PSDB – ES

Imprensa

Vereador Válber solicita melhorias na sinalização de trânsito em Anchieta

SAM_5178
Válber Salarini é autor de diversos projetos

Seja nas grandes capitais, ou em municípios menores, a melhoria da mobilidade urbana é uma necessidade constante. O vereador tucano do município de Anchieta Válber Salarini solicitou à Secretaria de Infraestrutura da cidade que seja realizado um levantamento para identificar novas áreas para estacionamento e pontos de parada de ônibus no perímetro urbano do município.

Solicitou ainda que seja feita a adequação dos locais disponíveis, de acordo com a legislação vigente, no que se refere à sinalização horizontal e vertical.
Em seu pedido, Válber destacou que a ausência de sinalização de trânsito vertical e horizontal nos estacionamentos, bem como nas vias de mão única, em pontos de parada de ônibus e em locais onde foram instalados quebra-molas em vários bairros de Anchieta, tem gerado transtornos e causado acidentes de trânsito.

Outro problema, segundo o vereador, é que em alguns locais a sinalização vertical diverge da sinalização horizontal, o que deixa os condutores confusos.
“A sinalização é necessária para informar e orientar condutores e pedestres garantindo um trânsito mais organizado e seguro para todos”, concluiu Válber, lembrando que as melhorias têm sido reivindicadas pela população em razão da falta de espaços adequados para estacionamento no município de Anchieta, principalmente no centro da cidade e da sinalização confusa em diversas vias.

“Cemitério de promessas”, análise do ITV

Quando estreou como aposta de Lula para sucedê-lo, Dilma Rousseff foi batizada “mãe do PAC”. Seria, segundo a propaganda petista, o suprassumo da eficiência, capaz de promover a “aceleração” do país. Na mitologia, fazer acontecer era com ela mesma. Na realidade, seu governo lega ao país um cemitério de promessas não cumpridas e obras inacabadas.

Dilma caminha para o fim de seu mandato sem nenhuma grande obra concluída para mostrar. A presidente faz vistorias, inaugura pequenos trechos, lança pedras fundamentais. Faz pose para câmeras de TV. Mas obra pronta mesmo que é bom, nada; é um deserto.

Os exemplos se sucedem. E até mesmo as parcas realizações acabam por ressaltar os muitos fracassos. Nesta semana, a presidente anuncia que irá a Goiás e Tocantins inaugurar um trecho da ferrovia Norte-Sul. Trata-se, com razão, de uma das obras mais aguardadas do país.

Por isso, espera-se que agora seja para valer. E não mais um teatrinho para produzir imagens para campanha. Quem acompanha o dia a dia da administração federal deve se lembrar que, ainda no governo Lula, o mesmo trecho que Dilma agora entrega – entre Palmas e Anápolis – foi “inaugurado” pelos petistas em 2010. Será que agora também é de mentirinha? Tem risco.

Segundo O Globo, neste ano a obra não vai ter impacto nenhum no transporte de cargas do país. A ferrovia está incompleta. “Não tem pátio intermodal, não tem onde conectar”, resume Rodrigo Vilaça, presidente da associação dos transportadores ferroviários. Nem trilho para assentar o governo do PT consegue comprar, informou O Estado de S. Paulo no domingo.

Também não há, ainda, conexão entre a Norte-Sul e o porto de Barcarena, no Pará, que continua a ser feita por caminhões. O trecho ao sul, até o estado de São Paulo, também está atrasado: prometido para 2009, só vai ficar pronto seis anos depois – isto se a promessa atual for mesmo cumprida.

Não se sabe sequer quem irá operar o transporte de cargas na ferrovia porque a eficiente Dilma postergou a definição deste detalhe. “Em ano eleitoral, o governo tem pressa em inaugurar a obra, mas só na segunda-feira passada convocou as empresas interessadas em operar a linha”, informa O Globo.

A Norte-Sul não é caso isolado. Todas as principais do PAC continuam no papel. É o caso da transposição das águas do rio São Francisco, da ferrovia Transnordestina, da refinaria Abreu e Lima, do Comperj, das BRs 101 e 163, para ficar apenas em exemplos que o próprio governo classifica como prioritários e lhes dá o selo de “estruturantes”.

