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“Estelionato Eleitoral, 2° e 3° Atos”, análise do ITV

dinheiro_calculadora-economia-ebc-300x199A cada dia que passa, fica mais claro que a campanha que levou Dilma Rousseff à reeleição foi toda baseada em mentiras. Se a candidata disse que não faria ou acusou o adversário de pretender fazê-lo, pode ter certeza: seu governo vai se encarregar de executar. O estelionato eleitoral segue a todo vapor.

Na primeira semana após a vitória, a bomba-relógio do governo disparou o aumento da taxa básica de juros. Segundo o marketing da campanha petista, isto equivaleria a tirar comida da mesa das pessoas. Se é assim, foi justamente o que Dilma ora fez…

Em seguida, revelou-se ao país o maior rombo nas contas públicas de que se tem notícia. Em decorrência, o governo terá que rever suas metas fiscais, sob pena de ter que responder por crime. Durante toda a campanha, estas possibilidades foram sempre rechaçadas. Agora os responsáveis pelo Tesouro dizem que agem fazendo “o melhor para o país”.

A lista de maldades guardadas para depois das eleições é, porém, bem mais extensa. A próxima delas será o aumento dos preços dos combustíveis, admitido ontem pelo governo. O reajuste deve sair na semana que vem – tão logo a Petrobras retome a reunião de seu conselho interrompida com o fito de defenestrar um de seus dirigentes flagrado em corrupção…

As diabruras que Dilma nos reservou para este pós-eleições também incluem reajustes assustadores nas tarifas de energia, que, de resto, já vinham ocorrendo desde o primeiro semestre. As mais novas vítimas são os cariocas, que pagarão entre 17% e 22% a mais pela eletricidade a partir de sexta-feira.

Com isso, o reajuste médio das tarifas de energia no país será de 18% – apenas neste ano! Estará anulada toda a queda resultante da intervenção determinada pela presidente da República no setor em setembro de 2012. Para não dizer que a desastrada operação deu em nada, gerou uma conta a ser paga por consumidores e contribuintes que já chega a R$ 105 bilhões.

Mas, acredite: tem coisa ainda pior. Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), quando o verão chegar poderemos ser brindados com apagões durante as madrugadas. O segundo mandato de Dilma – a “especialista” em energia – vai começar no escuro, a despeito de todos os alertas feitos pelos entendidos e sempre rechaçados pelo governo nos últimos meses.

Os brasileiros têm na memória o destino de governantes que se elegeram enganando o povo. Dilma Rousseff logo verá que, ao contrário do que sustenta seu marketing, o vale-tudo tem limites. São expedientes que a sociedade não aceita. Principalmente quando percebe que foi enganada.

“A eleição do vale tudo”, por Juvenal Araújo

Juvenal é presidente do Tucanafro Nacional
Juvenal é presidente do Tucanafro Nacional

Com o projeto de lei n° 448, de 2013, Aécio quis incorporar o Bolsa Família ao conjunto de ações sociais do Estado garantidos pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). Em poucas palavras, seria a garantia de que os direitos estariam assegurados às famílias carentes, independentemente da vontade do governo, como os benefícios já garantidos de assistência à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.

Aécio quis tirar o programa da agenda eleitoral, fazendo com que o Estado reconhecesse a legitimidade da ação social e, então, fizesse uso do benefício sem fins eleitoreiros. A medida é totalmente justa, afinal, o próprio José Dirceu disse que o Bolsa Família garantia 40 milhões de votos ao PT, o que nos faz entender a afirmativa do Aécio de que “para o PT basta a administração da pobreza”.

Com a força política do grupo ‘Dilmista’ que comanda o país há 12 anos, Aécio, então, não alcançou seu objetivo. Ele já previa que o terrorismo e as chantagens iriam ocorrer e iam se aproveitar da máquina pública para se perpetuarem no poder. Como nós iríamos acabar com o programa sendo que ele teve origem conosco, lá atrás, com o bolsa escola, o vale gás e o bolsa alimentação?

