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Vandinho Leite se filia ao PSDB nesta sexta (18)

4753352378_87a03c5c77_bLideranças, filiados e militantes do PSDB ES se reúnem nesta sexta (18), às 19h30, no Golaço, em Jardim Limoeiro, para prestigiar a filiação de Vandinho Leite ao partido. O evento contará com a presença do presidente estadual Jarbas Ribeiro de Assis Júnior, do governador em exercício César Colnago e do deputado federal Max Filho.

Vandinho Leite é graduado em Administração, e em 2004 foi vereador na Serra sendo o mais votado entre os eleitos. Dois anos depois chegou a Assembleia e se tornou o deputado estadual mais novo da história do Espírito Santo, sendo reeleito em 2010. Vandinho também foi Secretário Estadual de Esportes e Lazer.

“Para enfrentar os desafios que o Brasil vive atualmente, enxerguei no PSDB o principal partido com a capacidade de fazer o país voltar a crescer de forma sustentável. Igualmente vejo nos quadros da socialdemocracia, nas esferas nacional, estadual e municipal, a experiência e capacitação necessária para me ajudar na recondução da Serra ao rumo do desenvolvimento e proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população.” afirmou Vandinho Leite.

Para o presidente estadual do PSDB ES, Jarbas Ribeiro de Assis Júnior “a filiação de Vandinho consolida nosso projeto nas candidaturas prioritárias na Grande Vitória. É o nosso pré-candidato no município da Serra e tem total apoio tanto da Executiva Estadual quanto da Nacional.”

Sobre a filiação de Vandinho, o presidente municipal do partido, José Carlos Buffon, afirma que “a vinda de Vandinho para o PSDB permite queimarmos uma fase importante, pois ele é uma liderança consolidada na Serra e será, certamente, uma excelente alternativa para prefeito em 2016, tendo todo o nosso apoio e com reais possibilidades de êxito. Estamos fortalecendo o partido para o próximo pleito, mas com o olhar para 2018, no cenário nacional”.

Serviço:

Evento de filiação Vandinho Leite
Local: Golaço
Rua Nelci Lopes Vieira, 100 – Jardim Limoeiro/Serra
Horário: 19 horas

Informações adicionais:
Assessoria de Comunicação PSDB ES
Rafael Aquino
27 3224-2441 / 99851-5148
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“Cortando na carne… dos outros”, análise do ITV

Impostômetro marca arrecadação de quase R$1,450 trilhões

O governo anunciou ontem o envio ao Congresso de uma nova proposta de recriação da CPMF. Junto da medida, incluiu mais um monte de penduricalhos. Em síntese, o “pacote fiscal” gestado por Dilma e sua turma não passa disso: mais carga tributária no lombo dos brasileiros. O governo age com atraso, equivocadamente e de maneira insuficiente para estancar o desmanche fiscal.

O pacote envolve R$ 65 bilhões. Mais da metade do valor vem do impostaço decorrente de iniciativas como a ressurreição do imposto do cheque e o aumento do imposto de renda sobre operações imobiliárias. Para ser exato, 62% do esforço anunciado virá de mais tributação, estima o Valor Econômico.

Na outra ponta, o governo anunciou corte de R$ 26 bilhões em despesas. Mas cerca de metade destes cortes – R$ 12,4 bilhões – serão resultado de mera transferência de gastos que hoje são da União para outras fontes.

São os casos do uso do já combalido caixa do FGTS para bancar o Minha Casa Minha Vida – alguém perguntou ao trabalhador se ele está disposto a ceder sua mal remunerada poupança forçada para isso? – e o de emendas parlamentares para custear o PAC e a saúde.

A tão esperada redução de despesas correntes é de apenas R$ 2 bilhões, com revisão de contratos, corte de ministérios e gastos com a máquina. O que exatamente será tesourado, ninguém consegue saber, já que o governo continua sem dar maiores detalhes. Sobre o ombro dos servidores públicos recairão outros R$ 10,5 bilhões do arrocho.

Ou seja, o governo anunciou que cortaria na carne, e cortou. Na dos outros…

A disposição para uma aparente responsabilidade fiscal chega tarde, cinco dias depois de o Brasil ter perdido o grau de investimento concedido pela agência de classificação de riscos Standard & Poor’s.

A questão é se coloca é: se tinha como produzir um orçamento com receitas e despesas equilibradas, por que o governo enviou uma peça com o déficit inédito e o rombo “realista” ao Congresso e, com isso, jogou o país no precipício do descrédito dos credores? Qual o preço de tamanha irresponsabilidade e quem paga por ela?