Pior que não terem ficado prontos, os empreendimentos subiram muito de preço. Segundo o Valor Econômico, o valor total de 12 grandes empreendimentos encareceu R$ 42,7 bilhões desde dezembro de 2010.
Trata-se de alta de 32%, bem acima da variação da inflação no período.

São muitas as explicações, mas nenhuma a justificativa: inépcia administrativa, falta de planejamento, falta de projetos, desordem orçamentária, centralização excessiva, contingenciamento de recursos – e diversos outros motivos que fogem à compreensão de administradores sérios. Mas podemos chamar isso de “custo do padrão Dilma de gestão”.

Diante de sua parca carteira de realizações, Dilma dedica a maior parte de suas jornadas de trabalho a entregar diplomas de ensino, máquinas para prefeitos e moradias aqui e acolá. Não são ações desimportantes. Mas não passam nem perto dos compromissos que, quando eleita, a petista se propôs a cumprir.

“À mentira vamos responder com a verdade e ao pessimismo, vamos responder com a esperança”, diz Aécio em BH

md_3773-300x200O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (19), na capital, após participar do lançamento das pré-candidaturas de Antonio Anastasia para o Senado e Dinis Pinheiro como vice-governador na chapa de Pimenta da Veiga.  Aécio respondeu a perguntas sobre o Encontro Movimento Todos por Minas, eleições 2014, PSD e PSB. A seguir, trechos da entrevista de Aécio Neves.

 Sobre o lançamento das pré-candidaturas em Minas Gerais

Vir a Minas é sempre uma injeção de oxigênio e de otimismo em meio a uma caminhada que é uma caminhada complexa, não espero facilidades. Mas quando se vem a Minas Gerais e pode-se receber tanto carinho, de tantas pessoas e de tantas forças políticas em torno da continuidade do nosso projeto, saio daqui com a minha força redobrada e a minha energia também aumentada.

Tenho absoluta certeza que apresentamos aos mineiros uma chapa extremamente qualificada do ponto de vista ético, do ponto de vista moral, do ponto de vista da sua história, da competência. E que permitirá que Pimenta da Veiga, ao lado de Dinis Pinheiro, agora oficialmente nosso candidato a vice-governador e Antonio Anastasia, esse extraordinário homem público, referência hoje nacional e até internacional para quem acompanha a gestão pública, é o melhor que poderíamos oferecer aos mineiros para darmos continuidade, por um lado, às boas ações que aqui vêm sendo desenvolvidas, e avançar em muitas outras.

Tenho certeza que caminhando pelo Brasil terei sempre muita tranquilidade de olhar para Minas Gerais e ver que aqui a nossa campanha está sendo conduzida por pessoas dessa qualidade pessoal, dessa honradez e dessa competência.

 

Sobre alianças estaduais e aliança nacional

 Sempre sou muito crítico a esse número excessivo de partidos políticos. Mas é o jogo, temos que jogar com essas regras. O que estamos percebendo em todo Brasil é que as alianças estaduais não vêm seguindo a lógica da aliança nacional. Apenas mais um exemplo, sábado próximo estarei em Porto Alegre recebendo o apoio do PP, o mais estruturado partido do Rio Grande do Sul. Apenas como exemplo. Poderia citar outros como a Bahia onde estive essa semana.

As construções locais seguem a lógica local, seguem a realidade local. Fico muito feliz de ver que o Pimenta tem hoje uma aliança em torno da sua candidatura e do Anastasia maior do que eu próprio tive nas minhas duas eleições e do que o próprio Anastasia teve. Isso é uma sinalização clara de que as forças políticas querem que Minas continue avançando nesta direção, do trabalho, da seriedade, da meritocracia e dos resultados.

Obviamente, no plano nacional, estamos fazendo o que é possível. Mas o que é mais claro para mim hoje, o que é real em qualquer parte do Brasil é o crescente sentimento de mudança que hoje permeia todas as camadas da sociedade. Não é mais algo restrito ao andar de cima, como alguns gostariam de dizer. Em todos os estados por onde eu tenho andado, no Nordeste em especial, e no próprio Centro-Oeste esse sentimento de mudança é crescente, e acho que teremos como, a partir de uma exposição maior, encarnar o verdadeiro sentimento de mudança, de mudança corajosa e verdadeira, de mudança segura, que o Brasil precisa e quer viver.

