O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, em entrevista coletiva, fala sobre o posicionamento dos produtores diante do agravamento da crise política e econômica do país (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) engrossou o movimento pela saída da presidente Dilma Rousseff. Em comunicado oficial, a entidade comunicou o seu apoio formal ao processo de impeachment em tramitação no Congresso Nacional.
Em entrevista à imprensa, o dirigente da CNA, João Martins, cobrou um pacto nacional pela recuperação do país e enfatizou que o “Brasil está vivendo uma gravíssima crise originada por reiterados erros de política econômica e pelo colapso fiscal promovido pela ação do atual governo”. A CNA é ligada à ministra Kátia Abreu (Agricultura), presidente licenciada da entidade, que foi criticada por Martins.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo, o diretor afirmou que a ministra se afastou do “produtor rural ao continuar a defender um governo que a cada dia mais está se desintegrando”.
Martins criticou ainda o ato recentemente realizado o Palácio do Planalto em que dirigentes de movimentos sem-terra defenderam o governo Dilma e fizeram ameaças aos opositores. “Fomos surpreendidos com o evento no Palácio do Planalto em que se pregou a violência e, dias depois, o ministro da Justiça (Eugênio Aragão), em vez de recriminar, defendeu os movimentos como legítimos porque apoiam o governo”, afirmou o presidente interino da CNA em referência à convocação do secretário de Administração e Finanças da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Aristides Santos, para “ocupações” de terras de parlamentares ruralistas, chamados por ele como a “bancada da bala” do Congresso, com forma de evitar o impeachment.