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“Controle e transparência”, por Antonio Anastasia

antonio-anastasia-foto-gerdan-wesleyCom base na experiência dos países mais desenvolvidos, o Brasil precisa começar a melhorar seu sistema de controle e transparência. Não há dúvidas de que tivemos avanços importantes na nossa democracia. Mas há ainda situações contraditórias, parte da nossa cultura política, por vezes muito mais voltada para a burocracia exacerbada, e não para os resultados. Isso prejudica o desenvolvimento de políticas públicas mais eficientes.

Falemos primeiro sobre o controle. Vejamos o exemplo da saúde, um dos maiores desafios da sociedade. Temos diversos órgãos (Controladoria, Ministério Público, Tribunais de Contas, etc) para fiscalizar se a obra de um hospital foi construída de maneira correta, se obedeceu aos prazos, se o custo foi como o previsto, se os equipamentos vieram com a qualidade estipulada. Tudo isso é importante e necessário.

Não há, no entanto, nenhum órgão que controle a qualidade do serviço ali prestado. Ora, qual o objetivo de se construir um hospital, senão melhorar a qualidade do serviço de saúde? Além da qualidade do custo, aquele hospital está cumprindo seu objetivo? Atendendo bem o cidadão? Realizando com qualidade as cirurgias? Recuperando os enfermos? Pelas regras atuais, tudo isso acaba sendo menos importante do que os aspectos formais e burocráticos da obra do hospital, o que é uma grande incongruência.

No Senado, buscando colaborar com essa discussão, apresentei alguns projetos que obrigam a administração pública a disponibilizar informações, metas e indicadores sobre a qualidade do serviço. Na prática, se aprovados os projetos, os agentes públicos, assim como já ocorre hoje em empresas mais avançadas, vão ter de se comprometer em apresentar resultados reais daquilo que propõe.
Além da ação do próprio poder público nesse sentido, também é fundamental a participação do cidadão, cobrando e participando da política. Por isso, a transparência é vital. O Estado precisa fornecer às pessoas informações e dados, de forma que elas possam, efetivamente, ter controle sobre aquilo que a administração desenvolve.

Também nessa área apresentei projetos no Senado para avançarmos. Um deles quer acabar com a burocracia exigida hoje em muitos órgãos para o cidadão ter acesso aos dados. O projeto aprimora a Lei de Acesso à Informação, ao determinar que o Estado a acabe com as amarras protocolares para organizações não governamentais, jornalistas e cidadãos que buscam informações junto aos órgãos públicos.

Outra proposta nesse sentido regulamenta o uso dos cartões corporativos no âmbito do governo federal, o que é muito importante, já que até hoje não há legislação que imponha limites. Se aprovado, ficará proibido, por exemplo, sacar dinheiro com esse tipo de cartão. Além disso, todas as despesas realizadas vão ter que ser divulgadas na internet com data, nome e matrícula do servidor e o total do gasto.

Acredito que essas propostas, apenas algumas das que já apresentei para discussão no Congresso Nacional, vão ao encontro das demandas da população por melhores serviços e por mais clareza na forma como o Estado tem sido conduzido. Quanto mais transparente for a ação governamental, melhor será nossa democracia e mais forte nossa sociedade.

Senador (PSDB-MG).

“Dilma em cadeia”, análise do ITV

dilma-antonio-cruz-abrDilma Rousseff é a presidente da República que mais vezes utilizou cadeias nacionais de rádio e TV para se dirigir aos brasileiros. Até pouco tempo atrás, qualquer razão era motivo para ela exercitar sua prolixidade em pronunciamentos à nação. Não mais. Temerosa de vaias e panelas, ela agora prefere o ambiente protegido da internet. Nem por isso suas palavras deixam de expressar fantasias.

Ontem foi ao ar um vídeo em que a presidente se manifesta sobre o Dia da Independência. Desta vez o cenário foi sóbrio, a trilha sonora contida e até a maquiagem antes irretocável deixou à mostra as olheiras de uma presidente abatida. Em longos oito minutos, Dilma parecia falar a partir de um calabouço, tão isolada se revelava na tela.