 

Sobre aliança com o PSD

Eu li isso nos jornais. Sempre tenho uma posição de respeitar muito os partidos políticos que atuam em outro campo. Tanto o PSD quanto alguns outros partidos, que hoje são cogitados para estar ao nosso lado, têm uma aliança pelo menos anunciada com o governo federal. Então, cabe a mim respeitar esta aliança. Fico muito feliz de o PSD estar aqui ao nosso lado, como cada uma das outras forças políticas. E vamos aguardar que as coisas avancem. Não dou sinais que depois não possam ser correspondidos. Meirelles é um nome extremamente qualificado e que o Brasil inteiro respeita. Mas o que eu vejo hoje é que o seu partido tem um compromisso com a atual presidente da República. Se isso mudar, vamos conversar.

Sobre propaganda do PT

 Acho que o PT assume um atestado de fracasso. Se autoconcede um atestado de fracasso. Porque um partido político que há 12 anos governa o Brasil ao final não tem nada a oferecer, não tem um legado para mostrar, não tem mais esperança para inspirar os brasileiros, o que ele tem é apenas o pessimismo e o medo. Não. À mentira vamos responder com a verdade e ao pessimismo, vamos responder com a esperança. Somos a esperança de um novo ciclo de governo que garanta a melhoria dos nossos indicadores sociais, crescimento sustentável e, principalmente, melhores condições de vida para todos brasileiros.

Sobre Eduardo Campos

Continuo, como diria o velho Otto Lara Resende, onde sempre estive. O meu objetivo é encerrar esse ciclo de governo que aí está, iniciar um outro com planejamento, com ética, com decência, com resultados, sobretudo com competência, tudo que falta ao atual governo. Temos que respeitar as posições dos outros candidatos. Não mudarei a minha estratégia, e tampouco os entendimentos e acordos que firmei. Pelo menos da minha parte eles serão honrados.

PSDB quer que MP investigue compra de ações de frigorífico por BNDES

colnago-imbassahy-300x224O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), e o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), protocolaram nesta quinta -feira(15) representação na Procuradoria da República do Rio de Janeiro solicitando abertura de inquérito civil para investigar provável improbidade administrativa na operação de compra de ações do frigorífico Independência pela BNDESPAR, braço do BNDES. O prejuízo ao banco, que opera com recursos públicos, é estimado em cerca de R$ 300 milhões.

Segundo informações publicadas pela imprensa, a BNDESPAR adquiriu, em novembro de 2008, 21,8% do capital da holding Independência Participações S.A., pelo valor de R$ 250 milhões. A compra dessas ações se seguiria, de acordo com previsão contratual, da aquisição de mais um lote pelo valor de R$ 200 milhões, elevando a participação da BNDESPAR para 33% do capital da holding. Três meses depois, o frigorífico entrou com pedido de recuperação judicial.

Em 2010, a BNDESPAR provocou processo de arbitragem na qual buscava se desfazer das ações do frigorífico.  No entanto, foi derrotada e condenada ao pagamento de custas arbitrais, multa e correção monetária à Independência.

Na representação, Imbassahy e Colnago afirmam que “o prejuízo sofrido pela BNDESPAR em razão da operação de compra de participações no frigorífico Independência pode ter tido por causa a má gestão dos recursos públicos, a negligência na conservação do patrimônio público ou algum outro ato de improbidade da parte dos agentes responsáveis pela operação”.

“Os recursos manejados pela BNDESPAR são, portanto, públicos e não podem estar sujeitos ao tratamento negligente e displicente que aparentemente lhes foram dispensados nesse caso”, complementam.

Imbassahy e Colnago também protocolaram o requerimento 4234 solicitando informações ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges Lemos, sobre o apoio dado pelo BNDESPAR ao frigorífico Independência.

No requerimento, os autores lembram que a operação pode ter gerado uma perda de recursos públicos da ordem de mais de R$ 300 milhões, prejudicando o apoio do BNDES para outros empreendimentos.

