PSDB – ES

“Pacote de bondades” a ser anunciado por Dilma é “jogada de marketing” para desviar o foco do impeachment, diz líder

antonio-imbassahy-foto-psdb-na-camara1-460x307Brasília (DF) – Na iminência de ser afastada do cargo no próximo mês, a presidente Dilma Rousseff prepara medidas, classificadas como “pacote de bondades”, que devem ser anunciadas no Dia do Trabalho, 1º de maio. Tentando buscar a reaproximação da base eleitoral, a petista pretende pedir o reajuste da tabela do Imposto de Renda na Fonte e conceder aumentos para o Bolsa Família, entre outras ações. O Tesouro Nacional, no entanto, avaliou que não há “espaço fiscal” no Orçamento para esse tipo de iniciativa.

De acordo com o órgão, a situação das contas públicas, com os rombos recordes em março e no total acumulado do ano, não permite o aumento do valor do benefício. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira (29).

Para o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), por trás do “pacote de bondades”, o verdadeiro interesse da presidente é apenas desviar o foco do impeachment. “Dilma não deseja atender a população brasileira. Aliás, foi assim durante todo seu mandato. O real interesse com essas medidas é criar embaraços para o futuro presidente Michel Temer, no caso de seu possível afastamento”, declarou.

Auxiliares da presidente anteciparam que, apesar das restrições fiscais, Dilma pediu ao Ministério da Fazenda que busque viabilizar pelo menos o aumento do Bolsa Família. No caso do IR, a equipe econômica considera difícil realizar um reajuste da tabela agora.

O tucano avaliou a tentativa de Dilma como uma “irresponsável jogada de marketing”. “É típico do petismo esse tipo de atitude desesperada. Tenho certeza, porém, que a população, completamente desacreditada nesse governo, vai entender o que a presidente, que tanto mal causou ao país, realmente deseja”, afirmou.

Ainda segundo a reportagem, a visão do Ministério da Fazenda indica que esse tipo de iniciativa não prospera diante da situação fiscal. Além de o Tesouro acreditar na impossibilidade do reajuste, o ministro Nelson Barbosa disse que, se a nova meta não for aprovada pelo Congresso, o governo terá que fazer novo contingenciamento no Orçamento deste ano.

Ver mais