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“Aécio Neves e o resgate da boa política”, por Antonio Imbassahy

imbassahyPlenarioCamara-300x225Artigo do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), publicado na edição desta terça-feira (11) da Folha de S. Paulo

O país mal acordou do resultado das urnas e o Banco Central decidiu pelo aumento da taxa de juros, contrariando o discurso marqueteiro da presidente Dilma durante a campanha. Longe de causar espanto, o fato mostra o quanto o país se viu envolto em uma nuvem de dissimulações, mentiras e falsas promessas durante a disputa eleitoral.

No vale-tudo da campanha, o PT demonizou a oposição associando-a ao fim dos programas sociais, à retirada do prato de comida do povo pelas mãos de banqueiros vorazes, ao sucateamento dos bancos públicos e a outras perversidades.

Estamos agora diante da dura realidade. Crescimento medíocre, inflação alta, indústria paralisada, contas represadas que começam a ser desovadas, a Petrobras nas águas profundas da corrupção.

São muitas as mazelas e há setores do próprio governo falando em ajuste fiscal “violentíssimo” em 2015, como noticiou o jornal “Valor” no dia 30/10. Certamente, há um descompasso entre esse Brasil real e o país edulcorado da campanha petista. Em algum momento, no entanto, eles terão de se encontrar.

Nessa hora, é bom lembrar o chamado à boa política feito por Aécio Neves ao longo de sua campanha. O candidato fez uma pregação em tudo oposta à conduzida pela presidente da República.

No lugar da intransigência ao debate, da contabilidade criativa, do pouco caso com a inflação, do mau uso das empresas públicas e da tolerância com o crescimento medíocre, Aécio propôs diálogo maduro com a sociedade, transparência nos compromissos, controle das contas públicas, reformas estruturantes, estabilidade macroeconômica, zelo pelas empresas do Estado, fortalecimento das políticas sociais e uma visão de futuro para o país.

Uma pauta ambiciosa, sem dúvida, mas à altura do país que todos sonhamos construir. E exequível, pela seriedade com que foi elaborada e pelo conjunto de forças mobilizadas em sua arquitetura.

O programa de governo de Aécio Neves nasceu de discussões amplas e da soma de experiências de dezenas de pessoas nas esferas pública, privada e da sociedade em geral. O que vimos foi o exercício da política em sua essência, com o reconhecimento de que as questões que dizem respeito à comunidade merecem ser debatidas por todos e não apenas servir aos interesses de um grupo encastelado no poder.

As ideias, propostas e ações elencadas no programa do PSDB são uma amostra vigorosa de nossas potencialidades. O Brasil é um país em constante transformação e aperfeiçoamento. Mas há ciclos de paralisia e retrocesso que precisam ser superados, para que o país reencontre a sua vocação desenvolvimentista.

As urnas revelaram uma nação dividida em sua escolha final, mas toda ela ávida por mudanças. A sociedade brasileira quer bem mais do que vem recebendo. Promover as reformas indispensáveis à correção de rumos vai exigir algo além dos discursos inflamados dos últimos meses.

Vencida a agenda eleitoral que galvanizou corações e mentes, o país clama por uma agenda de boa governança.

Em sua cruzada cívica, Aécio Neves mostrou que há uma forma diferente de se pensar a condução do país, muito mais audaciosa e responsável. Sua campanha emocionou, contagiou e mobilizou o Brasil, mas o maior legado de sua participação talvez tenha sido o resgate da política como o bem maior da democracia.

A política, em sua concepção mais genuína, afirma-se no enfrentamento cotidiano das contradições, diferenças e expectativas de vários grupos sociais. É o diálogo no mais alto nível, sem o qual não há ambiente democrático que se sustente. Esse ensinamento merecia ser revivido com a força e a dignidade que Aécio Neves lhe dispensou. Por isso, ele sai dessa campanha na companhia invejável de 51 milhões de brasileiros e um patrimônio de credibilidade admirável.

A voz de Aécio ecoou por todo o Brasil e não será esquecida, pois o próprio senador já avisou que “não iremos nos dispersar”. A boa política agradece.

“Escândalo mundial”, análise do ITV

petrobras-sede1-foto-divulgacao--300x169Esta ninguém tira dos governos do PT: com a roubalheira na Petrobras, conseguiram produzir um escândalo de proporções globais. Nunca antes na história deste país, um esquema de corrupção montado para drenar cofres públicos havia chegado tão longe.