“Quanta babaquice”, análise do ITV

Com Dilma Rousseff perdendo força na corrida eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva tem voltado a ocupar mais espaço e se dedicado a agitar a militância petista. Tais ocasiões, cada vez mais comuns, demonstram o desespero que lhes assombra. Mas são valiosas por revelar a forma com que o petismo enxerga o papel que um governo deve desempenhar na vida das pessoas.

 A reflexão vem a propósito de mais uma das declarações abjetas dadas pelo ex-presidente. Desta vez, na sexta-feira passada, ele discorreu acerca das melhorias que o governo dele e de sua pupila prometeram aos brasileiros e não entregaram. No caso específico, a ligação dos estádios da Copa às redes de metrô.

 Em encontro com blogueiros pagos pelo governo para falar bem do governo, Lula saiu-se com esta: “Nós nunca reclamamos de ir a pé [ao estádio]. Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa. A gente está preocupado? Ah não, porque agora tem de ter metrô até dentro do estádio. Que babaquice que é essa?”

 Lula parece insuperável no seu estoque de declarações jocosas. Não fosse um líder tão popular, já seria tratado por muito mais gente com o escárnio e a condenação que merece quando afirma coisas assim.

 Mas a “quase lógica” de Lula – como uma pesquisadora definiu seus discursos nonsense numa ocasião – é preciosa para demonstrar que o povo só ocupa lugar destacado no discurso petista como fonte de voto. Direitos, não tem.

 O petista não disse o que disse à toa. Disse porque, de fato, não acha que seja importante os cidadãos, seja para ir ao estádio ver seu time jogar ou para locomoverem-se diariamente para trabalhar, dispor de transporte digno e de qualidade. Se o governo prometeu e não cumpriu, como é a tônica das gestões petistas, dane-se: “Vai de jumento”.

 Como pode um líder político com tamanha desonestidade e desrespeito pretender ainda manter seu grupo no comando do país? Como um partido que trata seus compromissos desta forma pode querer que milhões de brasileiros lhe garantam o voto que, pelo jeito, só serve mesmo é para manter abertas as portas de milhares de boquinhas no aparato do Estado?

 É perda de tempo rebater Lula apenas com alegações racionais, dados objetivos, honestidade de argumentação. Mas, só para registro, das 12 cidades-sedes da Copa, apenas três têm estações de metrô próximas a estádios. Em duas delas, havia previsão de construção, mas foram adiadas, talvez para as calendas. Em síntese, somente 10% das obras de mobilidade urbana associadas à Copa estão prontas.

 Em resposta, o governo da presidente Dilma prepara mais uma campanha publicitária milionária para tentar convencer os cada vez mais incrédulos brasileiros de que a promoção da Copa pelo Brasil está valendo a pena. Competência para isso, os petista têm de sobra. Mas legado que é bom, o torneio até agora não deixou quase nenhum.

 Na semana passada, a Folha de S.Paulo publicou levantamento sobre as 167 obras e ações previstas para o campeonato de futebol. Faltando menos de um mês para o início do evento, só 68 estão prontas, ou seja, menos da metade. Outras 88 (53%) ainda estão incompletas ou ficarão para depois da Copa. Onze obras – cerca de 7% – foram simplesmente abandonadas e não sairão do papel

 A Copa e seu legado inexistente acabam sendo um microcosmo do que acontece no país em geral nestes últimos anos. As promessas são muitas e vistosas. As realizações são parcas e, não raro, decepcionantes. São obras e intervenções há muito aguardadas, mas que nunca chegam; são serviços pessimamente prestados, sem perspectiva de melhora.

 É possível que Luiz Inácio Lula da Silva também considere “babaquice” os brasileiros reclamarem atendimentos decentes nos hospitais públicos, pedirem educação que lhes permita sonhar com um futuro menos penoso e segurança para dormir em paz e não ter o filho subtraído pelo crime.

 São todos direitos de cidadãos que pagam seus impostos, cumprem suas obrigações, desempenham seu trabalho honesto, cuidam de suas famílias. Labutam, enfim, e tentam dignamente construir um amanhã melhor para si e para a comunidade. Declarações como a que Lula deu são um soco no estômago do orgulho desta nossa gente.