A mentira venceu. Só que o clima criado no país com tanto jogo sujo não é nada bom e as manifestações do último sábado mostram isso. Não se constrói nada sólido usando bases tão sórdidas e, por isso, temo o nosso futuro. Como Dilma disse, em abril de 2013, poderiam fazer o “diabo quando é hora de eleição”. E assim foi. Lula disse, em junho deste ano, que nós não sabíamos do que eles seriam capazes de fazer para que Dilma ficasse mais quatro anos. Confesso que nunca esperei muita coisa, mas o que fizeram realmente foi surpreendente.

Essa foi a eleição do vale tudo. Valeu tudo para o PT, mas não para os adversários. No primeiro turno em que Dilma usou a tática da desconstrução contra Marina, o TSE deixou correr. Já no segundo, após a imensa artilharia dos petistas a Aécio – que até então estava à frente em todas as pesquisas – a campanha tucana começou os revides. O que aconteceu? Dali em diante, só mensagens propositivas, conforme ordem do Tribunal.

Mais que isso, milhões de mensagens chegaram em celulares com injúrias, mentiras e chantagens com o objetivo de prejudicar a nossa candidatura. Atrasaram a divulgação de dados importantes do governo que iriam mostrar ao brasileiro que o país parou com Dilma.

Ficou provado que a ânsia pela manutenção do poder passou todos os limites, este é o motivo da insatisfação que paira no ar. Tudo isso aliado ao maior escândalo de corrupção de nossa história, que desvalorizou a nossa maior empresa e tirou ainda mais crédito do governo, desmotivou os brasileiros que entenderam o que estava acontecendo e queriam mudança. Só que nós não vamos desistir, muito menos nos dispersar. A calorosa recepção que Aécio teve na volta ao senado é um sinal claro disso. Muda Brasil!

Lideranças capixabas participam de reunião da Executiva Nacional em Brasília

César Colnago é presidente do PSDB-ES, deputado federal e foi eleito vice-governador do Estado
César Colnago é presidente do PSDB-ES, deputado federal e foi eleito vice-governador do Estado

Confiantes no fortalecimento do PSDB como oposição, lideranças capixabas participam da primeira reunião da Executiva Nacional do partido, após as eleições, que acontece nesta quarta-feira (5/11), em Brasília, sob o comando do presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves.

O clima é de plena unidade em torno da liderança de Aécio Neves, que recebeu mais de 50 milhões de votos na eleição presidencial.
O deputado federal e presidente do PSDB-ES, César Colnago, destacou que o PSDB saiu fortalecido das urnas. “A nação brasileira despertou. O Brasil mudou e a oposição se consolida em torno de 51 milhões de brasileiros que clamam por mudanças. E a reunião desta quarta-feira é para reafirmar o compromisso do PSDB com esse sentimento de mudança. Vamos cobrar os avanços que o Brasil necessita, nos serviços oferecidos à população, no controle da inflação, na transparência e eficiência das instituições”, afirmou.
Max Filho foi eleito deputado federal e irá representar o ES na Câmara
Max Filho foi eleito deputado federal e irá representar o ES na Câmara
Deputado federal eleito pelo PSDB, o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho irá participar do encontro em Brasília. “Esse pleito eleitoral fortaleceu o partido, que não vai fazer  uma oposição raivosa, mas responsável, eficiente e propositiva, apontando os caminhos que nosso país necessita para avançar. E, como deputado federal, também pretendo dar a minha contribuição, estou bastante animado com esse novo desafio”, afirmou.
Representando o Espírito Santo, o secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves, e o presidente do ITV e ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, também marcarão presença na reunião em Brasília.
“É um encontro com as principais lideranças do partido, que representa o desejo de mudança de 51 milhões de brasileiros. Pela primeira vez na história recente da República temos uma eleição que se encerrou com esse clamor, de que a oposição se posicione de forma firme. O governo eleito é legítimo, mas o programa vencedor não nos representa. E esse encontro tem o objetivo de definir uma posição clara e coesa da oposição”, analisou Ruy.
Aécio Neves retornou às suas atividades como parlamentar no Senado nesta terça-feira (4), às 14 horas.

