
O relator da reforma tributária, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), informou nesta segunda-feira (14) que vai apresentar na próxima semana o texto preliminar das novas regras do sistema de arrecadação de impostos. Nesta terça-feira (15), às 14h, o tucano vai expor os principais pontos da proposta durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara (CFT). Segundo ele, os principais objetivos da medida são simplificar, desburocratizar e tornar mais justo o sistema tributário.
PALESTRAS PELO PAÍS
A proposta do tucano é resultado de uma série de negociações e conversas que estão sendo feitas desde dezembro. O tucano já realizou 65 palestras em todo o Brasil, ouviu os mais diversos setores, além de parlamentares, prefeitos e governadores. Inicialmente, uma minuta, com o texto preliminar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) será colocada no site da Câmara (www.camara.leg.br) para consulta popular. Enquanto novas contribuições poderão ser feitas pela sociedade, o tucano dará continuidade às discussões dos projetos de lei que regulamentam a emenda após aprovada.
Para ele, essa deve ser a principal pauta do Congresso no segundo semestre. “Os objetivos são simplificar, desburocratizar, acabar com a guerra fiscal, diminuir o peso da tributação para as famílias de baixa renda, zerar o imposto de comida e remédio e, para o desenvolvimento industrial, zerar o de máquinas e equipamentos. É uma proposta para dar poder aquisitivo ao mais pobre e fazer o Brasil crescer e gerar os empregos perdidos, além de trazer o progresso para a população brasileira”, explicou o deputado.
TURBINANDO O CRESCIMENTO
Em entrevista ao jornal “Zero Hora” publicada nesta segunda, Hauly garantiu que a reforma tributária será a mola propulsora do crescimento econômico nacional. Segundo o deputado, prefeitos, governadores e até o presidente da República estão de acordo com a proposta. A proposta visa alterações profundas no atual sistema. O parlamentar propõe a criação do Imposto de Valor Agregado (IVA), que incidiria sobre o consumo de qualquer produto e serviço, e de um imposto seletivo, voltado a produtos específicos, como combustíveis, energia e transportes.
Ambos teriam regras e alíquotas padronizadas por lei federal, com arrecadação centralizada. O IVA substituiria, entre outros impostos e contribuições, o ICMS, que hoje é cobrado pelos Estados e regido por 27 legislações diferentes.
Ao jornal gaúcho, Hauly ressaltou que, da forma como é hoje, o sistema tributário impede que as empresas brasileiras sejam competitivas e gerem empregos. “Isso precisa mudar. É o único jeito de consertar o país”. O deputado reforçou que não haverá aumento da carga tributária e que União, Estados e municípios serão sócios nos três principais impostos do país: o IVA, o seletivo e o Imposto de Renda, que seguiria como é hoje. Percentualmente, a arrecadação de cada ente continuaria igual.
* Do Portal do PSDB na Câmara