A violência contra as mulheres é um dos problemas mais graves que o Brasil enfrenta na área da segurança e que afeta mulheres, meninas e idosas de todas as classes sociais. No Espírito Santo, a situação é ainda mais problemática, uma vez que o Estado é o campeão de casos de agressões a mulheres.
Hoje é Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher e essa data chama a sociedade para uma reflexão mais ampla sobre o assunto no sentido de que uma série de medidas sejam adotadas, seja por parte das autoridades, da sociedade como um todo e das próprias vítimas.
Na avaliação da ex-deputada federal Rita Camata, uma série de fatores contribui para que a mulher continue sendo vítima.
“O processo cultural onde o machismo continua preponderante, a banalização da vida, a impunidade e a falta de oportunidades oferecidas às mulheres para que elas possam ser inseridas no mercado de trabalho e programas que ofereçam mais segurança para a mulher denunciar são elementos que geram esse quadro deplorável de violência”, analisou.
A vereadora de Cariacica Ilma Chrisóstono critica a falta de estrutura, que não oferece segurança às mulheres que são vítimas de agressão. “Em muitos lugares, elas vão denunciar seus agressores, mas não têm para onde voltar. Na maioria dos lugares, não há nem sequer albergues para acolher essas vítimas. Aqui em Cariacica, onde o índice de violência é alto, eu mesma por várias vezes levei mulheres agredidas para a minha casa”, contou.
Na opinião da vereadora de Atílio Vivácqua, Gessilea da Silva Sobreira, as mulheres precisam perder o medo de denunciar, já que aceitar a violência irá encorajar ainda mais os agressores.
“A mulher ainda não sabe o poder que tem. É preciso denunciar e nunca se calar diante de nenhuma agressão, seja ela física, verbal ou psicológica. É preciso saber exigir os seus direito perante a lei, senão as leis acabam não funcionando”, pontuou.