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“Razões para o Pessimismo”, análise do ITV

contaTornou-se um mantra da candidata-presidente afirmar que quem está preocupado com o futuro e com os problemas que se avolumam no país, em especial na economia, é “pessimista” e torce contra o Brasil. É possível que nem ela acredite no que diz.

Há razões de sobra para desconfiar das possibilidades de êxito do país caso o atual projeto de poder se mantenha por mais quatro anos. Os desafios são imensos na economia, mas vão muito além, abarcando, principalmente, a falta de segurança e a saúde precária.

Dilma Rousseff e seus porta-vozes tentam colar no “mercado” a pecha do mau agouro. Acusam analistas de torcer contra, mas vão além e publicamente constrangem quem se aventura a dizer o óbvio: com o PT no comando, as perspectivas do país são cadentes.

As projeções para a economia seguem declinantes. Em menos de três meses, os prognósticos para o PIB deste ano caíram pela metade e agora chegam a 0,81% – no início do ano, estavam em 1,95%. Há 11 semanas tem sido assim, na mais longa série de revisões consecutivas para baixo destas estimativas desde 2008, segundo o Valor Econômico.

O desalento não se limita ao presente. Dilma irá legar a seu sucessor um fardo para lá de pesado. A Folha de S.Paulo analisou os prognósticos de mercado para os próximos quatro anos e verificou que a projeção dos analistas é de inflação ainda alta e crescimento fraco até 2018, com perspectiva de forte aumento das tarifas públicas já em 2015.

O “tarifaço”, aliás, já é praticado pelo governo Dilma na energia elétrica e, no caso dos preços dos combustíveis, largamente defendido por integrantes do próprio governo petista, seja na Petrobras, seja na equipe econômica. Não é anseio, portanto, da oposição.

Mas o desalento vai muito além do mundo da economia e das finanças. Está nas ruas e na boca dos brasileiros que enfrentam um dia a dia cada vez mais difícil. Isso não é peça de retórica; é fato, comprovado também por pesquisas.

A mais expressiva delas foi feita em junho pelo Ibope. A informação mais relevante é que em rigorosamente todas as nove áreas pesquisadas pelo instituto, os brasileiros que desaprovam as políticas adotadas pela presidente Dilma são larga maioria.

É assim na saúde (78 a 19%), nos impostos (77 a 15%), na segurança pública (75 a 21%), no combate à inflação (71 a 21%), na política de juros (70 a 21%), na educação (67 a 30%), no combate ao desemprego (57 a 37%), no combate à fome e à pobreza (53 a 41%) e no meio ambiente (52 a 37%).

A preocupação com o futuro do país é de milhões de brasileiros. As condições de vida estão mais difíceis e até a conseguir bons empregos está complicado. Quem produz, investe e trabalha torce para que o Brasil consiga virar o jogo. Mas não há como ser otimista com a herança realmente maldita que Dilma Rousseff deixará de presente para seu sucessor.

Aécio Neves é entrevistado no Jornal Nacional

aecio-jnO candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, foi entrevistado, na noite desta segunda-feira (11/08), no Jornal Nacional, da Rede Globo. Na entrevista, Aécio se comprometeu com os brasileiros a fazer um governo transformador, com ética e eficiência, e lembrou sua gestão em Minas Gerais, que levou o Estado a ter a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde do Sudeste e investimentos em infraestrutura que mudaram a vida da população.

A seguir, seguem os melhores trechos da entrevista do candidato à Presidência.

Governo para as pessoas

Quero melhorar o Brasil é para Dona Brenda, que conheci essa semana lá nas margens do Rio Negro, no Amazonas, que quer um posto de saúde melhor na sua comunidade. Ou para o seu Severino, lá de Mauriti, no Ceará, que espera que as obras do São Francisco possam chegar perto da sua casa. Ele acha já acha que só os seus netos verão. Eu quero que a Suelen, lá de Campina Grande, que conheci no ano passado, continue vendendo na feira, como vendia. Não vende mais porque a inflação está aí a perturbar a vida de todos.

Eu quero fazer um governo para as pessoas. Um governo responsável, corajoso, que pense naquele que mais precisa da ação do Estado. Por isso, nesse instante, peço a você que esta nos ouvindo, o voto, o seu apoio para transformarmos de verdade o Brasil. Vocês vão se orgulhar muito disso.

