O combate ao mosquito Aedes aegypti requer investimentos maciços, mas o governo vem fazendo “cortes irresponsáveis nos recursos destinados às políticas de prevenção e controle de doenças”, denunciou o deputado Max Filho. “É preciso que o combate ao mosquito seja enfrentado como se fosse uma guerra, e lamentavelmente o governo brasileiro e o governo de pelo menos 17 estados cortaram recursos do orçamento do ano passado comparado com o ano anterior”, disse ele em pronunciamento no Plenário da Câmara, nesta terça-feira (23/02).
“Nós estamos estarrecidos com o crescimento da zika, da dengue e do chikungunya no Brasil”, comentou. Citando informações dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, Max Filho disse que os repasses da União aos municípios, para vigilância epidemiológica caíram de R$ 1,56 bilhão para R$ 1,41 bilhão, entre 2013 e 2015. De acordo com os jornais, o Distrito Federal e 17 estados também cortaram recursos para combate ao mosquito.
Os casos de microcefalia associados ao zika vírus chegaram a 3.893, outros 16 mil registros são previstos pela Fiocruz ainda neste ano e o número de cidades com epidemia de dengue aumentou 322%. Mesmo com os números alarmantes, o governo Dilma reduziu pela metade a verba extra repassada pelo Ministério da Saúde às prefeituras para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. A verba se refere ao piso variável de vigilância em saúde, recurso adicional do governo federal destinado a estados e municípios para ações de prevenção e promoção de saúde, o que inclui medidas de erradicação do Aedes.