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Imprensa

“Reflexões amargas”, por Fernando Henrique Cardoso

fernando-henrique-cardoso-fhc-foto-renato-araujo-abr-300x205Publicado no jornal O Globo – 06/11/16

Há poucos dias, em Lisboa, assustei-me vendo o noticiário da TV. Surgiu na tela um porta-aviões russo deslizando nas costas europeias, cercado por navios patrulheiros. Que mal haveria, pensei depois, em mostrar o garbo de um navio russo? Nada e tudo. Fossem normais os dias e seria tão banal quanto ver o desfilar de um porta-aviões da armada americana cercado por poderosos navios protetores. Por que, então, o susto?

Porque as coisas estão mudando, há cada vez mais riscos e medos no ar. Passadas décadas do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China comunista e os Estados Unidos (pasmem! sob Nixon e Kissinger), em meados dos anos 70, e do fim da União Soviética, no início dos anos 90, nos damos conta do que esses fatos significaram: a Pax Americana. Terá ela chegado ao fim? Pode ser.

Os russos, com sua ingerência na Síria, tentam forçar o Ocidente a dar-se conta de que, por mais que seu poderio bélico haja diminuído, ainda são uma potência atômica. Os novos tzares se dão ao luxo de ocupar a Crimeia e de ameaçar a Ucrânia sem que a Otan, ou quem seja, limite suas aspirações restauradoras do que historicamente pertenceu à Rússia.

Clique aqui para ler a íntegra do artigo no jornal O Globo.

“Ajuste fiscal não pode ser dissociado de uma agenda social prioritária”, por Aécio Neves

14947513_1126206314131112_3307435016436198644_nNo momento em que o Brasil enfrenta o inadiável debate sobre as medidas de saneamento das contas públicas e as reformas capazes de ancorar a retomada do crescimento, é importante alertar para a prioridade que precisa ser dada à questão social. A agenda do ajuste fiscal não pode ser dissociada de uma agenda social igualmente prioritária.

A gravidade da situação econômica brasileira é maior do que se imaginava. Novas estatísticas do IBGE mostram que falta trabalho para 22,7 milhões de brasileiros. Isso significa que as portas estão fechadas para 13,6% da população em idade produtiva, o que atinge diretamente a vida de milhões de famílias. São dívidas que se acumulam, jovens que abandonam os estudos para ajudar os pais, sonhos que são adiados.

É para essa população mais vulnerável que precisamos olhar no momento de implantar as medidas essenciais do ajuste das contas públicas. Nos últimos dois anos, estima-se que a nossa economia encolheu em torno de 7%. A renda per capita caiu e os brasileiros já estão mais pobres. Recolocar o país nos eixos após anos de descalabro vai exigir, portanto, novos sacrifícios.

Em tal contexto de crise, é fundamental minimizar os impactos da recessão econômica, aperfeiçoando os gastos sociais e projetando programas de inclusão mais sustentáveis. Trata-se de proteger os mais frágeis no momento em que enfrentamos o desafio de construir um arcabouço de desenvolvimento responsável.

O tempo da demagogia se esgotou. O país dá provas de amadurecimento quando a questão das reformas é colocada pelo governo de forma transparente para a sociedade. A PEC que limita os gastos públicos, já aprovada na Câmara dos Deputados, é o primeiro passo, apenas. Faz mais de década que as despesas públicas crescem à frente do PIB em um percurso letal. O déficit do setor público ficará próximo dos R$ 170 bilhões este ano.

Limitar o teto para gastos é, portanto, o marco zero de qualquer projeto sério de mudança. A próxima reforma a ser enfrentada pela nação será a da Previdência. O populismo impediu que fosse feita há alguns anos, quando o problema ainda não era tão grave. Agora, não há escapatória.

São questões como essa que devem ser debatidas com responsabilidade e maturidade. Sem prejuízo para a população mais fragilizada, que carece de uma rede de proteção efetiva. O mesmo governo que defende com propriedade medidas duras para salvar o país deve ser enfático na busca de mais eficiência e de foco nos investimentos sociais.

É urgente a definição dessa agenda responsável, debatida com prefeituras, Estados e organizações, e que tenha compromisso com a proteção e a inclusão daqueles que, longe das estatísticas marqueteiras, permanecem excluídos.

Nota de Falecimento: prefeito Jorge Donati

A Executiva Estadual do PSDB Espírito Santo, com profundo pesar, manifesta sua solidariedade aos familiares, amigos, correligionários e eleitores do prefeito do município de Conceição da Barra, Jorge Donati, pelo seu falecimento ocorrido nesta quinta-feira, 03, na cidade de São Paulo, onde encontrava-se hospitalizado.