“O Brasil despertou”, afirma Aécio Neves na volta ao Senado

B1nQvjXIQAAgHNWBrasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ganhou um recepção calorosa nesta terça-feira (4) ao retornar suas atividades no Congresso Nacional. Aécio desceu do carro antes antes mesmo de chegar a portaria principal do prédio e foi acompanhado a pé por militantes, parlamentares e funcionários das duas Casas Legislativas que o aguardavam. E se comoveu com os o aplausos, gritos de incentivo e o hino nacional a capela. Para Aécio, processo eleitoral deste ano transformou o Brasil e fortaleceu a oposição brasileira.

“O Brasil despertou. O Brasil hoje é um Brasil diferente. Emergiu um novo Brasil – um Brasil que quer ser protagonista da construção do seu próprio futuro”, afirmou Aécio.

De acordo com Aécio, as urnas passaram um recado claro de que a população quer mais qualidade na gestão pública e respostas efetivas às denúncias de corrupção que marcaram o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

“Quando o governo olhar para a oposição, sugiro que não contabilize mais o número de cadeiras ou de assentos no Senado ou na Câmara. Olhe bem, e vai encontrar mais de 50 milhões de brasileiros que vão estar vigilantes, cobrando atitude deste governo. Cobrando investigações em relação às denúncias de corrupção, cobrando a melhoria dos nossos indicadores econômicos ou nossos indicadores sociais. Somos hoje um grande exército a favor do Brasil e pronto para fazer a oposição que a opinião pública determinou que fizéssemos”, disse.

Aécio ressaltou ainda que ele e o PSDB exercerão uma oposição “sem adjetivos”, caracterizada por não aceitar “passivamente tantos malfeitos, tantas incorreções e tanta ineficiência”.

“Serei oposição com a mesma coragem e com a mesma honradez que me preparei para governar o Brasil”, acrescentou.

Diálogo

Segundo o senador, um possível diálogo entre a oposição e a presidente Dilma terá que ser embasado em propostas. Aécio afirmou que, durante a campanha, a sociedade discutiu uma agenda para o país pautada por conceitos como transparência na economia e busca por melhorias nos indicadores sociais.

O presidente do PSDB lamentou, porém, o nível da campanha conduzida pelo PT durante o processo eleitoral. Na avaliação do tucano, a atuação dos governistas foi desrespeitosa em relação aos adversários e “temerária” para a população beneficiária de programas sociais – “permanentemente ameaçados de perdê-los se nós vencêssemos as eleições”, criticou.

Combate ao autoritarismo

Aécio Neves disse também que a luta do PSDB é pelo fortalecimento da democracia.

“Eu fui o candidato das liberdades, da democracia, do respeito. Aqueles que agem de forma autoritária e truculenta estão no outro campo político, não estão no nosso campo político”, ressaltou.

Aécio é recebido por multidão na chegada ao Congresso

aecio-senado-300x198Uma multidão se reuniu na entrada do Congresso Nacional para acompanhar o retorno ao Senado de Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado na disputa da Presidência da República, no último dia 26. Ele chegou por volta das 15h, pela entrada conhecida como Chapelaria, e tenta se encaminhar ao Plenário, onde fará pronunciamento.

O senador foi recebido aos gritos de “Aécio” e “presidente”. A multidão também cantou o Hino Nacional.

Aécio obteve 51,04 milhões de votos no segundo turno (48,36%), contra 54,5 milhões (51,64%) da presidente Dilma Rousseff, reeleita. O PSDB pediu, por meio do seu coordenador jurídico, Carlos Sampaio, uma auditoria especial nos resultados das eleições.

* Do Portal do Senado Federal/Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Aécio Neves retorna ao Senado nesta terça

aecio-neves-agora-e-aecio-sp-marcos-fernandes-9O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), retorna às atividades como parlamentar no Senado nesta terça-feira (4), às 14 horas. Após obter a confiança de mais de 51 milhões de brasileiros e brasileiras na disputa pela Presidência da República, Aécio retorna assumindo o compromisso de permanecer firme no exercício da oposição e na defesa de um país honesto, digno e justo.

