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Imprensa

“Made in Brasil”, por Aécio Neves

18-03-15-aecio-neves_1Agora é oficial: com a queda de 1,9% do PIB no trimestre, o país entra de vez em grave recessão. Carimbada e assinada pelo PT.

A notícia é catastrófica e triste. Assusta pelo tamanho e profundidade, e entristece pelos danos causados à sociedade e pela ineficácia das propostas apresentadas pelo governo para superá-la.

Nunca em nossa história republicana ostentamos tantos índices ruins. O tamanho do rombo na economia é proporcional ao desgoverno em ação. Com rara originalidade e exemplar mediocridade, o primeiro governo da presidente Dilma fez um estrago considerável nas contas publicas. Agora não adianta chorar o leite derramado, alegar desconhecimento prévio das dificuldades e impor ao país uma cota de sacrifícios que está levando a nossa economia à bancarrota.

Presidente nacional do PSDB. Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 31/08/2015.

Confira a íntegra aqui

PSDB não apoiará volta da CPMF, afirma Aécio Neves

ghg_5697Ao lado dos governadores de São Paulo, Goiás, Paraná, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, afirmou, neste sábado (29), em Cuiabá (MT), que o partido é contrário à proposta do governo Dilma Rousseff de recriar a cobrança da CPMF.

O senador disse que a sociedade brasileira não pode ser penalizada com mais um imposto e cobrou do governo Dilma Rousseff corte de despesas e a requalificação dos gastos públicos.

Aécio Neves e todos os governadores do partido estiveram em Cuiabá, neste sábado, para filiação do governador Pedro Taques ao PSDB.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista do senador Aécio Neves, em Cuiabá (MT).

 Entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

Cuiabá (MT) – 29/08/15

Posição do PSDB sobre impeachment.
Vejo as divergências muito mais nas páginas dos jornais do que no nosso cotidiano. Ao contrário, o PSDB talvez seja o país que mais conversa hoje no Brasil. E esse retrato, essa fotografia com todos nós nessa mesa é a demonstração clara da nossa unidade. Para nós, qualquer desfecho para a gravíssima crise em que o governo do PT mergulhou o Brasil se dará dentro daquilo que prevê a Constituição.

Portanto há uma enorme convergência naquilo que pensamos. Fortalecer as instituições, permitir que as investigações ocorram. E não cabe ao PSDB prever ou escolher cenários para o desfecho dessa crise. Cabe ao PSDB garantir o cumprimento da Constituição e o funcionamento dos nossos tribunais. Depende muito mais do governo do que das oposições adquirir as condições para dar continuidade para este governo que aí está.

O procurador Janot recusou um dos pedidos de investigação para a campanha da Dilma que foi feito pelo PSDB.  Queria que o ser. comentasse isso e sobre a nova CPMF.
Essa é uma informação que você me dá agora. Não tenho como comentá-la porque não a conheço. Repito integralmente as palavras do governador Geraldo Alckmin: O que queremos é investigação. Nenhum brasileiro, repetindo também as palavras do procurador-geral, está acima da lei. Usando a expressão que ele usou, e muito comum na nossa terra, pau que dá em Chico, dá em Francisco. Acho que todos temos que dar respostas.

As investigações, a nosso ver, devem continuar ocorrendo desde que hajam indícios para isso. E o registro que precisamos fazer, porque ontem o procurador fez justiça, corrigiu, na nossa avaliação, um equívoco e mandou arquivar uma investigação que ocorria em relação a um dos mais íntegros e qualificados homens públicos do nosso tempo, o governador e hoje senador, Antonio Anastasia. Esse arquivamento, na verdade, corrige um equívoco e resgata a trajetória ilibada, a trajetória inquestionável, ética e moral do ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia. Todos nós, tucanos, compreendemos esse como um gesto de justiça.

Em relação a essa notícia, não conheço seus termos, mas vamos continuar cobrando investigação. Não antecipamos punição, não antecipamos condenação. Não é o nosso papel. Nosso papel é garantir que quaisquer denúncias sejam investigadas e é isso que temos feito.

