O deputado Max Filho cobrou do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, providências para estimular a formação de médicos no Brasil. Segundo ele, são formados anualmente 90 mil pessoas na área de direito e apenas 9 mil médicos, número insuficiente para as necessidades do País, que importou médicos de Cuba. O questionamento foi feito durante audiência pública na Comissão de Educação, com a presença de Mercadante.
O ministro da Educação informou que vem adotando medidas para expandir o número de vagas nas escolas de medicina. Segundo ele, já foram abertas 1,7 mil novas vagas e que a expansão de vagas deve chegar a 3 mil até 2017. Mercadante disse que o Brasil passou vários anos sem abrir novas vagas em curso de medicina.
Mercadante reconheceu que o Brasil é o campeão mundial em cursos de direito, e informou que 80% dos formados não se tornam advogados. Ele disse que fechou 200 cursos por falta de qualidade, em sua passagem anterior pelo MEC. “Se não tem qualidade, não pode existir”, disse. A preocupação com a qualidade é maior ainda nos cursos de medicina. Por isso, segundo ele, o Ministério adotou regras rigorosas para a abertura de novos cursos.
Max Filho quis saber também a opinião do ministro sobre a proposta de emenda constitucional 395/2014, que autoriza as instituições públicas de ensino a cobrar pelos cursos de pós-graduação lato senso (cursos de especialização, de treinamento e aperfeiçoamento). O ministro declarou apoio ao projeto em tramitação na Câmara: “Por que o profissional não pode pagar pela especialização?” Ele ressaltou, porém, que a gratuidade deve ser mantida para mestrado e doutorado.