O choque de realidade imposto à produção sempre cara das propagandas petistas – porque é nisso que as cadeias oficiais foram convertidas – não abarcou o conteúdo da fala da presidente. De novo, Dilma apresentou versões irrealistas dos problemas nacionais. A crise – nominada uma vez – foi transformada em meras “dificuldades”, repetidas seis vezes.

Apenas de leve, de novo, Dilma admitiu erros, circunstanciados por um “se” e um “é possível”. A presidente justificou a falência em que meteu o Brasil dizendo que, por um longo período, o governo petista entendeu que “deveria gastar o que fosse preciso” para garantir emprego, renda, investimentos e programas sociais.

Em português correto, isso significou torrar o que o país tinha e o que não tinha para levar a economia brasileira à maior recessão em décadas, o desemprego a níveis recordes, os rendimentos dos trabalhadores a perdas inéditas e os investimentos produtivos a uma paralisia como há muito não se via.

Dilma, também de forma tímida e enviesada, anunciou a necessidade de “remédios amargos” para “botar a casa em ordem”. São os mesmos com que ela e o PT fizeram terrorismo eleitoral. Nenhum brasileiro desconhece que, a cada dia, tomba mais um programa social, como o Fies, o Pronatec ou o Minha Casa Minha Vida.

Faltou à presidente, contudo, a altivez de dizer que quem bagunçou o coreto, fez uma festança para poucos, gastou o dinheiro de outrem e agora socializa a conta foi ela mesma, no único intuito de vencer as eleições e perpetuar-se por mais quatro anos no poder.

Em apuros, a presidente que se notabilizou por tratar adversários como inimigos e por incitar a divisão do país entre “nós” e “eles” agora pede “união em torno dos interesses de nosso país e de nosso povo (…) colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários”. A mão que ora afaga é a mesma que sempre apedrejou.

O vídeo exibido neste 7 de setembro é um retrato fidedigno de um governo em marcha batida para o ocaso. Seja em cadeias de rádio e TV, ou supostamente protegida na internet, Dilma Rousseff parece, a cada dia mais, falar para as paredes.

 

“E Michel Temer é solução? Ou será um novo problema? Precisamos de um novo arranjo político para governar”, por Alberto Goldman

alberto-goldman-foto-george-gianni-psdb-Dilma, seu governo e seu partido já foram pra cucuia.  Como será o futuro para os 205 milhões de brasileiros?

Se ela, ainda sim, ficar na presidência, o país terá que conviver com a agonia de um grupo no poder sem credibilidade, sem capacidade de governar e sem respeitabilidade.  Vale dizer vamos sentir por mais de 3 anos o cheiro da desagregação e da decomposição desse governo.  E o povo sofrer ainda mais.

E se ela sair por qualquer das formas possíveis, renúncia, impedimento ou cassação do mandato?    Assumirá, em um quadro de normalidade constitucional, o vice, Michel Temer.

Se o vice e seu PMDB assumirem, terão condições melhores de governar do que tem Dilma?  Afinal eles não estão tão envolvidos tanto nas políticas do atual governo, em todos os setores, quanto nos desvios morais que estão sendo escancarados pelas investigações do MPF e da PF?  O vice não foi beneficiado, como dobradinha de Dilma, da corrupção que impulsionou a reeleição? Não seria um novo problema?

As ruas mostram uma mudança qualitativa.  O PT, Dilma e Lula passaram a ser o foco da indignação popular.   O povo quer vê-los pelas costas.  Mas não creio que Temer tenha a legitimidade e a capacidade para governar necessários para substituir o PT no poder.

O melhor para o país seria o afastamento da presidente e do vice e a  construção de uma saída democrática que se apoie em eleições livres e limpas.  Um novo arranjo político para dirigir o país.

Penso que é com essa perspectiva que temos que trabalhar para superar a profunda crise moral, econômica e política por que passamos.  Árduo e doloroso, mas é o melhor caminho.