“O Brasil despertou. Ocupamos as ruas com alegria e esperança. Descobrimos que somos muitos. Que somos milhões”, disse o tucano, dias atrás, em sua página no Facebook

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) afirmou que o PSDB não fugirá de sua responsabilidade. “O PSDB já era o partido mais forte de oposição no Brasil e passou a ser ainda mais forte, respaldado por esses mais de 51 milhões de votos. Agora, é até uma exigência da sociedade, que o partido se organize de tal maneira para exercer uma fiscalização rigorosa e o controle das ações que prejudicam o povo brasileiro e têm sido praticadas pela atual gestão”, destacou.

“Sem relevantes serviços prestados”, análise do ITV

petrobras-sede1-foto-divulgacao--300x169Mais um dirigente da Petrobras foi obrigado a afastar-se da empresa envolto em grossa suspeita de corrupção. Mais uma vez, a saída acontece a pedido. O padrão se repete: quando alguém é flagrado em tenebrosas transações, o governo petista estende-lhe o tapete vermelho. Demitir jamais.

Citado na Operação Lava Jato, Sérgio Machado apresentou ontem pedido de licença da presidência da Transpetro, cargo que ocupava desde que o PT chegou ao poder. A licença deve converter-se em saída definitiva, tão logo os holofotes se virem para algum outro escândalo.

Machado foi docemente constrangido a deixar o cargo que ocupa há quase 12 anos depois que a empresa que audita as contas da Petrobras negou-se a assinar o balanço relativo ao terceiro trimestre da estatal enquanto o nome do presidente da subsidiária não fosse retirado de lá. Parece um vexame, e é.

Na sexta-feira, a reunião do conselho de administração da Petrobras foi interrompida depois que a PricewaterhouseCoopers apresentou a ressalva. Machado é acusado de repassar R$ 500 mil em dinheiro vivo a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, como parte do esquema que pode ter desviado R$ 10 bilhões da companhia. Como a SEC, xerife do mercado americano, investiga o caso, os auditores redobraram os cuidados.

A saída do presidente da Transpetro emula o padrão verificado quando Costa deixou a Petrobras. A renúncia do ex-diretor foi saudada em ata da reunião do conselho de administração por “relevantes serviços prestados”. Contra todas as evidências, Dilma Rousseff jura até hoje que foi ela quem o demitiu. Fará o mesmo com Machado?

O nome de Sérgio Machado já aparecera em denúncias de fraudes em licitações, como a que contratou 20 comboios para transportar etanol na hidrovia Tietê-Paraná. Realizada há dois anos, não entregou nem uma peça até hoje, embora tenha consumido R$ 22 milhões. É alvo de investigação do Ministério Público.

Pior é que os escândalos na Petrobras e em suas subsidiárias continuam pipocando. O próximo deve envolver a compra de duas refinarias no Paraná, num episódio que ficou conhecido como “mini Pasadena”. As duas unidades valiam pouco menos de R$ 200 milhões, mas a estatal pagou R$ 255 milhões por metade delas, num padrão bem parecido com o que adotou na aquisição feita nos EUA, como revela hoje o Valor Econômico.

Durante a campanha eleitoral, a candidata oficial repetiu que, sempre que se viu diante de malfeitos, demitiu os envolvidos. Mentira. A saída de Sérgio Machado da Transpetro é mais um exemplo de que os corruptos só deixam o governo petista por conta própria ou quando alguma instituição externa assim exige. Se dependesse do PT, continuariam sãos e salvos.

Sergio Majeski: “Represento mudança na prática e não apenas no discurso”

majesCom uma experiência de quase 30 anos na área da Educação, o professor Sergio Majeski se prepara para um novo desafio: representar o Espírito Santo na Assembleia Legislativa a partir de janeiro de 2015. Majeski é um dos deputados estaduais do PSDB eleitos no pleito deste ano.

