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Cúpula petista articula para evitar investigações da CPI da Petrobras

pasadena-300x192As investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), propostas pela oposição, para apurar negócios nebulosos na Petrobras não têm sido vistas com bons olhos pela cúpula do governo petista.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo (5), em um encontro com a presidente Dilma Rousseff, que durou cerca de três horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou que o governo deve fazer de tudo para evitar a instalação da CPI, considerada uma perigosa “arma” apontada em direção à reeleição da petista.

De acordo com a publicação, no encontro também foi discutida a crise política que se abateu sobre a Petrobras, cujo ápice se deu após virem à tona suspeitas de superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio é investigado pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União.

Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), a cúpula petista mete o pé pelas mãos ao tentar frear as investigações.

“O próprio Lula era presidente da República na época da compra desastrada da refinaria de Pasadena. Ao desencorajar a CPI, ele comete dois contrassensos: o primeiro é que ele foi o rei da CPI enquanto oposição, e o segundo é que ele é ex-presidente da República. Ele querer evitar a investigação em um caso em que houve claro dano para o país é uma atitude antirrepublicana, contra o Brasil”, afirmou.

Democracia

O parlamentar argumentou que a relutância em acatar o pedido da oposição atenta contra a democracia. “Um país e um governo que não quer se deixar investigar tem ares de ditadura. Quem não deve, não teme. Se devem, e estão com medo de que isso seja oficializado, é preciso encontrar os responsáveis e puni-los”, disse.

Em seguida, Leitão acrescentou que: “É uma pena, mas não é uma surpresa o ex-presidente Lula se comportar desse jeito. É a política pela política. A falta de uma investigação chancelada é a demonstração cabal de que o PT mostra as suas vísceras, de um partido que não quer deixar o poder”.

“O que o PSDB tem a ver com o negro?”, por Juvenal Araújo

juvenalMuita gente me pergunta, ao saber que sou Presidente do Secretariado Nacional da Militância Negra – Tucanafro Brasil, o que o PSDB tem a ver com a questão do negro. Felizmente, nunca me faltaram argumentos. O partido, ao contrário do que a maioria pensa, foi pioneiro no combate ao racismo no Brasil, o que pode ser provado com fatos.

Quem abriu os caminhos para discussão da questão racial no Brasil foi Fernando Henrique Cardoso. “O PSDB tem a obrigação de defender as políticas compensatórias. Nós fomos os primeiros a declarar publicamente que temoscompromisso com os negros”, disse o ex-presidente.
A frase, dita por um dos maiores líderes da história do partido, norteia o caminho a ser seguido por quem quer que seja. FHC fez da luta por igualdade uma luta de todos os democratas, um ideal de vida de todos que sonham com um Brasil melhor e mais justo.

Não é fácil, há muito a ser feito, corrigir um erro que persiste por séculos requer empenho, talento e seriedade de quem está no comando. Entretanto, infelizmente esta liderança que busca igualdade não existe em nosso país atualmente. O que temos hoje é apenas quem diz fazer algo, mas que na verdade nada faz. Puro marketing.

No primeiro ano da gestão tucana, em 1995, foi criado um grupo de trabalho interministerial com o objetivo de sugerir ações e políticas de valorização da população negra. Foi graças a este trabalho que, posteriormente, foi criada a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir.

Em 1996 foi promulgado o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), com capítulo específico dedicado à população negra. Assim, foi dado apoio a ações da iniciativa privada que realizem discriminação positiva. Foram realizadas ações afirmativas para acesso de negros a cursos profissionalizantes, universidades e áreas de tecnologia de ponta.

Também foi no governo Fernando Henrique Cardoso que foi instituído o Programa Nacional de Ações Afirmativas, estabelecendo percentuais de participação de afrodescendentes no preenchimento de cargos em comissão (DAS). Entretanto, o decreto foi revogado e depois de 11 anos o governo retomou a discussão sobre cotas em concursos públicos.

Aécio Neves é outro político do partido engajado pela luta por igualdade. Em 2001, como presidente da Câmara dos Deputados, instalou a Comissão Especial do Estatuto da Igualdade Racial.

