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“Confiança”, por Luiz Paulo Vellozo lucas

luiz_paulo__0432939c17“A confiança nas instituições é a chave para o sucesso das nações.” Assim começa o documento do PSDB  iniciando uma reflexão sobre se podemos, ou não,  considerar o Brasil de hoje uma nação de sucesso. Com dez por cento de todos os homicídios cometidos no planeta, sem ter nenhuma universidade entre as melhores 200 do mundo, patinando em todos os rankings de crescimento econômico, poupança e investimento, assistindo o retorno de uma agenda macroeconômica que se julgava superada com inflação, desordem fiscal e insegurança quanto ao futuro, não somos hoje, definitivamente, um exemplo de nação de sucesso.

Com o estado capturado por interesses específicos organizados vinculados a grupos políticos, econômicos e corporações, consequência imediata do processo de cooptação empreendido pelo atual governo, assistimos uma continua e progressiva deterioração da credibilidade das instituições. A democracia representativa, a política, a justiça, as polícias e as autoridades constituídas encontram-se hoje   em profunda crise de legitimidade. Um fosso abissal separa a sociedade dos representantes do poder vistos como responsáveis pelos males da ineficácia do estado e dos privilégios usufruídos pela elite dirigente.

A construção de um ambiente de confiança nas instituições é um processo conhecido dos brasileiros. Foi assim com o Plano Real. Durante dez anos foram lançados sete planos de estabilização baseados em congelamento e controle de preços. Todos fracassaram. Com o Real a conversão `a nova moeda era voluntaria e a construção de  “mercados saudáveis” se faria por uma pedagogia continuada sobre o funcionamento dos ambientes econômicos com “preços livres e estáveis”.   O código de defesa do consumidor e o sistema nacional de defesa da concorrência substituíram a SUNAB, o CIP e os controles de preços. Regras claras e estáveis de alinhamento com os preços internacionais foram sendo implantados para balizar o funcionamento dos setores regulados pelo estado e assim o Brasil entrou para o time dos países capazes de emitir uma moeda soberana estável e confiável. Contratos de longo prazo e mercados de credito surgiram e cresceram expandindo a economia, a renda, os empregos e a receita publica.

A moeda é a principal instituição de uma economia de mercado, é o tijolo com o qual se edificam as condições materiais de vida das  populações que participam numa estrutura de produção e consumo de bens e serviços monetizada. A riqueza liquida dos brasileiros é hoje quinze vezes maior do que no tempo em que não tínhamos uma moeda estável.

É esse o caminho que temos que percorrer.

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