Sobre CPMF
Sobre CPMF, a posição do PSDB é a mesma que externei durante a campanha eleitoral até aqui. Somos contra o aumento dos impostos. O ajuste rudimentar que esse governo vem propondo se ancora, se sustenta em dois pilares. Primeiro deles, supressão de direitos dos trabalhadores, e o segundo, aumento de carga tributária. Ele deveria estar sustentado em dois outros pilares, que seria a redução de despesas, com a requalificação do Estado, e a retomada do crescimento, pois aí se arrecadará mais. E o governo me parecer não ter condições de fazer nem uma, nem outra coisa. Nem diminuir as suas despesas, nem tampouco estimular o país, os investidores e o mercado a participar da retomada do crescimento. Nós, do PSDB, não apoiaremos nenhuma proposta que puna ainda mais os já tão punidos cidadãos, consumidores e contribuintes brasileiros.

Procuradoria Geral da República reconhece inocência de Anastasia e pede ao STF arquivamento de inquérito

antonio-anastasia-foto-gerdan-wesley1O procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (28/08) o arquivamento do inquérito aberto contra o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) no âmbito da operação Lava Jato. Na prática a ação é um reconhecimento da inocência do ex-governador mineiro que foi investigado nos últimos 6 meses pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral, segundo a qual não foram encontrados “elementos mínimos” que justificasse a continuidade do inquérito.

Durante todo esse período nenhum fato ou indício foi encontrado de forma a confirmar a versão apresentada pelo ex-policial Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca. Segundo as investigações ele trabalhava distribuindo recursos ilícitos para o doleiro Alberto Youssef, acusado de ser operador de esquemas entre empreiteiras, políticos e a Petrobras.

Histórico
Em depoimento em novembro do ano passado, Jayme afirmou que foi a Belo Horizonte entregar a quantia de 1 milhão de reais, em 2010, a uma pessoa que ele não identificou. Ao ser apresentada uma foto do ex-governador Antonio Anastasia, o ex-policial disse que a pessoa a quem entregou o dinheiro ‘era muito parecida’ com a da foto. Por causa disso a Procuradoria resolveu abrir inquérito para apurar o caso. Dos 47 procedimentos abertos para investigação de parlamentares o de Anastasia era o único que não havia sido decorrente de delação premiada, já que Jayme falou apenas na condição de testemunha.

Durante as investigações o próprio doleiro Alberto Youssef – este sim em delação premiada, quando qualquer mentira ou omissão de fatos é proibida – negou que tenha mandado entregar qualquer valor ao senador. “Quanto ao nome Anastasia, eu tenho certeza que nunca recebi nenhuma orientação para pagamentos a essa pessoa e nem orientei Jayme a fazer isso”, disse em depoimento à Polícia Federal no dia 12 de maio. A mesma afirmação foi feita na última terça-feira (25/08), na CPI que investiga o caso no Congresso.

Jayme, por sua vez, não confirmou que entregou dinheiro ao ex-governador mineiro. Em depoimento marcado para falar sobre o caso, no dia 22 de maio, permaneceu em silêncio. Em outro testemunho, prestado junto à Justiça Federal, em Curitiba, no dia 4 de maio, no entanto, o ex-policial citou o nome de outra pessoa ao ser perguntado pelo promotor a quem teria entregue dinheiro em Belo Horizonte.

No dia 20 de julho Jayme Alves de Oliveira Filho foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a sentença de 11 anos e 10 meses de prisão em regime fechado e multa de R$285 mil.

Em mais de uma centena de testemunhos em todo o âmbito da operação Lava Jato em nenhum outro momento o nome de Anastasia foi citado.

Investigue-se
Desde o dia em que tomou conhecimento da citação de seu nome pelo ex-policial, Anastasia foi incisivo ao afirmar que nunca conhecera nem jamais esteve nem com Jayme, nem com Youssef. Ao mesmo tempo, manifestou indignação e revolta com a tentativa de envolver sua história e trajetória neste assunto. Em pronunciamento na tribuna do Senado, no dia 10 de março, Anastasia defendeu o trabalho da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República, e disse confiar que justiça seria feita.

