Quando milhões de jovens saíram às ruas em junho para protestar contra as injustiças e desigualdades que afetam o País, clamores que pediam uma educação pública de qualidade ecoavam na multidão.
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) feita com jovens de todo o Brasil e divulgada recentemente revelou que o maior desejo dos entrevistados é ter acesso a um direito básico: educação de qualidade.
O resultado da pesquisa, na avaliação do presidente do JPSDB-ES, Armando Fontoura, vai de encontro às expectativas frustradas dos jovens. “É fácil compreender que o maior desejo dos jovens é ter uma educação de qualidade. É nessa fase da vida que a pessoa tem a missão de se qualificar para conquistar o tão disputado mercado de trabalho. Mas, em contrapartida, se depara com um serviço público frustrante. As universidades federais estão sucateadas, as particulares não são fiscalizadas devidamente”, opinou.
Para Fontoura, a qualidade da educação deve começar pelo ensino básico. “O governo federal vem com esse falso discurso de universalização do ensino superior, mas de que adiante se há uma defasagem imensa nos ensinos fundamental e médio? Queremos um ensino no padrão Fifa. Foi por isso também que fomos às ruas em junho. Essa gestão petista tem que parar de inchar a máquina pública com inúmeros cargos e ministérios para investir mais nas pessoas”, concluiu Armando.
Em seu novo artigo, publicado ontem em jornais de todo o País, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu, dentre outros pontos, a permanência do jovem na escola.
“O ensino médio, ponto nevrálgico na vida de milhões de brasileiros, deve ser reorganizado, com novos planos de formação, currículos e conteúdos. Mais do que nunca é necessário trazer a educação para o século 21, investindo em tecnologia, qualificação de professores e processos pedagógicos atraentes”, afirmou Aécio Neves.