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PSDB de Cariacica tem novo Diretório

convenção_cariacicaEm convenção realizada hoje (16/05) na Câmara Municipal de Cariacica a Vereadora Ilma Chrizóstomo Siqueira foi eleita a nova presidente do Diretório local do PSDB.

A composição da Executiva de Cariacica ficou da seguinte forma:

Presidente: Ilma Chrizóstomo Siqueira

Vice-presidente: Carlos Alberto Amorim de Assis

Secretário: Nilton Basilio Teixeira

Tesoureiro: Gelianderson Chrizóstomo Siqueira

Vogal: Ronaldo Chagas

Vogal: Cidália Matusoch Sarmaento

Suplentes: Alessandro Diniz Coutinho

Charles da Silva Martins

Cláudio Ulizia Guerrat Teixeira

Francisco de Assis Nicoli

Nilson Basilio Teixeira

Ninive Alécia Coutinho Santos

Estiveram presentes na convenção o Deputado Federal Max Filho, o Presidente do Bandes Luiz Paulo Vellozo Lucas, o Prefeito de Cariacica Juninho, o Presidente Estadual da Juventude do PSDB Vitor Otoni dentre outras lideranças locais.

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BC: Todas as regiões do país são atingidas pela desaceleração da atividade econômica

industria“Boletim Regional divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira  (15) mostra que o ritmo de atividade econômica no país desacelerou-se no trimestre encerrado em fevereiro, como reflexo do “processo de ajuste na economia”.

Nesse período, o Índice de Atividade Econômica do BC-Brasil (IBC-Br) recuou 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior — setembro, outubro e novembro —, revertendo uma alta de 0,7% naquele período.”

Os números constam em matéria publicada na edição online de O Globo.

De acordo com os dados, “o Sul foi onde a perda de dinamismo se deu com maior intensidade, com o IBC-Br da região recuando 1,4% no trimestre até fevereiro, depois de ter crescido 2,5% no trimestre até novembro.”

O Globo destaca ainda que em âmbito regional, “de acordo com o BC, mesmo tendo apresentado ligeira retração, a economia do Nordeste se manteve em melhor situação que a média nacional.”

“Refletindo a desaceleração das vendas no comércio varejista, o menor vigor do mercado de trabalho e a retração da produção industrial, o nível da atividade no Sudeste também perdeu ritmo. O Centro-Oeste cresceu um pouco mais, 0,4%, mas também em desaceleração à taxa de 0,6% do período anterior. O IBC-Br da região Norte também desacelerou,”, descreve a reportagem.

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“E o partido dos trabalhadores punindo…os trabalhadores”, por Arthur Virgílio Bisneto

Arthur-Virgilio-BisnetoEstamos acompanhando já há algum tempo o aumento dos preços no Brasil. Em todos os quatro cantos do país, a constatação das pessoas é uma só: inflação elevada. A população tem notado com mais frequência que o seu suado salário está comprando cada vez menos bens de consumo. A mesa está cada vez mais vazia ou com produtos de menor qualidade, porque a renda do trabalhador está sendo corroída pela inflação.

Diante de toda a angústia expressa pela população, o governo ainda insiste em afirmar em alto e bom tom que a inflação está sob controle. Durante o pleito eleitoral do ano passado, a candidata Dilma insistia em ludibriar os eleitores afirmando que os preços não estavam descontrolados. Vimos depois que o governo segurou o aumento de muitos preços por conta do impacto que isso causaria no resultado das eleições; uma decisão puramente pensando na manutenção do poder e não no bem-estar da população.

Com a vitória no pleito eleitoral, o governo mostrou sua verdadeira face e liberou o aumento dos preços de vários itens, como gasolina e energia. Tamanho está o descontrole atualmente que até o próprio governo não acredita mais que conseguirá manter a inflação de 2015 dentro do que estabelece o regime de metas de inflação, sendo o teto 6,5% a.a. O mercado estima também inflação elevada, prevendo que encerre o ano em cerca de 8,3% a.a., segundo o último Boletim Focus do Banco Central.

Esse aumento descontrolado dos preços também é observado na cesta básica. De acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo da cesta básica está bastante elevado neste começo de ano. Os dados apontam que no primeiro quadrimestre o preço da cesta básica teve elevação em todas as 18 capitais pesquisadas, apresentando percentual mínimo em Manaus (3,3%) e máximo em Vitória (17,71%).

