Brasília (DF) – Após mais de um ano em 14,25%, a taxa básica de juros, a Selic, pode finalmente cair. Segundo o ministro das Relações Exteriores José Serra, existem condições favoráveis na economia para isso. Durante a cúpula dos Brics, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o tucano disse acreditar que a aprovação da PEC que limita um teto para os gastos públicos, aliada à desaceleração dos preços, poderia favorecer a redução dos juros nos próximos meses.
“Eu acho que cabe, sim, redução dos juros nos próximos meses. Vai acontecer isso, dada as condições atuais da redução da inflação”, afirmou Serra. As informações são de reportagem publicada nesta segunda-feira (17) pelo jornal O Globo.
O ministro também destacou que o investimento privado e a multiplicação dos acordos comerciais são condições fundamentais para o crescimento brasileiro.
“Temos que atrair mais investimentos, temos que gerar mais empregos. Temos que aumentar mais as receitas governamentais. É isso que precisamos fazer: atrair investimentos. Também dentro da economia doméstica. Não é só de fora. Agora, não vai haver crescimento do emprego, da renda e da receita, se não houver investimento”, disse.
Em encontro paralelo à cúpula dos Brics, que terminou neste domingo (16) na Índia, o presidente Michel Temer fez um discurso exaltando a atração de investimentos. Aos empresários presentes, Temer disse que encontrarão no Brasil um país com estabilidade política, respeito aos contratos e grande mercado consumidor. O presidente também ressaltou que as agências reguladoras brasileiras voltaram a funcionar, e que o governo está empenhado em fazer reformas que trarão de volta o crescimento e o emprego.
Já em reunião restrita dos líderes dos Brics, Temer avaliou que o caminho para o Brasil sair da crise passa necessariamente pela responsabilidade fiscal.
“Responsabilidade fiscal é, para nós, um dever maior e tarefa urgente. É dever maior porque, sem ela, põem-se em risco os avanços sociais do Brasil. É tarefa urgente porque o desarranjo das contas públicas é a principal causa da crise que enfrentamos”, completou.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Globo.