De resto, o pacote não aponta solução alguma para desafios estruturais do país. O governo argumenta que quer a CPMF para tapar o rombo da Previdência, mas não passa perto de propor qualquer reforma definitiva que estanque as perdas. E nem diz que o valor a ser arrecadado com o imposto é ínfimo perto de um déficit que dobrará até 2016.

Não surpreende que o pacote tenha recebido recepção calorosa unânime apenas entre banqueiros – último esteio de apoio a Dilma. A reação geral é de repúdio. A sociedade brasileira não tolerará dar um cheque em braço – e agora tributado – a uma presidente sem credibilidade para que ela lhe cobre ainda mais impostos e lhe esfole ainda mais.

 

“Na contramão”, por Aécio Neves

aecio-neves-foto-george-gianni*Artigo publicado na Folha de S. Paulo – 14/09/15
Na semana passada, o Brasil perdeu o grau de investimento, pelos sucessivos erros de política econômica dos governos Lula e Dilma.

Como se sabe, de 2003 até 2008, o governo do PT se caracterizou pela continuidade da política econômica do governo FHC. Nesse período, o maior crescimento da economia mundial, o boom de commodities e a melhora da produtividade, fruto de reformas iniciadas no final de década de 1980, nos levaram a conquistar o grau de investimento no auge da crise financeira internacional em 2008.

A partir dali, o presidente Lula começou a implementar o programa econômico do PT, que partiu da premissa de que o governo é onipotente e decide quem serão os vencedores; que taxa de juros poderia ser fixada por decreto; que o aumento da dívida pública e a concessão exagerada de subsídios levariam a um maior crescimento; que o controle de tarifas públicas poderia conter a inflação e que o gigantismo do Estado era a única forma de aumentar oferta de serviços de educação e saúde.

Leia o artigo na íntegra AQUI.

 

“Pixuleco lá”, análise do ITV

ghg_2295Luiz Inácio Lula da Silva sempre agiu como se fosse um todo-poderoso. Tanto na presidência da República quanto depois que deixou o cargo, parecia julgar que estava acima do bem e do mal. Mas o acúmulo de suspeitas contra ele não pode mais ser ignorado. Está na hora de Lula acertar as contas com o país.

A Polícia Federal quer ouvir o ex-presidente sobre as roubalheiras reveladas pela Operação Lava Jato. Os investigadores têm fundadas desconfianças de que Lula pode ter se beneficiado do esquema que desviou dezenas de bilhões de reais dos cofres de estatais para financiar a permanência do PT no poder, ou seja, os governos dele e de Dilma.

Foi na gestão de Lula que nasceu o mensalão, a compra de apoio parlamentar no Congresso para sustentar um governo cujo principal projeto era se perpetuar no comando do país. Aquele foi, contudo, apenas o ensaio – bem-sucedido naquilo a que se propunha – do que viria a ser o petrolão, também semeado sob Lula e adubado com Dilma.

Em dimensões, abrangência e degradação, o esquema já condenado pelo STF é troco perto da estrutura que o Ministério Público, a Justiça Federal e a PF vêm desbaratando a partir de Curitiba, num esforço para tentar pôr ponto final na praga que o PT cultivou no país.

Desde o mensalão as investigações esbarram em Lula, mas as acusações apenas ricocheteavam no ex-presidente, como se ele tivesse couraças de aço. Tudo indica que agora o petista não terá mais superpoderes típicos de personagens de histórias em quadrinhos para se safar, livre, leve e solto, das suspeitas que se avolumam.

São numerosos os indícios de que Lula, no mínimo, se beneficiou da bandalheira. Já se conhecem, por exemplo, suas umbilicais ligações com empreiteiras como a Odebrecht, nas asas da qual voou o mundo fechando negócios bilionários financiados com dinheiro público liberado pelo BNDES. O caso já é objeto de outra investigação aberta pelo MP.

A imbricação de interesses também esteve presente nas malfadadas obras da refinaria de Pasadena, como mostra a revista Época desta semana. A operação envolvia desvio de dinheiro para a campanha de Lula em 2006 e é apenas mais uma das revelações de que tanto a eleição dele quanto a da atual presidente foram financiadas com dinheiro sujo da corrupção.

O fato de todos os últimos tesoureiros do PT e das últimas campanhas presidenciais do partido estarem sob investigação, presos e/ou condenados pela Justiça também já diz muita coisa.

O pedido da PF para que Lula seja ouvido pelo STF depende de manifestação da Procuradoria-Geral da República – que, aliás, nem se sustenta tecnicamente. De todo modo, não há razão que justifique qualquer decisão contrária à sua oitiva. Se não deve, o ex-presidente não tem o que temer.

