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O município de Colatina foi escolhido para sediar o último encontro do ano do seminário “PSDB Pensa o ES”, que será no próximo sábado, dia 7, às 9 horas, na Câmara Municipal da cidade.
O desempenho atual da nossa economia é a crônica de um fracasso anunciado. O medíocre crescimento que a gestão Dilma tem entregado aos brasileiros é fruto de um experimento equivocado e mal sucedido, empreendido à revelia de reiterados alertas contrários. Já são anos sob clima de incerteza; não sabemos quantos anos ainda serão perdidos. O país vive hoje à sombra do “risco Dilma”. O Brasil precisa, e quer, urgentemente mudar.
O desempenho atual da economia brasileira é a crônica de um fracasso anunciado. O medíocre crescimento que a gestão Dilma Rousseff tem entregado aos brasileiros é fruto de um experimento equivocado e mal sucedido, empreendido à revelia de reiterados alertas contrários. Já são anos sob clima de incerteza; não sabemos quantos anos ainda serão perdidos.
Até agora, a única coisa que Dilma conseguiu foi colocar o Brasil figurando entre as economias de pior desempenho no mundo. Mas nosso modelo é mais ruinoso do que outros pelo planeta afora: produz não apenas crescimento baixo, como também inflação alta, regada a taxas de juros elevadíssimas. Uma receita de professor Pardal.
Dilma e sua turma jogaram no lixo um modelo que ajudou o país a empreender uma lenta, porém persistente, travessia rumo a um ambiente econômico mais próspero e estável, iniciada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. O sistema baseado na trinca metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante foi posto de lado pela atual gestão em favor de uma dita “nova matriz econômica”. Que bicho isso deu?
A receita dilmista persegue a clássica combinação de um pouquinho mais de inflação para um tantão maior de crescimento – algo no que só os petistas ainda acreditam. Mas o que a mistura produziu foi, na realidade, muita inflação e nenhum crescimento – a menos que alguém considere que crescer uma média de, no máximo, 2% ao ano seja alguma coisa digna de nota…
Esta receita baseia-se em mais gasto público, mais crédito, leniência com a inflação e desafogo nos juros. Em momentos de crise mais aguda, como a que se seguiu à debacle mundial de 2008, até produz algum benefício. Mas é a velha história: remédio em excesso pode acabar matando o paciente. Foi o que aconteceu: o Brasil hoje está pior do que a maioria dos países do mundo.
O triênio 2011-2013 já foi rifado pela presidente. Mas o estrago, infelizmente, tende a ser muito maior. O Brasil entrará num ano difícil para todo o mundo, como se prevê que será 2014, com o pé esquerdo. Além de crescermos pouco e termos inflação muito alta, nossas contas públicas estão em completo desarranjo, o crédito está ficando caro e o dólar, com tendência de alta, não deve nos ajudar nadinha, pelo contrário.
Para complicar, nosso investimento é pouco e decadente – no trimestre, caiu 2,2%, no pior resultado desde o primeiro trimestre de 2012. Nossa taxa de poupança doméstica (15% do PIB) recuou ao pior nível desde 2000, elevando a dependência de recursos estrangeiros num momento em que o dinheiro fica mais caro no mundo e as contas externas do país já estão no fio da navalha.
Algumas expressões, salpicadas ao longo de páginas e páginas de avaliações negativas publicadas nos jornais de hoje, retratam o ânimo reinante. O momento é de “instabilidade”, num “clima de incerteza” e de “perda de confiança”, diante de uma “condução da política econômica que, focada no curto prazo, encurta o horizonte de planejamento de empresas e consumidores e contribui para variações bruscas da atividade econômica”, como resume o Valor Econômico.
Com os resultados do terceiro trimestre conhecidos ontem, com queda de 0,5% sobre os três meses anteriores, a perspectiva para 2014 turvou-se de vez. Há quem acredite que o crescimento do PIB brasileiro no ano que vem mal supere 1%. Mas a média mais comum é de uma expansão de 2%, ainda assim muito, muito ruim para um país que precisa crescer e se desenvolver para superar o enorme fosso de desigualdade e injustiça social como o que ainda persiste entre nós.