Durante o seu governo em Minas, em 2004, estabeleceu o sistema de cotas e reserva de 20% das vagas para negros na UEMG e na Universidade de Montes Claros. Aécio realizou as 1ª e 2ª Conferências Estaduais de Promoção da Igualdade Racial, que resultaram na criação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, em 2009.

Foi também a partir do governo de Aécio Neves que as comunidades quilombolas ganharam visibilidade. Uma das ações realizadas foi o programa de alfabetização “Cidadão Nota Dez”, que formou e remunerou professores quilombolas para alfabetizar integrantes da própria comunidade, assegurando que a cultura permanecesse preservada.

Anastasia deu continuidade às políticas de seus companheiros de partido. No início de seu mandato foram criadas a Coordenadoria Especial de Políticas Pró-Igualdade Racial, na estrutura da Secretaria de Desenvolvimento Social, e a Assessoria para Assuntos de Vilas e Favelas, voltada a atender demandas dessa população e estreitar o diálogo entre governo e comunidade. Minas Gerais é o primeiro estado brasileiro a contar com uma assessoria dessa natureza.

Os tucanos podem se orgulhar em saber que seus líderes têm a sensibilidade necessária para corrigir tantas injustiças sociais que perturbam nosso país.

Para o PSDB, a luta por igualdade não é só do negro, é de todos!

“O Brasil do PT”, por Aécio Neves

aecio-bptNa última semana, o Brasil viu a Petrobras continuar afundando num poço de lama. E, enquanto o governo mobilizava todas as forças e artifícios para impedir que as irregularidades fossem investigadas, fomos confrontados com mais um dano provocado pelo aparelhamento das nossas instituições. Desta vez, a vítima é o Ipea, importante referência da vida nacional.

Com “criatividade” de mais e ética de menos, o governo faz com que o brasileiro não conheça mais a realidade do país em que vive. Três exemplos:

1) O PAC 1 até hoje não entregou inúmeras obras prometidas. Outras, muito atrasadas, foram incorporadas de forma disfarçada à prestação de contas do PAC 2, que sofre com a ausência de resultados para chamar de seus. A realidade, que geraria constrangimentos em muitos governos, não impede o atual de preparar, novamente, para a véspera das eleições, o lançamento do PAC 3.

A propaganda maciça enterrou de vez a chance da população perceber uma das maiores farsas construídas no país, que vende como novidade e resultado do governo federal o que não é uma coisa nem outra.

No Brasil, tudo o que antes era rotina de governos virou PAC. Investimentos realizados por empresas privadas, por empresas estaduais e até a prestação paga pelas famílias pela casa própria inflam os números anunciados.

2) Há pouco tempo, o governo lançou milionária campanha publicitária: “o fim da miséria é apenas o começo”, dizia a propaganda. Meses depois, no programa partidário do PT, veiculado em outubro de 2013, a presidente, em pessoa, candidamente afirmou: “e como já dissemos antes, o fim da miséria é apenas o começo”.

Como assim? Quem disse antes foi o governo federal, com recursos do contribuinte, e não o PT. Ou seja, o governo federal gasta milhões de recursos públicos para repertoriar um slogan a ser utilizado pelo partido da presidente?

3) O acordo Metas do Milênio da ONU fixou em US$ 1,25 por dia a renda per capita mínima para retirar uma pessoa da extrema pobreza. Foi esse o critério utilizado pelo governo federal para anunciar que o país estava acabando com a pobreza absoluta. Pois bem, por esse mesmo critério, o governo federal deveria estar pagando hoje ao beneficiário do Bolsa Família um mínimo per capita de aproximadamente R$ 85. Quando o governo convocará rede de TV para informar aos brasileiros que, lamentavelmente, 16 milhões de pessoas voltaram para a extrema pobreza?

No país do PT, a Petrobras vai muito bem, o PAC impulsiona o desenvolvimento nacional, o governo respeita os limites entre o interesse público e o partidário. E, o mais importante, acabou com a pobreza absoluta no Brasil.

“Criatividade” tem limite. E desrespeito também.