Jarbas Ribeiro de Assis Junior
Presidente do PSDB ES

PSDB elegeu 47% dos seus candidatos a prefeito no Brasil, maior taxa de sucesso de todos os partidos

bandeiras-psdb-1024x680-300x123Brasília (DF) – A votação expressiva do PSDB nas eleições municipais deste ano fez com que o partido fosse considerado o mais eficiente nas disputas: elegeu 47% dos seus candidatos a prefeito, a maior taxa de sucesso entre todas as legendas do Brasil. O cálculo considera o número de candidatos lançados pelos partidos e a quantidade de prefeituras conquistadas. Ao todo, 1.719 tucanos disputaram o pleito no 1º e 2º turno, e 803 foram eleitos.

Para se ter uma ideia da evolução nos quadros do PSDB, nas últimas eleições municipais, em 2012, o partido ficou em quarto lugar na quantidade de candidatos eleitos proporcionalmente, com uma taxa de sucesso de 43%. As informações são de reportagem publicada terça-feira (01) pelo jornal Folha de S. Paulo.

Em contrapartida, o Partido dos Trabalhadores, atingido em cheio pelo escândalo da Operação Lava Jato, que chegou aos seus principais líderes, e pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, teve o mais baixo índice de aproveitamento de sua história recente. Com dificuldade para lançar novos candidatos e levantar recursos para suas campanhas, o PT conseguiu eleger apenas 254 dos 980 petistas que disputaram as eleições este ano. Com uma taxa de sucesso de 26%, o partido ficou na 13ª colocação.

Ricardo Ferraço condena interferências políticas na sucessão da Vale

ferraco_interna39Brasília – O senador Ricardo Ferraço conclamou esta tarde (31) na tribuna do Senado para que o governo Temer impeça interferências partidárias no comando da Vale, repetindo “uma prática condenável das gestões petistas”. Ele lembrou que a sucessão na mineradora precisa ser assunto exclusivo dos seus acionistas, representado pelo Conselho de Administração, evitando pressões externas via fundos estatais de pensão e do BNDES. O mandato de Murilo Ferreira, presidente da Vale, termina em maio de 2017.

“A imprensa especializada tem alertado por seguidas vezes sobre movimentações de bancadas parlamentares na Câmara e no Senado para influir na escolha do novo presidente da empresa que tem forte presença em estados como Pará, Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo e que é estratégica para o país. Não podemos permitir a reprise desse erro, sobretudo depois de tudo o que assistimos de ruim com o aparelhamento político nos últimos anos”, discursou.

Assista ao vídeo do pronunciamento:

Deputados federais do PSDB vencem em Porto Alegre, Ribeirão Preto e Vila Velha

max-filho-nelson-marchezan-duarte-nogueiraOs três deputados federais do PSDB que disputaram o segundo turno das eleições neste domingo saíram vitoriosos das urnas: Nelson Marchezan Junior (RS) será o primeiro tucano a comandar a Prefeitura de Porto Alegre. Duarte Nogueira (SP) venceu em Ribeirão Preto, enquanto Max Filho (ES) triunfou em Vila Velha. Ao todo, o PSDB ganhou em 14 cidades hoje.

MUDANÇA NA CAPITAL GAÚCHA

Deputado federal em segundo mandato, Marchezan venceu com 60,5% dos votos, ou seja, 402 mil. O tucano derrotou Sebastião Melo (PMDB) e a partir de 1 de janeiro de 2017 estará à frente de uma cidade de 1,4 milhão de habitantes.

“A frase que mais ouvi na campanha foi: ‘está difícil acreditar na política e nos políticos‘ e a segunda foi ’mas a gente acha que em vocês vale a pena acreditar de novo.’ E nos pediam: ‘Não nos decepcione, Marchezan’. E eu queria dizer, em nome da minha família, que não vou decepcionar os porto-alegrenses”, afirmou no lotado comitê de campanha na noite deste domingo. Dezenas de apoiadores aguardavam na rua com bandeiras da vitoriosa candidatura.  Logo depois, o tucano saiu para falar com a militância e festejar a vitória. Em seu pronunciamento, reiterou que vai levar a prefeitura a uma nova atitude, prestando serviços de melhor qualidade à população. “Precisamos renovar a esperança na política para fazer da nossa cidade, do nosso estado e do nosso país um lugar melhor para se viver”, destacou.