Dilma começou seu governo prometendo crescimento de até 5% ao ano. Nunca passou nem perto disso: fez 2,7% em 2011, 1% no dado revisado de 2012 e deve fechar este e o próximo ano com algo em torno de 2%. Neste momento, o Brasil é, em todo o mundo, a economia com o pior desempenho, conforme mostra O Globo.
O governo petista aposta nas privatizações para evitar uma catástrofe pior no ano que vem. Mas esquece-se de que, tivesse ele feito a coisa certa, nesta altura as concessões já poderiam estar produzindo algum resultado, se não tivessem demorado tanto a transpor a resistência ideológica do PT aos investimentos privados.
Um dos aspectos mais lastimáveis de tudo isso é que a maior preocupação do governo da presidente Dilma não tem sido em como lidar com o buraco em que o país se meteu, e como tirar-nos de lá. Mas, sim, em como definir uma “narrativa” que cole na população e a dificulte perceber os problemas que se agigantam antes que as eleições cheguem, como informa hoje O Estado de S.Paulo. A propaganda é a alma do negócio petista.
Tudo considerado, o país vive hoje à sombra do “risco Dilma”. Paga-se um preço muito elevado por decisões equivocadas. Paga-se ainda mais caro pela persistência num caminho que nos conduziu a um beco sem saída. O Brasil não tem mais tempo a perder. O Brasil não aguenta mais ficar à mercê do projeto de poder do PT. O Brasil precisa, e quer, urgentemente mudar.
O recuo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2013 indica a permanência da desaceleração da economia e do ambiente de incerteza sobre o futuro do país.
A desculpa do governo tem sido que o mundo não está crescendo. Isto é fato na zona do Euro, mas os EUA crescerão 1,6%, Índia em 4,9%; China em 7,7%. Na América do Sul, Chile em 4,4%; Colômbia 4% e Peru 5,3%. Portanto, os maus fundamentos da economia brasileira fazem toda diferença.
Não há mais como terceirizar responsabilidades. O país gasta muito e gasta mal. A má gestão das contas públicas derrubou pela metade o superávit primário realizado até agora. O governo atrasou, inexplicavelmente, a agenda de concessões, só agora iniciada, apesar do crônico problema da ineficiência da infraestrutura. Quando aparentemente superou os conflitos ideológicos existentes, o fez de forma titubeante e improvisada, em relação às regras e ao modelo, gerando mais insegurança, menor concorrência e, assim, redução de potenciais, resultados e de perspectivas.
O país deve lamentar a reunião sigilosa organizada pela presidente da República e ministros de Estado neste fim de semana, segundo registro da imprensa, não para discutir saídas para o desarranjo econômico instalado, mas sim, com o objetivo eleitoral de “construir uma narrativa” aos brasileiros para o PIB medíocre, a ineficiência e a perda de credibilidade do governo, a inflação, o aumento nos gastos e o baixo investimento.
Ao concentrar esforços para construção de um discurso eleitoral, ao invés de priorizar a superação dos problemas, o governo evidencia sua preocupação maior em manter a qualquer custo o poder em lugar de corrigir os erros que levaram ao estado lastimável da economia e a sérias consequências na vida dos brasileiros.
A perspectiva para 2013 e 2014 é que o mundo cresça 4%, o dobro do nosso crescimento. As exportações poderão ser favorecidas devido ao câmbio mais desvalorizado, mas, por outro lado, o câmbio mais desvalorizado é fruto do aumento do risco Brasil.
Esperamos que o governo do PT assuma e corrija seus erros e equívocos a tempo de os brasileiros alcançarem uma realidade melhor.
Senador Aécio Neves (MG)
Presidente nacional do PSDB
Foi pior do que se esperava: o PIB do país caiu 0,5% no terceiro trimestre, na primeira retração em dois anos e na maior queda desde o auge da crise mundial. Crescemos cerca de metade do que crescem nossos vizinhos. O PT mergulhou o país num mar de desconfiança, de falta de credibilidade, de temor em relação ao futuro, ao mesmo tempo em que implode diariamente os alicerces que nos fizeram chegar até aqui. A experiência com Dilma Rousseff é desastrosa.
