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Primeiro encontro regional do PSDB-ES em São Mateus, na próxima sexta-feira, dia 14

O evento será coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado federal César Colnago
O evento será coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado federal César Colnago

O município de São Mateus, no Norte do Estado, foi escolhido para sediar o primeiro encontro regional do ano, que será na próxima sexta-feira, dia 14, às 19 horas, no Norte Palace Hotel.

Coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado César Colnago, o evento contará com a presença de militantes, lideranças tucanas da região e pessoas que simpatizam com o partido e desejam debater sobre assuntos de interesse do Estado e do País com suas sugestões e opiniões.

O presidente da Comissão Provisória do PSDB de São Mateus, Paulo Roberto Martins,destacou que o evento será uma oportunidade de ouvir os moradores acerca dos. “Levamos o partido para perto das comunidades e ampliando cada vez mais o debate com a população. É importante saber o que as pessoas pensam e sentem e esse encontro vai ser uma ótima oportunidade para isso. As lideranças aqui da região estão muito animadas e, com certeza, será um grande encontro”, afirmou.

O secretário-geral do PSDB-ES, Ruy Marcos Gonçalves, disse que as expectativas são as melhores. “Será o nosso primeiro encontro do ano e o partido tem muita disposição de mobilizar e promover debates com todas as regiões do Estado. Além disso, o PSDB em São Mateus está renovado, com novas lideranças, pré-candidato a deputado estadual  e isso muito nos anima”, disse.

O ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi, o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, juntamente com outras lideranças tucanas também irão participar do encontro regional.

 

“Entregaram a Petrobras”, por Vinicius Torres Freire

petrobras-sede1-foto-divulgacao--300x169O pessoal do PT costuma dizer que o pessoal do PSDB é “entreguista”, entre outros motivos porque pretendia privatizar a Petrobras. Pelo menos, costumava dizer. Não se ouve tal conversa desde que o governo do PT começou a entregar a Petrobras ao brejo.

Antes de continuar, note-se que alguns tucanos, economistas em particular, gostariam de ter privatizado a Petrobras. No entanto, FHC sempre recusou a ideia.

O preço das ações da Petrobras caiu ontem pelas tabelas, um dia depois do anúncio do resultado de 2013. O papel vale menos do que no início do século.

A dívida da empresa cresceu uns 50% no ano passado. A relação entre dívida e geração de caixa aumentou brutalmente em 2013. Investidores puseram a nota de crédito da empresa no bico do corvo.

Grosso modo, essa situação se deve ao fato de a empresa não fazer dinheiro bastante para compensar seu programa monstruoso de investimentos, “monstruoso” no bom sentido. A Petrobras é responsável por mais de 10% do investimento do país (da “formação bruta de capital fixo”, de despesa em novas instalações produtivas etc.).

Por que a Petrobras dá passo maior do que a perna? O problema não é bem esse. Na verdade, o governo tem cortado a perna da empresa. Faz a petroleira gastar demais e faturar pouco.

A Petrobras gasta demais em um programa excessivamente generoso de compras de equipamentos nacionais, mais caros. Desastrosa mesmo, porém, é a obrigação da empresa de comprar combustível no exterior para vendê-lo abaixo do custo aqui no Brasil, história mais que sabida.

A Petrobras foi transformada numa seção do departamento estatal de controle de preços. O governo subsidia o combustível ao custo da saúde financeira da empresa. Como agora todo mundo sabe, tal subsídio, além de maquiar a inflação, provoca desastres em cadeia.

O subsídio incentiva o consumo de gasolina, o que, além distorcer a alocação de recursos, cria prejuízos ambientais.

O subsídio ajuda a desorganizar o setor sucroalcooleiro e agregados: a gasolina barata demais prejudica a produção de álcool. Assim, desarranja-se a produção de um setor que vai muito além de cana, açúcar e álcool, mas envolve ainda a cadeia de empresas de equipamentos para usinas de álcool e a rede de ciência e tecnologia nacionais que sempre estiveram associadas à cana e álcool.

O subsídio ajudou a prejudicar as contas externas. Ajudou a aumentar o crescente deficit externo, o que tornou ainda mais problemática a situação do país em um momento de indisposição da finança internacional de bancar essa conta. O subsídio prejudica a arrecadação de impostos de um governo que apresentou deficit crescentes em suas contas.

Trata-se de um desastre multidimensional.