O assalto à Petrobras está agora sob investigação de dois órgãos americanos: a Securities and Exchange Commission (SEC), espécie de xerife do mercado financeiro de lá, e o Departamento de Justiça do governo Obama.

A suspeita é de envolvimento da companhia e seus dirigentes no pagamento de propina, algo severamente punido pela lei americana sobre práticas corruptas praticadas no exterior. A Petrobras está sujeita a investigações porque tem ações (por meio de ADRs, uma espécie de recibos) listadas na bolsa de Nova York.

A revelação veio a público no domingo, por meio de reportagem do Financial Times. O jornal registra que “muitos dos supostos problemas ocorreram quando a presidente Dilma Rousseff era chefe da empresa”. Entre 2003 e 2010, período em que o grosso das irregularidades se deu, ela presidia o conselho de administração da Petrobras.

Como também tem papéis listados na bolsa de Frankfurt, a empresa também pode vir a ser investigada com base na Lei Anti-Suborno do Reino Unido, especula o Valor Econômico. Na condição de ex-presidente do conselho, Dilma corre risco de ser chamada a depor. Seria um vexame de proporções intercontinentais.

É vergonhoso que a maior empresa pública do Brasil tenha se tornado alvo de investigações globais. É salutar, porém, que a companhia e suas práticas sejam escrutinadas por vários e diferentes órgãos além do Ministério Público e da Polícia Federal brasileiros. Será que agora Dilma vai continuar dizendo que as falcatruas na empresa só foram descobertas porque ela mandou apurar?

O escândalo é mesmo gigantesco: estima-se que tenha movimentado R$ 10 bilhões. Só em multas a serem impostas a empreiteiras suspeitas de terem tomado parte no esquema de desvio de recursos públicos, o valor pode atingir R$ 1 bilhão, segundo informa hoje oValor em manchete.

Na semana passada, a Petrobras já protagonizara um vexame ao ver-se obrigada pela empresa de consultoria que audita sua contabilidade a defenestrar um dirigente suspeito de corrupção. Sem a saída de Sérgio Machado da Transpetro, a PricewaterhouseCoopers se recusava a assinar o balanço da empresa, a ser divulgado nesta semana.

Sempre que pôde colaborar com a elucidação do assalto à companhia, o governo petista fez justamente o contrário. Tentou, por exemplo, impedir que as investigações da CPI avançassem e chegou a divulgar um falso acordo com a oposição para barrar a apuração. Com a entrada dos órgãos americanos em cena, o espaço para protelações acabou.

Executiva Estadual do PSDB-ES se reúne em Vitória

Lideranças e parlamentares eleitos participaram do encontro
Lideranças e parlamentares eleitos participaram do encontro

Com a presença de lideranças partidárias, parlamentares eleitos e conduzida pelo presidente do PSDB-ES, deputado César Colnago, aconteceu na manhã desta segunda-feira (10) a primeira reunião da Executiva Estadual após as eleições.

No encontro, que aconteceu na sede do partido, em Vitória, foram discutidos três pontos de pauta. Primeiramente, os participantes fizeram uma análise dos cenários político e partidário pós-pleito.

Na avaliação dos representantes do partido, a sigla saiu fortalecida das últimas eleições, levando em conta que uma parcela muito grande da população optou nas urnas pela não continuidade do PT no poder.

Em resposta a esse movimento que traduz o desejo de mudança de grande parte dos brasileiros, o partido, regionalmente, propôs convidar e estimular os capixabas que se identificam com o projeto do PSDB a se filiarem o partido.

No próximo dia 29, pela manhã, será realizado um grande evento de filiações em Vitória e todos estão convidados a comparecer. O local ainda está sendo definido e será divulgado em breve.

Por fim, o presidente César Colnago comunicou o seu desligamento da presidência do partido a partir de 1º de janeiro de 2015, quando será substituído pelo vice-presidente da legenda, Jarbas Assis.

Colnago, que está no final da sua segunda gestão frente ao PSDB-ES, assumirá o cargo de vice-governador em janeiro do ano que vem.

Dilma faz o diabo com os brasileiros após garantir a reeleição

bannerfb1-286x300Depois de ver a presidente Dilma Rousseff “fazendo o diabo” na campanha para garantir sua reeleição, o brasileiro já prepara o bolso para a conta salgada que terá de pagar em razão das primeiras medidas adotadas pelo governo após a eleição. O cenário, para representantes do PSDB, é de estelionato eleitoral, já que na campanha Dilma atribuía a seus adversários as ações impopulares que toma agora, enquanto os números negativos de seu governo, escondidos durante o período eleitoral, começam a ser divulgados.