Foi pior do que se esperava. O resultado das contas nacionais divulgado há pouco pelo IBGE mostrou queda de 0,5% do PIB brasileiro no terceiro trimestre do ano. O número veio em linha com as piores expectativas de mercado. Num clima de desconfiança profunda e generalizada em relação ao futuro do país, o pibinho está de volta.
Trata-se da primeira retração do PIB em dois anos. A última queda havia ocorrido no terceiro trimestre de 2011, quando a taxa ficou em -0,1%. Desde o primeiro trimestre de 2009, no auge da crise mundial, quando o PIB caiu 1,6%, a economia brasileira não recuava tanto.
A agropecuária, que vinha sendo o esteio da economia, despencou 3,5%. Foi o pior desempenho entre todos os subsetores da produção pesquisados. Indústria (0,1%) e serviços (0,1%) mantiveram-se praticamente estáveis.
Outro dado muito ruim é que os investimentos – identificados nas contas nacionais pelo palavrão “formação bruta de capital fixo” – caíram 2,2% no trimestre. Foi a maior queda entre os componentes da demanda. O consumo das famílias, que também ajudou a sustentar a economia por um bom tempo, só subiu 1%.
Também hoje pela manhã, o IBGE anunciou o PIB revisado de 2012. Outra decepção: a alta foi de mero 1%, insuficiente para alterar muito o retrato geral da ruinosa política econômica de Dilma Rousseff – que havia antecipado erroneamente que o número sairia do 0,9% já conhecido e chegaria a 1,5%. Também é bem menos que o “PIB piada” que Guido Mantega desdenhara – quando, no ano passado, uma consultoria previu, e errou, que o PIB brasileiro cresceria só 1,5% em 2012.
Ainda de acordo com o que o IBGE divulgou há pouco, nos últimos 12 meses a expansão do PIB brasileiro é de 2,3%. Com este resultado, o país exibe crescimento médio de 2% nos três anos da gestão Dilma. É o pior desempenho desde o inesquecível governo Collor e também uma das três médias mais baixas de toda a nossa história republicana – o outro parceiro de ruína da presidente é Deodoro da Fonseca.
Enquanto isso, para não irmos muito longe, a média de crescimento da América Latina nos mesmos três anos terá sido de 3,5%, de acordo com a Cepal. Ou seja, o Brasil avança hoje a um ritmo equivalente a pouco mais da metade do que crescem seus vizinhos. Neste ano, em toda a América Latina só Venezuela e El Salvador terão aumentos de PIB menores que o nosso.
O Brasil figura na rabeira em relação a outras economias que já divulgaram resultados do PIB do terceiro trimestre. Alguns exemplos: a China cresceu 2,2% sobre o segundo trimestre; o Reino Unido, 0,8%; os EUA, 0,7% e até a combalida zona do euro teve crescimento positivo de 0,1%, sempre na mesma base de comparação, segundo o G1.
Sob a condução da gerentona Dilma Rousseff, o país caminha a passos largos para o buraco. O Brasil não cresce quase nada. A despeito de ter os maiores juros do mundo, convivemos com uma inflação que só não explodiu os limites de uma meta que já é muito generosa porque o governo manipula fragorosamente preços como os dos combustíveis e da energia elétrica.
Nestes últimos anos, o país também viu dinamitada a boa reputação arduamente construída a respeito da solidez e da credibilidade de suas contas públicas. O governo anuncia manobras fiscais na mesma medida em que descumpre, mês após mês, os compromissos em bem gerir os recursos públicos recolhidos dos contribuintes que pagam seus impostos.
Não há muita esperança quanto a dias melhores – não enquanto estivermos sob a gestão do PT. A economia não mostra fôlego para crescer muito acima da média atual: talvez a benfazeja leva atual de privatizações ajude a elevar o resultado de 2014 para algo mais próximo de 2,5%. Ou seja, nada excepcional.
Para complicar, o Brasil deve ter sua nota de classificação de risco rebaixada no ano que vem, o que encarecerá o crédito para um país que precisa urgentemente investir para gerar mais empregos e melhores oportunidades para seus cidadãos.