A presidente de Petrobras, Graça Foster, fez sua carreira inteira na empresa, é dedicada, capaz e tem feito malabarismos a fim de evitar que a empresa afunde mais no brejo. Não vai dá pé, até que seja possível administrar a empresa com tal, como um negócio.

O governo tem reconhecido tacitamente bobagens que fez, como no caso das contas públicas. Precisa agora resolver a encrenca da Petrobras, a primeira de uma fila.

Aécio e bancada mineira se reúnem para cobrar medidas contra o descaso federal

aeciobancadaO presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e a bancada de Minas Gerais no Congresso reuniram-se nesta quarta-feira (26), em Brasília, com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, para discutir as reivindicações dos mineiros que não foram atendidas pelo governo federal nos últimos dez anos.

Aécio e os parlamentares de vários partidos destacaram as principais demandas do Estado que aguardam decisão do governo federal. Entre elas: as novas regras de exploração mineral, as obras de duplicação de rodovias federais e a ampliação do metrô de Belo Horizonte (MG).

Aécio Neves criticou o governo federal por não atender a necessidades fundamentais para os mineiros, durante dez anos, como a ampliação do metrô, a duplicação da BR-381, conhecida como “rodovia da morte” e a votação no Congresso do novo código de mineração que corrigirá o valor pago hoje aos municípios e estados que sofrem atividade mineral.

“O governo do PT desprezou a agenda que interessa a Minas. Desde o meu primeiro mandato como governador, em 2006, começamos a elaborar uma proposta para que o governo federal apresentasse ao Congresso. A partir de 2008, demos inúmeras sugestões sobre o novo Código da Mineração, que possibilitaria o aumento dos royalties para estados e municípios”, afirmou o senador.

Em seguida, Aécio Neves acrescentou que: “Hoje, os estados e municípios mineradores, que têm áreas imensamente degradadas pela atividade mineral, não têm absolutamente nenhum retorno. O retorno é absolutamente irrelevante. Construímos um projeto, que caminhou no Congresso. As próprias mineradoras concordaram com a mudança da alíquota de royalties, que passaria de 2% do resultado líquido para cerca de 4% do resultado bruto, e, na última hora, o que faz o governo? Com a sua maioria, impede que a proposta seja votada”.

O senador é autor da proposta apresentada em setembro de 2011, que previa o aumento da alíquota da CFEM (royalty) dos atuais 2% do lucro líquido para 5% do faturamento bruto das mineradoras, aumentando em até três vezes os repasses para compensar os municípios mineradores. O projeto previa ainda a criação de participação especial para grandes jazidas e o estabelecimento de um fundo especial destinados a municípios não mineradores.

Compromissos
Na reunião, realizada na representação do governo do Estado no Distrito Federal, deputados e senadores debateram também o recuo do governo federal na decisão de mudar o índice de correção das dívidas dos estados. Hoje, o índice aplicado é o IGP-DI mais juros que variam de 6% a 9%, correção maior que o índice pago à União em financiamento dado a empresas privadas.

O compromisso assumido pelo governo era votar a mudança em plenário. Por meio da sua bancada, no entanto, o Palácio do Planalto retirou o projeto da pauta de votações do Congresso.

“A renegociação das dívidas dos estados, que era fundamental para que tivéssemos mais recursos para investir na segurança, na saúde, o governo optou por tirar da pauta depois de um acordo firmado com o ministro Guido Mantega. Por absoluta incompetência na gestão penaliza os estados e a população”, disse o senador Aécio Neves.

Ao lado do governador Anastasia, o senador cobrou também providências sobre as as obras atrasadas. “São inúmeras as dívidas do governo federal para com os mineiros: o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, o metrô de Belo Horizonte, que no governo do PT não teve um palmo sequer de novas linhas. O PT desprezou as questões estruturais de Minas Gerais. Essa é a grande realidade”, disse Aécio Neves, em entrevista coletiva.

“PT em tempos de violência”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185A miss Turismo da Venezuela, Génesis Carmona, participava de um protesto de rua contra o governo de Nicolás Maduro. Levou um tiro na cabeça disparado por um militante chavista e morreu na hora. O tiro veio de um fuzil russo AK-47 – Kalashnikov, arma de guerra, que o falecido presidente Hugo Chávez distribuiu, como se fossem jujubas, aos seus partidários em bairros pobres e favelas de Caracas e do interior da Venezuela.