Publicado no Blog do Goldman

 

Líder do PSDB protocola 9 projetos contra corrupção derivados de campanha do Ministério Público Federal

carlos-sampaio-foto-psdb-na-camaraJá tramitam na Câmara nove projetos de lei derivados da campanha “Dez Medidas Contra a Corrupção”, lançada pelo MPF em março passado.

De autoria do líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP), que também é membro do Ministério Público de São Paulo (é Procurador de Justiça Licenciado), os projetos de lei foram protocolados no último dia 27.

Para Sampaio, o objetivo dos projetos é “promover as alterações estruturais e sistêmicas necessárias para prevenir e reprimir a corrupção de modo adequado”. Ainda segundo o líder do PSDB, “as matérias buscam, por exemplo, agilizar a tramitação das ações criminais e também de improbidade administrativa, além de revisar os sistemas de recursos e de prescrição”.

Segue, abaixo, resumo explicativo dos projetos de lei:

PL 2812/2015 – Transforma a modalidade mais gravosa de corrupção em crime hediondo e aumenta as penas dos crimes mais lesivos contra a Administração Pública previstos no Código Penal, tais como: peculato, corrupção ativa, estelionato, inserção de dados falsos em sistema de informações e concussão.

PL 2815/2015 – Altera a Lei das Eleições para tipificar, como crime, o conhecido “Caixa 2”, assim como criminaliza a variante eleitoral da Lavagem de Dinheiro. Atualmente, o reconhecimento dessas hipóteses gera apenas, como sanção, a rejeição das contas de candidatos/partidos e possibilita a cassação do diploma dos candidatos eleitos. Por outro lado, propõe que a pena prevista para a conduta eleitoral de “lavagem” passe a ter sanção idêntica ao mesmo ilícito praticado sem relação com eleições, evitando punições distintas.

PL 2811/2015 – Torna crime o enriquecimento ilícito de agentes públicos. Com a aprovação deste projeto, se a acusação comprovar a existência de renda discrepante da fortuna acumulada, sem que o investigado aponte a existência provável de fontes lícitas, pode se concluir que trata-se de renda ilegal. Evidentemente, se a investigação ou o acusado forem capazes de suscitar dúvida razoável quanto à ilicitude da renda, o caso será de absolvição.

PL 2813/2015 – Inclui, na Lei de Improbidade Administrativa, o instituto do acordo de leniência e o da disciplina. Ocorre que, nas normas exigentes de combate à corrupção, há apenas a previsão expressa de acordo de colaboração premiada na esfera criminal, no âmbito das infrações contra a ordem econômica e na Lei Anticorrupção. Ou seja, na esfera da responsabilização por improbidade administrativa, uma das mais importantes no combate à corrupção, não existe a possibilidade de um acordo de leniência próprio, o que seria alterado pelo projeto de lei em questão.

PL 2814/2015 – Cria novos mecanismos voltados à defesa da moralidade pública ao determinar a fixação de um gasto mínimo, de recursos da União, para a publicidade direcionada para a conscientização da população sobre a importância de se desenvolver uma cultura contra a corrupção. Fixa também gastos mínimos com as ações de treinamento de agentes públicos para enfrentar situações de risco sem, contudo, flexibilizar regras éticas.

PL 2808/2015 – Propõe a regulação do sigilo da fonte de informação que tenha dado causa à investigação relacionada à prática de corrupção, criando a figura do informante confidencial (que difere do informante anônimo, cuja identidade é desconhecida). Nesses casos, a identidade seria conhecida, mas não revelada em razão de interesse público – e o descumprimento do sigilo dará causa às sanções do crime de violação de segredo profissional, já previsto no Código Penal brasileiro. Objetiva-se, com tal proposta, conferir segurança jurídica à testemunha que colabora sobre fato desconhecido, sob a condição de confidencialidade, cujo depoimento não poderia ser obtido sem a garantia de sigilo.