27/10 – Bolsa de São Paulo desaba 6% e dólar chega a R$ 2,55 após reeleição de Dilma Rousseff

28/10 – Câmara derruba decreto de conselhos populares e impõe primeira derrota a Dilma pós-reeleição

29/10 – Três dias após a reeleição de Dilma, Banco Central sobe juros a 11,25% ao ano e Dilma viaja de férias para a Bahia

30/10 – Congresso ameaça impor novas derrotas a Dilma e Renan confirma que Senado deverá confirmar decisão da Câmara que derrubou conselhos populares

01/11 – Manifestações contra Dilma são registradas em várias capitais do país

03/11 – Citado na operação Lava-Jato, presidente da Transpetro, Sérgio Machado, pede licença do cargo

04/11 – Balança Comercial registra rombo de R$ 1,2 bi, o pior desde 1998. A crise no setor elétrico registra um prejuízo de R$ 105 bi aos cofres públicos.

05/11 – O ministro da Fazenda demissionário, Guido Mantega, dá aval para que a Petrobras reajuste o preço dos combustíveis, mas presidente da empresa, Graça Foster, se recusa a informar o índice com a seguinte justificativa: “Aumento não se anuncia, mas pratica-se”. Se não bastasse, a ONS prevê apagões durante o verão nos grandes centros do Sudeste, se nível de reservatórios não subir e sai a confirmação do aumento da conta de luz de 17,75% nas residências do Rio de Janeiro a partir da próxima sexta-feira (07/11)

06/11 – Após 10 anos de queda, número de miseráveis volta a subir no Brasil

07/11 – Para equilibrar as contas do governo, ministro da Fazenda ameaça promover cortes no seguro-desemprego, auxílio doença e pensão por morte. É divulgado que o desmatamento na Amazônia disparou entre agosto e setembro.

“Ela mentiu para os brasileiros, agora caiu a máscara”, disparou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, criticando a distância entre os atos e os discursos petistas.

O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, adversário de Dilma na disputa presidencial deste ano, também destacou a diferença entre o discurso da presidente na campanha e sua ação após a reeleição: “Ela [Dilma Rousseff] atacava exatamente essas medidas, dizendo que nós íamos fazer um grave ajuste, e que, como ela dizia, ‘aumentar os juros é tirar comida da mesa do trabalhador’. Pois bem: taí a presidente da República tirando comida da mesa do trabalhador brasileiro”.

“Somando tudo que aconteceu depois da eleição e o que a presidente Dilma disse nessa entrevista, a impressão que se tem é que ela estava em estado de coma. Três dias depois da eleição, o Banco Central descobre que houve um aumento descontrolado de gastos e é preciso aumentar juros para conter a inflação”, acrescentou o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, em entrevista ao Globo.

“Lula já era!”, diz Arthur Virgílio em entrevista

Oarthur-vigilio-foto-george-gianni-psdb--300x200 prefeito de Manaus (AM), Arthur Virgílio (PSDB), foi um dos entrevistados no Programa Direto ao Ponto, da revista Veja, com Joice Hasselmann.

Ele falou sobre o cenário político pós eleições:  Um PT mais fraco, uma presidente perdida e Lula sem saída, avaliou.

E ressaltou: “Se Dilma se preocupasse com o Brasil não teria concorrido à reeleição”.

Confira no link

http://veja.abril.com.br/multimidia/video/arthur-virgilio-lula-ja-era

Aécio Neves: “Pela primeira vez, PT enfrentará oposição conectada com a sociedade”

aecio_colEm entrevista ao jornal O Globo deste domingo (9), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, analisou, entre outros assuntos, o cenário pós-eleições, as investigações da Petrobras, a incoerência entre o discurso durante a campanha e as ações tomadas pela presidente Dilma com o fim do pleito, e afirmou que fará uma oposição “vigilante e fiscalizadora para que os escândalos não sejam varridos para debaixo do tapete”. Para o tucano, a oposição sai “extremamente revigorada das eleições”.