Com esses militantes armados Chávez formou os “coletivos”, grupos paramilitares adestrados em Cuba, que estão matando os oposicionistas que se atrevem a protestar nas ruas contra os desmandos do regime em uma temporada de caça macabra.

Os venezuelanos têm todas as razões para protestar. Além da progressiva asfixia da democracia do país, o chavismo subjugou o Judiciário, aterroriza a mídia independente e levou o país a ruína econômica. O desabastecimento é tal que o papel higiênico se tornou um artigo de altíssimo luxo no “Socialismo do Século XXI”.

Qual a resposta do governo do PT a essa situação gravíssima na Venezuela? Nenhuma, ou pior ainda, o Brasil é conivente com as atrocidades. Assina notas conjuntas cínicas em que sugere que o governo de Maduro, que patrocina violência contra civis desarmados, estaria sendo alvo de uma “tentativa de golpe”.

O Brasil, que foi rapidíssimo em intervir em Honduras em favor do golpista Manuel Zelaya, em 2009, e também agiu ligeiro para defender o prolífico Fernando Lugo, no Paraguai em 2012, que sofreu um processo de impeachment, não diz nada contra os abusos homicidas do chavismo na Venezuela. Distúrbios que já produziram dezenas de mortos e centenas de feridos.

Tolerância, estímulo e incitação à violência de fundo ideológico são praticados pelo PT, também no Brasil. Há duas semanas o MST promoveu uma violenta passeata em Brasília que terminou em conflito, com 32 feridos, 30 deles policiais. O MST também tentou invadir o Supremo Tribunal Federal para vingar os mensaleiros. Por si só bastante grave, esse episódio contou com um agravante de molde chavista. A manifestação do MST foi patrocinada pelo governo do PT.

A Caixa Econômica Federal, o BNDES e a Petrobras fecharam contratos sem licitação, no valor de R$ 200 mil, R$ 350 mil e R$ 650 mil respectivamente para patrocinar o 6º Congresso Nacional do MST que financiou o transporte e alimentação dos manifestantes a Brasília para essa explosão de violência.

Questionado sobre o fato de o governo federal estar dando dinheiro para bancar movimentos violentos contra as instituições, o ministro Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência, não se deu por achado. Classificou de “ideológicas e políticas” as críticas ao financiamento público da baderna. Sem medo de ser feliz, Carvalho garantiu que o governo Dilma vai continuar patrocinando esse tipo de manifestação.

O PT é sempre ideologicamente seletivo ao decidir o que pode e o que não pode ser tolerado em termos de violência. A senadora petista Gleisi Hoffmann comandou a bancada aliada do PT no Senado, no último dia 19, na derrubada de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduzia a maioridade penal de 18 para 16 anos. Dos 11 senadores que derrubaram a PEC, na CCJ, dez são do PT e de partidos aliados de Dilma Rousseff. Com isso, Gleisi garantiu a manutenção de uma “bolsa-impunidade” para menores criminosos.

A PEC 33/2012, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), permitia a aplicação de penas de adultos a menores envolvidos em crimes hediondos, como homicídio qualificado (intencional, meio cruel, motivo torpe), extorsão mediante sequestro e estupro. Os menores só seriam julgados se um laudo médico comprovasse sua compreensão sobre a gravidade do delito e a medida fosse encaminhada por promotor da infância e julgada por juiz de vara especializada. A pena seria cumprida em estabelecimento prisional separado de presos adultos.

A ação do PT, garantindo a sequência da impunidade (hoje um menor pega, no máximo, três anos de internação e tem a ficha criminal zerada ao ser solto), está na contramão do que pensa a sociedade brasileira. De cada dez brasileiros, nove são a favor da redução da maioridade penal. É o que diz pesquisa CNT/MDA em 134 municípios de 20 estados. Nada menos que 92,7% querem a redução da maioridade.

A tolerância brasileira com a violência perpetrada por menores é um ponto fora da curva ao que ocorre no mundo. A responsabilidade criminal nos Estados Unidos começa a partir dos 7 anos, na Escócia a partir dos 8, na Inglaterra aos 10, na França aos 13, na Itália, Japão e Alemanha, aos 14, na Argentina aos 16. O brasileiro vai continuar indefeso perante menores cada vez mais perigosos.