PL 2809/2015 – Acresce ao Código de Processo Penal artigo para disciplinar o trânsito em julgado de recursos manifestamente protelatórios. Pretende-se, com isso, estabelecer que, uma vez condenado por um Tribunal, o Órgão Julgador poderá reconhecer como manifestamente protelatório o recurso certificando o trânsito em julgado da decisão contra a qual se recorre, ordenando, ato contínuo, o imediato regresso dos autos à origem.

PL 2810/2015 – Altera dispositivos do Código Penal, que versam sobre o prazo prescricional penal. Objetiva extinguir a prescrição retroativa, uma das principais responsáveis pelo estímulo a táticas protelatórias. Além da extinção da prescrição retroativa, os prazos prescricionais da pretensão punitiva e da pretensão executória são unificados para passarem a ser guiados pela pena cominada e não pela pena aplicada.

PL 2807/2015 – Melhora a eficiência da Justiça com uma série de medidas que regulamentam o procedimento recursal: redução do cabimento de embargos infringentes e de declaração; estabelecimento de julgamento simultâneo dos recursos extraordinário e especial em matéria criminal nas duas instâncias (STJ e STF), criando um canal eletrônico de comunicação entre os tribunais para informação do resultado do julgamento. Por fim, sugere alterações para o habeas corpus para evitar que sejam adotados, por exemplo, expedientes indevidos para anular processos de forma apressada.

Da Liderança do PSDB na Câmara

 

Colnago mobiliza municípios para garantir direitos da infância

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“Nosso compromisso é tornar o Estado um instrumento de transformação da sociedade, de criação de oportunidades e de efetiva superação da pobreza e redução das desigualdades”

 

O compromisso do Governo do Estado em reduzir desigualdades sociais, criar oportunidades e melhorar a vida de crianças e adolescentes capixabas foi reforçado pelo vice-governador, César Colnago, durante um encontro com 19 prefeitos do Espírito Santo, e representantes do Fundo das Nações Unidas (Unicef), na manhã desta quinta-feira (3).

A reunião, que aconteceu no auditório do Palácio Fonte Grande, em Vitória, contou com a presença de chefes e representantes do Executivo de 19 municípios que concorrem à certificação “Selo Unicef-Município Aprovado”,  que reconhece as iniciativas das prefeituras na execução de ações em favor da infância.

“Esse esforço conjunto dos municípios, Unicef, Governo do Estado e demais instituições afins é fundamental para mudarmos a realidade. Nosso compromisso é tornar o Estado um instrumento de transformação da sociedade, de criação de oportunidades e de efetiva superação da pobreza e redução das desigualdades. Nossa prioridade de Governo é a área social. Os desafios são grandes, mas a vontade de avançar é maior”, ressaltou o vice-governador, César Colnago.

Durante o encontro, foi apresentada uma análise sobre a presente edição do Selo. Em geral, os municípios de pequeno porte apresentaram melhoras mais significativas e para um número maior de indicadores.

De acordo com avaliação do Unicef, a maioria dos municípios evoluiu em três indicadores de Saúde: atendimento a gestantes, investigação de óbitos e cobertura de vacinas.

A representante-adjunta do Unicef no Brasil, Esperanza Vives, destacou a importância da parceria com o Governo do Estado. “Desde a primeira edição do ‘Selo Unicef Município Aprovado’ temos trabalhado com o Governo do Estado para avançarmos na garantia dos direitos das crianças e adolescentes e agora temos o prazer em renovar essa parceria. Temos grandes chances de avançarmos juntos, lutando por menos desigualdades”, afirmou.

Representando o Unicef, também marcaram presença no evento Robert Gass, chefe da Plataforma do Semiárido do Unicef; e Luciana Phebo, coordenadora do Unicef no Espírito Santo e Rio de Janeiro.

A certificação “Selo Unicef-Município Aprovado” edição 2013-2016 acontece no ano que vem, quando serão reconhecidos os municípios que mais se destacarem na garantia dos direitos de crianças e adolescentes.