*Aécio Neves é senador e presidente nacional do PSDB

**Artigo publicado na Folha de S. Paulo – 07/04/2014

“Dilma não passa de ano”, análise do ITV

manifestacoes-sp-agencia-brasil-abr-300x193Não deve estar muito tranquila a situação nas hostes governistas. A realidade não está se  comportando como planejado pelo marketing oficial e a presidente Dilma Rousseff está derretendo nas pesquisas de opinião. A ojeriza ao governo dela é hoje até maior do que aquela que levou milhões a protestar nas ruas no ano passado. A petista é um fiasco.

Neste fim de semana, o Datafolha divulgou nova rodada de pesquisas eleitorais e de avaliação de governo. O dado mais forte foi a queda de seis pontos na intenção de voto na presidente, que passou de 44% para 38% desde fevereiro. Com este percentual, Dilma ainda venceria a eleição no primeiro turno. Mas como levar isso ao pé da letra, se, por enquanto, só ela está na disputa? Trata-se de embate, por ora, bastante desigual.

As intenções de voto em Dilma não despencaram à toa. A população brasileira está detestando a administração da petista. Natural supor que, tão logo passem a identificar melhor que há alternativas ao modelo que há 12 anos está aí, os eleitores desembarquem com ainda mais força do barco da presidente. Motivos para isso têm de sobra.

Há uma decepção generalizada com a gestão de Dilma. Hoje, 63% consideram que ela faz pelo país menos do que esperavam. Há um ano, eram 34% os que pensavam a mesma coisa, ou seja, o contingente dos insatisfeitos praticamente dobrou. O que mais desagrada à população é o trato que a presidente dá a temas econômicos. Cresce, principalmente, o temor frente à escalada da inflação.

Atualmente, ainda segundo o Datafolha, 65% dos brasileiros acreditam que a inflação vai aumentar. Ou seja, duas de cada três pessoas têm percepção negativa sobre o comportamento dos preços – o que não é difícil: basta ir à feira e ao supermercado para constatar que tudo, tudo mesmo, ficou muito mais caro nos últimos tempos. Em 12 meses, a expectativa negativa em relação à inflação cresceu 20 pontos.

Também aumentaram o pessimismo em relação ao poder de compra dos salários, à situação econômica geral do país e ao emprego. Para 45% dos entrevistados, o desemprego vai piorar no país. Trata-se da mais alta taxa com esta percepção desde a posse de Dilma e equivale a praticamente o dobro de três anos atrás.

Resta claro que as coisas não estão saindo como planejado pelo marketing petista. Em outubro do ano passado, João Santana, o 40° ministro do governo Dilma, previu que a presidente recuperaria toda a sua popularidade até o fim de 2013. Magnânima, veria uma “antropofagia
de anões” entre seus adversários. Não é isso o que aconteceu.

A avaliação da presidente é hoje tão ruim quanto era no auge dos protestos do outono de 2013. O percentual dos que consideram seu governo ruim ou péssimo é recorde: 25%, os mesmos anotados na pesquisa que o Datafolha fez em fins de junho do ano passado. Os que a consideram ótima ou boa somam 36%, levemente acima dos 30% daquela época. Não é situação confortável.

O sentimento dominante na população brasileira é de mudança. Segundo o Datafolha, 72% dos entrevistados querem novos rumos para o país. O desejo pela renovação vem sendo captado pelos institutos de pesquisa desde meados do ano passado. Vinha oscilando em torno de 66% e agora atingiu seu patamar mais alto.

Na média, a administração de Dilma leva nota 5,9, apenas minimamente acima dos 5,8 registrados durante os protestos de junho – índice mais baixo deste governo. Trata-se de uma boa síntese da gestão da petista: se fosse aluna de uma instituição séria de ensino, Dilma Rousseff não passaria de ano. Como é uma má presidente da República, não emplacará seu segundo mandato. Os brasileiros a derrotarão nas urnas em outubro.

Projetos de vereador Válber Salarini propõem castração de cães e internet nas praças de Anchieta

200-200-1395852803Dois importantes projetos de autoria do vereador Válber Salarini foram aprovados no município de Anchieta, no Sul do Estado.

Um deles propõe a criação do “Programa de Internet Móvel Wi-fi Praças Conectadas”, que consiste consiste na disponibilização do acesso à internet móvel Wi-fi nas praças públicas da cidade, onde se reúnem muitos moradores e turistas que visitam o município. A intenção do Projeto de Lei nº 19 é levar o acesso à internet móvel a todos.