Ex-deputado estadual, Marchezan Júnior é filho de um político marcante na história gaúcha, o ex-deputado estadual e federal Nelson Marchezan. Com a saída dele, a ex-deputada e ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, assumirá a cadeira na Câmara.

RESGATANDO A CONFIANÇA EM RIBEIRÃO

Em Ribeirão Preto, Duarte Nogueira venceu com 56,94% dos votos, derrotando Ricardo Silva, do PDT. Ele teve 147 mil votos, ante 111 mil do seu adversário. Ex-líder do PSDB na Câmara, Nogueira disse que vai trabalhar para resgatar a confiança da população no seu governo, já que a cidade passa por momentos difíceis.

“Para mudar o Brasil temos que começar mudando a nossa cidade. Foi uma campanha linda, com grande confiança nas nossas propostas. Agora é honrar este compromisso fazendo um grande trabalho, indo desde já atrás de informações para fazer a transição, escolher a equipe e se preparar para, a partir do primeiro dia de governo, fazermos o que precisa ser feito, organizar Ribeirão e fazê-la uma das melhores cidades do nosso país”, declarou em entrevista à GloboNews na noite de domingo. Ainda segundo o tucano, a partir de 1º de janeiro de 2017 a casa “será colocada em ordem”. “Buscaremos parcerias para recolocar nossa cidade no patamar que ela merece. Serei o prefeito que vai cuidar da educação, da saúde, da habitação, do emprego e que vai trazer de volta o orgulho de sermos ribeirão-pretanos. Sozinho não posso fazer nada, mas juntos vamos mudar Ribeirão”, destacou.

RETORNO EM VILA VELHA

Em Vila Velha, Max Filho, deputado federal em segundo mandato, volta a governar a cidade. Em 2000, o tucano foi eleito prefeito e reeleito em 2004. Agora, 12 anos mais tarde, conquista um novo triunfo. “Nossa gratidão ao povo de Vila Velha, que nos trouxe de volta para a prefeitura. A campanha só foi crescendo ao longo do tempo e hoje estufou as urnas em toda a cidade. O nosso povo nos deu uma vitória maiúscula hoje”, comemorou diante de centenas de militantes e apoiadores de sua candidatura. Ainda de acordo com o tucano, diferentemente de outras cidades do estado, houve uma vantagem expressiva nas urnas. Max Filho foi eleito com 58% dos votos. O seu adversário, Neucimar Fraga (PSD), teve 41%.

“Nossa gestão será marcada pela ética, que respeita o contribuinte, uma gestão participativa, bem articulada no plano estadual e federal, que coloque o foco nas políticas públicas, sociais, na educação, saúde, segurança, com a retomada do desenvolvimento econômico. O Brasil vai virar essa página da crise econômica e Vila Velha vai dar sua contribuição no sentido de desburocratizar a prefeitura, facilitar abertura de novos negócios, estendendo um tapete vermelho para quem queira investir em Vila Velha”, disse Max Filho.

VICE-PREFEITURA EM SÃO PAULO

No primeiro turno, o deputado Bruno Covas (SP) tinha sido eleito vice-prefeito de São Paulo na chapa encabeçada por João Doria. Ex-deputados federais do PSDB também triunfaram neste domingo, como é o caso de Luiz Fernando Machado em Jundiaí (SP) e Zenaldo Coutinho em Belém (PA). Outros quatro deputados tucanos disputaram prefeituras: Daniel Coelho (PE), no Recife;  Betinho (PE), em Cabo de Santo Agostinho; Geraldo Resende (MS), em Dourados; e Marco Tebaldi (SC), em Joinville.

Assista em nossa página no Facebook vídeos com declarações os três candidatos vitoriosos do PSDB.

Do Portal do PSDB na Câmara

Vitória histórica: PSDB vai governar 23,7% da população, um em cada quatro eleitores do Brasil

Foto: José Cruz/Agência Brasil 04/09/2014- Brasília- DF, Brasil- O presidente do TSE, Dias Toffoli, conclui a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro.

Brasília (DF) – A hegemonia do PSDB nas eleições municipais deste ano foi confirmada neste domingo (30), com os resultados do segundo turno. As urnas consagraram o PSDB como o partido com a maior população governada no país neste século. A partir de 2017, o PSDB será responsável por administrar municípios que somam 23,7% da população do país – quase 49 milhões de brasileiros, segundo projeções do IBGE. Somando apenas os eleitores, serão 34 milhões de pessoas, uma em cada quatro no país, governadas pela legenda.