Se tomarmos em conta a inflação acumulada nos quatro primeiros meses de 2015, que está em 4,56% (já corresponde ao centro da meta de inflação, que era para ser a inflação de todo o ano de 2015), notamos que das 18 capitais nas quais o Dieese faz levantamento de preço da cesta básica, em apenas duas delas a variação no valor da cesta básica não foi maior do que a inflação acumulada: Manaus (3,3%) e Florianópolis (4,31%).

Como estamos enfatizando desde o começo de nosso mandato, o governo Dilma está punindo a população brasileira com suas políticas equivocadas, diminuindo paulatinamente o poder aquisitivo do trabalhador.

Os dados da cesta básica referentes a 2015 mostram que a cada mês o brasileiro que recebe salário mínimo tem que trabalhar mais, para garantir a alimentação de sua família. Para se ter uma ideia, em janeiro o tempo necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 90 horas e 01 minuto, em fevereiro de 91 horas e 04 minutos, em março de 91 horas e 59 minutos e, por fim, em abril foi de 94 horas e 28 minutos, segundo os dados do Dieese.

O atual cenário econômico está muito ruim; a perspectiva para o crescimento da economia é pior do que no ano passado (quando o PIB ficou estagnado); implementação de um pacote de ajuste fiscal que vai sacrificar muito a população brasileira; consumidores e empresários estão pessimistas com os rumos do país. São todos pontos que influenciam negativamente na vida da população. São pontos que continuarão pressionando os preços e fazendo com que o trabalhador brasileiro necessite trabalhar mais tempo para adquirir a cesta básica para alimentar a sua família.

É o partido que se diz ser dos trabalhadores punindo exatamente os trabalhadores brasileiros mais carentes. Isso é simplesmente lamentável e vergonhoso!
Deputado federal (PSDB-AM), líder da Oposição e presidente regional do PSDB no Amazonas.

 

Enem vai doer no bolso dos estudantes

estudantesadultosebcCandidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão de pagar mais pela taxa de inscrição este ano.

As inscrições, que começam no próximo dia 25, estão mais caras: Passaram de R$ 35 para R$ 63, o equivalente a um reajuste da ordem de 80%.

O anúncio não apenas do aumento da taxa, mas também de outras mudanças na dinâmica do Exame, foi feito nesta quinta-feira (14), pelo ministro da Educação, Janine Ribeiro e equipe.

Reportagem publicada na edição desta sexta-feira (15) no jornal Correio Braziliense, diz que o reajuste “deve ter um impacto de R$ 60 milhões na receita. De acordo com a matéria, a pasta prevê novos reajustes para as próximas edições, “mas não determinou ainda se serão anuais ou a cada dois ou três anos.”

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) lamenta: ‘É uma perversão para aqueles que estão tentando ter  acesso à universidade e ao mercado de trabalho.”

O tucano questiona a medida: “Porque encarecer a taxa de quem não está trabalhando? São ações que não se justificam, que não têm embasamento”, reitera.

O Enem de 2015 será realizado em 24 e 25 de outubro em todo o país.Os estudantes que tenham cursado o ensino médio em instituições públicas ou que comprovarem baixa renda permanecerão isentos da cobrança da taxa.

Outra mudança é que o cartão de inscrição, conforme o portal de notícias G1, deixará de ser impresso pelo MEC e enviado pelos Correios.  “Agora, terá que ser baixado ou consultado diretamente no site do Enem. O documento serve para orientação e não precisa ser apresentado no exame.”

A publicação do edital com todas as regras ocorrerá na segunda-feira (18), no “Diário Oficial da União”.

O MEC estima um total de mais de nove milhões de inscritos. No ano passado foram 8,7 milhões.

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PSDB realiza convenções municipais neste final de semana

calendarioconvenmunicipO PSDB realiza neste final de semana as convenções municipais que elegerão os novos diretórios em 14 municípios.

Na reunião dos Diretórios Municipais para a eleição da Comissão Executiva, serão considerados eleitos e empossados os nomes que tiverem a maioria dos votos dos presentes, observado o quórum da maioria absoluta da reunião.

