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“Qual é a agenda do Brasil?”, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

Luiz-Paulo-Vellozo-Lucas1-George-GianniCurto e longo prazos

O Brasil tem uma agenda de curto prazo, fundamentalmente centrada no ajuste econômico e fiscal no país, necessidade criada pela desorganização causada pelas políticas lulo-dilmistas desde o segundo mandato do presidente Lula (2007-2010), e uma agenda de longo prazo, da qual o governo petista não tem a menor ideia do que seja.

Para eles o longo prazo se reduz a ficar no poder o máximo de tempo possível, se locupletando e distribuindo migalhas aos pobres, alguns benefícios à classe média e benesses aos amigos muito ricos.

O problema da agenda de curto prazo é que o governo Dilma não tem apoio político e social para operar o ajuste, não tem um mapa de viagem de onde quer chegar e não acredita nas medidas propostas pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, colocados lá para salvar Dilma e Lula de si mesmos.

No longo prazo precisamos tratar de uma série de questões para o país. Essas questões devem ter por objetivo promover o desenvolvimento econômico sustentável do país. Aqui, um parentêses para evitar a demagogia lulo-petista, é importante destacar que o desenvolvimento é a condição necessária para podermos promover “pari passu” e na sequência (um momento duplo, enquanto o bolo cresce e depois que cresceu, para lembrarmos da expressão de Delfim Netto) condições de vida e desenvolvimento pessoal para os cidadãos do país.

A agenda do Brasil

Questões chaves para o desenvolvimento de longo prazo são, ao meu juízo, a educação; infraestrutura; tecnologia; estrutura tributária; previdência social; eficiência e gasto do setor público; capacidade de poupança; mercado de trabalho; abertura da economia ao comércio internacional; competição, desenvolvimento de negócios e empreendedorismo e transparência institucional e incerteza jurídica.

Sobre isso, infelizmente, o governo nada tem à dizer à sociedade brasileira. Só platitudes ou remendos. Enquanto isso, o país vai perdendo oportunidade histórica de desenvolvimento e enfrentando grave crise econômica, política e social.

Precisamos de um arranjo político institucional que tenha capacidade, interesse e competência para levar esse projeto de desenvolvimento adiante, nesse governo, temos certeza, isso não irá acontecer.

Luiz Paulo Vellozo Lucas, ex-presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e presidente do BANDES

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