Do contrário, o célebre boneco do Pixuleco vai poder ganhar um adereço nas próximas manifestações de que participar: uma mordaça que impede que a justiça se complete em relação à investigação e à punição do maior esquema de corrupção já visto no país.

 

Confira a agenda tucana desta semana

psdbesPalestras, seminários e reuniões partidárias movimentam a semana do PSDB no Espírito Santo.

Os municípios de Cariacica, Serra, Guarapari, Linhares, Anchieta e São Mateus promovem eventos de terça a sábado.

 

 

 

 

Confira a agenda e participe:

Terça-feira (15)

1º Seminário PSDB Cariacica
Local: Auditório da APAE
Rua Carlos Rogério de Jesus – Bairro Santa Fé – Cariacica/ES
Horário: 19 horas

Quarta-feira (16)

PSDB Guarapari 
Reunião do diretório municipal com os pré-candidatos
Local: Avenida Davino Matos, 280 – Edifício Jesse Fonseca / Centro
Horário: 19 horas

Quinta-feira (17)

PSDB Linhares
Palestra “Rumos da educação no Espírito Santo e ética na política”
Deputado Sergio Majeski
Horário: 19 horas
Local: Guararema Clube – Centro de Linhares

Sexta-feira (18)

PSDB Serra
Evento de filiação de Vandinho Leite
Local: Golaço – Serra
Horário: 19h30m

Sábado (19)

Encontro Regional PSDB Norte
Local: Faculdade Vale do Cricaré – São Mateus
Horário: 09 horas

1º Encontro Litoral Sul do PSDB
Local: Câmara Municipal de Anchieta
Horário: 08 às 12 horas

Informações adicionais:
Assessoria de Comunicação PSDB ES
Rafael Aquino
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César Colnago assume Governo interinamente

cesar interinoO vice-governador César Colnago assumiu interinamente, neste domingo (13), o comando do Governo do Estado. Colnago fica no cargo até o próximo dia 20, durante o período de licença não remunerada do governador Paulo Hartung. A transmissão simbólica do cargo foi realizada na tarde desta sexta-feira (11) no Palácio Anchieta, em Vitória, com a presença de integrantes do secretariado.

Esta é a primeira vez que o César Colnago assume o comando do Executivo Estadual.

“Estou muito integrado às atribuições do Executivo e, conforme entendimento com o governador Paulo Hartung, vamos focar numa agenda onde estão incluídas visitas ao interior, reuniões de equipe, participação em eventos de interesse do Estado e despachos de rotina”, afirmou Colnago.

Assessoria de imprensa Vice-governadoria

Deputado Majeski debate rumos da Educação em Linhares

16257114179_9c9e2ac04b_oO professor e deputado estadual Sergio Majeski é o próximo palestrante do projeto “Discutindo Linhares” em evento promovido pelo PSDB Linhares, hoje (17) às 19 horas, no clube Guararema – Centro,

Majeski é especialista com mais de 30 anos de experiência em educação e vai falar sobre o tema “Rumos da educação no Espírito Santo e ética na política”.

Segundo o Presidente do PSDB Linhares, Luciano Durão, “o deputado Majeski tem se destacado na Assembleia Legislativa por sua atuação em favor de uma educação de qualidade e da moralidade da causa pública em todos os sentidos. Por isso temos a honra de ouvir seus conceitos em defesa da democracia participativa e de avanço nas causas sociais.”

Serviço:

Palestra “Rumos da educação no Espírito Santo e ética na política”
Deputado Sergio Majeski

Data: 17 de Setembro de 2015
Horário: 19 horas
Local: Guararema Clube – Centro de Linhares

Assessoria de Comunicação PSDB ES

Rafael Aquino
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“Casas de papel”, análise do ITV

dilma-foto-george-gianni-1A presidente Dilma havia prometido anunciar ontem, depois de quatro adiamentos desde o ano passado, mais uma fase do Minha Casa Minha Vida. Teve que se contentar com uma reunião chocha em que a principal novidade foi o aumento dos juros cobrados dos mutuários.

A terceira etapa do programa vinha sendo cozinhada desde maio de 2014. Transformada em peça de propaganda eleitoral, foi seguidamente postergada até que, no início de agosto passado, a presidente usou sua conta no Twitter para dizer que, precisamente ontem, teria uma “boa notícia” para quem ainda sonha com a casa própria.

Com o país em debacle, o anúncio não aconteceu, substituído por encontros a portas fechadas com construtoras e entidades de defesa dos sem-teto. Isto porque o governo simplesmente não sabe de onde tirar dinheiro para viabilizar a promessa de erguer mais 3 milhões de unidades habitacionais. Em entrevista, o ministro das Cidades prometeu apresentar o escopo da nova fase do Minha Casa dentro de 30 dias. É ver para crer.