O segundo é o Projeto de Lei nº 23, que institui o “Programa de Castração Móvel”. A medida do vereador visa o controle da população animal no município, estabelecendo que a Administração Municipal disponibilize um veículo devidamente equipado com material e pessoal técnico habilitado a efetuar castrações cirúrgicas nos animais.

Paralelo às cirurgias de castração, estão previstas também campanhas educacionais sobre guarda responsável e bem-estar animal.
“Os dois Projetos aprovados são importantes para o município, pois tratam de temas que estão presentes no dia-a-dia da população. O acesso à internet é indispensável para todos, principalmente para os estudantes. Enquanto que o Programa de Castração Móvel, busca amenizar o problema do alto número de animais espalhados nas ruas do município”, ressaltou Válber.

Os dois projetos foram aprovados pelos vereadores e agora seguem para a sanção do prefeito.

Em Belo Horizonte, Aécio Neves concede entrevista coletiva

foto-2-300x199presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (4) em Belo Horizonte, após a transmissão de cargo de governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB) para Alberto Pinto Coelho (PP).  Aécio respondeu a perguntas sobre o  ex-governador Antonio Anastasia, governador Alberto Pinto Coelho, apoio PP, a CPI Petrobras, inflação, tarifa de energia, PSB, as eleições e a presidente Dilma Rousseff.

seguir, a entrevista:

Estou  muito  feliz  em  ver  que  a  nossa  obra  de  governo  respeitada  pelos mineiros  e  admirada  no  Brasil  vai  ter  continuidade.  Em  2003,  construímos aqui  um  ousado  projeto  administrativo  que  permitiu  que Minas  avançasse  em várias áreas. Claro que com dificuldades enormes como em todos os estados, mas  nenhum  avançou  tanto  como  Minas  Gerais  em  especial  na  educação.

O Alberto Pinto Coelho tem toda  a  nossa  confiança  para  dar  continuidade  ao extraordinário trabalho  dessa figura  humana  notável  e  singular. O  governador Antonio Anastasia que hoje deixa o governo de Minas não é apenas o gestor público  como  ele  é  apresentado,  não  é  apenas  um  homem  leal  como  ele  é reconhecido.  É  um  quadro  raríssimo  na  política  brasileira  porque  ele  alia  um profundo  conhecimento  jurídico  a  uma  sensibilidade  insuperável  para  com os  problemas  das  pessoas reais.  Ele  sofre  com  os  problemas  das  pessoas reais. Isso dá a ele uma coragem e uma força para tomar as decisões corretas e  enxergar  longe.  O  que  distingue  o  político  do  estadista  é  a  capacidade de  enxergar  além  do  amanhã  e  perceber  que  medidas  que  você  toma hoje  podem,  de  alguma  forma,  mudar  a  vida  de  gerações  que  ainda  nem chegaram.  Anastasia,  portanto,  é  um  estadista.  É  um  dos  homens  públicos mais  qualificados  e  um  dos  cidadãos mais  respeitáveis  que  conheci  ao  longo da minha vida. Estou com saudade de um lado, emocionado com a conclusão do mandato de Anastasia, mas também feliz em saber que Alberto tem toda a qualidade e as condições de dar continuidade a ele. E quem sabe, vamos ter mais quatros anos ainda de muito trabalho no Palácio da Liberdade.

Sobre o PP

Tenho  de  respeitar  a  posição  que  o  PP  tem hoje nacionalmente,  aliado da  presidente  da  República,  mas  há  um  movimento  crescente  em  vários
estados  que  aproxima  o  PP  de  nós.  Acredito  muito  nas  coisas  naturais  na política. As alianças que acontecem em torno de um projeto no qual todas as
pessoas  acreditam  e  não  apenas  em  torno  da  distribuição  desse  ou  daquele espaço, são os que darão  resultado. O que posso dizer, entrando na questão
nacional,  é  que  estou  cada  vez  mais  convencido  de  que  temos avançado e que vamos vencer as eleições. Talvez não tenha dito com esta clareza. Cada
vez me  convenço mais  de  que  há  um  cansaço  de  um  governo  que  perdeu  a capacidade  de  transformar,  de  ousar.  Um  governo  que  está  na  defensiva  o
tempo  inteiro  que  não  permite  sequer  que  denúncias  da  gravidade  daquelas que hoje surgem em relação à Petrobras sejam investigadas.

