa, pois em vários locais não há segurança adequada, principalmente à noite. O debate continua, e a sinalização da prefeitura para o diálogo é importante”, disse Neuzinha.

Assessoria de imprensa Vereadora Neuzinha de Oliveira

“Lula & cia ilimitada”, análise do ITV

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala no 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, que reúne representantes de 30 nações dos continentes americano e africano para debater temas sociais e econômicos

Luiz Inácio Lula da Silva é um brasileiro que venceu na vida. Com a trajetória de quem superou as mais severas adversidades e chegou à presidência da República, ele teria razões de sobra para ser reconhecido por seus méritos. Acontece que o líder petista não se contentou em ter uma biografia ímpar. Ele transformou suas vitórias em uma forma de ficar rico, muito rico.

A transformação do Estado brasileiro em um imenso balcão de negócios a partir da ascensão do PT ao poder já está sobejamente documentada e vem sendo quase cotidianamente desbaratada. É o vigor das instituições que os petistas tanto combatem que nos permite assistir os malogros perpetrados desde o início do governo Lula serem revelados e punidos.

Depois do mensalão, uma nova fase de descobertas tem vindo a público com as investigações da Operação Lava Jato. Nelas, o envolvimento de Lula com o esquema corrupto se desnudam. Não só o ex-presidente mas também seus filhos e familiares surgem entre os suspeitos de receber dinheiro sujo.

Agora é vez de uma nora de Lula, que teria ganhado R$ 2 milhões para pagar “uma parcela de um imóvel” – imagine que imóvel é este… O dinheiro seria fruto de propina paga em negociações de contratos envolvendo a Petrobras, a Sete Brasil e a OSX. O próprio Lula teria se envolvido pessoalmente e atuado como intermediário nas tratativas entre as empresas.

A nora não é a primeira nem a única familiar de Lula – provavelmente não será a última – envolvida em suspeita de recebimento de dinheiro do petrolão. No começo da semana, soube-se que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, também teve despesas no valor de R$ 2 milhões pagas por um dos operadores do PMDB no esquema.

A lista de integrantes da família Lula da Silva sob suspeita de recebimento de dinheiro sujo é longa, e inclui a compra de um lauto tríplex de frente para o mar pelo ex-presidente e sua mulher, possivelmente com a ajudinha de uma empreiteira. Parece brincadeira, mas até um sobrinho da ex-mulher do petista está sendo investigado por negócios escusos na África, sempre com a mão do ex-presidente.

O próprio Lula é alvo de inquérito do Ministério Público que o investiga por suspeita de tráfico de influência – antes e depois de ter ocupado o principal gabinete do Palácio do Planalto. O depoimento à Procuradoria do Distrito Federal ocorreu ontem. O ex-presidentetambém será ouvido pela Polícia Federal em inquéritos abertos no âmbito do petrolão.

O problema maior é que aquele que transformou o Estado brasileiro num imenso balcão de negócios é o mesmo que, com a atual presidente nas cordas, agora volta a dar todas as cartas no governo. Todos estamos, portanto, autorizados a concluir que toda sorte de malfeitos e tramoias que Luiz Inácio Lula da Silva patrocinou continuam a acontecer no seio do poder.