O PT age sistematicamente contra os interesses do Brasil e da sociedade brasileira. Está na contramão da lógica, do bom senso e, frequentemente, da simples decência. É hora de dar um basta a essa situação.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa.

Cadê o ‘pibão grandão’, presidente?, análise do ITV

 dilmarindo1“Tenho certeza que teremos um 2013 de crescimento e avanço sustentável no nosso país. Vamos ter um 2013 muito próspero, no qual vamos colher todos os frutos dessa trajetória de 2012”, discursou a presidente em dezembro de 2012. “Quero um pibão grandão”, completou ela depois, em entrevista à imprensa. Nada disso virou realidade. Que surpresa!

Pelos resultados divulgados há pouco pelo IBGE, em linhas gerais fomos salvos do pior novamente pela agropecuária; a indústria foi sofrível, prejudicada em especial por atividades como a petrolífera; o consumo, embora ainda crescendo, teve a menor expansão em dez anos; e os investimentos melhoraram, mas mantiveram-se estacionados como proporção do PIB.

Entre outubro e dezembro de 2013, o PIB brasileiro cresceu 0,7%. O resultado positivo do quarto trimestre pelo menos livrou a economia do país de amargar a situação de “recessão técnica”, já que o trimestre anterior havia registrado queda de 0,5% – e o indicador antecedente do Banco Central também aferira retração no último trimestre do ano passado.

Com a cara de pau que lhe é peculiar, o governo pode querer comemorar e dizer que o ritmo de expansão do PIB brasileiro mais que dobrou de um ano para outro, já que passamos do pibinho de 1% em 2012 para o pibinho da hora de 2,3%. Mas, convenhamos: sair de nada para quase nada não é algo que se preste a celebração.

Em média, o PIB per capita brasileiro cresceu apenas 1,07% nos três primeiros anos do governo Dilma. Para ter ideia do que isso significa, basta dizer que, no ritmo atual, levaríamos 65 anos para dobrá-lo, ou seja, só alcançaríamos lá por volta de 2080 o que os chineses atualmente conseguem fazer em dez anos.

 

No ano, a indústria manteve-se como a atividade de pior desempenho entre os setores da economia. Cresceu apenas 1,3%, sendo a extrativa mineral, que contempla a atividade petrolífera, o destaque negativo, com queda de 2,8%. A indústria da transformação manteve seu peso na economia do país no patamar mais baixo desde os anos JK: 13% do PIB.

 

De novo a agropecuária salvou literalmente a lavoura. Cresceu 7% no ano, respondendo por metade da expansão do PIB brasileiro no ano passado. Trata-se, é bom nunca esquecer, de atividade que cresce apesar do governo e jamais por causa do governo, que mais atrapalha o campo do que ajuda. Serviços cresceram 2% no ano.

 

O consumo das famílias expandiu-se pelo décimo ano consecutivo, mas apresentou a menor taxa de crescimento em dez anos: 2,3%, num ritmo equivalente a apenas um terço do que foi em 2010 e também bem abaixo dos 3,2% de 2012.

 

Felizmente, os investimentos – chamados no jargão dos economistas de “formação bruta de capital fixo” – cresceram 6,3% no ano. No entanto, a taxa de investimento voltou a decepcionar, ficando em 18,4% do PIB, levemente acima dos 18,2% registrados em 2012. Pior ainda foi o desempenho da taxa de poupança, que caiu de 14,6% para 13,9% e encontra-se agora no patamar mais baixo desde 2001.

 

Com os números divulgados hoje, o Brasil consolida-se na inglória posição de um dos países que menos cresce no continente. Segundo estimativa daCepal, em toda a América do Sul só teremos avançado mais que a Venezuela no ano passado, depois de termos segurado a lanterna em 2011 e a vice-lanterna em 2012, superando apenas o Paraguai. Pior é que os prognósticos são de que, neste ano, só os bolivarianos chavistas continuarão a nos fazer companhia na rabeira do ranking…

 

Entre 2011 e 2013, o Brasil cresceu em média 2%, o que faz com que Dilma Rousseff figure no panteão dos presidentes que menos fizeram o país avançar em toda a história da República, ao lado de Fernando Collor de Mello e Floriano Peixoto. A continuar a situação como está, não há risco de a petista deixar esta desonrosa posição. Ela passará para a história como responsável por uma obra medíocre, sem nenhum “pibão grandão”.