Os 19 municípios capixabas que concorrem à certificação são: Águia Branca, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Colatina, Ecoporanga, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Nova Venécia, Pancas, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, São Gabriel da Palha, São Mateus, Sooretama, Vila Pavão e  Vila Valério.

Assessoria de imprensa Vice-governadoria
Alessandra Tonini

“O baile fiscal”, análise do ITV

Dilma-Foto-George-Gianni-PSDB-4-É difícil, para não dizer impossível, encontrar alguém que hoje saiba o que exatamente o governo esteja fazendo ou pretenda fazer para mudar a situação calamitosa em que colocou o país. Quem deveria apontar os caminhos, Dilma Rousseff, vive de recuos em recuos, não raro de recuos dos recuos. A presidente comporta-se como se fosse a sub do sub do sub.

É igualmente improvável crer em algum compromisso da petista e sua equipe no sentido de equilibrar as contas e evitar que a economia naufrague de vez. Depois de toda a lambança, que não é de hoje e atingiu seu ápice com o orçamento deficitário de 2016, Dilma prometeu ontem perseguir algum superávit no ano que vem e não mais o rombo que enviou ao Congresso na segunda-feira. Se é verdade, que escreva.

Como acreditar num governo que, em apenas quatro meses, mudou três vezes o orçamento que deve valer para os 12 meses do ano seguinte? Não foram alterações acessórias. As contas de 2016 foram totalmente desfiguradas desde a apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, em abril. Na matemática desta gente, 2 + 2 dá 9, ou um pouco mais. De um superávit de R$ 104 bilhões, passamos a um déficit de R$ 30,5 bilhões. Ou seja, um erro de cálculo de R$ 135 bilhões. Tudo isso, com direito a uma revisão intermediária, feita pouco mais de um mês atrás.

As consequências destas barbeiragens em sequência não são neutras, inócuas, indolores. O país tende a fechar três anos no vermelho, a começar pelo déficit já registrado em 2014 e pelo quase certo rombo deste ano. Na mesma toada, e não por coincidência, a produção de bens e a geração de riqueza também podem cair por três anos consecutivos – levando-se em conta a possível revisão do PIB de 2014 para o terreno negativo. Seria algo inédito na história do país.

Tomando um baile, o governo brasileiro caminha por nos brindar com o rebaixamento do crédito internacional do país, o que já é mais ou menos favas contadas. A real tradução da perda do grau de investimento será mais recessão, mais carestia, menos crédito, mais aperto e mais dificuldades. Significa tornar ainda menores as chances de recuperação.

De pouco valerá a pantomima em torno da manutenção de Joaquim Levy no cargo – o ministro da Fazenda que passou de fiador a pendurado por um fio… Se Dilma realmente pretende assumir compromissos com o equilíbrio das contas, que o ponha no papel e altere a proposta orçamentária enviada na segunda-feira. Com ela, no fio do bigode não vale.

As condições econômicas do Brasil se deterioram a olhos vistos, sem perspectivas reais de melhora. O baile fiscal que Dilma Rousseff e o PT promovem pode acabar entrando para a história como um famoso evento ocorrido na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro – celebração que marcou o fim de um império. Podemos estar na antessala do fim de uma era, o ocaso de um reinado falido.

 

Orçamento: rombo nas contas públicas pode chegar a R$ 72,9 bi

esplanada (1)O rombo nas contas públicas pode ser ainda maior e chegar a R$ 72, 9 bilhões. O equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

O jornal Correio Braziliense, em sua edição desta quinta-feira (3), trata do assunto.

A matéria informa que o relator-geral da proposta, deputado Ricardo Barros (PP-PR), costura um acordo para prever um rombo bem maior nas contas públicas.

Iniciativa que já gerou críticas da oposição no Senado.

“Isso é mais uma maquiagem fiscal”, disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), ao Correio.

O líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), considera o orçamento camuflado.

E afirmou ao jornal:  “o governo nos deu um cheque sem fundo. O que se faz com isso? Devolve-se.”

PAC – De acordo com a apuração, o parlamentar seria favorável a permitir o abatimento de investimentos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta de superavit primário de 2016.

