Brasília (DF) – A forte recessão causada pelo fracasso do modelo econômico dos governos do PT tem rendido às grandes empresas brasileiras prejuízos bilionários. Além dos resultados operacionais ruins, seja por retração do mercado ou pela queda dos preços, companhias como Petrobras, Vale, Gerdau, Usiminas e BM&F, por exemplo, efetivaram baixas contábeis em 2015 que somam R$ 94 bilhões, o equivalente a US$ 26 bilhões.
Especialistas ouvidos em reportagem desta sexta-feira (01/04) do jornal O Globo avaliaram que as baixas divulgadas pelas cinco empresas são bastante expressivas e exemplificam a profundidade do dano causado pelo governo à economia. Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo, o lucro acumulado das 294 empresas de capital aberto na Bolsa de Valores em 2015, segundo levantamento da consultoria Economática, somou R$ 107 bilhões. São apenas R$ 13 bilhões de diferença.
“Quanto mais a crise se prolongar, mais baixas contábeis as empresas vão contabilizar, pois o desempenho negativo das companhias se reflete diretamente na perda de valor de seus ativos”, disse ao jornal o coordenador do laboratório de Finanças do Insper, Michael Viriato.
Impactada pelo avanço das investigações da Operação Lava Jato, que revelou um grande esquema de corrupção dentro da empresa, a Petrobras foi a companhia que contabilizou a maior baixa contábil entre as empresas de capital aberto: R$ 49 bilhões. Também contribuiu para o declínio da empresa a perda do grau de investimento decretada pelas agências de classificação de risco Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch.
A Petrobras já registrou baixas contábeis de mais de R$ 90 bilhões a partir do início das investigações. “Desde que começou a Lava Jato, as baixas contábeis da Petrobras têm surpreendido o mercado. Nunca se sabe o valor que pode sair”, completou o coordenador do Insper.