Aécio Neves destaca Real como ação de maior inclusão social do Brasil

aefhcO senador Aécio Neves afirmou, nesta terça-feira (25/02), que o Plano Real foi o maior programa de inclusão social do Brasil, ao acabar com a hiperinflação no país. Aécio participou, em Brasília, da sessão solene que lembrou os 20 anos do Plano Real, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lideranças do PSDB e dos presidentes do Senado, senador Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves.

Aécio Neves afirmou que o plano que acabou com a inflação no Brasil e trouxe a estabilidade da moeda foi o programa de maior alcance e inclusão social no país ao permitir melhoria na vida de todos os brasileiros.

“Se há um ponto fundamental para essa melhoria da condição de vida da população, melhoria das expectativas do mundo em relação ao Brasil, foi exatamente o Plano Real. Me orgulho muito de estar aqui hoje ao lado do presidente Fernando Henrique, um dos principais construtores dessa extraordinária transição. Celebramos aqui no Congresso Nacional o maior programa de distribuição de renda da história do Brasil. Foi o momento de demonstrarmos que apenas o esforço coletivo permite que Brasil avance. Foi uma bela festa, uma bela homenagem, àquele que foi o mais sólido plano de estabilidade da moeda feito no mundo”, afirmou em seu discurso na tribuna.

Descaso do PT com a inflação

Em entrevista após a sessão, Aécio Neves lamentou a ausência de representantes do governo federal na solenidade de hoje e lembrou que o PT negou apoio ao Plano Real na época em que a população mais sofreu com a hiperinflação e a escalada de preços.

“Em uma celebração tão importante para o trabalhador brasileiro, não termos aqui sequer um representante governista. Não tivesse havido o Plano Real, não tivesse havido a estabilidade da moeda, não teria havido o governo do presidente Lula, com crescimento econômico. Acho que o PT não se fez presente aqui hoje por constrangimento. Constrangimento daqueles que consideraram, lá atrás, o Plano Real um estelionato eleitoral simplesmente porque não atendia aos interesses da sua candidatura presidencial”, disse Aécio Neves.

Em 1994, o Plano Real pôs fim a mais de 10 anos de hiperinflação e de perdas financeiras das famílias. Durante dez anos, a inflação consumia o salário dos trabalhadores. Em abril de 1990, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6.821%. O Plano Real pôs fim ao alto custo de vida e permitiu aos brasileiros dar início a um novo ciclo no país.

“A Petrobras pode mais”, análise do ITV

petrobras-platform-brazilOs resultados positivos divulgados ontem pela Petrobras não devem servir para esconder os desequilíbrios, os descaminhos e o mau uso que o governo da presidente Dilma Rousseff vem impondo à maior empresa do país. A companhia é um orgulho nacional e poderia estar produzindo muito mais bem-estar para os brasileiros.

Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 23,6 bilhões no ano passado. Depois de dois anos em queda consecutiva, os ganhos cresceram 11% na comparação com o exercício anterior. Este é, porém, o terceiro pior resultado desde 2006, superando apenas os registrados em 2007 e 2012, de acordo com O Estado de S. Paulo.

 

No quarto trimestre, o lucro da empresa caiu 19% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 6,3 bilhões. É o pior resultado registrado pela Petrobras para períodos de outubro a dezembro em seis anos, de acordo com O Globo. No ano passado, a empresa perdeu R$ 40 bilhões em valor de mercado.

Outro resultado decepcionante deu-se naquilo que é o coração da empresa: extrair e produzir petróleo. A produção voltou a cair: desta vez 2,5%, para 1,931 milhão de barris diários em média. Como em 2012 o volume produzido já havia diminuído, a atual gestão tornou-se a primeira nos 60 anos de história da companhia a registrar duas baixas seguidas.

O balanço divulgado ontem também reitera muitos dos problemas que a estatal tem sido obrigada a enfrentar principalmente em função de ter sido convertida pelo governo federal numa espécie de muro de arrimo para conter a inflação.

A empresa produz menos do que a demanda interna exige e, por isso, é obrigada a importar cada vez mais. No ano passado, 400 mil dos 2,4 milhões de barris de derivados que o país consome diariamente vieram do exterior, informa a Folha de S.Paulo. Afinal, onde foi parar a alardeada autossuficiência que o marketing petista tanto cantou em prosa e verso?

