Convido as mulheres a participarem das convenções do PSDB, da vida partidária como um todo e do processo eleitoral que se aproxima. A vida política brasileira só vai melhorar com ampla participação feminina. Venham, atuem no partido, ajudem nas decisões, sejam protagonistas desta história que só tem a melhorar com a participação de vocês.
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Incentivar e contribuir para uma participação mais ampla das mulheres na política são ações já adotadas pelo Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB. E o resultado não poderia ser mais positivo: ao todo, a participação feminina na coligação do partido para a Assembleia Legislativa resultou em quase 28 mil votos, a maior entre todos os que disputaram as eleições de 2018 no Espírito Santo. Um número essencial para que a agremiação conseguisse eleger três nomes para a Casa.
Apenas para medir o tamanho desse sucesso, outras grandes siglas não conseguiram tão ampla votação nas mulheres que foram candidatas no pleito de 2018. PT (quase 25 mil), PMN (quase 24 mil), PROS (quase 20 mil), PSOL (pouco mais de 19 mil), MDB (quase 19 mil), PDT (15,6 mil), PTC (quase 14 mil), PRB (quase 13 mil), PSB (pouco mais de 5 mil), PP (5,7 mil), PPS (4,5 mil) e PSL (quase 3 mil).
Para a vereadora Neuzinha de Oliveira, presidente do PSDB Mulher, o resultado eleitoral é fruto do bom trabalho do partido com as mulheres. “Meu maior desafio foi conscientizar e incentivar as mulheres na participação da política, seja disputando um cargo eletivo ou votando em mulheres. Acredito que este resultado está diretamente relacionado ao trabalho que fizemos de norte a sul do Estado”, disse.
A expectativa da vereadora para as próximas eleições é ampliar estes números, uma vez que as ações voltadas para o gênero serão cada vez mais frequentes. “Com o fim do processo eleitoral, reassumo minhas prerrogativas de presidente e continuarei trabalhando o PSDB Mulher por todo o Espírito Santo”, afirmou.

Apesar dos diversos avanços conquistados nas últimas décadas, as mulheres ainda enfrentam grandes desigualdades de gênero no cotidiano, a começar pela remuneração. O salário médio feminino no Brasil, de R$ 1.947, corresponde a apenas 76% do masculino, de R$ 2.517. Segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Locomotiva, se os salários fossem equiparados, as mulheres injetariam R$ 484 bilhões a mais por ano na economia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Realizado em setembro, o levantamento mostra como os brasileiros enxergam três pontos: as mulheres brasileiras, as desigualdades cotidianas e a participação feminina na política. A pesquisa revelou também que, nos últimos anos, as mulheres impulsionaram as principais transformações no Brasil.
Para a vereadora e candidata a deputada estadual Cristina Lopes (PSDB-GO), o cenário ainda é muito dramático para as mulheres e reflete a necessidade de uma participação e representatividade cada vez maior e mais efetiva do sexo feminino na política.
“Precisamos trabalhar muito e termos mais mulheres no poder porque é no exercício da política que se tomam as decisões, inclusive relacionadas à igualdade de salários. Nós, mulheres, precisamos manter essa vigilância constante e reagir”, afirmou.
Segundo a tucana, os dados revelados pela pesquisa apenas constatam uma realidade sentida no dia a dia pelas mulheres brasileiras.
“As pesquisas são claras, a constatação é diária, o cotidiano nos coloca em um salário muito inferior. A tomada de reação e decisão parte de nós, mulheres. A pressão tem que ser feita por nós. A não aceitação dessa desigualdade parte do campo individual para o coletivo”, completou.
Os dados da pesquisa refletem o protagonismo inédito que as mulheres assumiram no Brasil do ponto de vista econômico e social, mas também indicam que o caminho para a igualdade de gênero passa por políticas de igualdade. No Brasil, as mulheres representam 52% do eleitorado e 44% da população economicamente ativa, mas ainda assim têm uma participação pequena na política: compõem apenas 10% do parlamento federal.
Essa baixa representação – admitida por 94% das mulheres que disseram não se sentir representadas pelos políticos em exercício – não tem relação com um suposto desinteresse feminino em relação à política: 76% das entrevistadas concordam que seu voto pode fazer a diferença no país, 72% afirmam se interessar em algum grau por política e 95% acreditam que deveria haver maior participação feminina nas esferas de poder.
A vereadora chamou atenção ainda para o cenário político atual e a quantidade de apoiadores de candidatos que invisibilizam, entre outras causas, a equiparação salarial entre homens e mulheres.
“É incompreensível o crescimento de um candidato que defende a diferença salarial para homens e mulheres para o mesmo cargo, mesmo desempenho. Estou assustada de ver as manifestações favoráveis a candidaturas que defendem esse absurdo. Nós, mulheres, precisamos reagir a isso urgente”, destacou.
Reportagem Clarissa Lemgruber/PSDB