Ética e eficiência

Quero governar o Brasil para iniciar um novo ciclo de desenvolvimento no país. Um ciclo que concilie ética com eficiência. Sem dúvida alguma, os quadros que temos à nossa disposição e a coragem que teremos para fazer o que precisa ser feito é que permitirá que, no nosso governo, o Brasil volte a crescer.

Retomada do crescimento e combate à inflação

Vou tomar as medidas necessárias para que o Brasil retome o ritmo de  crescimento minimamente aceitável. Não é adequado, compreensível, que um país com as potencialidades do Brasil seja o lanterna do crescimento na América do Sul e estejamos aí de novo com aquela agenda que achávamos já derrotada há tempos, como a da inflação de novo a atormentar a vida do cidadão e da cidadã brasileira.

Transparência na economia

Tenho tido a oportunidade de me reunir com alguns dos mais talentosos economistas do Brasil, mas na outra ponta  também tenho conversado com as pessoas. O que o brasileiro querTransparência. Um governo que tenha coragem de fazer aquilo que seja necessário.

Corte de ministérios e política externa

Vamos, sim, enxugar o Estado. Não é admissível, não é razoável que tenhamos hoje 39 ministérios – não apenas pelo custo dos ministérios, mas pela incapacidade deles de apresentarem resultados, entregarem serviços de qualidade às pessoas – e  que estejamos hoje vivendo uma política externa cujo alinhamento ideológico é prioridade sobre o pragmatismo, sobre o interesse real do Brasil e da nossa economia, e tudo isso levou a uma crise de confiança no Brasil.

Confiança

Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário, as medidas necessárias para controlar inflação, retomar o crescimento e, principalmente, a confiança perdidas no Brasil, porque essa desconfiança em relação ao nosso país afugenta os investimentos.

 

Empregos perdidos

Os investimentos indo embora, os empregos vão embora. O saldo da balança comercial de manufaturados, os produtos que mais agregam valor, produzidos no Brasil, foi negativo em R$ 107 bilhões. Sabe o que isso significa? Que os empregos que deveriam ser gerados no Nordeste brasileiro, no Centro-Oeste, no Norte, estão sendo gerados na Ásia e em outras partes do mundo. Isso tem que acabar. 

Todos percebemos de forma muito clara que o Brasil parou de crescer; que os empregos de boa qualidade deixaram de ser gerados aqui, e até os de baixa qualidade também, segundo os últimos dados oficiais, estão deixando de acontecer.

Transformar experiências

A grande realidade é que administrar e, olha que eu fui um governador razoavelmente exitoso, é transformar, e transformar pra melhor as boas experiências. Todo mundo, de alguma forma, copia e aprimora e ninguém tem que ter vergonha disso. O meu governo vai ser renovador no padrão ético, no padrão moral, e, em relação e esse governo, vai ampliar as boas políticas.

Bolsa Família

O que é o Bolsa Família? O Bolsa Família é a junção do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e do Vale Gás, que vieram do governo do presidente Fernando Henrique e corretamente o presidente Lula os unificou e adensou. Eu não só vou continuar com o Bolsa Família, como eu quero que, além da privação da renda, as pessoas que o recebem possam ter uma ação do Estado para que outras carências, de saneamento, de educação, de segurança, possam também ser sanadas.

Diminuir diferenças

Minas Gerais avançou e avançou muito. Agora, Minas tem, no nosso território, o Vale do Jequitinhonha, o Norte mineiro, o Mucuri, que é uma região que historicamente tem um IDH menor do que a média do Nordeste. O grande esforço do nosso governo foi reduzir essas diferenças e fizemos isso.

A melhor educação

Minas tem hoje a melhor educação fundamental do Brasil, mesmo sendo um Estado heterogêneo e não sendo um dos mais ricos dos Estados brasileiros. A melhor saúde de toda a região Sudeste. É um Estado que se desenvolve muito.

Referência internacional

Minas é hoje referência não apenas no Brasil, mas fora do Brasil, com os organismos internacionais, como o Banco Mundial, de um modelo a ser seguido, com sensibilidade social e gestão profissional.