“Na prática, além do déficit já declarado de R$ 30,5 bilhões, isso significa que o governo ainda poderia descontar outros R$ 42,4 bilhões de investimentos do PAC”, destaca a reportagem.

Uma das justificativas do relator da proposta é que a regra de abatimento seria necessária para que os investimentos se mantivessem no país.

“Eles não desistem da derrama”, análise do ITV

Moedas-Foto-Getty-Images--300x181Depois de ver rechaçada sua tentativa de pôr o bode da CPMF na sala dos brasileiros, o governo ensaia voltar à tona com um rebanho de cabritos malcheirosos. Dilma e sua turma já preparam novos aumentos de tributos. Coisa de quem não sabe o que é administrar um orçamento com receitas e despesas equilibradas e que, quando o calo aperta, só faz passar a conta adiante. Com essa gente, não dá para ficar “de boa”.

A primeira tentativa de ressurreição da CPMF não durou três dias, bombardeada no Congresso, entre empresários e pela sociedade em geral, que não suporta pagar mais a um governo tão perdulário. Mas os petistas querem aproveitar o mal-estar proporcionado pela sensação de um país em processo acelerado de falência para justificar um novo impostaço.

A própria presidente foi ontem tratando de arrumar a cama para a derrama que pretende promover. Dilma Rousseff deixou claro que, para dar um jeito no rombo que ela própria criou, deverá recorrer ao expediente dos governantes preguiçosos e despreparados: aumentar receitas, cobrar mais dos contribuintes. Eficiência e boa gestão não são com ela.

Se quiser achar alguma justificativa “nobre” para a derrama, a petista vai ter que inventar outra que não seja a saúde. Nos últimos quatro anos, R$ 25 bilhões que estavam disponíveis para este setor não foram usados. Significa que se perderam, foram desperdiçados. Dos recursos destinados pela União a investimentos na área, metade foi para o lixo. Ou seja, não há que se falar em carência de dinheiro. Há, sim, um problema de má aplicação, má gestão, mau planejamento. Ou, mais simplesmente, mau governo.

Mas, se depender da sanha petista, a famigerada CPMF, ou sua sucedânea, não virá desacompanhada. Segundo a Folha de S.Paulo, o Palácio do Planalto também cogita elevar alíquotas de tributos vigentes, como a Cide sobre combustíveis, o IPI e o IOF. De agora até o fim do ano, já sobem os tributos sobre bens de informática e bebidas.

Aumentar impostos é a única solução – se é que se pode chamar isso de solução – que a presidente, seu partido e sua turma mais próxima enxergam para o rombo fiscal. Para esta gente, ser eficiente na administração e gastar adequadamente o dinheiro do contribuinte são bobagens. Acham que a saída é insistir na mesma matriz funesta que nos afundou até aqui.

Esta gente sustenta que sua política doidivanas de incentivos descabidos ao crescimento é que é capaz de tirar a economia do buraco. Mas não: o que ela produziu foi uma crise monstro que agora também tira comida da mesa dos brasileiros, que cortam o que dá para fazer frente à inflação e ao salário mais curto – isso para os que ainda mantêm o seu. Gente que não se importa se o destino do Brasil está mais para Grécia do que para Coreia.

 

“Terceirização fracassada”, análise do Instituto Teotônio Vilela (ITV)

dilma-3Nos últimos meses, talvez consciente de sua limitada capacidade para lidar com a enrascada em que afundou o país, Dilma Rousseff terceirizou nacos importantes do governo. Sua personalidade destrutiva e seu pendor para reincidir no erro, contudo, inviabilizaram a atuação daqueles aos quais ela delegou poderes. A terceirização da presidência também fracassou.

Joaquim Levy foi o primeiro a ser incumbido pela presidente de tentar consertar anos de descalabro. Desde o início do ano, vem tentando emplacar as medidas econômicas de seu ajuste recessivo, mas logrou apenas parco triunfo. Possivelmente calculou mal o tamanho da herança maldita com a qual teria que lidar. O país vive hoje situação pior do que vivia no início do ano, resultado de anos de pedaladas e irresponsabilidades afins.