O PT mergulhou o país num mar de desconfiança, de falta de credibilidade, de temor em relação ao futuro. Há anos o governo não consegue construir nada novo, ao mesmo tempo em que implode os alicerces que nos fizeram chegar até aqui. A experiência com Dilma Rousseff é desastrosa. O Brasil não merece isso.

Na próxima quinta-feira, dia 5 de dezembro, lideranças tucanas, militantes, recém-filiados e pessoas que se identificam com as propostas do PSDB se reunirão em Cariacica para mais um encontro do seminário “PSDB Pensa o ES”.
A reunião será às 19 horas, na Câmara Municipal da cidade. Coordenado pelo presidente do PSDB-ES, deputado César Colnago, o encontro contará com a presença do ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi, dentre muitas outras lideranças.
Os anfitriões do seminário serão o presidente do diretório municipal do PSDB de Cariacica, Nilton Basílio, e vereadora tucana do município, Ilma Chrisóstomo.
“É muito importante realizar um encontro nesse momento em que o partido está construindo cenários para as eleições do ano que vem, e também porque ajuda a fortalecer o partido na medida em que discutimos as propostas e também as ações que o PSDB tem feito em Cariacica, através da nossa vereadora Ilma”, afirmou Nilton Basílio.
A vereadora Ilma, a única representante tucana na Câmara Municipal, destacou que o seminário é um momento importante para o partido. “Além de poder apresentar suas idéias e discutir as propostas, é um momento que podemos falar do nosso trabalho, deito com ética e seriedade, tanto na Câmara de Vereadores, como no Congresso, por meio do nosso deputado César Colnago”, avaliou a parlamentar.
Assuntos: PSDB, unidade em SP, eleições 2014, inflação e estabilidade econômica, ministro da Justiça
Sobre a viagem
Há um sentimento, aqui em Bauru também, e na região, que eu tenho colhido em todas as viagens que temos feito pelo Brasil. Um sentimento de mudança. O Brasil, na verdade, quer e merece muito mais do que está tendo. E o papel do PSDB, e venho hoje a Bauru como presidente nacional do PSDB, é exatamente de apresentar ao Brasil um novo projeto. Mais ousado, no ponto de vista das políticas públicas; mais eficiente na gestão do Estado; mais ético – e isso para nós é essencial – que possa permitir ao Brasil voltar a crescer de forma sustentável.
O Brasil tem hoje uma equação extremamente perigosa, que é de inflação alta, crescimento baixo. Vamos crescer este ano apenas mais que a Venezuela na nossa região, na América do Sul, e não é justo para um país com tantas potencialidades como o Brasil estar entrando novamente no final da fila no que diz respeito a investimentos, sobretudo internacionais.
Temos andado pelo Brasil inteiro construindo essa proposta. Ainda este ano vamos lançar um conjunto de ideias em que vamos colocar a discussão do Brasil, aquilo que na visão do PSDB, dos nossos filiados, é essencial para nós, como disse, retomarmos o crescimento econômico em bases sólidas, restabelecermos a credibilidade perdida do Brasil, avançarmos nas políticas sociais. E essa nova agenda, estamos construindo com base em encontros como este, onde conhecemos um pouco mais a realidade de cada região, suas expectativas, suas angústias, muitas vezes, mas, no fundo, sou um otimista e acho que o PSDB irá representar, no momento certo, a mudança segura que tantos brasileiros querem, e aqui hoje pudemos assistir isso desde que cheguei mais cedo em Bauru.
Sobre a importância de São Paulo nas eleições
São Paulo decidirá a eleição. Não tenho dúvida sobre isso e não tenho qualquer constrangimento de dizer, ao contrário. Daremos uma prioridade absoluta a São Paulo, seja pelo êxito e pela excelência das administrações do PSDB, em especial agora do governador Geraldo Alckmin. Temos um partido, em São Paulo, orgânico, estruturado, que tem ideias, que tem propostas. Isso me alegra muito. Já estamos com uma agenda intensa em São Paulo, apenas nas próximas semanas, ainda estaremos na semana que vem, sexta-feira, em Campinas, no sábado em Sorocaba, na outra sexta em São José dos Campos, no outro sábado em Santos, sempre em encontros regionais como esse.