Saúde preventiva e qualificada

Estive há poucos dias reunido na USP, com a diretora da USP e outros renomados especialistas em saúde pública. No meio da reunião, vou lhe confidenciar isso, a diretora da USP disse a mim: Aécio, você não tem nada o que aprender conosco aqui sobre saúde pública, não. O que vocês fizeram em Minas foi transformador, seja em relação à saúde preventiva, onde dobramos os números de equipe do programa Saúde da Família, ou na qualificação dos hospitais através do Pro-Hosp, na preparação das pessoas. Saúde é prioridade para qualquer governo responsável e será no nosso.

Minas: governo transformador e transparente

O meu governo foi um governo republicano, foi um governo absolutamente transparente. Eu transformei Minas Gerais num Estado que tem a melhor educação do Brasil no ensino fundamental, a melhor saúde de toda região Sudeste. Nós ligamos, no planejamento, aliás, algo que falta hoje no plano federal, todas as cidades mineiras que não tinham asfalto. Duzentas e vinte e cinco cidades foram ligadas por asfalto no meu governo. 450 cidades não tinham telefonia celular. Fiz a primeira PPP do Brasil e liguei essas cidades ao desenvolvimento através da telefonia celular. E fiz um programa chamado ProAero, que ligou [aeroportos de] 29 cidades, de um total de 92 aeroportos que existem espalhados por Minas, você sabe que Minas é o Estado que tem o maior número de municípios, somos 853, como instrumento do desenvolvimento regional.

Aeródromo

Nesse caso, especificamente, se houve algum prejudicado, foi esse meu tio-avô. Porque o Estado avaliou aquela área em R$ 1 milhão, ele reivindica na Justiça R$ 9 milhões, não recebeu R$ 1 até hoje. Foi feito de forma transparente, de forma absolutamente republicana, e a população daquela localidade sabe a importância daquele aeródromo, uma pista asfaltada.

Apuração

Em relação ao PSDB ou aqueles sem partidos, se tiverem denúncias que sejam consistentes têm que ser investigadas e tem que responder por elas. O que eu posso garantir que, no caso do PSDB, se eventualmente [alguém] for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional, porque isso deseduca. Todos os partidos estão aí e tem a possibilidade de ter nomes que sejam envolvidos em quaisquer denúncias. Apuração e punição. É isso que esperam os brasileiros, independentemente da filiação partidária. Independentemente do partido político, eu acho que qualquer cidadão tem que responder pelos seus atos.

Grupo de médicos capixabas apoia candidatura de Aécio Neves e reivindica melhorias para a Saúde

Médicos se reuniram com o secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves: propostas para melhorar a saúde no Brasil
Médicos se reuniram com o secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves: propostas para melhorar a saúde no Brasil

Com o objetivo de apresentar e debater propostas para melhorar a qualidade da saúde pública, um grupo de médicos capixabas criou um movimento em apoio à candidatura de Aécio Neves.

Na perspectiva que a candidatura do presidenciável tucano é a melhor alternativa de mudança para combater os problemas que atualmente afetam a saúde no Brasil, os profissionais decidiram apoiar Aécio.
Na última sexta-feira, representantes do CRM-ES, dos estudantes de Medicina e da Associação Médica do Espírito Santo se reuniram na sede do PSDB-ES, com o secretário-geral do partido, Ruy Marcos Gonçalves.
Dentre as principais dificuldades que comprometem a saúde no País, apontados pelos médicos, estão a falta de infraestrutura adequada que atenda às necessidades da população, o financiamento da saúde do governo federal e a ausência do revalida para os profissionais do programa Mais Médicos
 “Esses profissionais entendem que os problemas na saúde se dão, fundamentalmente, devido à má gestão do governo federal. O PSDB se colocou à disposição dos médicos porque a categoria é fundamental para fazer a saúde acontecer no Brasil”, afirmou o secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves.

“Das páginas de Economia para as páginas de Polícia”, análise do ITV

petrobras-sede1-foto-divulgacao--300x169A Petrobras não sai dos jornais. Nossa maior empresa deixou de figurar apenas nas páginas dedicadas à economia e passou a ocupar também os espaços reservados a assuntos de polícia. Em ambos os casos, as notícias são ruins.