“Estamos diante de alegações extremamente precárias, contraditórias e sem qualquer amparo fático. Espero – e confio – que a justiça seja feita com a brevidade possível, para se restaurar, na plenitude, a minha trajetória e a minha honra. Sou, fundamentalmente, um profissional do Direito que acredita na Justiça e nas instituições. E, sobretudo, tenho a mais forte e invencível das defesas: a consciência tranquila”, afirmou à época.

Para o advogado responsável por acompanhar o caso, Maurício Campos Júnior, as investigações levadas a cabo pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, reforçaram a convicção das pessoas na honestidade do senador. “Desde o início, considerávamos que o arquivamento era o destino natural desse inquérito, mesmo porque a estória contada não tinha o menor nexo, não era referendada por qualquer testemunha e não encontrava apoio em nenhum elemento objetivo. O fato simplesmente não existiu. O que lamentamos é o envolvimento do nome de um senador sério e correto como Anastasia, submetendo-o a um desgaste que jamais será suficientemente reparado”, afirmou.

Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, o arquivamento da investigação sobre Anastasia corrige um erro e faz justiça a um dos mais íntegros homens públicos do País. “O PSDB se orgulha de ter em seus quadros o ex-governador e atual senador cuja exemplar trajetória política é agora reparada por essa decisão que, estamos certos, será acompanhada pelo STF”, disse.

Para o senador Anastasia, ainda há elementos que precisam vir à tona. “Injustamente buscaram envolver meu nome em toda essa história. É preciso que a Justiça vá ainda mais a fundo e apure os interesses por trás dessa ficção. Quero saber porque motivo e a mando de quem tentaram colocar meu nome nesse caso. Essa é a outra justiça que espero. Quero agradecer a todos os mineiros, meus familiares, meus amigos, os cidadãos de todo o Brasil, que confiam e confiaram em mim, e sabiam que eu estava do lado da verdade”, afirmou o senador.

“A recessão, de fato”, análise do Instituto Teotônio Vilela (ITV)

economia-brasil-300x1931Foi pior do que o previsto. O resultado do PIB do segundo trimestre, divulgado nesta manhã pelo IBGE, revela crise ainda mais brava do que já se temia. A economia brasileira tombou em peso. A recessão, agora tanto de fato quanto técnica, é obra com selo de qualidade do PT.

A queda no trimestre foi de 1,9%, na comparação com os três primeiros meses do ano. É o pior resultado desde 2009, e muito acima do que previam analistas. Como já houvera retração no primeiro trimestre (agora revista para -0,7%), o Brasil está oficialmente em recessão.

Em relação a igual período do ano anterior, ou seja, o segundo trimestre de 2014, o tombo da produção brasileira de bens e serviços chegou a 2,6%, quinta retração consecutiva e a mais longa sequência de baixas da série iniciada há 19 anos.

Desta vez, pelo lado da oferta, nenhum setor de atividade resistiu. Ruíram todos, inclusive a agropecuária, que até o primeiro trimestre ainda vinha apresentando alta. A indústria foi a que se saiu pior, com baixa de 4,3% sobre o trimestre anterior. Do lado da demanda, só as exportações não recuaram no período.

Os investimentos tiveram baixa horrorosa, de 8,1% sobre o primeiro trimestre – a oitava retração consecutiva nesta base de comparação – e de 12% em relação ao segundo trimestre de 2014, quinta seguida e a maior desde 1996. A taxa de investimento como proporção do PIB despencou, para 17,8%, a menor desde 2007.

Antes esteio do modelo econômico petista, o consumo das famílias também desabou 2%, “explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período”, segundo o IBGE. O PIB per capita terá várias quedas anuais seguidas, empobrecendo o brasileiro – estima-se que, em dólar, a baixa chegue a 30% neste ano.

A economia brasileira é, de longe, a de pior desempenho entre os países da OCDE. Entre 25 nações que já divulgaram o resultado do PIB do segundo trimestre, apenas seis registraram queda. Nenhuma tão acentuada quanto a do Brasil.