A vitória nas urnas de Sergio Majeski, que se filiou ao PSDB-ES no ano passado, mostra a confiança dos capixabas nas novas lideranças que despontam no cenário político.

O fato de nunca ter exercido um cargo político, para ele, é um fator positivo. “A sociedade está farta de políticos profissionais e quanto mais gente nova e bem intencionada, melhor”.

 

Com uma atuação de quase 30 anos na área de Educação, acredita que sua formação e experiência nesse segmento irão contribuir com o exercício do seu mandato na Assembleia Legislativa?

Professor Sergio Majeski: A minha grande causa ou plataforma é a educação e com quase 30 anos de experiência como educador, além de ser mestre em educação, tenho certeza que tudo isso contribuirá muito para o sucesso do meu trabalho e para ampliar o debate sobre as questões educacionais com os demais membros da AL

 

Na sua avaliação, o fato de nunca ter exercido um cargo político é um fator positivo, levando em conta que sua chegada na Ales, de certa forma, representa o novo?

– Acho muito positivo. A sociedade está farta de políticos profissionais e quanto mais gente nova e bem intencionada, melhor. Eu represento uma nova política, a minha história e até mesmo a forma com que fiz a minha campanha já são indicativos de que represento mudança na prática e não apenas no discurso, como tem ocorrido muitas vezes.

 

Educação é um tema muito abrangente e serve de bandeira para muitas campanhas eleitorais, dada a sua grande importância. Como educador, já deu muitas contribuições. E como parlamentar, que melhorias pretende conquistar para os capixabas nessa área?

– A educação tem sido prioridade apenas em discursos de campanha, passadas as eleições ninguém coloca a educação em primeiro plano.

Os problemas educacionais são complexos. Nos últimos anos o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)  do ES tem sido pífio, inclusive o do ensino médio diminuiu ao invés de aumentar, e o dos últimos anos do ensino fundamental não atingiu a meta. Assim é necessário atacar uma série de problemas que vão da formação e remuneração dos profissionais a infraestrutura das escolas. Sei que não é tarefa fácil, mas não é possível mais postergar a questão educacional.  O ES assim como o Brasil estão atrasados na questão educacional e estamos pagando um preço alto por isso.

E vale ressaltar que é necessário que a sociedade também coloque a educação como prioridade e passe a cobrar mais dos poderes constituídos.

 

O que o levou a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa?

– Assim como a maioria dos cidadãos, cansado de tantos desmandos na política estadual e nacional. Acredito que posso fazer um bom trabalho em prol da sociedade, além disso, nós que temos compromisso com a educação e uma história pautada na ética, na moral e no compromisso, precisamos nos levantar do lugar comum, arregaçar as mangas e ir a luta. Não podemos ficar sentados, apenas reclamando de tudo e de todos, enquanto os mesmo parasitas de sempre avançam e se perpetuam no poder.

 

O que os capixabas podem esperar do deputado estadual Sérgio Majeski?

– Muito trabalho e seriedade em prol da sociedade, especialmente no que tange à educação e a moralização das instituições públicas.

 

Sobre o cenário político nacional, acredita que o governo federal será mais cobrado fiscalizado, levando em conta que mais de 50 milhões de brasileiros votaram pela não continuidade do PT no poder?

– Acredito que sim, mas os partidos de oposição, especialmente o PSDB, precisam fazer um trabalho para manter unida essa oposição e fazê-la crescer.  Acho que esse é também um bom momento para a renovação dos partidos e para atrair mais jovens para formar uma militância. A sociedade está muito cansada e enojada com a política nacional e estadual, uma das provas disso é o grande número de abstenções, votos brancos e nulos nas últimas eleições, assim os partidos precisam urgentemente se renovarem e dar demonstrações concretas de que não se nivelam por baixo.

 

“Diálogo ou novas imposturas?”, por Fernando Henrique Cardoso

fhcEm uma democracia não cabe às oposições, como ao povo em geral, senão aceitar o resultado das urnas. Mas nem por isso devemos calar sobre o como se conseguiu vencer, nem sobre o por que se perdeu. Os resultados eleitorais mostram que a aprovação ao atual governo apenas roçou um pouco acima da metade dos votos. Ainda que a vitória se desse por 80% ou 90% deles, embora o respeito à decisão devesse ser idêntico ao que se tem hoje com a escassa maioria obtida pelo lulopetismo, nem por isso os críticos deveriam calar-se.