O Congresso foi uma pedra no sapato do ministro da Fazenda, mas suas principais derrotas aconteceram dentro do governo. Levy quis cortar mais fundo o orçamento deste ano, e não conseguiu. Depois, tentou insistir em manter metas fiscais mais robustas, mas falhou. Em geral, perdeu as seguidas quedas de braço para a Casa Civil e o Planejamento – cujo titular enxerga, não se sabe como nem onde, o início de “um novo ciclo de crescimento” no país.

Por fim, o ministro que chegara para pôr ordem na casa terminou por ter que chancelar um orçamento com déficit. De fiador do governo, Joaquim Levy passou a coadjuvante da primeira presidente da República a não conseguir apresentar à nação contas com receitas e despesas equilibradas. A credibilidade se esvaiu. A ruína à qual o ministro se associou não poderia ser mais completa.

Além do trabalho de Levy, Dilma também conseguiu implodir o papel e as iniciativas de Michel Temer, a quem, apenas quatro meses atrás, delegara a articulação política do governo. O vice-presidente tentou construir pontes com o Parlamento, mas foi seguidamente bombardeado pelo Palácio do Planalto, pelo PT e pela própria presidente da República. A terceirização da política igualmente naufragou.

Diante destes fracassos, o que fica clara é a ampla, total e irrestrita incapacidade de Dilma para liderar uma nação, governar um país, gerir um governo e comandar uma equipe. Autossuficiente, ela jamais conseguiu enxergar seus erros, corrigir rotas, encontrar saídas. Naquilo que poderia ter sido ajudada por seus auxiliares, sabotou-os.

A responsabilidade pela crise sem precedentes na economia, na política, na gestão, no campo ético e moral nas quais o país se encontra cabe inteiramente à presidente eleita e reeleita. Nada deu certo, mas ela continua acreditando que seu voluntarismo, misturado com sua crença cega em receitas fracassadas, ainda possa dar algum resultado. Não deu, nem dará. A culpa é toda dela. Joaquim Levy e Michel Temer são passageiros de um transatlântico à deriva que Dilma Rousseff agora joga ao mar, para naufragar sozinha.

“Isso é resultado de uma administração desastrosa e corrupta”, diz Mansur sobre rombo no orçamento federal

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“O governo federal perdeu o rumo, perdeu o foco.. O Brasil se tornou um país de extrema insegurança. Isso é resultado de uma administração desastrosa e corrupta”

 

Durante a sessão ordinária realizada esta semana na Assembleia Legislativa, o deputado tucano Marcos Mansur fez duras críticas a proposta de orçamento do governo federal com rombo de R$ 30,5 bilhões.enviado para o Congresso.

“Quero me manifestar contra essa movimentação do Executivo. Não houve isso na história recente do País, do Plano Real, mandaram para o Congresso aprovar um orçamento dizendo que vão gastar mais. Vamos decretar o fim da Lei de Responsabilidade Fiscal, que já está acontecendo com as pedaladas fiscais e o com não cumprimento das metas do ano passado”, sentenciou.

Em sua fala, Mansur ainda afirmou que  “o governo perdeu o rumo, perdeu o foco. Isso nos deixa preocupado. Uma grande quantidade de investidores internacionais está tirando seus recursos daqui, o dólar já chegou perto dos quatro reais hoje por causa dessa movimentação. O Brasil se tornou um país de extrema insegurança. Isso é resultado de uma administração desastrosa e corrupta”.

O editorial do Folha de S. Paulo de quarta-feira (02), “Rombo no Orçamento”, destaca que pela primeira vez na história, o Executivo envia ao Congresso uma proposta de Orçamento onde as receitas são menores que as despesas. Ou seja, o governo Dilma admite sua incapacidade de controlar as próprias contas.

Leia a íntegra http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/09/1676616-rombo-no-orcamento.shtml

Assessoria de Comunicação PSDB ES
Rafael Aquino