Dos 57 municípios que tiveram disputa de segundo turno, o PSDB saiu vitorioso em 14, um recorde na história recente do país. Das 26 capitais brasileiras, sete serão administradas por tucanos: São Paulo, Teresina, Porto Alegre, Porto Velho, Manaus, Belém e Maceió. Já entre as 92 cidades com mais de 200 mil eleitores, o PSDB conquistou 28 prefeituras. Ao todo, serão 803 prefeituras governadas pelo PSDB, que representam as maiores receitas do país: R$ 158,5 bilhões anuais. As informações são de reportagem desta segunda-feira (31) do jornal O Globo.

Para o senador Paulo Bauer (PSDB-SC), o bom aproveitamento do PSDB nas urnas reflete o esforço feito pelo partido no sentido de renovar os seus quadros, manter-se no caminho da boa política e dar bons exemplos em suas gestões.

“O partido, depois de ter deixado a Presidência da República em 2002, nos últimos 14 anos vem demonstrando coerência, vem se posicionando em favor de um Brasil diferente e melhor, e vem estruturando suas bases, com a filiação de lideranças comprometidas com esses propósitos e também identificadas com o projeto do PSDB de ser um partido próximo das pessoas, um partido identificado com práticas administrativas baseadas na eficiência e na honestidade, e mais do que isso, um partido que se identifica com a reivindicação da sociedade de fazermos o Brasil viver um desenvolvimento autossustentável”, afirmou.

“Graças a tudo isso, nessas eleições finalmente colhemos resultados eleitorais muito expressivos. Finalmente, a sociedade compreendeu o discurso do PSDB e confiou nos seus líderes. Agora, vamos trabalhar para corresponder a essa confiança. Sempre pensando primeiro no povo e no país, fazendo a política honesta e valorizando o partido como instituição democrática, e não como mecanismo de promoção pessoal”, acrescentou o parlamentar.

Derrocada do PT

Em contraponto à vitória do PSDB nas urnas, o Partido dos Trabalhadores saiu destas eleições municipais como o grande perdedor. A legenda dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva saiu derrotada em todas as sete disputas em que concorreu no segundo turno. O PT também perdeu 15 grandes cidades e, dos 92 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores, conseguiu eleger seu prefeito em apenas um: Rio Branco, capital do Acre.

O partido viu ainda a sua influência direta diminuir drasticamente. Há quatro anos, a sigla chegou a governar 27 milhões de eleitores. A partir de 2017, deverá administrar municípios cuja população somada chega a apenas cerca de 4 milhões de eleitores.

Considerados os escândalos a que o PT foi submetido por suas principais lideranças, com o impeachment de Dilma Rousseff por crime de responsabilidade e o envolvimento do partido em esquemas de corrupção – como o mensalão e o petrolão, além dos erros de gestão que levaram o Brasil à sua pior crise na história – o senador Paulo Bauer avaliou a derrocada do partido como um processo natural, causado pela insatisfação da população brasileira com os rumos tomados pela legenda.

“É natural que o PT desapareça da vida política brasileira como partido de expressão, porque o PT é um partido que se identifica com má gestão, incompetência e corrupção, coisas que o brasileiro quer definitivamente sepultar do cenário político e institucional do país”, completou o tucano.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Globo.

“Vitória do Brasil”, análise do ITV

Foto: José Cruz/Agência Brasil 04/09/2014- Brasília- DF, Brasil- O presidente do TSE, Dias Toffoli, conclui a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro.

Os resultados das eleições municipais concluídas no domingo expressam uma considerável mudança de rumos no país. Os brasileiros foram às urnas dizer que querem novas formas de fazer política, a recuperação de valores que vinham esquecidos nos últimos tempos e a prevalência do interesse público sobre projetos partidários de poder, pondo fim ao que foi a marca das gestões do PT.

Das eleições, o PSDB emergiu como o principal vitorioso nas escolhas de prefeitos e vereadores. Ontem, o partido venceu em 14 dos 19 municípios onde concorreu neste segundo turno.

Entre as capitais, triunfou em 5 das 8 onde disputou neste domingo: Belém, Maceió, Manaus, Porto Alegre e Porto Velho. Elas se juntam a São Paulo e Teresina, o que perfaz total de sete capitais sob gestão tucana a partir de 1.° de janeiro de 2017. O partido manteve as quatro capitais que havia conquistado em 2012.

No cômputo total, o PSDB tornou-se vencedor em 803 municípios brasileiros nestas eleições, o que representa alta de 16% em relação aos resultados de 2012. Foi o melhor desempenho desde 2004.