Como os derivados que a Petrobras importa são mais caros que o preço pelos quais ela os revende no mercado interno, em razão da política de contenção artificial da inflação posta em voga por Brasília, os prejuízos da companhia se acumulam. O setor responsável, o de abastecimento, registrou perda de R$ 17,8 bilhões – o Estadão fala em R$ 26,9 bilhões de prejuízo nessa área.

 

Mesmo tendo obtido dois aumentos de gasolina e três de diesel no ano passado, os preços internos ainda estão bastante defasados em relação ao mercado externo: 16% e 22%, respectivamente. Se a Petrobras não importasse tanto combustível, vá lá. Mas não é o caso.

 

No ano passado, a balança comercial da Petrobras ficou deficitária em US$ 24,4 bilhões, o que representa o triplo do saldo negativo de 2012, segundo oValor Econômico. Recentemente, a situação piorou ainda mais: em 2009 sequer importávamos gasolina e, desde então, a compra de combustível vindo do exterior só aumentou e hoje representa 13% do consumo interno.

 

Manietado, o caixa gerado pela companhia no ano passado foi suficiente para cobrir apenas 57% dos seus investimentos. Com isso, a empresa vê-se pressionada a contrair mais dívida ou a cortar investimentos. Tanto um quanto outro acabaram acontecendo no ano passado. O plano de negócio foi revisado e reduzido em 6,8%. Serão US$ 16 bilhões a menos até 2018, conforme anunciado ontem.

O endividamento também continua alto. A dívida bruta atingiu R$ 268 bilhões em dezembro, com alta de 36,5% sobre 2012. Vale recordar que, no fim de 2010, após a megacapitalização da empresa, este indicador estava em R$ 115 bilhões, ou seja, em três anos mais que dobrou. Não por acaso, a Petrobras foi classificada no ano passado como a empresa não financeira mais endividada do mundo em relatório do Bank of America Merril Lynch.

 

Afora os problemas contábeis, a Petrobras ainda está às voltas com denúncias de recebimento de suborno por parte da SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias de petróleo. A empresa holandesa teria pago US$ 139 milhões para obter contratos com a estatal, numa operação que agora deverá ser objeto de investigação por comissão externa do Congresso.

 

Além disso, sua parte operacional também se vê envolvida em denúncias de que plataformas inacabadas foram lançadas ao mar incompletas e sem os devidos cuidados de segurança. Tudo para compor a agenda de inaugurações da presidente da República e engordar um pouco os resultados da já desastrosa balança comercial brasileira no ano passado.

 

A Petrobras dispõe de corpo técnico dos mais qualificados do país e é crucial para que a economia nacional tenha melhor desempenho – basta dizer que 10% de tudo o que é investido aqui sai dela. Sua sobrevivência e sua saúde financeira são de interesse da nação e não assunto que importa apenas a investidores. Defender a Petrobras é defender o bem-estar dos brasileiros. A empresa ainda precisa melhorar muito.

“O que a ilha de Cuba tem que a nossa não tem?”, por Luiz Emanuel Zouain

luzzzA inépcia do governo da presidente Dilma atinge todo o Brasil, mas o espírito Santo sofre ainda maisA recente ida da presidente brasileira a Cuba, propriedade privada dos irmãos Fidel e Raul Castro, para inaugurar o Porto de Muriel, acendeu na mente dos brasileiros a seguinte questão: é justo o nosso governo financiar obras em um país estrangeiro com o dinheiro do contribuinte brasileiro?Por intermédio do BNDES, o dinheiro de nossos impostos custou 70% do projeto. No total, o governo da presidente Dilma Roussef (PT) gastou nessa obra, nos últimos três anos, mais de R$ 1,6 bilhão – uma média anual de R$ 533 milhões, o que equivale a 15 vezes mais do que o governo brasileiro aplicou em terminais brasileiros, em 2013.

O Brasil tem muitas carências em infraestrutura e o governo federal não consegue gastar nem mesmo o pouco que consegue reservar de seu orçamento de investimentos. Portanto, é estranho, no mínimo, que o governo petista atue com tanta presteza para financiar um porto em Cuba, enquanto que nós brasileiros, os verdadeiros donos do dinheiro público, sofremos todos os dias as consequências da falta de investimentos em infraestrutura.