O senador lamentou que a presidente reeleita desperdice a oportunidade de “renovar, admitir equívocos e mudar rumos”. “Ela começa com o mesmo roteiro: reúne partidos para discutir um projeto de reforma política ou uma agenda de crescimento? Não! Reúnem-se em torno da divisão de ministérios, de nacos de poder”, afirmou.

Para Aécio, o sentimento pós-eleições é de “quase como se tivéssemos ganhado”. A contradição no discurso da presidente também chamou a atenção do tucano.

“A candidata Dilma estaria muito envergonhada da presidente Dilma. Para a candidata, aumentar juros era tirar comida da mesa dos pobres. Três dias depois da eleição, o BC aumentou os juros. Para a candidata, não havia inflação. A presidente agora admite que há e que é preciso controlá-la. A candidata dizia que as contas públicas estavam em ordem, e descobrimos que tivemos um setembro com o pior resultado da história. Estamos assistindo ao maior estelionato eleitoral da História”, reiterou.

Durante a entrevista, o senador também comentou sobre os rumos e posicionamentos que a oposição irá tomar. “Vou cumprir o papel que me foi determinado por praticamente metade da população. Vamos ser oposição vigilante, fiscalizadora, e não vamos deixar que varram para debaixo do tapete, como querem fazer, esses gravíssimos escândalos que estão aí”, destacou.

Sobre a CPI da Petrobras, Aécio foi categórico ao afirmar que irá às últimas consequências nas investigações, sem importar a quem atinjam. “O que pode estar vindo por aí é algo muito, mas muito grave. Nosso papel é não permitir, do ponto de vista político, tentativas de limitação das investigações”, disse.

Aécio também citou a diferença entre os seus ideais e a “nova direita”, que vem defendendo a volta dos militares ao poder. Para ele, essa minoria nostálgica nada tem a ver com a história do PSDB. “Sou filho da democracia. A agenda conservadora, antidemocrática e totalitária é a do PT. Tancredo disse: ‘Olha, para a esquerda não adianta me empurrar que eu não vou’. Ele era um homem de centro. E, agora, eu digo: ‘Para a direita não adianta me empurrar que eu não vou’”.

Marcos Mansur: “Tenho muito a contribuir com o Estado”

  mansuraaCom muita disposição para trabalhar em prol dos interesses dos capixabas, o tucano Marcos Mansur está prestes a assumir seu segundo mandato de deputado estadual pelo PSDB.  Professor e pastor evangélico, Mansur pretende lutar por melhorias em diversas áreas, dentre elas, Agricultura, Educação e Cooperativismo.

“Tenho muito a contribuir com o Estado, uma vez que o mandato atual foi assumido na metade”, afirmou.

O senhor atua na área da Educação e também é um líder religioso. Na sua opinião, em que essas formações podem contribuir com o exercício do seu mandato na Assembleia Legislativa?

Marcos Mansur: Em ambas funções eu trabalho com as pessoas e famílias, conhecendo de perto suas tendências, necessidades e aspirações. Isto é um material riquíssimo para as proposições do mandato. Procuro sempre pautar minhas decisões e projetos com base nesse conhecimento.

 

Como religioso, acredita que existe muito preconceito com as bancadas evangélicas, seja nos estados e na Câmara Federal?

– No estado ainda não percebi, entretanto, a nível nacional sim. Creio que é em função de temas extremamente polêmicos como homossexualismo, aborto, descriminalização da maconha, família, etc. Hoje há uma tendência da mídia e de grupos de interesses que atacam os valores tradicionais da nossa sociedade, escondidos atrás dos direitos humanos. Como políticos evangélicos jamais negaremos nossa fé.

 

O que o levou a disputar novamente uma vaga na Assembleia Legislativa?

– Tenho muito a contribuir para o estado, uma vez que o mandato atual foi assumido na metade.

 

Quais são as causas pelas mais irá lutar com mais empenho na Assembleia?

– Agricultura, Educação, Família e cooperativismo.
O que os capixabas podem esperar do deputado estadual Marcos Mansur?

– Muito trabalho, seriedade, empenho e dedicação.

 

Sobre o cenário político nacional, acredita que o governo federal será mais cobrado fiscalizado, levando em conta que mais de 50 milhões de brasileiros votaram pela não continuidade do PT no poder?

–  Com certeza! O Brasil acordou! Acredito que agora no próximo escândalo já teremos um ambiente de impeachment.