Nestas 803 localidades vivem 48,8 milhões de pessoas. Ou seja, praticamente um em cada quatro brasileiros estarão sob governos do PSDB a partir de janeiro de 2017. Nenhum outro partido terá tamanha população sob a sua responsabilidade. O partido também vai administrar orçamentos que somam R$ 166,2 bilhões.

No grupo das 92 cidades com mais de 200 mil eleitores, o PSDB sagrou-se vencedor em 28, praticamente um terço. Neste segundo turno, os 19 candidatos tucanos obtiveram 4,1 milhões de votos. Na primeira rodada, os tucanos que disputaram prefeituras haviam recebido 17,5 milhões de votos.

Num balanço geral, os resultados das eleições municipais demonstram que, na primeira oportunidade em que o eleitorado pôde escolher seus governantes depois de encerrado o ciclo do PT, escolheu massivamente o PSDB.

O partido de Lula, Dilma e José Dirceu sai destas eleições praticamente dizimado. Ontem, foi derrotado em todos os sete segundos turnos de que participou; no cômputo geral, viu seu espectro de poder municipal baixar de 638 para 254 cidades.

Com os votos dados nestas eleições, os brasileiros expressaram, de forma inequívoca, confiança no modo tucano de governar e fazer política, consolidando uma tendência e uma ideologia que vêm se fortalecendo desde as eleições presidenciais de 2014.

Os 803 tucanos eleitos pelo Brasil afora têm agora a responsabilidade de honrar o voto depositado nas urnas, ajudar o Brasil a reconstruir sua trajetória e superar a destruição patrocinada pelo PT. Há todo um país à espera de novos e melhores caminhos. Mãos à obra.

“A Grande Vitória é minha cidade”, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

luiz-paulo-foto-george-gianni-psdb-2-2-460x307Artigo publicado em A Gazeta – 31/10
Aconteceu comigo, mais uma vez, na semana passada em Brasília. Um jovem de terno me abordou num restaurante, reconheceu-me como ex-prefeito de Vitória, apresentou-se e disse simpaticamente: “Também já morei em Vitória quando trabalhava na Vale. É uma cidade espetacular!”. Depois de explicar minhas razões para não disputar as eleições de 2016 perguntei onde meu novo amigo morou em Vitória. “Em Manguinhos”, disse ele.

O jogo do Flamengo será no estádio Kleber Andrade em Cariacica na Grande Vitória e a Vitória Stone Fair no pavilhão de exposições de Carapina , na Serra, Grande Vitória. Em Manguinhos, Serra e na Barra do Jucú, Vila Velha , na Grande Vitória, temos um grande carnaval de rua com blocos populares. Em Viana, na Grande Vitória tem uma cervejaria artesanal espetacular.

Imediatamente depois de apurados os votos neste segundo turno, todos os lideres políticos da Grande Vitória, ganhadores e perdedores, deveriam unir-se para um trabalho em conjunto com a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado, que é urgente, suprapartidário e reclamado há pelo menos trinta anos. Implantar um sistema de governança compartilhada na Região Metropolitana da Grande Vitória.

O planejamento urbano, uso e ocupação do solo, atribuição dos municípios não pode mais ser feito de forma independente por cada municipalidade na região metropolitana. O transporte coletivo metropolitano, o TRANSCOL, o serviço de água e esgoto, a CESAN, a segurança pública, as polícias e a justiça, não podem mais ser administrados pelo governo estadual sem a participação dos municípios. A cooperação administrativa e as parcerias em obras estruturantes não podem ser condicionadas a projetos políticos de partidos ou lideranças.

O Estatuto da Metrópole é uma lei federal recente (2015) que dá diretrizes precisas para este novo desenho institucional e também estabelece prazos para que seja implantada, inclusive com previsão de penalidades para os governos estaduais e prefeituras que não os cumprirem.

A crise fiscal do Brasil se reproduz nos níveis subnacionais, estados e municípios, com cores ainda mais berrantes. Reinventar o Estado, reduzir custos e burocracia, despolitizar e profissionalizar a gestão da máquina pública, aumentar a eficiência dos serviços e investir com prioridades claras e com continuidade. Banir a demagogia e o clientelismo, pois, só assim, o setor público ganha respeito e força moral na sociedade. É esta a nossa agenda.

A Grande Vitória é nossa capital e a minha cidade.

Luiz Paulo Vellozo Lucas é ex-prefeito de Vitória, ex-presidente nacional do ITV e membro da Executiva Estadual do PSDB ES.