 Há, sim, muita babaquice no país: em governantes que veem as demandas da população com tanto desdém, que encaram as promessas que fazem com tamanho descompromisso, que enxergam o poder como mero meio de vida. O que as pessoas mais querem são líderes que cuidem bem e zelem por elas. Com a dignidade e o respeito que merecem. Lula e o PT, certamente, não dispõem destes atributos.

“O medo do PT”, por Aécio Neves

Enquanto o PT faz terrorismo na TV, com o intuito de amedrontar os brasileiros e levá-los a votar pela reeleição da candidata Dilma Rousseff, é importante colocar o debate político nos trilhos da sensatez.

O que terá acontecido para que o partido se lançasse no desespero, no tudo ou nada, antes mesmo da campanha eleitoral começar oficialmente? Resposta: há uma vigorosa exigência de mudança pulsando no coração e na mente dos brasileiros. Para se ter a dimensão daquilo que realmente assusta o PT, vale a pena conferir alguns números pouco conhecidos do último Datafolha.

O desejo de que as ações do próximo presidente sejam diferentes das ações da presidente Dilma já é compartilhado em todas as camadas sociais, incluindo-se os mais pobres e a classe média: 69% entre os que ganham até dois salários mínimos, 76% entre dois e cinco salários mínimos, e 81% entre cinco e dez salários mínimos. Nas regiões Norte e Nordeste, já são 67% favoráveis à mudança. Nas faixas etárias de 16 a 34 anos, pode-se chegar a 80%.

O PT, que sempre se julgou dono de parcelas importantes da população, surpreendeu-se com a grande virada país afora. Não percebeu o esgotamento do falso modelo maniqueísta, dos bons vs. os maus, do nós vs. eles, que permanentemente tentam nos impor.

Com uma trajetória marcada pela arrogância, de dono da verdade, detentor de todas as virtudes, o partido abandonou os ideais sob os quais foi fundado. Da defesa intransigente da ética, acabou sócio da corrupção. Nasceu se apresentando como partido dos trabalhadores; virou um partido financiado pela elite econômica do país. Propunha um novo modo de governar e vem destruindo o patrimônio público dos brasileiros, cujo mais eloquente exemplo é o que ocorre na Petrobras. Pregava o respeito à democracia e vem assumindo, sem constrangimento, a defesa da censura aos meios de comunicação.

Essas e outras contradições estão na base da rejeição enfrentada hoje pelo PT.

Com a nova propaganda, o partido passa a si mesmo um atestado de fracasso. Depois de quase 12 anos no poder, não festeja o que deveria ser o seu legado. Não tendo mais esperança ou confiança, oferece aos brasileiros o medo e a ameaça.

Os fantasmas que estão assustando o país não são os do passado. São os fantasmas do presente. O fantasma da inflação, que voltou a assombrar as famílias, do crescimento medíocre da economia, da corrupção desenfreada, das promessas não cumpridas e da falta de rumo do país.

E, ao final, ainda subestimam a inteligência dos brasileiros ao tentar nos convencer de que, para mudar, é preciso deixar tudo como está.

O novo talvez ainda não tenha nome. Mas o velho tem: chama-se arrogância e manipulação. Chama-se PT.

*Aécio Neves é senador (PSDB-MG) e presidente nacional do PSDB

**Coluna publicada na Folha de S. Paulo – 19-05-2014

“O Brasil quer mudança sem o PT” por Ademar Traiano

Ademar-Luiz-Traiano-Foto-Divulgacao-ALPR--300x195Nos protestos de 2013 a popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu de confortáveis 65%, em março, para alarmantes 30% em junho. Oito meses e muita propaganda depois houve certa recuperação. A popularidade da presidente foi para 44%, em fevereiro.

Em maio, também segundo o Datafolha, turbinada por escândalos de corrupção e barbeiragens na condução da economia, Dilma voltou a cair para 37% e está em viés de baixa. Os índices de intenção de voto dos candidatos de oposição começam a subir lenta, mas firmemente. A soma de seus adversários, hoje, dá 38%. Segundo turno assegurado.