 A estatal está no centro de uma série de escândalos envolvendo negócios ruinosos, denúncias de grosso desvio de dinheiro, distribuição de benesses para corromper técnicos e políticos. Naquilo que mais interessa a empresa também não consegue sair-se bem: seus negócios vão de mal a pior.

 Na sexta-feira foi divulgado o resultado da Petrobras no segundo trimestre. Nova frustração: o lucro acumulado entre janeiro e junho caiu para R$ 10,3 bilhões, redução de 25% em comparação com o mesmo período de 2013. No trimestre, a queda foi de 21%.

 Impressiona o nível de endividamento exibido pela estatal: sua dívida líquida atingiu R$ 241 bilhões e a bruta, R$ 308 bilhões, segundo o Valor Econômico. Trata-se da empresa não financeira mais endividada do mundo. O endividamento já corresponde a quase quatro vezes a geração de caixa da empresa, uma temeridade.

 O pior é que a contrapartida ao endividamento não se materializa. A produção de petróleo não reage: a alta em relação ao primeiro semestre do ano passado foi de apenas 1%, ainda muito distante dos 7,5% prometidos pela direção da estatal para este ano.

 A Petrobras continua pagando caro para manter os preços dos combustíveis defasados em relação ao que a empresa gasta para importá-los do exterior. Somente a área de abastecimento da estatal, que compra e vende os produtos, registrou prejuízo de R$ 13,4 bilhões no semestre, segundo a Folha de S.Paulo.

 Se os números não vão bem, as notícias relacionadas à forma como a Petrobras vem sendo gerida no governo do PT são ainda mais tenebrosas. Soube-se neste fim de semana pela revista Veja que o doleiro Alberto Youssef, que está no centro de um escândalo que pode ter desviado R$ 10 bilhões da companhia, distribuía malas de dinheiro a políticos aliados.

Para complicar, a presidente da estatal, Graça Foster, corre risco de ter seus bens bloqueados em razão da participação na transação que levou a Petrobras a pagar pela refinaria de Pasadena bem mais que ela valia. O Ministério Público também investiga se a executiva omitiu informações em depoimentos prestados no Senado neste ano.

 Nos últimos anos, a Petrobras deixou de cumprir a função que dela mais se espera: produzir petróleo e energia para impulsionar o desenvolvimento do país. A empresa foi posta a serviço do partido no poder, que está produzindo a maior pilhagem já vista na sua história. Está na hora de devolver a Petrobras a seus verdadeiros donos: o povo brasileiro.

Filho de Aécio tem alta hospitalar no Dia dos Pais

aecio-bbO candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, deu uma pausa na campanha para um compromisso muito especial neste Dia dos Pais (10/08). Acompanhado da mulher, Letícia Weber, ele foi buscar o filho Bernardo, que, depois de 65 dias de internação, teve alta em maternidade no Rio de Janeiro. O bebê nasceu prematuro, assim como sua irmã gêmea, Julia, que está em casa desde o dia 20 de julho. Ao buscar o filho, Aécio afirmou que “já é um vitorioso” por poder sair de lá com Bernardo no colo. Para ele, foi mais que um presente de Dias dos Pais: “É o dia mais feliz da minha vida”.

Depois da difícil experiência pela qual acabou de passar com o filho por mais de dois meses internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, Aécio anunciou que apresentará projeto de lei propondo que o período de quatro meses de licença-maternidade das mães de filhos prematuros comece a contar a partir da alta do bebê. “Eu conheci aqui muitas mães que tiveram que largar o emprego porque o tempo de permanência do menino foi muito longo”, afirmou o senador. E acrescentou: “Eu aprendi muita coisa nesse período aqui [no hospital] e uma delas é que o amor de mãe, o amor dos pais, é essencial para que os filhos se recuperem”.

Ampliação de leitos

O candidato afirmou ainda que pretende fazer um grande programa de ampliação dos leitos de UTIs neonatal na rede pública de saúde de todo o Brasil. Aécio agradeceu aos médicos que foram responsáveis pelos cuidados de Bernardo: o pediatra João Maurício e o chefe da UTI da Perinatal Laranjeiras, Jofre Cabral. “Acho que os pais que tiveram filhos lutando pela vida sabem o que estou sentindo agora. Eu tenho que agradecer muito a Deus, à equipe médica extraordinária que cuidou dele até aqui, médicos, enfermeiros técnicos e a todos que oraram e torceram por nós”, disse.