O PSDB não tem a opção de apresentar um novo projeto. O PSDB não tem a possibilidade de lançar uma candidatura. Temos a obrigação e a responsabilidade de dizermos ao Brasil, de forma muito clara, que temos uma proposta alternativa. Mais solidária com os municípios e com os estados, que rompa esse ciclo de concentração absurda e perversa de receitas tributárias nas mãos da União. Hoje, por exemplo, 45% apenas do financiamento global da saúde vêm da União. Há 10 anos, quando o PT assumiu o governo, era 56%. Hoje, em segurança pública, essa grande tragédia nacional, agravada por essa epidemia de drogas, em especial o crack, avassaladora, que tomou conta de todo o Brasil, os estados e municípios investem 87% de tudo o que se gasta em segurança pública no Brasil. A União, que é quem mais tem, que se apropria de mais de 60% do conjunto dos recursos tributários do Brasil, que tem a responsabilidade pelo controle das fronteiras, do tráfico de drogas, do tráfico de armas, participa com apenas 13%. São alguns exemplos, e eu poderia citar inúmeros outros, que mostram a pouca generosidade, hoje, do Brasil, com os estados e com os municípios.
São Paulo é um exemplo claro que as transformações ocorrem a partir das forças locais, dos arranjos políticos, dos arranjos econômicos e sociais locais. Daremos não apenas agora, mas durante todo o processo eleitoral, uma importância especialíssima a São Paulo. Estamos convencidos de que, se vencer em São Paulo, venceremos as eleições no Brasil.
Sobre a unidade do partido e o apoio de lideranças da região
Isso é fundamental. As lideranças regionais terão peso nessa eleição maior do que em qualquer outra. Eu venho a Bauru pelas mãos do companheiro Pedro Tobias, sempre presidente do PSDB, talvez aquele que desde o início mais estimulou nossa caminhada. Ele pensa, ele respira, ele trabalha pensando na região, em Bauru, e no Brasil. E esse é o PSDB.
O PSDB está pronto para o debate em qualquer área. Querem debater economia? Vamos lá. Somos o partido da estabilidade, das privatizações, da modernização da economia. Eles são o partido da instabilidade, da perda de credibilidade, da alquimia fiscal, da não transparência dos dados.
Querem debater gestão? Consideramos o setor privado um parceiro essencial aos investimentos, sobretudo em infraestrutura. Prezamos o planejamento. Eles não, eles demonizaram o setor privado até onde puderam e são o governo do improviso. Por isso, o Brasil é hoje um cemitério de obras inacabadas por onde você anda.
Querem debater as questões sociais? Vamos lá. O PT prefere, ou se satisfaz, com a administração diária da pobreza. Queremos muito mais. Queremos a superação da pobreza. Queremos políticas de inclusão. O Bolsa Família está aí? Está. O DNA dele é nosso. Vai continuar? Vai continuar. Mas pra eles, o Bolsa Família é o ponto de chegada. Pra nós do PSDB, é o ponto de partida apenas.Queremos muito mais do que isso.
O PSDB se prepara para o grande debate. Querem debater no campo ético? Essa é a que mais me alegra. O PSDB sabe que o Estado tem que estar a serviço da sociedade, não de um projeto de poder. É grave o que assistimos permanentemente por parte de figuras expressivas do PT, que se apropriam do Estado, colocam o Estado, estruturas do Estado, a serviço de um projeto de poder.
Vai chegar a hora da verdade. O PSDB se prepara pra ela de forma corajosa, altiva e, sobretudo, com a experiência que adquirimos em governos de excelência, como o governo de Geraldo Alckmin, como o governo de Minas e tantos outros espalhados pelo Brasil.
Qual a melhor forma de conter a inflação?
Em primeiro lugar, tolerância zero com a inflação. O PT flexibilizou a condução da política econômica, daqueles pilares herdados do governo do PSDB – de meta de inflação, câmbio flutuante, superávit primário –, que na verdade nos possibilitou uma travessia segura até determinado momento, o PT os flexibilizou a partir do segundo mandato do presidente Lula.