O estoque de mágicas populistas – coelhos da cartola e PACs que não desempacam do governo – está visivelmente esgotado. Já os escândalos do PT envolvendo roubalheira do patrimônio público não param de brotar como se fossem cogumelos depois da chuva. Não só o segundo turno está garantido, como o resultado da eleição é incerto. O espectro da derrota ronda o PT.

Se a eleição fosse hoje, segundo o Datafolha, no cenário mais provável, a petista teria 37% dos votos. Seus adversários, somados, teriam 38%. Aécio, Neves (PSDB): 20%; Eduardo Campos (PSB): 11%; Pastor Everardo (PSC): 3%; Outros nomes: 4%.

O mais alarmante para o petismo não são os índices de seus adversários hoje (eles tendem a crescer na medida em que se tornem mais conhecidos com a campanha no rádio e televisão), mas os indicadores de saturação do eleitor com o PT e seus infindáveis trambiques.

O Datafolha revela que 74% dos brasileiros querem mudança. Poucos acreditam que Dilma Rousseff, conhecida pelo voluntarismo e a teimosia, tem o perfil adequado para conduzir essa mudança necessária.

Em fevereiro, 19% dos entrevistados do Datafolha disseram que Dilma era a pessoa mais preparada para fazer as mudanças necessárias. Há um mês, a taxa caiu para 16%. Agora, oscilou para 15%. Os rivais da presidente fazem o caminho inverso.

Para vencer a eleição, Dilma precisaria convencer o eleitorado que é capaz de mudar. Mas a presidente não dá sinal que está disposta a mudar alguma coisa. Ao contrário. Depois de 3 anos de crescimento baixo e inflação alta, Dilma recusa admitir que exista algo profundamente errado na condução da economia.

Convencida de que a sequencia de fracassos, malogros e escândalos que vem oferecendo ao país são apenas sucessos mal compreendidos, Dilma promete mais do mesmo. É o caminho garantido para o desastre.

Os números do Datafolha parecem parte de uma crônica de uma derrota anunciada para o PT. Dilma perdeu 4 pontos percentuais entre os eleitores de renda mais baixa (47 para 43%). Aécio subiu de 10% para 16%. Em dois meses, subiu de 10% para 19% a taxa de eleitores que enxergam Aécio como o mais preparado para executar as mudanças. Nesse quesito, Campos saltou de 5% para 10%.

Mesmo com as constantes viagens de Dilma ao Sul, inclusive a Curitiba (aonde veio para anunciar pela terceira vez a mesma obra), a petista tem a menor intenção de voto na região em relação às outras quatro regiões do país.

O desempenho de Dilma no Sudeste e no Centro-Oeste, também não é bom. A petista faz 30% das intenções de voto em cada uma das duas regiões. Já Aécio, faz 13% no Norte e 12% no Nordeste. E Campos, 11% no Norte e 7% no Sudeste.

Todos esses indicadores negativos sugerem que o mais prudente para o PT seria encostar Dilma e trazer Lula, o boquirroto, como candidato. Mas isso é viável? Existe alguma certeza de que o candidato Lula se elegeria? E, se eleito faria um governo bem sucedido, ou seria vítima das lambanças que iniciou e que foram aprofundadas pela “super-gerente” que instalou no Palácio do Planalto?

A resposta do PT aos fracassos da gestão Dilma é o mesmo que deu para os escândalos da Petrobras – mais propaganda. Agora a propaganda petista tem um nítido viés terrorista. Como essa, intitulada: “fantasmas do passado”. A nova linha publicitária do PT mereceu um comentário fulminante do blogueiro da Folha de S. Paulo, Josias de Souza:

– “Noutros tempos, o PT se defendia da tática do susto com slogans como ‘a esperança vencerá o medo’ ou ‘sem medo de ser feliz’. Hoje, o partido reage à desesperança disseminando pânico. Faz isso sem medo de ser ridículo”.