O que queremos é apenas a investigação. Não estamos condenando ninguém. O  governo  usa  a  sua  maioria  para  impedir  investigações.  Mas  no  campo
da  infraestrutura,  o  PT  nos  deixou  dez  anos  atrasados  demonizando  as participações  com  o  setor  privado.  Perdemos  tempo  em  relação  a  outros
países do mundo. Nos indicadores sociais paramos de avançar. Na segurança, há  uma  omissão  quase  que  criminosa  do  governo  federal,  que  investe  cerca
de 13% apenas de tudo o que se investe em segurança pública. Na educação e na saúde, estamos no final da fila. Já deu. Este modelo de governo que está
aí  está  vivendo  os  seus  estertores.  Está  vivendo  os  seus  últimos  suspiros.

Estou  me  preparando  ao  lado  das  pessoas  mais  qualificadas  do  Brasil,  mas sempre  com  a  inspiração  dos valores,  da  história  de  Minas  para  iniciar  uma
nova página.

O sr. disse que está pronto para tomar ‘medidas impopulares’, quais Transparência  e  rigidez  na  condução  da  política  fiscal.  A  inflação  tem  que
ser focada no centro da meta, e não no teto, como existe hoje. O governo do PT,  o  governo  da  presidente  Dilma,  foi  leniente  com  a  inflação.  Temos  uma
inflação,  hoje,  já  alcançando  o  teto  da  meta  e  com  preços  controlados  de energia, de combustíveis, de transportes públicos, que hoje estão em 1,5%. Na
hora que esses preços saírem, que abrir a tampa dessa panela de pressão, a inflação vai chegar próxima de 10%. A presidente prepara uma bomba-relógio
para depois das eleições,  com  reajuste de energia, em  razão de uma medida desastrada  que  ela  tomou  no  setor,  e  também  do  preço  de  combustíveis,
já  que  a  Petrobras  está  caminhando  para  a  insolvência  se  não  houver  uma recuperação da gestão da empresa. O que orienta a ação do governo hoje é o
calendário eleitoral, infelizmente. E quanto mais você demora na administração pública  para  tomar  uma  medida  necessária,  o  custo  lá  na  frente  é  muito
maior. O  custo  será muito maior  para  o Brasil,  com  o  adiamento  de  algumas medidas  que  já  poderiam  ser  tomadas,  mas  não  foram  tomadas  porque  são
impopulares.

Tenho  dito  o  seguinte:  quando  vencermos  as  eleições,  vamos  cortar  pela metade o número de ministérios, vamos colocar gente qualificada nos lugares
certos, vamos estabelecer um programa de segurança pública audacioso, com maior  participação  de  recursos  da  União.  Vamos  proibir  o  contingenciamento
de  recursos  da  segurança  pública  como  ocorre  hoje.  Vamos  enfrentar  a reformulação  do  Código  de  Processo  Penal  e  do  Código  Penal,  para  não
estimular  a  impunidade  e,  a  partir  dela,  a  criminalidade  como  estamos assistindo  hoje.  A  minha  percepção  e  meu  sentimento  é  que  há  um  final  de
ciclo chegando, e o PSDB é quem terá as condições de liderar um início de um

O prefeito Marcio Lacerda pediu seu apoio a uma possível candidatura?

Em momento algum. Ele foi fazer uma visita e ele próprio disse qual era a sua decisão  –  que  eu,  pessoalmente,   já  conhecia,  que  é  de  dar  continuidade  no
seu trabalho na Prefeitura.

Sobre o PSDB em Pernambuco.

O PSDB está  se  reunindo. Acho que o  caminho natural do PSDB,  segundo a posição da maioria do partido, é estar ao lado da candidatura do PSB. E eu não
vou interferir nisso.

Sobre retorno da presidente Dilma a Minas dia 7.

