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Concessões na Petrobras são “recomeço de ajuste necessário para corrigir erros do PT”, afirma Luiz Paulo

luiz-paulo-vellozo-lucas1-george-gianni-1-460x307-300x200Brasília (DF) – A Petrobras anunciou na semana passada a venda de participações em campos de petróleo do pré-sal e duas usinas térmicas para a francesa Total, como parte de um acordo de cooperação entre as duas companhias. A operação tem o valor estimado de US$ 2,2 bilhões. Desse total, cerca de US$ 1,6 bilhão entrarão no caixa da estatal nos próximos 60 dias. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quinta (22).

De acordo com a reportagem, os recursos serão contabilizados na meta de desinvestimentos da empresa para o período entre 2015 e 2016, que é de US$ 15,1 bilhões. Com o acordo firmado, a arrecadação com venda de ativos chegou a US$ 13 bilhões.

Para o ex-prefeito de Vitória (ES) Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB), a medida é o começo de um processo de ajuste destinado a corrigir os erros cometidos pelos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

“O setor de petróleo e gás no Brasil – e a Petrobras mais particularmente – está iniciando o processo de mudança com o intuito de corrigir todos os equívocos cometidos pelo PT. A estratégia utilizada nesse setor no governo passado foi o maior erro de política econômica da história recente do país. Mas, a partir do impeachment, a partir do governo Temer e da nova administração da Petrobras, com o Pedro Parente e toda gestão profissionalizada, os resultados já estão chegando”, explicou.

Em entrevista, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que a empresa trabalhará “até o dia 31 de dezembro” para cumprir a meta. Essa é a segunda grande operação envolvendo negócios no pré-sal anunciada este ano. Em julho, a estatal informou a venda do Campo de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, por US$ 2,5 bilhões para a norueguesa Statoil.

Recuperação de investimentos

Na avaliação do ex-prefeito, apesar de as mudanças estarem no início, a iniciativa da empresa é “boa” e faz parte do ajuste para gerar caixa, recuperar a capacidade de investimento e corrigir os erros cometidos anteriormente.

“Os prejuízos da Petrobras e do Brasil foram incomensuráveis. Apesar disso, a gente pode ver os avanços na própria recuperação do preço das ações da Petrobras, no retorno do interesse dos investidores internacionais a voltarem a investir no setor de petróleo e gás do Brasil, que voltará a ser atrativo e rentável, assim que todos esses erros forem corrigidos”, afirmou.

Segundo a reportagem, o acordo com a Total prevê a venda de fatias em duas áreas que estão entre as mais promissoras do pré-sal na Bacia de Santos. No primeiro, a Petrobras repassará para a Total 22,5% da concessão de Iara, que tem três campos.

Após a operação, a estatal fica com 42,5% do negócio. No segundo bloco, a Total ficará com 35% do campo de Lapa, que entrou em produção esta semana. A Petrobras manterá uma participação de apenas 10%.

Projeto

O tucano citou ainda a importância do projeto de lei do ministro das Relações Exteriores, José Serra, sancionado no último dia 30, que desobrigou a Petrobras de ser a única operadora do pré-sal.

“O projeto foi muito significativo porque o setor de petróleo exige vultosos investimentos, tempos longos de retorno, alta densidade tecnológica e a Petrobras sozinha é completamente incapaz – não por incompetência – mas ninguém é capaz de fazer frente a investimentos dessa complexidade sozinho”, completou.

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