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Aécio fez um agradecimento especial também à sua mulher, Letícia, que passou duas semanas internada antes do parto, ocorrido no dia 7 de junho, e ficou a maior parte dos últimos 65 dias na clínica para acompanhar a evolução de Bernardo. “Estou com a alma leve e quero cumprimentar todos os pais do Brasil e desejar que eles possam sentir o que estou sentindo hoje, uma recompensa por tudo que nós passamos”, na saída da clínica.

Olhar para o futuro

Para Aécio, que já pai de Gabriela, de 22 anos, fruto do seu primeiro casamento, os gêmeos vão inspirar todas as suas decisões como homem público. “E vou fazer uma campanha debatendo o Brasil, olhando para o futuro. Não vou fazer uma campanha olhando para o retrovisor. Quem tem filhos, como eu tive agora, tem sempre que lembrar deles.  Sempre, em qualquer decisão que eu tome, qualquer proposta que eu apresente. Eu não vou olhar para esse embate partidário, na briga menor. Eu vou olhar sempre nos olhos da Julia, do Bernardo e de tantas crianças que querem viver num país melhor, mais justo, com maior dignidade, com maior respeito entre as pessoas”, disse Aécio.

“No olho do furacão”, por Martha Ferreira

Martha_Ferreira_twi_1As decisões equivocadas do governo federal – como o fim dos incentivos do Fundap, mudança das regras dos royalties do petróleo, redução do índice das transferências constitucionais, descaso quanto à prevenção e recuperação das áreas atingidas por acidentes da natureza e postergação de obras de infra-estrutura -, têm provocado perdas irrecuperáveis para o Espírito Santo. 
A calamitosa gestão da maioria dos 78 municípios capixabas tende a agravar o quadro das finanças das cidades, visto que a grande maioria dos prefeitos é formada por políticos atolados em processos judiciais e denúncias de corrupção; sem competência técnica, criatividade e inovação; e que repetem os mesmos mantras do populismo retrógrado. Ao invés de corrigir o rumo de suas políticas públicas, tais como cortar despesas inúteis e planejar suas ações com foco nas potencialidades regionais, incham a máquina e arrastam suas regiões para a dependência infinita. 
De acordo com a revista Finanças dos Municípios Capixabas, a receita total das cidades do Espírito Santo, em 2013, foi de R$ 9,2 bilhões e a despesa total foi de R$ 8,4 bilhões. Dentro da composição das despesas, a rubrica Pessoal torrou R$ 4,3 bilhões (51%) e a de Custeio R$ 3,2 bilhões (37,8%). Enquanto isso, a conta Investimentos, objetivo maior da existência dessas Prefeituras, recebeu míseros R$ 777,4 milhões (9,2%), ou seja, 52,7% menor do que em 2012. 
O montante gasto com Educação foi R$ 2,7 bilhões e com Saúde, R$ 1,7 bilhão. Se somarmos essas duas rubricas teremos o valor que foi gasto com a folha de pagamento gigantesca do efetivo que se amontoa nas Prefeituras. Ou seja, pagamos impostos para que os municípios se transformem em meros empregadores.
Até o final desse ano, todas as dificuldades pelas quais o mundo está passando ainda estarão longe de uma solução definitiva. Apesar disso, China, Estados Unidos e União Européia, pela sua cultura e educação, terão chances de consolidar sua recuperação econômica e social, mais rapidamente. Eles estão comprometidos com seus objetivos de crescimento econômico, desenvolvimento social, enxugamento da máquina administrativa e punição dos crimes contra o patrimônio público.
Infelizmente, o Brasil está trilhando o caminho inverso, trocando a revolução educacional, reestruturação econômica e social, planejamento para reformas e modernização do Estado, fichas limpas, alianças globais no comércio, respeito às instituições, redução dos gastos e mais investimentos úteis, pela promoção do analfabetismo funcional; desmantelamento dos fundamentos econômicos; permanentes subsídios sociais sem porta de saída; ausência total de planejamento para o futuro; gestão criminosa esfacelando estatais; mudança no marco regulatório de setores de base; contabilidade criativa; aparelhamento do Estado; afrouxamento das penas para corruptos; alianças ideológicas com países quebrados; cerceamento da liberdade de imprensa; aliciamento do Congresso; defesa da inversão de valores éticos e morais; e a criação de uma dívida impagável. 
Somados às fragilidades sistêmicas tais como caos na saúde, educação e justiça; tráfico de drogas; inflação e juros altos; oscilação cambial; escassez de tecnologia; gargalos de mão-de-obra, logística e infra-estrutura; desindustrialização; crescimento minúsculo do PIB; e a fragilização imposta pelo governo federal aos estados e municípios, o Brasil tem apresentado os piores índices de saúde, educação, segurança, corrupção, inflação, juros, crescimento econômico e competitividade entre 134 países do mundo. 
E, no meio desse amontoado de ações e políticas públicas equivocadas, que desembocam no desemprego real e desconfiança dos investidores globais, lá vai o Espírito Santo sendo arrastado para o olho verde-amarelo deste furacão.