É bom retomar logo a ofensiva na agenda e nos debates políticos. Para começar, não se pode aceitar passivamente que a “desconstrução” do adversário, a propaganda negativa à custa de calúnias e deturpações de fatos, seja instrumento da luta democrática. Foi o que aconteceu, primeiro com Marina Silva, em seguida com Aécio Neves. O vale-tudo na política não é compatível com a legitimidade democrática do voto. Marina, de lutadora popular e mulher de visão e princípios, foi transformada em porta-bandeira do capital financeiro, o que não é somente falso, mas inescrupuloso. Aécio, que milita há 30 anos na política, governou Minas duas vezes com excelente aprovação popular, presidiu a Câmara e é senador, foi reduzido a playboy, farrista contumaz e “candidato dos ricos”.

Até eu, que nem candidato era, fui sistematicamente atacado pelo PT, como se tivesse “quebrado” o Brasil três vezes (quando, como ministro da Fazenda, ajudei o país a sair da moratória), como se tivesse deixado a Presidência com a economia corroída pela inflação (como se não fôssemos eu e minha equipe os autores do Plano Real, que a reduziu de 900% ao ano para um dígito), como se os 12% de inflação em 2002 fossem responsabilidade de meu governo (quando se deveram ao temor de eventuais desmandos de Lula e do PT). Não me refiro à língua solta de Lula, que diz o que quer quando lhe convém, mas ao fato de a própria presidenta e sua campanha terem endossado que o PSDB arruinou o Banco do Brasil e a Caixa, quando os repôs em sadias condições de funcionamento. E assim por diante, num rosário de mentiras e distorções, insinuando terem sido postos embaixo do tapete vários “escândalos”, como o “da Pasta Rosa” ou o “do Sivam”, ou “da compra de votos” da minha reeleição etc., factoides construídos com matéria falsa, levantada pelo PT, submetida a CPIs, investigações várias e julgamentos que deram em nada por falta de veracidade nas acusações.

Mas isso não é o mais grave. Mais grave ainda é ver a reeleita colocando-se como campeã da moralidade pública. Entretanto, não respondeu à pergunta de Aécio Neves sobre se era ou não solidária com seus companheiros que estão presos na Papuda. Calou ainda diante da afirmação feita no processo sobre o Petrolão de que o tesoureiro do PT, senhor Vaccari, era quem recolhia propinas para seu partido.
Havendo suspeitas, vá lá que não se condene antes do julgamento, mas até prova do contrário deve-se afastar o indiciado, como fez Itamar Franco com um ministro, e eu fiz com auxiliares, inocentados depois no caso Sivam. Então por que manter o tesoureiro do PT no Conselho de Itaipu?

Pior. A propaganda incentivada pela liderança maior do PT inventou uma batalha dos “pobres contra os ricos”. Eu não sabia que metade do eleitorado brasileiro, que votou em Aécio, é composta por ricos… É difícil acreditar na boa-fé do argumento quando se sabe que 70% dos eleitores do candidato do PSDB, segundo o Datafolha, compunham-se de pessoas que ganham até três salários mínimos. A propaganda falaciosa, no caso, não está defendendo uma classe da exploração de outra, mas enganando uma parte do eleitorado em benefício dos seus autores. Isso não é política de esquerda nem de direita, é má-fé política para a manutenção do poder a qualquer custo. Igual embuste foi a insinuação de que a oposição é “contra os nordestinos”, como se não houvesse nordestinos líderes do PSDB, assim como eleitores do partido no Nordeste.

Também houve erros da oposição. Quem está na oposição precisa bradar suas razões e persistir na convicção, apontar os defeitos do adversário até que o eleitorado aceite sua visão. Para isso precisa organizar-se melhor e enraizar-se nos movimentos da sociedade. Felizmente, desta vez, Aécio Neves foi firme na defesa de seus pontos de vista e, sem perder a compostura, retrucou os adversários à altura, firmando-se como um verdadeiro líder.