É curioso que, em meio a uma crise sem precedentes, o governo insista em prometer mais antes de simplesmente realizar aquilo com o que já se comprometeu no passado. O Minha Casa Minha Vida foi lançado em abril de 2009 com a meta de construir 1 milhão de moradias. Ganhou uma segunda fase em 2011, adicionando mais 2,75 milhões de unidades à promessa. Construiu bem pouco.

Decorridos mais de seis anos desde o início do programa, até agora apenas 2,3 milhões de unidades foram efetivamente entregues a seus moradores, conforme balanço mais recente do PAC. Significa que quatro de cada dez habitações prometidas ainda não existem. O governo insiste em dizer que “contratou” muito mais, mas entre sair do papel e virar cimento e areia vai longa espera, às vezes infinda.

A faixa mais prejudicada é justamente a mais carente. Para famílias que ganham até três salários mínimos, o déficit de habitações no país mal se alterou após a adoção do programa. Em fins de 2013, o Ipea concluiu que o déficit praticamente não havia diminuído desde o lançamento do Minha Casa, passando de 4,06 milhões para 3,86 milhões de unidades.

Tal situação não deve se alterar. Neste ano, a contratação de casas para os mais pobres praticamente não aconteceu – apenas 4% das 245 mil moradias contratadas desde janeiro o foram para a faixa 1. A perspectiva é de que alguma normalização só aconteça em fins de 2016. Como se não bastasse, com as novas regras as prestações cobradas de famílias nesta situação poderão quadruplicarna terceira fase.

O programa já está praticamente paralisado neste ano. Do orçamento de R$ 20 bilhões previsto para 2015, apenas R$ 3,2 bilhões (16%) foram pagos até o fim de agosto, mostrou ontem o jornal O Globo. Em maio, o Minha Casa Minha Vida já havia sido alvo de uma tesourada de quase R$ 7 bilhões. As casas que Dilma e o PT prometem são feitas de papel.

 

PSDB Santa Teresa lança projeto “Sua voz, sua vez”

psdbesCom o objetivo de ouvir as principais demandas de cada segmento da sociedade e propor soluções para os cidadãos teresenses, o PSDB Santa Teresa lançou nesta quinta-feira (10), o Projeto “Sua voz, sua vez”.

A reunião de lançamento contou com a participação de um grupo de mulheres de diversos campos de atuação no município, e superou a expectativa pela qualidade nos apontamentos.
Colocações bem embasadas sobre educação, saúde e crescimento urbano feitas por mulheres atuantes nas respectivas áreas (professora, médica – diretora do hospital, arquiteta e urbanista) e temas como a qualidade de vida, segurança e qualificação de mão de obra foram bastante citados, e demonstraram ser pontos de preocupação para o grupo.

Para o vice-presidente do PSDB Santa Teresa, Marcos Leão “é fundamental ouvir as demandas dos diversos segmentos da sociedade para que possamos formular políticas públicas alinhadas com os anseios da população.”

O diretório municipal do partido se reunirá na próxima semana para uma análise do evento e planejamento da próxima edição do “Sua voz, sua vez”.

 

 

 

 

“Vai passar. Que bom!”, por José Serra

serraOs trinta anos de democracia inaugurados com a eleição de Tancredo Neves representam a fase de maiores conquistas políticas e humanas da história do Brasil. Nunca o país conheceu três décadas ininterruptas de democracia. A Nova República caracterizou-se pela ausência de conspirações, quarteladas, golpes e epílogos políticos trágicos, ao contrário do “interregno” democrático de 1946-64. Mais ainda: houve um significativo progresso social, refletido na melhoria dos indicadores de rendimento, saúde e educação

Duas das grandes barreiras ao desenvolvimento foram removidas: o atraso agrícola e a superinflação. Nossa agricultura consolidou novas fronteiras, modernizou-se nas áreas já ocupadas e mostrou-se altamente competitiva. Aquela maldição antiga — inelasticidade da produção quando cresce a demanda por alimentos — ficou para trás.

A superinflação, que infernizou a vida nacional desde os últimos anos do regime militar, foi derrotada, em 1994, pelo Plano Real, que soube aproveitar lições de planos de estabilização anteriores. Foi, talvez, o melhor momento da política econômica brasileira no pós-guerra. Nem os governos militares, no auge da sua força, com grande capacidade de repressão social e de imposição de leis e normas, conseguiram reduzir a inflação para um dígito.

Essa fase democrática contabiliza, entretanto, dois insucessos em frentes importantes: a Constituição de 1988 e a desaceleração do crescimento.