Calendário convenções municipais

16/05 – Afonso Cláudio
16/05– Cariacica
16/05 – Ecoporanga
16/05 – Iconha
16/05 – João Neiva
16/05 – Viana
17/05 – Bom Jesus do Norte
17/05 – Domingos Martins
17/05 – Linhares
17/05 – Marechal Floriano
17/05 – Pancas
17/05 – Santa Teresa
17/05 – São José do Calçado
17/05 – Vitória

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“Portas fechadas para a casa própria”, análise do ITV

minha-casa-minha-vida-foto-divulgacao--300x194O sonho da casa própria está ficando cada vez mais distante para os brasileiros. As portas dos financiamentos estão se fechando, os empréstimos encareceram, os recursos ficaram escassos e até o Minha Casa Minha Vida entrou em parafuso, revelando os limites de um programa pré-fabricado como propaganda vistosa, mas de sucesso enganoso.

O alerta soou ainda na segunda semana de janeiro, quando a Caixa elevou os juros dos empréstimos para a casa própria. Em algumas linhas, a alta foi de 20%. Mas não parou aí. Em abril, veio novo aumento das taxas. Como o banco público é referência no país para este tipo de operação, as demais instituições financeiras seguiram o exemplo e também subiram seus encargos.

Não foi apenas o custo dos financiamentos que aumentou. As condições para tomar os empréstimos também ficaram muito mais restritivas. Em alguns casos, a parcela financiada foi reduzida para 30% do valor dos imóveis. Para imóveis usados de menor valor, o percentual baixou de 80% para 50%, obrigando o mutuário a mais que dobrar a poupança necessária para comprar sua casa.

A explicação oficial é que a fonte que financia o crédito imobiliário no país está secando. Há quatro meses, com o agravamento da crise econômica, os brasileiros avançam sobre os recursos poupados nas cadernetas para fazer frente a despesas que não cabem mais nos salários. No ano, até agora, os saques superaram os depósitos em R$ 29 bilhões.

O número de imóveis financiados já diminuiu 11% no ano. Mas vai cair mais. Nesta semana, a Caixa confirmou que fechou o guichê para a concessão de novos empréstimos. Como alternativa, o governo Dilma cogita avançar sobre a outra poupança dos trabalhadores e usar o FGTS nas linhas de financiamentos. Há resistência.

Na outra ponta, o Minha Casa Minha Vida está entre as vitrines do governo petista que estão estilhaçando neste início de segundo mandato. Nenhuma unidade voltada a famílias de baixa renda foi contratada neste ano. Desde 2013, os pagamentos têm atrasado e, desde outubro, 265 mil trabalhadores da construção civil foram demitidos. O corte orçamentário deve levar embora mais um naco do programa.

O governo petista sempre sustentou que havia feito uma “revolução” no setor de habitação no país. Há nisso muita propaganda e pouca realidade. O Minha Casa Minha Vida de fato permitiu a construção de alguns milhares de casas, mas passou longe de atenuar o déficit de moradias no país, principalmente nas grandes cidades e entre os mais pobres.

Assim como noutras áreas sociais, como a educação, o segmento habitacional está sofrendo as consequências do arrocho recessivo posto em marcha pela gestão do PT. O que parecia construção sólida está agora desmoronando como castelo de areia, junto com os excessos que marcaram os últimos anos de governo petista.

PSDB NACIONAL

Max Filho apresenta proposta e Câmara Federal discute mandato e referendo popular para ministro do Supremo

Max 1Com o apoio de 186 parlamentares, o Deputado Federal do PSDB Max Filho apresentou proposta de emenda constitucional fixando em 10 anos o mandato dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que terão que ser aprovados em referendo popular. De acordo com a proposta, o referendo popular será realizado na primeira eleição geral após a nomeação do ministro para o cargo. Após 10 anos no cargo, o ministro será submetido a novo referendo popular.

A proposta de Max Filho será analisada pela Comissão Especial da Câmara encarregada de apreciar a Proposta de Emenda Constitucional 473, de 2001, da qual ele é suplente. Na manhã desta quinta-feira (14/05), a comissão aprovou a realização de audiência pública com 13 personalidades da área jurídica, entre elas os ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso. Max Filho pediu para acrescentar o nome de Nelson Jobim, ministro aposentado do STF.

Na próxima semana, a comissão deve ouvir o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado, o presidente da associação dos magistrados do Distrito Federal, desembargador Sebastião Coelho, e um representante do Ministério Público Federal. A PEC 473 estabelece que os ministros do STF serão escolhidos pelo Executivo e pelo Congresso Nacional, de forma alternada.

Assessoria Deputado Federal Max Filho
Gilson Luiz Euzébio

PSDB Vila Velha elege Jorge Carreta

399282_337828016296414_1409009462_nEm convenção realizada no inicio desta semana o PSDB de Vila Velha elegeu os novos dirigentes canela-verde.