Dilma Rousseff caminha para produzir o pior resultado econômico desde Fernando Collor e esmera-se em fabricar a recessão mais longeva dos últimos 80 anos. Desde a Grande Depressão, nos anos 1930, o PIB não tem duas quedas consecutivas, algo que agora parece líquido e certo com as perspectivas sombrias também para 2016.

Na realidade, o Brasil já está soterrado em recessão desde o segundo trimestre de 2014, de acordo com critérios técnicos usados pela FGV. A penúria atual tende a ser mais severa e sua duração, mais prolongada. Além disso, a crise é fruto de fatores estritamente internos. Não há tsunami, nem marolinha externa que justifiquem o mergulho da nossa economia.

Não adianta perguntar para a presidente da República por que estamos tão mal. Ela terá na ponta da língua algumas elucubrações, todas furadas. Pode tentar alegar que “não sabe”, como já fez noutra ocasião, ainda em meados de 2014. Pode querer dizer que “levou muito susto”, como na entrevista que concedeu a três grandes jornais nesta semana. Uma coisa é certa: Dilma Rousseff não faz a menor ideia de como nos tirar da enrascada em que colocou o Brasil.

 

Tucanos de Sooretama planejam ações para Setembro

2015-08-28 11.29.18Lideranças do PSDB Sooretama se reuniram nesta quinta-feira (27) para tratar do plano de trabalho para o mês de Setembro. Participaram do encontro o presidente do diretório municipal Cima Guizani, o ex-prefeito de Sooretama Antônio Jaó e Francisco de Assis, que foi presidente da Câmara Municipal e Secretário de Educação.

Na ocasião ficou definido para amanhã (29) novo encontro com a presença de todos os membros da Executiva de Sooretama para ajustes e alinhamento das atividades do plano de ação para setembro, onde o partido intensificará os trabalhos de filiação partidária de novas lideranças, visando as eleições de 2016.

Para Cima Guizani, o planejamento das ações é fundamental para o crescimento da socialdemocracia no município.

“O PSDB Sooretama não registrou baixa na relação dos filiados com a composição da nova diretoria do partido, mas nosso objetivo é com planejamento, ampliar e qualificar os nossos quadros. Realizaremos encontros e palestras  periodicamente para oxigenar a nossa militância. Em relação a 2016: teremos candidato a prefeito e certamente uma grande chapa de candidatos a vereadores.” afirmou Cima.

 

Ibope: Tucanos venceriam Lula numa eventual disputa presidencial

logo-600x400-300x200Pesquisa do Ibope divulgada hoje na coluna de José Roberto Toledo, no jornal Estado de São Paulo, mostra os tucanos à frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma eventual disputa pela Presidência da República.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, é o que teria vantagem maior sobre o petista. Se houvesse um segundo turno entre Lula e Aécio, o tucano venceria por 50% a 31%. A diferença entre os dois cresceu quatro pontos percentuais em relação a simulação divulgada em junho passado.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também venceria Lula em um eventual segundo turno com 41% das intenções de votos, enquanto o petista receberia apenas 37%. A vantagem dos tucanos seria mantida também se o candidato do PSDB fosse o senador José Serra, que venceria o petista por 43% a 36%.

A pesquisa revela ainda que Lula, em menos de dez meses, perdeu metade dos eleitores que votaram na presidente Dilma Rousseff no ano passado. Ele só conseguiria empatar com Aécio no Nordeste, entre os eleitores muito pobres, perdendo em outras regiões e segmentos sociais.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 142 municípios de todo o País, entre 15 e 19 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Leia aqui a coluna de José Roberto Toledo: “Lula, tucanos e votos”

“Aumento de impostos, não!”, análise do ITV

dinheiro_calculadora-economia-ebcO governo do PT não sossega. Depois de ter dedicado os últimos meses a promover um arrocho fiscal de péssima qualidade, prepara-se agora para voltar a avançar sobre o bolso dos contribuintes. Está em gestação mais um impostaço, começando pela ressurreição da famigerada CPMF.