Martha Ferreira é economista, consultora de negócios, palestrante, professora e articulista.

“Não há nenhuma parte do mundo em que o governo federal não tenha uma parcela de responsabilidade em relação à criminalidade”, diz Aécio

aecio-botucatuO candidato à Presidência da República da Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, esteve nesta sexta-feira (08/08), em Botucatu (SP), ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição, e do prefeito da cidade, João Cury (PSDB). Aécio visitou o Centro de Referência de Dependentes Químicos e fez caminhada pela cidade.

Tratamento de dependentes químicos, Programa Recomeço e pesquisa Ibope foram alguns assuntos comentados na entrevista. Acompanhe:

 

Tratamento para dependentes químicos no Brasil e o tráfico de drogas.

O aumento do tráfico e do consumo de drogas no Brasil é das maiores tragédias do nosso tempo. Tragédias que vêm acabando com a vida de inúmeras, milhares de famílias do Brasil inteiro, e a questão das drogas tem que ser tratada em duas vertentes. A primeira, o tráfico com controle das nossas fronteiras, com polícia, com inteligência, com tudo que não vem acontecendo até aqui. E a segunda vertente, é a da dimensão da vida, com experiências como essa do governador Geraldo Alckmin e [ex-] governador José Serra [que leva] ao recomeço [programa estadual que oferece tratamento de saúde, acolhimento, reinserção social, apoio familiar e  trabalho como tratamento para dependentes químicos em São Paulo]. São Paulo e Minas Gerais, na verdade, estiveram duas experiências que estão vem vigor e em execução hoje extremamente exitosas. Nós tivemos lá aliança pela vida, aqui o recomeço, onde o Estado financia a internação dos usuários de drogas e aqui ainda a rede pública de saúde, dá a eles uma nova oportunidade. ‘Recomeço’ é um exemplo para levarmos para o Brasil, portanto são duas as vertentes essenciais, a primeira delas é coibir o tráfico. O Brasil não é produtor de drogas, essas drogas vêm dos nossos vizinhos e tráfico de drogas, todos nós sabemos é responsabilidade do Governo Federal e na dimensão da saúde pública com exemplos extremamente exitosos, como esse aqui de São Paulo, como aliança pela vida em Minas Gerais que permite na verdade um recomeço para tantas famílias e para tantos usuários de drogas.

Programa Recomeço

 O Programa Recomeço, que nós visitamos agora, é uma demonstração clara de que o Estado pode, sim, ser parceiro na recuperação de drogados. Portanto, nosso governo vai ter também um projeto claro, de ampliação desses centros de reabilitação que já fazíamos em Minas Gerais, por todo Brasil.

 Como o governo federal pode atuar na segurança pública?

 Não há nenhuma parte do mundo em que o governo federal não tenha uma parcela de responsabilidade em relação à criminalidade. O [combate ao] tráfico de drogas, de armas e controle das fronteiras são responsabilidades da União. O que o governo vem fazendo é a terceirização de responsabilidades. No nosso governo, vai haver uma política nacional de segurança pública. Nós vamos investir no controle das nossas fronteiras, o que o atual governo não fez. Vamos fazer parceria com os Estados sem contingenciamento dos recursos de Segurança Pública que vem acontecendo no Brasil.