É direito dela vir a Minas Gerais. O que percebo é que, nesses poucos meses desse ano, ela já veio a Minas mais do que nos 40 anos em que ela ficou fora
de Minas. Mas ela sempre será muito bem-vinda, como  recebemos em Minas todos aqueles que nos visitam. Gostaria apenas de que ela pudesse estar aqui
não apenas lançando e anunciando, mas inaugurando e entregando obras, já que  ela  está  no  12º  ano  de  um  governo  do  qual  ela  participou  intensamente,
como ministra durante todo o tempo e, agora,  como presidente da República. Infelizmente,  as  mesmas  demandas,  as  mesmas  expectativas  que  tínhamos
quando  o  PT  assumiu  são  as  mesmas  que  temos  hoje.  Vamos,  com  a tradicional hospitalidade mineira, receber mais uma vez – e quantas ela venha
aqui nos visitar – a presidente da República.

Sobre a Copa do Mundo.

Eu  quero  que  o  Brasil  ganhe.  Na  verdade,  na  Copa  do  Mundo,  o  grande legado  prometido  não  virá.  Apenas  23%  das  obras  para  a  Copa  do  Mundo
anunciadas  pelo  governo,  portanto,  comprometidas  pelo  governo,  estarão prontas.  Apenas  23%.  Isso  significa  que  3/4,  ou  um  pouco  mais,  das  obras
prometidas  não  serão  entregues.  Por  que  o  governo  não  quis?  Não,  porque o  governo  é  incapaz.  Porque  o  governo  atrasou  nas  parcerias  com  o  setor
privado. Porque o governo afugenta esses setores que podem ser parceiros no desenvolvimento de obras de mobilidade, por exemplo. Não tem gestão nesse
governo. É uma falácia.

A presidente da República foi eleita suportada por dois pilares: o da economia, dizendo que continuaria a fazer a economia a crescer. Nosso resultado é pífio.
O Brasil cresceu ano passado mais do que só a Venezuela na América do Sul.

A  nossa  equação  é  a mais  perversa  de todas:  inflação  alta  com  crescimento baixo,  e  uma  perda  crescente  da  credibilidade  do  Brasil.  O  que  fizeram  com as  nossas  empresas  públicas  é  quase  um  crime  de  lesa-pátria.  A  Petrobras perdeu metade  do  seu  valor,  a Eletrobras muito mais  do  que  isso. O BNDES é  uma  caixa  preta,  que  empresta  recursos  sabe-se  lá  como,  através  de operações secretas. Na economia nós vamos muito mal.

E  o  segundo  pilar:  o  da  grande  gestora.  Estamos  vendo  aí  que  infelizmente a grande gestora não nos  visitou ao longo desses quatro anos de governo. A
presidente da República-candidata tem vindo muito a Minas, e eu a  receberei sempre  com  enorme  respeito.  Até  porque,  e  aproveito  para  dizer  ao  final,  a
presidente  da  República  é  uma  mulher  de  bem.  É  proba.  Não  há  qualquer dúvida  em  relação  ao  seu  caráter,  não  há  nenhum  questionamento  em
relação  à  sua  correção  pessoal.  O  que  há  é  um  enorme  questionamento pelos  indicadores  da  economia,  pelos  atrasos  da  infraestrutura,  pela  projeção
extremamente  preocupante  dos  indicadores  sociais,  de  que  ela  não  estava preparada  para  assumir  a  responsabilidade  de  administrar  um  país  da
complexidade do Brasil.

“Onde Dilma põe a mão dá choque”, análise do ITV

apagao-ABr1-300x199Surpresa não é, mas agora é oficial: a lambança do governo no setor elétrico vai custar caro para o consumidor. Os aumentos das contas de luz começarão a chegar já neste ano, vão se acelerar em 2015 e praticamente reduzirão a pó a redução anunciada pela gestão Dilma no ano passado. A experiência de diminuir tarifas na base da boa vontade mostrou-se um fracasso retumbante.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou ontem que o empréstimo de R$ 8 bilhões para socorrer as concessionárias em dificuldades será custeado pelos consumidores. O repasse para as tarifas de energiacomeçará em 2015 e pode chegar a dois dígitos – as estimativas variam de 8% a 10%.

Este percentual irá se somar aos reajustes anuais a que as empresas do setor têm direito por contrato. Em geral, estes aumentos repõem a inflação e repassam para o consumidor algum ganho de eficiência e produtividade. Na média, acompanham mais ou menosde perto o comportamento dos índices gerais de preços – isto quando não são manipulados pelo governo.