Numa manifestação democrática e de consenso foram eleitos os seguintes membros:

Presidente: Jorge Luiz Carreta

Vice-presidente: Dino Filho

Secretário: Nerci Pereira

Tesoureiro: Edmar Barbosa Junior

Líder da Bancada na Câmara: Vereador Rogerio Cardoso

Vogal: Railton Nunes Santos

Vogal: Welliton Costa Braga

Suplentes: Juliano Valadares Rangel

Maurício Pinto Guimarães

Fabiano Oliveira

Sônia Moraes Fraga

Eliane da Silva Pinto

Segundo o Presidente eleito do Diretório, a gestão terá como foco a filiação de novas lideranças no Município.

“Vamos dar continuidade ao trabalho realizado em Vila Velha, agregando novas lideranças políticas, com o objetivo de fortalecer o processo de filiações ao partido. Já estamos com estratégias planejadas paras as eleições de 2016.“ afirmou o novo presidente Jorge Carreta.

A convenção aconteceu segunda-feira (11), no dispensário São Judas Tadeu no bairro da Prainha, e contou com a presença o Deputado Federal Max Filho, o Deputado Estadual Sergio Majeski, o Presidente Estadual do PSDB, Jarbas Assis dentre outras lideranças locais e estaduais.

 

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Colnago anuncia coordenador de Direitos Humanos

ColetivaDH_Nestor(2)_jpgO professor Júlio Pompeu, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), assume a  Coordenadoria Estadual dos Direitos Humanos, do Governo do Estado. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (13) pelo vice-governador César Colnago, durante coletiva de imprensa.

O vice-governador do PSDB César Colnago elogiou a atuação do professor Júlio Pompeu na área de justiça social. “Júlio dispensa apresentações  em razão da sua eficiente atuação nas áreas de direitos humanos e justiça social. Nosso Governo está promovendo um amplo debate com diversos segmentos sociais, como conselhos de Direitos Humanos, de Mulheres e muitos outros com quem ainda iremos dialogar. E o professor Júlio irá contribuir muito para o enriquecimento desse debate”, declarou.

Júlio Pompeu falou das suas novas atribuições. “Serei interlocutor das demandas da sociedade junto aos poderes públicos. E a vinculação desta Coordenadoria à Vice-governadoria é um grande avanço que reforça o compromisso deste Governo com as políticas de direitos humanos”, ressaltou.

A Coordenadoria Estadual dos Direitos Humanos está vinculada à Vice-governadoria. Ao órgão, cabe coordenar e executar ações que promovam a igualdade racial e garantam a proteção dos direitos humanos no âmbito do Estado, além de buscar soluções de problemas que hoje dificultam a realização do exercício de cidadania e a garantia dos direitos humanos.

Também compete à Coordenadoria auxiliar na prestação de serviços de proteção a pessoas com direitos humanos violados, vítimas de crimes e ameaçadas de morte (defensores de direitos humanos, testemunhas e familiares ameaçados de morte).

Assessoria de Comunicação Vice-governadoria

“O século 21 tem de entrar pelo cano”, por José Serra

serra A situação do saneamento básico no Brasil chega a ser trágica. Menos de metade da população tem acesso ao serviço de esgotamento sanitário e só 40% do esgoto coletado é tratado.

Na Região Norte do País, só 1 em cada 7 domicílios é ligado à rede. O abastecimento de água, a outra ponta do saneamento, vê-se ameaçado por fatores climáticos, o que exige elevar fortemente os investimentos.

Ademais, as perdas de água representam 37% do volume produzido; em dez Estados, essa proporção é superior a 50%!

A reversão do quadro requer ações concretas do Estado para estimular o investimento e acelerar o acesso à coleta e ao tratamento de esgoto. Exige muito mais persistência, prioridades claras, recursos e planejamento, especialmente da esfera federal.

Em matéria de recursos, é preciso lembrar que o volume de investimentos realizado anualmente no setor é insuficiente para alcançar a meta, modesta, do Plano Nacional do Saneamento previsto em 2007: universalizar os serviços básicos até 2033. A média anual de investimentos do período 2010-2014 foi de R$ 10 bilhões, inferior aos R$ 15 bilhões exigidos pelo cumprimento da meta. Mantida a média, a universalização seria alcançada apenas em 2050!