 O período da atual presidente, do fundo penitenciário, apenas 10.5% foi executado. Do Fundo Nacional de Segurança, apenas o 35%. Isso é um desprezo para com a população brasileira, que vê no crescimento da criminalidade e do tráfico de drogas algo extremamente danoso às relações familiares e à própria sobrevivência, principalmente de jovens brasileiros.

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Projeto Recomeço: inspiração para um programa nacional para dependentes químicos.

 Eu conheço melhor o Programa Recomeço, do Estado de São Paulo. Porque ele, na verdade, tem inspiração em “Aliança pela vida”, em Minas Gerais. Nosso programa, posso garantir, é um exemplo para o Brasil porque o Estado – que não tem condições de fazer isso – não investe na construção de novas clinicas. O Estado, ele subsidia, ele paga àqueles que não podem a sua internação nas diversas clinicas e ajuda para que elas sejam cada vez mais melhor equipadas. E ajuda até nos servidores da área da Saúde. Portanto, esse é um programa muito semelhante ao programa Recomeço e essa será a nossa inspiração para ampliarmos pelo país inteiro.

 Sobre a pesquisa do Ibope.

Extremamente positiva até porque nós estamos ainda no aquecendo os motores da campanha eleitoral, a campanha efetivamente ainda não começou e nosso nome vem crescendo de forma muito consistente. Estar aqui em São Paulo ao lado do governador Geraldo Alckmin com o seu apoio tão enfatizado permanentemente e ao lado do companheiro Jose Serra é a sinalização de que nós somos um grupo político. Um grupo político que tem projetos para o Brasil, um grupo político que vem permitindo São Paulo avançar apesar de todas as dificuldades. Por isso, eu tenho muita confiança de que nós estaremos no segundo turno e vamos vencer essas eleições para iniciarmos um novo ciclo de governo no país. Um ciclo onde a decência e a eficiência possam caminhar juntas. E experiências extremamente exitosas dos governos de José Serra e do governo Geraldo Alckmin agora em São Paulo, serão inspiradoras para nós enfrentarmos seja a questão da segurança pública, do tráfico, do consumo de drogas, da educação de qualidade e aqui existem exemplos extraordinários como as Etecs e as Fatecs. E a nossa própria experiência em Minas Gerais que nos permitiu levar Minas a ter a melhor educação fundamental do Brasil. As boas experiências, com pessoas qualificadas para executar as políticas de governo é o que o Brasil mais precisa hoje.  Estou extremamente animado e acho que nós estamos no caminho certo para que com o apoio da população brasileira que clama, que pede por mudanças, nós estamos chegando cada vez mais próximos de vencer as eleições.

 

Sobre Aécio ser o novo entre os candidatos.

Em primeiro, eu nunca busquei o monopólio de absolutamente nada. Eu acho que o exclusivismo não faz bem pra ninguém. Até me lembro, lá atrás, quando o PT se julgava um exclusivista da ética e dos bons costumes. Deu no que deu. Quando falo novo é a renovação das ideias. É a capacidade de olhar para o futuro que outros se apresentem como novo é absolutamente legítimo. Mas do ponto de vista de conceito, de visão de mundo, de modernidade na administração pública, de resultados claros em cada uma das nossas ações, como aconteceu em Minas e acontece em São Paulo, tudo isso é o novo.  O velho, o carcomido, o arcaico é o que nós estamos assistindo no plano federal. Aparelhamento absurdo da máquina pública, a perda de foco e o legado perverso que nós vamos receber que é um quadro de estagflação: inflação alta, crescimento baixo, uma perda crescente de confiança em relação ao governo brasileiro e os nossos indicadores sociais deixando de melhorar. 

 Assisti ontem declarações da presidente da República que mais uma vez disse que a responsabilidade sobre o ambiente no Brasil é dos pessimistas. Então, somos mais de 75% de pessimistas. Mas é bom que fique claro que o pessimismo não é em relação ao Brasil. O Brasil está aí com todas as condições de retomar um ciclo virtuoso, um crescimento sustentável por longo tempo. O pessimismo é em relação ao governo. A este governo que fracassou na condução da economia, na gestão do Estado e fracassou também na melhoria dos nossos indicadores sociais.