Apesar de grandes méritos – liberdades democráticas, garantias individuais e efetiva independência dos Poderes – a Carta tem defeitos severos: prolixidade, concessões às corporações, principalmente às estatais, e ausência de um regime único, equitativo e financeiramente viável de Previdência.

A desaceleração do crescimento foi impressionante. Se, entre 1950 e 1980, o PIB por habitante do país aumentou 3,6 vezes, de 1985 até 2015, aumentou só 40%! Nestes últimos 30 anos, o PIB por habitante da Coreia do Sul quadruplicou, e o chinês multiplicou-se por dez!

A principal responsável pela desaceleração foi e tem sido a indústria de transformação, cuja participação no PIB, que chegara a 22% em meados dos anos 1970, caiu para menos da metade no presente, voltando ao nível do pós-guerra.

Até meados da década de 90, a causa do retrocesso industrial foi a superinflação. Em seguida, veio a sobrevalorização cambial dos primeiros anos de afirmação do Plano Real. A desvalorização que se seguiu, aliada à bonança externa que agraciou o governo Lula — com alta dos preços das commodities e ausência de perturbações externas até 2008 — permitiu recuperação mais acentuada na década passada. Mas os frutos da bonança foram torrados em aumento do consumo, principalmente de bens industriais importados e turismo externo. Não foram aproveitados para aumentar a competitividade da economia. Ao contrário, promoveu-se um continuado aumento da carga tributária e do custo Brasil.

Em 2008, quando governador de São Paulo, alertei sobre o frenesi fiscal da época: “[a prosseguir a tendência recente], os gastos reais do governo federal até 2012 serão 130% mais elevados do que em 2002. Sem reduzir o superávit primário, isso exigirá um aumento descomunal e sustentado de receita a cada ano”. Claro que esse aumento de carga não pode se materializar e os desequilíbrios criados se intensificaram, chegando ao presente de forma devastadora.

Devido ao novo ciclo de sobrevalorização cambial, no fim da década passada, e ao impacto do custo Brasil sobre a competitividade, a expansão industrial voltou a se retrair nos anos seguintes. Apesar das desonerações tributárias e devido à baixa rentabilidade esperada, os investimentos foram declinando e puxando para baixo a economia. Assim, ironicamente, foi sob a presidência de um ex-operário industrial que a desindustrialização brasileira e a marcha forçada do atraso econômico e social ganharam impulso decisivo.

Paralelamente ao esgotamento do modelo petista, as manifestações de rua de 2013 expressaram insatisfação com a qualidade dos serviços públicos, a falta de perspectivas de melhores empregos — duas decorrências do enfraquecimento da economia — e a baixa representatividade do sistema político.

Tudo se agravou no “day after” da reeleição de Dilma: a explosão da crise fiscal, o encolhimento da área social do governo, o desemprego crescente e a percepção traumática dos males trazidos ao país e à política pelo patrimonialismo petista.

A sensação de fraude retirou da presidente reeleita o mínimo crédito de confiança, aquele que se costuma dar aos governantes no início de mandato, necessário para a adoção de medidas de recuperação econômica. Tudo agravado pela proverbial incompetência administrativa, pela falta de traquejo político e pelas deficiências de um programa de ajuste desajustado. Houve erros crassos na previsão de receita tributária, desconhecimento da real magnitude da herança de 2014, políticas monetária e cambial que conspiram contra o equilíbrio fiscal e péssima relação com o Legislativo.

Querem um exemplo do desnorteamento? As injustificadas operações dos chamados “swaps” cambiais, que custaram ao Tesouro R$ 115 bilhões em 12 meses, gasto superior aos orçamentos da Educação ou da Saúde. São operações sem cabimento num país com déficit externo declinante, e que detém U$ 370 bilhões de reservas cambiais.

A exponencial rejeição popular à presidente e o acirramento das ações corporativistas para escalpelar o Tesouro têm feito a base política do governo no Congresso se esfarelar, gerando um círculo vicioso.

Compartilho da crescente preocupação de todos com o desfecho da crise. Uma coisa, no entanto, me tranquiliza. À diferença do que muitos dirigentes petistas têm pregado, inexiste risco de retrocesso institucional. O petismo precisa parar de confundir seus delírios autoritários com a história do país, que fez uma escolha inequívoca: a democracia. Por isso mesmo, busca-se uma forma pacífica, e pacífica será, de se ver livre de um modo de governo que o empurra para o atraso e a melancolia. Vai passar!

Senador (PSDB-SP). Artigo publicado no jornal “O Estado de S.Paulo”, em 10/09/2015.