O prejuízo social dessa situação é imenso. Há estatísticas abundantes e inequívocas sobre o impacto da falta de saneamento na mortalidade infantil e na grande incidência de doenças transmitidas pela água não tratada ou relacionadas à falta de esgotamento sanitário. Estudo recente do Instituto Trata Brasil, por exemplo, mostra que a inadequação dos serviços de saneamento no País provoca cerca de 75 mil internações por infecções gastrointestinais por ano. Esses males reduzem a frequência escolar, afetando o rendimento dos alunos. Estudos recentes mostram os efeitos prejudiciais sobre a formação do cérebro dos fetos em razão da elevada frequência de doenças por veiculação hídrica nas gestantes.</p>

Persistência, prioridades para valer, planejamento e capacidade executiva não são o forte dos governos petistas, para dizer o menos, e isso afeta de forma dramática o quadro do saneamento básico no Brasil. Apostando na eficácia da descentralização para Estados e municípios, encaminhei projeto ao Congresso, já aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que permite aumentar em cerca de 25% o volume anual de investimentos em saneamento – em torno de R$ 2,5 bilhões/ano.

Parti do princípio do que na literatura econômica é conhecido como “externalidade positiva”: a diferença entre o benefício social e o benefício privado de determinada atividade. Segmentos com elevadas externalidades positivas, e esse é o caso do saneamento básico, devem ser incentivados, em vez de punidos com elevada carga tributária, como é o caso do saneamento no Brasil. É isso mesmo: esgotamento sanitário e abastecimento de água são duramente tributados em nosso país.

Acredite se quiser: a tributação cresceu desde 2002 e 2003 por causa da migração das empresas do setor do regime cumulativo para o regime não cumulativo do PIS/Pasep e da Cofins. Na prática, a carga desses dois tributos sobre o setor mais do que duplicou, chegando em anos recentes a um montante próximo de R$ 2,5 bilhões/ano para um total de investimentos pouco superior a R$ 10 bilhões.

Diante dessa constatação e do princípio da externalidade positiva, o projeto de lei apresentado cria o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento do Saneamento Básico, prevendo que os investimentos nessa área sejam utilizados como créditos perante o PIS/Pasep e a Cofins. Ou seja, aquilo que foi recolhido será automaticamente devolvido ao setor sob a forma de novos investimentos.

Cada real investido no saneamento acarreta efeitos positivos que vão muito além da própria área, propiciando não só menores gastos governamentais no sistema público de saúde, como benefícios expressivos ao meio ambiente, à educação, ao desenvolvimento regional e à economia como um todo

É bem sabido também que o saneamento básico propicia a revitalização do espaço urbano. Quando uma área que não dispunha de água tratada e esgotamento sanitário passa a ter acesso a esses serviços, experimenta valorização imobiliária, transferindo riqueza para famílias carentes e beneficiando o conjunto da sociedade.

Regiões com saneamento são mais adequadas para a instalação de novas atividades industriais e de serviços, atraindo investimento e gerando renda e oportunidades de emprego. Isso estimula adicionalmente o setor de construção civil, tão combalido na atual crise. Exercício feito com base na matriz insumo-produto do IBGE mostra que um aumento de 10% no total anual de investimentos no setor, cerca de R$ 1 bilhão a mais, produz um acréscimo no valor bruto da produção total de R$ 3,14 bilhões.

O projeto estabelece uma condição importante para que as empresas de saneamento tenham direito ao crédito do tributo. A primeira é que os investimentos planejados elevem a média registrada nos últimos cinco anos: se uma empresa investia cerca de R$ 500 milhões por ano, só terá direito a crédito para os investimentos que superarem esse valor nos anos subsequentes. A média do período de 2010 a 2014 será sempre corrigida pela inflação. Assim, armamos uma proteção contra os desvios de finalidade dos recursos adicionais.

A situação do saneamento no País é incompatível com qualquer projeto decente de desenvolvimento. É preciso desmoralizar a tese de que investir na área não vale a pena porque obra enterrada não dá voto, como rezava a cartilha do velho populismo.

Precisamos fazer o século 21 chegar aos brasileiros literalmente pelo cano. É humilhante para nós que, na era da economia da informação, milhões de pessoas estejam sujeitas a doenças que não são causadas por agentes patogênicos, mas pela desídia. De resto, todos sabemos que não existem vírus mais agressivos do que a incompetência e a inércia. Dá para fazer. E chegou a hora de fazer.

Senador PSDB-SP. Publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em 14/05/2015