Talvez a melhor definição do cenário político no Brasil, depois de 12 anos de petismo, tenha sido dada por Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, em entrevista a Sônia Racy, no jornal O Estado de S. Paulo. É a melhor síntese sobre os sentimentos que o PT desperta hoje nos brasileiros:

– “Estou aqui há 42 anos e acho que esta é a eleição mais difícil da história do Ibope. Sinto que as pessoas estão nauseadas, enfadadas, não sei nem o termo, estão enojadas”.

 Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia

“Planejar é a alma do negócio”, análise do ITV

planaltoanoite-300x169Um dos motes mais frequentes do discurso governista é dizer que hoje o país é mais bem administrado e próspero do que no passado. Por esta versão, as gestões petistas se especializaram em bem planejar, bem executar e produzir benefícios de montão para os cidadãos brasileiros. Alguém, com mínima isenção, é capaz de concordar?

No dia a dia, acumulam-se os casos de má gestão, de desperdício de recursos públicos, de suspeitas de interesses escusos pagos com dinheiro do contribuinte brasileiro. Para o PT, bom planejamento deve ser isto: uma forma de produzir fontes caudalosas de receita para financiar a perpetuação de seu projeto de poder.

Os exemplos escabrosos se sucedem. A Petrobras comandada pelos petistas é uma fonte inesgotável deles. Como se não bastassem os ruinosos negócios em que se meteu no exterior, em especial em Pasadena e Okinawa, surgem agora também suspeitas envolvendo refinarias menores na região Sul do país.

Segundo O Estado de S. Paulo, são “mini-Pasadenas”. Em dezembro de 2009, a Petrobrás comprou 50% da usina de biocombustíveis de Marialva, no Paraná, por R$ 55 milhões. Apenas dois meses antes, a mesma unidade fora adquirida inteirinha por R$ 37 milhões pelo grupo privado que a revendeu à estatal. Ou seja, trata-se de uma suspeita de sobrepreço de quase 200%.

Recorde-se o que ocorreu em Pasadena, numa transação aprovada por Dilma Rousseff enquanto presidia o conselho de administração da Petrobras. A empresa pagou US$ 1,2 bilhão – valor que, com gastos subsequentes, encostou depois em US$ 2 bilhões – por uma refinaria que havia sido adquirida meses antes por um grupo belga por US$ 42,5 milhões.

Mas, se há história realmente cabeluda, é a que envolve a Abreu e Lima. Orçada inicialmente em R$ 4 bilhões, já tem seus custos beirando R$ 40 bilhões – e nenhuma gota de combustível produzida até hoje. A operação tornou a refinaria a mais cara já feita em todo o mundo, num exemplo eloquente de como funciona o bem planejar petista.

Com base nas atas das reuniões do conselho de administração da empresa, até hoje inéditas, o Valor Econômico reconstruiu a trajetória do empreendimento, a temeridade das decisões tomadas e o grau de improviso e malversação de dinheiro público que cerca o investimento em marcha em Pernambuco.

Para começar, a obra da refinaria foi iniciada sem que houvesse sequer um estudo de viabilidade técnica. Um empréstimo de mais de R$ 10 bilhões foi tomado junto ao BNDES com base apenas num “plano básico” de construção da refinaria, que previa a participação dos bolivarianos da Venezuela como sócios – em 2013, eles oficializaram o beiço e pularam fora do negócio de vez.

Em consequência, foram feitos 150 termos aditivos aos contratos de construção da Abreu e Lima. Houve casos em que contratos de mais de R$ 1 bilhão com uma única empresa – não por coincidência enredada nas falcatruas investigadas na Operação Lava Jato da Polícia Federal – foram aprovados de uma só tacada.

O mais estranho é que, com tanta sujeira para investigar, a tropa de choque governista no Senado prefira concentrar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito recém-instalada em fatos que remontam há mais de uma década. Será esta a forma de bem planejar de que o petismo tanto se orgulha?

A verdade é que quase tudo no governo do PT recende a improviso, cheira a tramoia, transparece desonestidade. Anteontem, Dilma Rousseff até ensaiou um mea culpa em relação a outra das grosseiras barbeiragens das gestões petistas: a transposição do São Francisco. Está devendo, contudo, uma confissão de culpa inteira pelo monte de lambanças que seu partido comete no comando do país.