Diante do apelo ao diálogo da candidata eleita, devemos responder com desconfiança: primeiro, mostre que não será leniente com a corrupção. Deixe que os mais poderosos e próximos (ministros, aliados ou grandes líderes) respondam pelas acusações. Que se os julgue, antes de condenar, mas que não se obstruam os procedimentos investigatórios e legais (Lula tentou postergar a decisão do STF sobre o mensalão o quanto pôde). Que primeiro a reeleita se comprometa com o tipo de reforma política que deseja e esclareça melhor o sentido da “consulta popular” a que se refere (plebiscito ou referendo?). Que se debata, sim, na sociedade civil e no Congresso, mas que se explicite o que ela entende por reforma política. Do mesmo modo, que tome as medidas econômicas para vermos em que rumo irá o seu governo.

Só se pode confiar em quem demonstra com fatos a sinceridade de seus propósitos. Depois de uma campanha de infâmias, fica difícil crer que o diálogo proposto não seja manipulação. Só o tempo poderá restabelecer a confiança, se houver mudança real de comportamento. A confiança é como um vaso de cristal, uma pequena rachadura danifica a peça inteira.

*Publicado no jornal O Globo – (02/11)

“Clima ruim”, análise do ITV

Seca-Foto-George-Gianni-PSDB--300x199A ocorrência de eventos extremos torna imperativas ações para fazer frente às mudanças climáticas. Grande parte do Brasil experimenta hoje a desagradável convivência com uma seca de proporções históricas que, ao mesmo tempo em que assusta, ainda não foi objeto de medidas à altura da sua gravidade por parte do poder público.

As evidências do momento preocupante que o clima planetário hoje atravessa se apresentam com força no Brasil. O nível de chuvas continua muito abaixo da média histórica. As usinas de geração de energia estão no menor nível em 20 anos. O abastecimento de água está comprometido em dezenas de municípios.

Ao mesmo tempo, a devastação da floresta amazônica avança: no último ano, aumentou 29%, depois de quatro anos de queda. As medições mais recentes mostram que a destruição continua, e num ritmo ainda mais acelerado. Mas, ao invés de agir, o governo federal preferiu esconder as estatísticas…

O alerta é global. Ontem o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) divulgou conclusões que deverão balizar a reunião mundial sobre o clima a se realizar em dezembro no Peru – dando sequência ao encontro anterior, realizado em Copenhague em 2009. As conclusões são assustadoras.

Os estudiosos estimaram cenários com as chances de a temperatura do planeta aumentar até 2° C até o fim deste século. Se os combustíveis fósseis continuarem como base para a produção de energia no mundo, a probabilidade de isso acontecer é de 66%. Se confirmada a previsão, as consequências serão bem piores que a seca que hoje nos esturrica.

Como remédio, os cientistas sugerem aumento expressivo do uso de fontes renováveis para a geração de energia, que precisaria ser quadruplicado nos próximos 35 anos a fim de mitigar o aumento das emissões de gases de efeito estufa. Os custos disso são estimados em 0,06% do PIB mundial, uma ninharia frente ao que pode acontecer se nada for feito.

O mais preocupante é que, nos últimos anos, o Brasil tem estado na contramão da agenda da sustentabilidade. Tanto na matriz energética – a participação de fontes sujas (térmicas) simplesmente triplicou – quanto nos incentivos à utilização de combustíveis não renováveis, os sinais emitidos pelos formuladores de políticas públicas no país têm sido opostos ao esperado.

Os alertas sobre os efeitos das mudanças climáticas se acumulam, e as evidências de que não agir terá consequências cada vez mais danosas também. Nunca antes a sociedade brasileira esteve tão pronta a adotar novas atitudes para evitar que o pior aconteça. São assuntos que, tal como acontece com outros tantos no país, não podem continuar a ser varridos para debaixo do tapete.