A inépcia do governo Dilma atinge todo o Brasil, mas o Espírito Santo sofre ainda mais, haja vista que os desacertos administrativos somam-se as incongruências políticas e fiscais, dentre os quais destacam-se as mudançasdas regras do Fundap e da partilha dos royalties do petróleo, a persistente situação de pagador de tributos federais – o montante de tributos que o Estado e os municípios capixabas recebem da União é muito menor do que o montante que a ela entregamos – e as dificuldades com a captação de recursos junto aos bancos de investimentos federais (em 2013, o governo estadual conseguiu assegurar apenas 3,4% de um total de R$ 150 milhões que esperava para as obras do BRT).

E por falar em portos, o de Vitória vem perdendo competitividade e sufocando seus terminais ao longo dos anos. Em 2011, por exemplo, a movimentação de cargas foi de 6,25 milhões de toneladas. No mesmo período em 2012, a movimentação foi de 5,3 milhões de toneladas. Uma redução de 5,3 milhões de toneladas. Uma redução de 15,79% segundo Boletim da Antaq. Perdemos riquezas, o Brasil perde riquezas e o governo procrastina os investimentos que poderia conter esses gargalos.Enfim, caríssima presidente, o que a ilha de Cuba tem que a nossa não temm?

FHC celebra 20 anos do Real e pede “novo salto” para o Brasil

fhcsenado2-300x200O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta terça-feira (25) que o Brasil precisa de um “novo salto” na gestão pública. FHC participou de sessão solene no Congresso Nacional que comemorou os 20 anos do Plano Real, responsável pela estabilização da economia brasileira. A sessão foi convocada pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, e pelos deputados federais Mendes Thame (PSDB-SP) e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

“O mundo está em uma nova fase, mas o Brasil ainda está no passado. Nós temos condição de avançar, mas é preciso abrir os olhos. O Brasil precisa de ar novo, sangue novo. Está na hora de mostrar que há novos caminhos no Brasil”, ressaltou Fernando Henrique, presidente de honra do PSDB.

Fernando Henrique se dirigiu ao público – formado por representantes de vários partidos, por jornalistas e por pessoas interessadas na história do Real – por cerca de 30 minutos e foi aplaudido em diversas ocasiões. “Eu disse que o Brasil tinha três grandes problemas: o primeiro era a inflação, o segundo era a inflação e o terceiro era a inflação. E, que nós íamos acabar com a inflação”, afirmou ele, lembrando quando era ministro da Fazenda.

Estabilidade

Em seu discurso, FHC disse que a estabilidade da economia, conquistada com base no Plano Real, foi apenas o “primeiro passo” e que muitos outros avanços são necessários – como exemplos, o tucano citou melhorias na educação e na segurança pública e a reforma política. “O modelo atual, com mais de 30 partidos e 39 ministérios, é uma receita para o aparelhamento da administração”, destacou.

O ex-presidente apontou que a população tem demonstrado que a reprovação ao modelo político atual é geral e que o sentimento de mudança é coletivo. “Quando as ruas estão insatisfeitas, quando os políticos estão insatisfeitos, quando as donas de casa estão insatisfeitas, é sinal de que há muita coisa enguiçada”, afirmou.

Oposição

FHC recordou que o Plano Real enfrentou forte oposição de diferentes setores – as críticas vieram de fontes distintas como o PT, o movimento sindical e até mesmo o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Pouca gente sabe, mas o FMI era contrário ao plano. A falta de credibilidade do Brasil era tanta que eles não achavam que conseguiríamos reduzir a inflação”, disse.

Mas os maiores ataques, lembrou FHC, vieram do PT.  O tucano recordou que buscou atrair a aprovação do partido a um projeto que beneficiaria todos os brasileiros. “Eu me esforcei para que o Partido dos Trabalhadores desse seu apoio ao real. Cheguei a convidar os principais líderes do PT na época, Lula e José Dirceu, para falar sobre o plano e explicar suas vantagens. A primeira pergunta que eles me fizeram foi: ‘O PSDB terá candidato á Presidência da República?’”.

Apesar da oposição dos petistas, o Real entrou em vigor em 1º de julho de 1994. Os benefícios do plano foram colhidos rapidamente: a inflação despencou e o poder de compra dos brasileiros cresceu. A desvalorização, que superara os 2.000% em 1993, ficou em 14,7% em 1995. Fernando Henrique Cardoso, responsável pela criação do plano, ganhou as eleições presidenciais no primeiro turno em 1994 e 1998.