 Lamento que a presidente da República continue a fazer o que fez ontem ao colocar palavras na boca dos seus adversários. Talvez sem ter o que propor. Sem ter a capacidade de convencer as pessoas da realidade ou da possibilidade das suas propostas serem executadas até porque fracassou na maioria delas. Ela afirmou ontem que o candidato da oposição – ou pelo menos percebi dessa forma – não vai continuar valorizando o salário mínimo. Ao contrário. Nós tivemos picos de valorização do salário mínimo importantes no governo do PSDB, apesar de todas as dificuldades que nós vivíamos naquele momento, ainda com um processo inflacionário extremamente grave.

 No momento em que assume a presidência da República, nós começamos a crescer em média, nesses últimos três anos, 2.5% a menos do que cresce a América Latina. Faço aqui até justiça. No período do presidente Lula, até porque havia ali uma circunstâncias econômicas muito favoráveis, do ponto de vista de mundo, de fluxos de recursos chegando ao Brasil, nós crescemos mais ou menos o que cresceu a média da América Latina. No governo do presidente Fernando Henrique, da mesma forma, com todas as dificuldades, nós crescemos o que cresceu a América Latina.

 Os piores resultados da economia brasileira, da nossa história republicana, acontece no período da atual presidente da República. Por isso esse pessimismo em relação ao governo que eu espero, a partir da nossa vitória, se transforme em um grande otimismo, em uma grande convergência de forças para nós recuperarmos o papel do Brasil no mundo, mas em especial para os próprios brasileiros.

“O tarifaço de Dilma já começou”, análise do ITV

apagao-ABr1-300x199O modelo criado por Dilma Rousseff para o setor elétrico está fazendo água. Ou melhor, está produzindo escuridão. O tarifaço, com alta acentuada nas contas de luz, não está despontando no horizonte; na verdade, ele já está acontecendo. A tentativa de baixar tarifas na marra fracassou.

O modelo em vigor vem sendo gestado desde que Dilma era ministra de Minas e Energia. Foi lapidado quando ela ocupou a chefia da Casa Civil e recebeu a cereja do bolo quando, já como presidente, em setembro de 2012, ela convocou rede nacional de rádio e TV para anunciar “a mais forte redução de tarifa elétrica já vista neste país”.

Desde então o que se viu foi a antessala do caos. O governo vem torrando bilhões de reais para compensar perdas de concessionárias, as empresas do setor simplesmente pararam de investir, a Eletrobrás está praticamente falida e as tarifas já começaram a voltar a níveis mais altos do que estavam quando a MP 579 foi editada.

Ontem, o governo anunciou novo empréstimo para as distribuidoras de energia. São mais R$ 6,6 bilhões, que se somam aos R$ 11,2 bilhões fechados em abril. Do valor da nova operação, bancos públicos bancarão 68%. Dos R$ 17,8 bilhões de socorro até agora, BNDES, Banco do Brasil e Caixa arcarão com 60%.

O segundo empréstimo chega apenas quatro meses após o primeiro, e depois de o governo ter reiteradamente afirmado que a operação de abril fora definitiva e suficiente para livrar as empresas do naufrágio. Nada que o governo petista diz ou faz resiste por muito tempo.

Além dos empréstimos, desde 2013 até dezembro próximo o Tesouro terá posto mais R$ 21 bilhões no setor para cobrir custos das concessionárias com a compra da energia mais cara das térmicas e no mercado à vista – R$ 816 por MWh, ante R$ 182 dois anos atrás.

Mas o custo dos desequilíbrios causados ao setor desde a edição da MP 579 são bem maiores. A PSR, mais respeitada consultoria do setor, já estimou que a fatura irá chegar a R$ 56 bilhões. Só para comparar, equivale ao dobro do que o Brasil gastou nos preparativos para a Copa.

A candidata-presidente nega que haverá tarifaço se ela for reeleita. Até que enfim tem razão: os reajustes-monstro já estão acontecendo. Nesta semana, a Aneel anunciou aumentos de até 35% nas tarifas de concessionárias. Na média, os aumentos estão em 25% neste ano. Vale recordar: em 2012, a redução média foi de 16%.

Dilma se considera uma especialista em energia. Também é apresentada como gerente das mais eficientes. Na realidade, a candidata-presidente é uma farsa de cabo a rabo: onde ela toca dá choque; aquilo que promete não faz; o que ela começa não termina. Já deu, né?