Temos uma inflação hoje sempre no teto da meta, ou rondando o teto da meta, o centro da meta é uma ficção hoje, é uma meta virtual. A inflação de 6%, hoje, existe porque existe um conjunto de preços que estão represados hoje. Preço de combustíveis, preço de energia, preço de transporte público. E esses preços controlados têm inflação em torno de 1%. Isso é uma panela de pressão. Na hora que essa tampa sair, e em determinado momento ela vai sair, a inflação explode. E a inflação de alimentos, que é aquela que mais pune o trabalhador, o assalariado, já está em dois dígitos.
A presidente da República diz que não, não tem inflação. Ao mesmo tempo o Banco Central aumenta a Selic e volta aos dois dígitos. Então, tolerância zero com a inflação, como? Com transparência. Os números não podem ser maquiados como têm sido pelo PT.
E a grande verdade que quero dizer para vocês aqui é que o PT quando segue a cartilha do PSDB, acerta. As poucas vezes que o PT acerta é quando segue a nossa cartilha.
Na questão macroeconômica, no primeiro mandato do presidente Lula, desdizendo seu discurso, esquecendo tudo que disse na campanha eleitoral, ele segue os postulados da responsabilidade fiscal, com o registro de que votaram, inclusive, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, o PT.
Quando esquece o programa social, que foi um programa da campanha e anunciado com pompa durante o início do governo do presidente Lula, o Fome Zero – muitos aqui se lembrarão disso – e se apropriam dos programas do PSDB, eles acertam. Eles ampliam e unificam os programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Vale Gás, herdados do governo Fernando Henrique. Ponto para eles. Fizeram corretamente.
Demonizaram durante 10 anos as concessões e as privatizações, quase como um crime de lesa-pátria. Era quase um crime a parceria com o setor privado. Hoje as fazem, mas fazem de forma envergonhada.
A grande verdade é que tem um software pirata em execução no Brasil e vamos trabalhar para reconquistar o direito do software original ser colocado em execução.
Sobre investigações em São Paulo
Têm que ser investigadas em profundidade. Se houver qualquer responsabilidade, seja de alguém próximo ao PSDB – e nada foi provado até agora –, seja ligado a outros partidos ou sem partidos, têm que ser responsabilizados. O que não podemos aceitar, porque isso é uma violência para com a própria democracia, é a utilização irresponsável de estruturas de Estado para acusar adversários. Vocês sabem que cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça.
O PSDB foi vítima, ao longo de todas as últimas campanhas eleitorais, da irresponsabilidade do PT, dos dossiês fajutos, dossiê Cayman, lá atrás, os aloprados, a Lista de Furnas, o sigilo da família do companheiro José Serra. E, agora, vem algo que ninguém conseguiu explicar ainda.
O que solicitamos ao ministro da Justiça é algo muito simples: explique o que aconteceu. Como pode uma tradução de um documento ser diferente da versão original? Como pode um processo que caminha em sigilo ser todo dia vazado para a imprensa apenas no que interessa àqueles que estão no poder? Repito, isso não faz bem à democracia. Queremos que todas essas denúncias sejam investigadas, seja em São Paulo, seja em outras partes do Brasil, onde as denúncias também existem.
Sobre as comemorações de 19 anos do Plano Real.
Fizemos grandes eventos em Brasília, com todas as figuras representativas do Real, com o presidente Fernando Henrique junto, temos um orgulho enorme do Real, da estabilidade. [Tivemos] uma exposição que ficou durante 40 dias no Congresso Nacional mostrando a história dessa reconquista. Acho que foram dois grandes momentos. A democracia foi fundamental, a nossa liberdade. E o Real possibilitou ao povo se libertar do mais perverso dos impostos que era imposto inflacionário.
Infelizmente, a grande verdade, é que o PT está colocando até isso em risco. A agenda que achávamos que tínhamos superado lá atrás é a agenda de hoje, da instabilidade econômica, do retorno da inflação, da perda de credibilidade do Brasil. Na hora em que devíamos estar aqui discutindo uma agenda nova para o mundo, inovação, aumento de produtividade, as empresas brasileiras entrando nas cadeias globais de produção, um alinhamento internacional não ideológico e atrasado, mas pragmático, em favor do crescimento da economia brasileira e de geração de empregos aqui, estamos com a agenda de 15 anos atrás.