 

“Tucano não chora, voa”, por Pedro Biccas

pedroA realidade me preocupa. De um lado um sistema eleitoral, amplamente debatido, que, inegavelmente, não oferece segurança política para fins de recontagem e conferência de votos que, legitimou – guarde bem essa palavra-Dilma Rousseff como presidente do Brasil. Do outro lado uma ideologia própria da direita, desamparada de sistema representativo organizado, que luta a todo custo pelo impeachment da presidente reeleita. Sua força massiva se encontra nas redes sociais e começa a migrar para as ruas.

Ora, é preciso lembrar que o modelo politico-eleitoral no Brasil é assaz recente e oriundo de um cenário ditatorial, logo, tal qual nossa atual Constituição, que o PT votou contra a promulgação- é extremamente garantista. Ou seja, questionar a eleição da presidente e pedir seu impeachment, por esses motivos, é antidemocrático sim! Deslegitima –lembrou da palavra?- o Estado Democrático de Direito e, uma vez feito isso, tudo começa a ruir como um castelo de areia a beira mar.

Acontece que, esse movimento tem se fundido e confundido com o PSDB. Ora, essa tendência em períodos eleitorais se articula no ventre tucano. Contudo, nosso partido é originário da socialdemocracia europeia, com viés de esquerda- pois é, ficou assustado coleguinha?.A origem reside no MDB autêntico, decisivo na derrubada da ditadura militar. Foi com FHC que criamos bases socioeconômicas do Brasil, inclusive as políticas de transferência de renda e as cotas, infelizmente de programa de governo tais políticas se tornaram plataformas eleitorais.

A realidade sociocultural do Brasil é de uma disparidade abissal com a de países como os EUA. Impossível, portanto, rotular aqui os partidos como “direita” ou “esquerda” como acolá se rotula republicanos e democratas.

A democracia esta sim em risco. Não duvido. Mas não exclusivamente por conta do PT. Períodos de crise política mostram quem realmente é democrata e quem é autoritário, apenas disfarçado. Muito me preocupa um alarde sobre secessão em um país em que isso é passível de intervenção militar e a população esta desarmada.

Política nada mais é que a forma em que nos organizamos e como se distribui o poder. Em momento algum o matiz axiológico desta definição inclui a desconstrução do adversário a qualquer custo. Propagandas negativas, calúnias e deturpação de fatos não são instrumentos de alcançar o poder, pela luta democrática. Aécio Neves foi a maior liderança tucana construída desde Fernando Henrique e foi reduzido a playboy, baladeiro e “candidato dos ricos”.

Enquanto isso, Pizzolato é solto na Itália, desmoralizando a justiça brasileira. O STF aparelhado solta José Dirceu para cumprir pena em casa. O Banco Central eleva para 11,25%a taxa de juros (a maior do mundo), o Déficit chega R$ 20,39bilhões, o maior da nossa história. E claro, a gasolina torna a subir.

Como bem disse Tancredo, avô de Aécio Neves: Não vamos nos dispersar!Vamos retomar logo a ofensiva de oposição nos debates de maneira consistente, equilibrada, sem devaneios, porém incisiva quando necessário. Tucano não chora, voa. É preciso bradar suas razões e debater persistindo na convicção. Não querer pegar a bola e ir pra casa. Para tanto, é preciso organizar-se melhor e enraizar-se nos movimentos e segmentos da sociedade.

Aécio certamente fará sua parte. Retorna hoje ao Senado firme na defesa de seus pontos de vista e, sem perder a compostura, vai ao embate de seus adversários respondendo à altura. Entretanto o brasileiro se acostumou a esperar por um herói que sentado no sofá. Aécio Neves firmou-se um grande líder, mas precisa do suporte de uma oposição inteligente e verdadeiramente social democrata. Somente assim estaremos cumprindo o ultimo desejo de Eduardo Campos: Não vamos desistir do Brasil

“Cabulando Aula”, análise do ITV

dilma-antonio-cruz-abr-300x204Faz duas semanas que Dilma Rousseff foi reeleita presidente do país. Desde então, só o que se viu dela foi a negação do que passou a campanha afirmando. O receituário que agora prenuncia para a economia também contradiz o que ela defendeu perante os eleitores. Tudo nela rescende a improviso e a contradição.

