Nesta sexta-feira, 25 de julho, é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. A data remete a sociedade, mais uma vez, debater a respeito da discriminação racial no Brasil, que recai fortemente sobre a mulher negra.
A presidente do PSDB Mulher-ES, a vereadora de Cariacica Ilma C. Siqueira, lembra que a mulher negra sofre dupla discriminação: por ser do sexo feminino e por ser negra.
Na avaliação da vereadora, a falta de leis mais rígidas fortalece as práticas discriminatórias que ocorrem no mercado de trabalho e na vida cotidiana da mulher negra.
“Muitas mulheres que são discriminadas acabam nem buscando ajuda porque sabem que as leis são fracas demais. Se vão à Justiça, em boa parte das vezes acabam não encontrando a proteção que necessitam, e continuam sofrendo preconceito e violência”, afirmou.
Um estudo do DIEESE que mostrou série de indicadores sobre a mulher negra revelou, dentre outros dados, que salários das mulheres negras são quase a metade do salário das não-negras e inferior em cerca de 10% do salário do homem negro.
“Infelizmente, o preconceito impera e está todas as classes sociais. Mulheres negras médicas, policiais, professoras, políticas, advogadas e de diversas áreas muitas vezes são desrespeitadas. Para aquelas de baixo poder aquisitivo, então, é bem pior”, concluiu Ilma.