Segundo a Aneel, o aumento para cobrir o empréstimo será escalonado em dois anos. Isso significa que, já em 2015, os consumidores de energia devem ver suas faturas subirem algo em torno de 10%. No ano seguinte, de novo o mesmo tanto. Mas este é apenas um dos desequilíbrios a serem cobertos e somente uma parcela dos reajustes que deverão ter que ser feitos. Tem muito mais.

Já neste ano há um reajuste adicional de 4,6% previsto para as tarifas de energia. Mas não para aí. Como os R$ 8 bilhões são apenas parte dos desequilíbrios gerados pela truculenta intervenção patrocinada no setor elétrico pela presidente Dilma Rousseff, a conta será ainda mais salgada.

No ano passado, foram injetados quase R$ 14 bilhões nas distribuidoras de energia por meio do Tesouro, dos quais R$ 9,9 bilhões ainda deverão ser repassados às tarifas de luz e outros R$ 3,7 bilhões seriam a fundo perdido. Neste ano, o governo porá mais R$ 13 bilhões. Tudo considerado, até agora, o buraco nas contas do setor já ultrapassa R$ 30 bilhões.

Como, até agora, o governo só admitiu incorporar uma parte disso às tarifas é de se supor que ainda haja muito mais a onerar as contas dos consumidores no futuro próximo. O governo pode até não querer fazê-lo, mas terá que arcar com uma consequência nem um pouco desejável: vai faltar empresa para produzir energia no Brasil.

“Se todos os aportes já feitos e anunciados pelo governo fossem repassados para a tarifa, a conta de luz teria de subir entre 28% e 30%”, calculou o Valor Econômico em sua edição de ontem. Isto é bem mais que a redução média de 16% nas tarifas patrocinada no início do ano passado pelo governo federal, medida de pernas curtíssimas, como já se pôde constatar, e de consequências que poderão ser ainda mais danosas.

A gestão Dilma mostra-se absolutamente desnorteada em relação ao assunto. Apenas um dado já ilustra isso: no Orçamento de 2014, fechado há poucos meses, a equipe econômica estimou os custos extras com a geração de energia – seja em razão da escassez de água, seja por causa da desorganização que se abateu sobre o setor após a intervenção federal – em R$ 9 bilhões. Passados apenas três meses do ano, a conta já passou de R$ 10 bilhões.

Não é só o consumidor que pagará a fatura. Bancos públicos como a Caixa e o Banco do Brasil podem ser chamados a sustentar o empréstimo às concessionárias, uma vez que instituições privadas ainda manifestam receio de assumir o risco de não receber os R$ 8 bilhões que emprestarão. É, portanto, dinheiro do contribuinte bancando a lambança.

Sem falar nas estatais do setor de energia, que simplesmente foram para o vinagre com a mudança dos marcos regulatórios – estima-se que, em pouco mais de um ano, as concessionárias viram quase R$ 60 bilhões virarem fumaça. O exemplo mais ruinoso é o da Eletrobrás, que, no ano passado, colheu seu segundo prejuízo-monstro seguido, com perda de R$ 6,3 bilhões – em 2012, o rombo fora de R$ 6,9 bilhões.

Se não tivesse tido que engolir o pacote indigesto do governo Dilma e sido forçada a renovar contratos de concessão danosos na marra, a Eletrobrás poderia ter tido ganho extra de R$ 19 bilhões em 2013, segundo publica o Valor hoje. A consequência é direta: a empresa precisará de aporte de pelo menos R$ 12 bilhões para se manter ativa, segundo a Folha de S.Paulo. Mais uma conta que vai sobrar para o contribuinte…

Toda esta crise monumental no setor energético é de lavra exclusiva da presidente Dilma. Não apenas pela desastrada medida provisória n° 579, editada em setembro de 2012 sob viés eleitoral. Mas, principalmente, porque todo o modelo em vigor no país foi bolado e implantado sob a orientação dela, seja na condição de ministra de Minas e Energia, de ministra-chefe da Casa Civil ou de presidente da República. Onde Dilma Rousseff põe a mão dá choque.