Em entrevista concedida aos principais jornais do país na semana passada, Dilma disse que está pronta para fazer “o dever de casa”. Entretanto, ela mais parece aluno que cabulou aula durante o curso inteiro e agora, quando se aproximam os exames de fim de ano, diz que vai ser mais aplicado e recuperar o tempo perdido. Difícil crer na aprovação…

Já se passaram quatro anos de administração Dilma e mais oito de gestão petista. O discurso oficial acaba, porém, buscando um jeito de vender a impressão de que o governo deles começou ontem e tudo de ruim que existe no país é herança de adversários. Na lógica do PT, o inferno são sempre os outros.

Na entrevista, a presidente agora admite que é preciso enfrentar a inflação, algo que durante toda a campanha ela negou, porque os preços estavam “sob controle” – quantas vezes Dilma repetiu isso nos debates? Também diz que tem que cortar gastos e ajustar as contas – apesar de, na eleição, ter dito que isso era “absolutamente desnecessário”.

Esta é apenas uma das faces do problema: a, chamemos assim, falta de sinceridade da presidente quanto trata de assuntos tão relevantes para a vida das pessoas, como a inflação, e para o bom funcionamento do país, como o controle das contas públicas.

A outra, talvez mais grave, é que toda vez que é questionada sobre as medidas que pretende tomar para enfrentar as dificuldades Dilma enrola. Inflação? “Vamos ver o que dá para fazer.” Corte de gastos e mais equilíbrio nas contas? “Estamos fazendo estudos.” Mas, apenas agora, ao fim de quatro anos?

Da cartola da presidente, até agora não saiu coelho. Na falta de um programa de governo coerente, que ela recusou-se a apresentar durante da campanha, Dilma vai alinhavando medidas necessárias, vastas intenções e muitos pensamentos imperfeitos. Falta-lhe seriedade, coerência, credibilidade.

Sempre que é instada a comentar alguma medida substantiva que a oposição defendia, Dilma prefere tripudiar, e alterna entre espírito de palanque e senso de gabinete. Chama de “lorotas”, por exemplo, a necessidade de desinchar o Estado, torná-lo mais eficiente.

Se quiser tentar tirar o país do buraco, Dilma terá que fazer um segundo mandato bem diferente do que foram seus primeiros quatro anos. Pelo que disse até agora, das duas uma: ou a presidente reeleita não faz a menor ideia de como conseguir isso ou acredita que a receita que seguiu até agora deu certo e será repetida. Nenhuma das alternativas é boa.

Carlos Sampaio nega acordo para proteger políticos investigados

gov-geraldo-alckmin-e-dep-carlos-sampaio-no-congresso-300x200O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) negou que haja um “acordo” com o PT na CPMI da Petrobras para evitar a convocação de políticos para prestarem esclarecimentos na comissão. A informação sobre a existência de um suposto “acordo político” com os membros do colegiado foi mencionada pelo relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (05/11). Sampaio, que é membro titular do PSDB na comissão, classificou a informação de “absurda”.

“Não posso admitir que o PT use o meu nome para dizer que a CPMI da Petrobras fez acordo para proteger políticos”, disse Sampaio. E continuou: “Ademais, o PSDB foi quem denunciou essa roubalheira (na Petrobras). O que ocorreu, na reunião da CPMI de ontem (quarta-feira), foi a definição de que, como só restam 30 dias para a finalização dos trabalhos, deveríamos priorizar a investigação sobre as empreiteiras e os outros diretores da Petrobras envolvidos no esquema de corrupção”, explicou.

Sampaio também revela que a oposição deverá apresentar um relatório paralelo ao final da CPMI. “Já anunciamos que apresentaremos um relatório paralelo ao do PT, pois temos clareza que a nossa visão sobre o maior escândalo de corrupção ocorrido em nosso país é bem diferente da visão deste partido que foi beneficiado pelo esquema!”, afirmou.

Sobre a convocação de políticos mencionados pelos delatores do esquema de corrupção na estatal, Sampaio disse que nada pode ser feito neste momento, pois a CPMI ainda aguarda o envio, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dos nomes daqueles que já foram denunciados na delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto da Costa e do doleiro Alberto Youssef, principais operadores do esquema.

“Em suma: definimos um roteiro de investigação que nada tem a ver com acordo. Muito pelo contrário!”, afirmou o deputado. Ele também informa que a oposição já iniciou a coleta de assinaturas para que uma nova CPI continue a investigação no próximo ano, já que esta comissão tem de ser encerrada até dezembro, quando a atual legislatura será concluída.

Da assessoria do deputado