Pela sétima semana consecutiva, os analistas entrevistados no Boletim Focus, relatório feito semanalmente pelo Banco Central, pioraram as expectativas para a economia brasileira em 2016. De acordo com a média das estimativas, o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o ano com queda de 3,5% – a última previsão indicava retração de 3,45%. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi revisada, passando de 7,57% para 7,59%, de acordo com informações de matéria publicada pelo jornal O Globonesta terça-feira (8). Para o deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO), as análises que preveem resultados negativos para a economia do país resultam da falta de credibilidade do governo de Dilma Rousseff.
“Tanto o Boletim Focus, que é altamente especializado, como o mais simples cidadão brasileiro, estão com prognósticos muito parecidos, porque todos já viram que esse governo que está aí não tem credibilidade nenhuma. O processo não é só de inflação e de carestia, não é só de desinvestimento, é também de retração e de depressão, o que não faltam são indicadores ruins”, destacou o parlamentar.
Na visão de Vecci, que também é economista, o governo deveria dialogar com diferentes setores da sociedade para tentar tirar o país da crise, o que não acontece na gestão de Dilma.
“Para sairmos dessa situação, é preciso de um governo que tenha o mínimo de condições de chamar os atores principais do nosso país, quer seja o setor empresarial, os parlamentares, os governadores, a sociedade organizada, e propor um diálogo no sentido de discutir pontos que sejam fundamentais para o país sair do marasmo em que está. O governo do PT está fazendo é o contrário. Ele está fracionando ainda mais o país com essa política de nós versus eles”, criticou o tucano.
A Bolsa de Valores demonstrou que o mercado respondeu positivamente à condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor aos investigadores da Operação Lava Jato. Diante da valorização do real frente ao dólar nos últimos dias, os analistas mudaram de R$ 4,35 para R$ 4,30 as estimativas sobre a cotação da moeda norte-americana no final do ano.
Já para o ano que vem, os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a projeção para o IPCA em 6%, que é o teto da meta da inflação para 2017. As expectativas em relação à taxa básica de juros (Selic) também não foram alteradas e continuaram em 14,25%.