O plano da presidente Dilma é enviar ao Legislativo uma proposta de emenda constitucional recriando o imposto do cheque. O tributo foi cobrado dos brasileiros até 2007, quando foi derrubado pelo Congresso, numa vitória histórica da sociedade contra a sanha arrecadatória do PT. Incidia à alíquota de 0,38% sobre movimentações financeiras e chegou a render R$ 36 bilhões (ou R$ 58 bilhões em valores atualizados pela inflação).

A justificativa oficial é de que, sem avançar ainda mais no bolso dos brasileiros, a conta fiscal do ano que vem não fechará. São necessários mais R$ 80 bilhões para tapar o rombo da incúria petista. Os ministros chamados de “desenvolvimentistas” ou da “ala política” do governo defendem que a melhor alternativa para arranjar o dinheiro é esfolar ainda mais o contribuinte.

A carga tributária vem crescendo de forma contínua nas gestões do PT e hoje alcança perto de 34% do PIB. O brasileiro trabalha cinco meses do ano só para pagar impostos, segundo cálculos do IBPT. Em contrapartida, somos o país onde o retorno do que é recolhido pelos contribuintes ao fisco é um dos piores do mundo em termos de serviços públicos prestados.

Mas isso não é suficiente para frear os ímpetos arrecadatórios do governo petista. Além do aumento da CPMF, também está sob análise a mudança na forma de cobrança do PIS/Cofins, com impacto brutal sobre prestadores de serviço, em especial. O governo alega que quer “simplificar” o sistema, mas o resultado é bem distinto: com a medida, as alíquotas podem mais que dobrar e render uma arrecadação extra de R$ 50 bilhões.

Na realidade, os contribuintes brasileiros estão sendo chamados a pagar a conta dos descalabros promovidos pela gestão da presidente Dilma nos últimos anos. Com sua mal sucedida política de desoneração fiscal, voltada para atender os amigos do rei com fartos e baratos recursos públicos, as receitas tributárias vêm caindo. Já viu para quem vai sobrar a fatura, não é?

Além do impostaço, o governo já adiantou que o arrocho fiscal deverá se aprofundar no próximo ano, com mais cortes de benefícios sociais. Está em estudo dobrar a carência para concessão de aposentadoria por invalidez e tornar ainda mais severas as regras para concessão de auxílio-doença (já alteradas neste ano). Programas sociais também serão dizimados. Num país onde até doação de girafa é objeto das garras do leão nada mais surpreende. Segure sua carteira, porque o bicho está solto e faminto.

 

“Dilma e Alice”, por Antônio Marcus Machado

antonioitvA presidente Dilma, depois  de se mostrar pública e oficialmente surpresa com a deterioração do quadro econômico, político e social do nosso país, quer agora incluir a China no rol dos culpados por essa situação. Transformá-la em um bode expiatório. Ora, na verdade, foi a China quem nos salvou nos momentos de crise – não oficialmente reconhecida pelo governo petista, diga-se de passagem – comprando substancialmente nossas commodities e garantindo nossa receita de exportações nos últimos anos. Enquanto isso, como se Houdini fosse, o governo  Dilma criava perspectivas ilusórias, alimentando a classe humilde com as migalhas da desilusão.

Não podemos cair nessa armadilha de explicar nossa imensa e ampla crise interna pelas condições internacionais. Até porque a China vai muito bem, com uma elevada escolaridade aplicada ao mundo tecnológico, uma consistente reserva cambial e uma competência geopolítica marcante. Ao contrário, o Brasil se fragiliza em termos de ensino-aprendizagem no meio educacional, tem pouco mais de 350 bilhões de reservas cambiais e perde importância na geopolitica latino americana. Especialmente, no cone sul.

A politica econômica é tão controversa, com uma mistura de boa técnica do Levy com a má politica do Alvorada, ao ponto de construir contraposições evitáveis entre a politica fiscal e a politica monetária. Agora, por exemplo, anunciou que bancos públicos como a CEF e o Banco do Brasil vão irrigar o mercado – aqui entendido como setores em dificuldade – com empréstimos remunerados com taxas abaixo do mercado, como fez ao financiar o BNDES desde 2010.