O PT coloca em risco as principais conquistas vindas do PSDB, a começar pela estabilidade da moeda, passando pela responsabilidade fiscal e, tudo isso, emoldurado por algo que é essencial, a credibilidade do Brasil. Porque a credibilidade perdida, a ameaça de rebaixamento que eu espero que não ocorra na nota de crédito, de rating do Brasil, inibe os investimentos. Isso é essencial para o Brasil.
A aposta do PT foi equivocada no momento em que apostou no crescimento apenas via consumo, a partir da oferta de crédito amplo para todo o país. Isso foi importante no momento de crise, era importante injetar recursos no mercado, mas isso era uma política anticíclica. Tínhamos de, ao lado disso, criar um ambiente estável para, no momento em que o crescimento pelo consumo viesse a se exaurir, como aconteceu, hoje 63% das famílias brasileiras estão endividadas, precisávamos ter, para complementar o crescimento, o quê? Investimentos. Investimentos que gerassem renda e emprego. O que o governo fez? Intervencionismo absoluto, acabou com as agência reguladoras, não há respeito às regras hoje no Brasil e o investimento privado ficou fora, afugentou o investimento privado. Estamos aí no final da fila, crescendo de forma pífia, no momento em que a própria América do Sul cresce, no período de governo da presidente Dilma, quase dois terços mais do que cresce o Brasil.
Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a cada elemento novo trazido pelo noticiário dos últimos dias, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se complica ainda mais. Sampaio destaca o fato de que Cardozo teria tido encontros com sócios de consultoria investigada na ação sobre formação de cartel.
“Esses encontros com os consultores são mais um elemento complicador da situação do ministro, ainda mais se levarmos em conta que foi o próprio Simão Pedro, deputado do PT e amigo de Cardozo, quem os acusou de terem pago propina para agentes políticos do governo estadual. Será que Simão Pedro não alertou seu amigo, que à época era deputado federal, sobre o ‘proceder ilegal’ desses consultores? Por outro lado, o que justifica o encontro do então deputado federal José Eduardo Cardoso com consultores que atuam na área do Executivo e não no Legislativo?”, questiona Sampaio.
“A verdade é que, se o encontro ocorre com membros do PSDB, são fortes indícios de conluio e irregularidades. Agora, quando inexplicavelmente o então parlamentar e hoje ministro da Justiça se encontra com os mesmos consultores, tudo não passou de uma conversa normal e republicana”, ironiza Sampaio.
Para o líder, “está evidente que o ministro Cardozo, que fez parte de uma armação para tentar desgastar e prejudicar adversários, atacando os consultores, agora não consegue explicar a razão pela qual os convidou para um bate papo!”.
Segundo Sampaio, “o ministro prestaria um grande serviço à nação afastando-se do cargo e deixando as investigações acontecerem sem o direcionamento que ocorre hoje”, afirma.
“Politicamente expostas” – Sampaio destaca ainda outro elemento que reforça a tese que defende de que o ministro Cardoso usa o seu cargo e a estrutura do ministério para controlar as informações contra adversários. É que por decisão do Ministro Cardoso, segundo notícia da revista Veja, a Polícia Federal passou a inserir, nos relatórios das operações que realiza, a informação sobre a existência de pessoas “politicamente expostas” nas investigações em curso.
Para Sampaio, “procedimentos como esses, que não existiam nem mesmo na era Lula, são preocupantes em virtude do histórico do PT em fabricar dossiês falsos e do que temos visto, mais recentemente no caso Siemens: vazamento seletivo de informações, incluindo documentos adulterados com o claro objetivo de prejudicar adversários”.
O líder afirmou ainda que esse procedimento assemelha-se à censura. “A tirar pelo comportamento do PT, essas informações poderão ser utilizadas de forma bem pragmática – se os envolvidos nas operações forem do PT, esconde-se ou abafa-se o caso. Se forem adversários, aí o tratamento poderá se outro, bem diferente. É uma espécie de censura ao trabalho da Polícia Federal, que sempre foi independente”, afirmou Sampaio.