O que o empresariado quer não é isso, essa pretensa “bondade” que tanto prejudica o equilíbrio fiscal público e se contrapõe às ações de politica monetária na tentativa de organizar os preços e combater a inflação. Ele quer é ética na gestão publica, segurança jurídica em seus contratos e competência na criação de condições para um crescimento econômico sustentável. O governo faz discursos vazios como “cortar ministérios” sem dizer quais e que economias gerariam, e “colocar imóveis à venda” para obter recursos financeiros. Porém, ao mesmo tempo sinaliza que vai construir mais seis prédios anexos à Esplanada dos  Ministérios.

Dilma, como pessoa e governante, lembra Alice, de Carrol, quando esta pergunta à Lagarta: quem é você?

“Eu…eu…nem mesma eu sei, senhora, nesse momento…eu…enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que me transformei várias vezes desde então.”

Presidente estadual do Instituto Teotônio Vilela – ITV

Max Filho condena proposta do governo Dilma de aumentar impostos em 2016

MAXDeputados do PSDB rechaçaram nesta semana qualquer tentativa de aumento de impostos no país. Os tucanos entendem que não há clima para se aprovar propostas nesse sentido no Congresso e nem razões para isso, pois a carga tributária brasileira já é muito alta. Mesmo com os impostos tendo atingindo 35,42% do PIB em 2014, segundo o IBPT, o governo do PT irá sugerir aumento de tributos na peça orçamentária de 2016 que deverá ser enviada ao Legislativo nesta semana.

O artifício, na avaliação dos tucanos, é errado. Os parlamentares acreditam que aumentar impostos significa sacrificar ainda mais o cidadão.

Max Filho comparou a situação atual com a da época do Brasil colonial, quando a Coroa Portuguesa exigia o pagamento de um quinto dos minérios extraídos na colônia. “Na época, chamavam aquilo de quinto dos infernos. Agora já chegamos a quase dois quintos! O povo está vivendo a serviço do Estado, e não ao contrário, como deveria ser. O Brasil inverteu a lógica. É um estado pesado, obsoleto, anacrônico”, apontou.

Segundo Max, o Congresso não aprovará medidas que visem ampliar a cobrança de impostos. “Não há clima para isso. As propostas do ajuste fiscal já foram aprovadas. Não há espaço mais na economia para se votar aumento de impostos. O remédio tem que ser em favor do paciente. O aumento de impostos é um remédio que leva o paciente a óbito”, alertou.

Os parlamentares analisam que o cenário atual já é de alto peso dos tributos sobre a renda dos trabalhadores. De acordo com o IBPT, a carga tributária sobre o PIB, que já era alta, cresceu, entre 2013 e 2014, em 0,39 ponto percentual, chegando a 35,42%. Durante o primeiro mandato de Dilma, houve aumento de 1,66 ponto percentual da carga tributária.

O deputado Caio Narcio (MG) explica que a falta de planejamento ao longo dos governos petistas levou o país às atuais dificuldades financeiras.  “Aí quando as contas não fecham encontram como solução passar para o trabalhador pagar mais tributos. Isso só onera mais o cidadão”, alertou.

O tucano também teme que, com mais impostos, os empregos sejam reduzidos e um efeito contrário seja produzido na economia, pois o dinheiro que o cidadão estará pagando de impostos poderia estar sendo utilizado para investimentos e novos empreendimentos. “Não resolvem o problema. É um recurso que podia ser para ampliar o ganho salarial do trabalhador”, avaliou.

Para o deputado, o governo prova com essa intenção que as chamadas “pautas bombas” surgem no Planalto, e não no Congresso, como tem afirmado a presidente Dilma. Apesar disso, o tucano garante que dificilmente os congressistas permitam que o propósito do governo tenha êxito. “Não há clima na Câmara para aumentar impostos. No Brasil, na verdade, não há porque se aumentar impostos, pois já somos um dos países onde mais se cobram tributos e que menos presta serviços em contrapartida”, disse. Para Caio, ao invés de ampliar a tributação o governo deveria dar o exemplo e repensar seus gastos, reduzindo  atual a gigantesca máquina governamental.

“Iniciamos a semana com péssimas notícias para a economia e para o bolso do cidadão brasileiro. Não basta estarmos entre os 30 países que mais cobram impostos no mundo, o governo brasileiro quer aumentar a arrecadação por meio de tributos”, criticou Alexandre Baldy (GO).

 NÚMERO

R$ 1,3 trilhão
É quanto os brasileiros já pagaram em tributos neste ano, estima o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O montante será atingido às 16h desta terça-feira (25). No ano passado, esse valor foi registrado em 10 de setembro. Com este valor seria possível, por exemplo, fornecer cestas básicas para toda a população brasileira por 21 meses ou construir mais de 26 milhões de postos policiais equipados, calcula a ACSP.

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

 

Reabertura de ação pela cassação de Dilma pelo TSE é grande vitória, avalia Sampaio

carlos-sampaio-foto-agencia-camaraO líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), classificou de “grande vitória” a formação de maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para aceitar recurso do PSDB e dar continuidade a uma ação contra a chapa da presidente Dilma, reeleita em 2014 por margem apertada de votos.

De acordo com o tucano, a primeira batalha está vencida. ”Agora, vamos lutar para a vitória final no TSE, que poderá afastar o PT definitivamente da Presidência da República”, destacou Sampaio.

Ocorrido na noite dessa terça-feira, o julgamento foi interrompido por um novo pedido de vista, feito pela ministra Luciana Lóssio. Após a conclusão da análise, caso a maioria seja mantida, Dilma e seu vice serão intimados para a defesa. Essa é uma das quatro ações apresentadas pelo PSDB em 2014. O partido avalia que houve abuso de poder político e econômico na disputa realizada no ano passado. Para comprovar a tese, aponta vários fatos ocorridos durante o pleito (leia abaixo).

Pelas redes sociais, outros parlamentares também comentaram o caso. “Decisão correta do TSE! É preciso investigar e apurar todos os fatos! A regra tem que valer pra todos!”, escreveu Samuel Moreira (SP) no Twitter. “Mais uma etapa vencida a favor do povo brasileiro. Alguém ainda duvida que o crime de responsabilidade aconteceu?”, questionou Alexandre Baldy (GO) pela mesma rede social. “Não são só as ruas que pedem, os tribunais também querem a justiça e a verdade!”, completou Bruno Covas (SP).

Em sua intervenção, o ministro Gilmar Mendes disse ter verificado a existência de “suporte de provas que justifica a instrução processual da ação de impugnação de mandato eletivo quanto ao suposto abuso do poder econômico decorrente do financiamento de campanha com dinheiro oriundo de corrupção/propina”, comprovando a consistência da ação apresentada pelo PSDB.

Os abusos da campanha suja do PT em 2014, segundo a ação do PSDB

–  Abuso de poder político de Dilma pela prática de desvio de finalidade na convocação de rede nacional de emissoras de radiodifusão.

– Manipulação na divulgação de indicadores socioeconômicos – abuso cumulado com perpetração de fraude.

– Uso indevido de prédios e equipamentos públicos para a realização de atos próprios de campanha e veiculação de publicidade institucional em período vedado.

– Abuso de poder econômico e fraude, com a realização de gastos de campanha em valor que extrapola o limite informado.

– Financiamento de campanha mediante doações oficiais de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas.

– Massiva propaganda eleitoral levada a efeito por meio de recursos geridos por entidades sindicais.

– Transporte de eleitores por meio de organização supostamente não governamental que recebe verba pública para participação em comício na cidade de Petrolina (PE).

– Uso indevido de meios de comunicação social consistente na utilização do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão para veicular mentiras

– Despesas irregulares – falta de comprovantes idôneos de significativa parcela das despesas efetuadas na campanha – e fraude na disseminação de falsas informações a respeito da extinção de programas sociais.

Do PSDB na Câmara