O vice-governador do Estado e presidente do PSDB-ES, César Colnago, foi o principal convidado da Câmara de Vila Velha, durante a sessão desta quarta-feira (20/12), quando o plenário da Casa ficou lotado de autoridades políticas e de lideranças comunitárias. Esteve presente o prefeito da cidade Max Filho e seu vice Jorge Carreta ambos do PSDB, Jarbas Assis (PSDB) secretario de saúde do município e Wesley Goggi presidente do ITV – Instituto Teotônio Vilela. Todos compareceram ao Legislativo para acompanhar a prestação de contas que Colnago fez aos vereadores, a convite do presidente Ivan Carlini, sobre as realizações e avanços mais expressivos conquistados pelo governo estadual, ao longo de 2017.
Confira a seguir, na íntegra, o discurso de prestação de contas feito pelo vice-governador César Colnago, na Câmara de Vila Velha:
“É sempre um momento de alegria voltar ao município de Vila Velha, não apenas pelo seu povo e pelos parceiros que construímos em nossa trajetória, mas também pela importância desta cidade, cuja história se confunde com a de nosso Estado.
Sabemos da importância e da boa atuação do Poder Legislativo local na condução das políticas públicas tão necessárias à vida do cidadão canela-verde. E queremos continuar contando com a parceria dos senhores vereadores na construção coletiva, feita hoje no Espírito Santo, sob a liderança do governador Paulo Hartung.
A promoção do ajuste necessário para que nosso Estado conseguisse passar pela turbulência econômica começa a apresentar resultados e nossa arrecadação voltou a crescer. Cada dinheiro novo que entrar vai nos permitir melhorar um pouco mais a vida do povo capixaba.
É necessário ter cuidado com as contas públicas, mas acima de tudo, é preciso cuidar das pessoas! Esse tem sido o norte de nossas ações. A reorganização das nossas finanças permitiu manter as contas do Estado rigorosamente em dia. Por isso, os salários dos servidores continuam sendo pagos dentro do mês trabalhado, o tíquete do funcionalismo foi reajustado e ainda concedemos um abono.
O equilíbrio nas contas públicas também nos permitiu a execução de projetos inovadores na área social, como o ‘Escola Viva’, um modelo de educação em tempo integral que coloca o jovem como protagonista na escolha do seu futuro, capaz de projetar e viabilizar a busca por um mundo melhor para si e para sua comunidade. O programa já está ofertando 20 mil vagas para estudantes de várias regiões do Espírito Santo.
Em 2018, além das 17 escolas em funcionamento, vamos agregar mais 15 unidades de tempo integral, totalizando assim 32 Escolas Vivas, em 23 municípios capixabas. E até 2030, serão 300 unidades atendendo todos os jovens capixabas do Ensino Médio.
A ‘Rede Cuidar’, que oferece ao usuário um atendimento mais próximo da sua residência – evitando deslocamentos do interior para a Grande Vitória, gerando redução do tempo de espera e a realização de consultas e exames no mesmo local – presta um atendimento multidisciplinar e humanizado, tornando o serviço altamente resolutivo.
O ‘Pacto pela Aprendizagem’, o ‘OportunidadES’ e o ‘Criança Feliz Capixaba’ também são programas inovadores, que estão proporcionando resultados cada vez mais dignos de reconhecimento público. Mas tenho um carinho todo especial pelo programa ‘Ocupação Social’, que cria a tão sonhada igualdade de oportunidades nas mais diversas áreas envolvidas no combate à violência.
Somente aqui em Vila Velha, vários bairros já são atendidos pelo ‘Ocupação Social’, tais como Barramares, Ulisses Guimarães, Boa Vista, São Torquato e Santa Rita. Já foram quase 2 mil atendimentos nesses bairros em ações como ‘Comunidade Empreendedora’, ‘Edital de Cultura e Arte’, ‘Qualificação Profissional’, e ainda tem mais mil jovens no projeto ‘Campeões do Futuro’ e ‘Fames nas Comunidades’, que leva música para moradores de regiões mais expostas à vulnerabilidade social.
Na área da saúde, entregamos o novo Pronto Socorro do Hospital Infantil, que funciona nas dependências do Hospital da Polícia Militar. No HPM, inclusive, o Governo do Estado anunciou, no começo de dezembro, um pacote de novidades. Ampliamos o atendimento do HPM para oito mil pessoas, entre policiais e bombeiros militares e seus familiares, com 25 especialidades médicas, de segunda à sábado, das 7 da manhã até às 10 da noite.
Aqui em Vila Velha, reabrimos o Pronto Socorro do Hospital Estadual Infantil e da Maternidade de Vila Velha (Himaba) e colocamos o atendimento de urgência e emergência funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana. Até então, o serviço fechava na quinta e só reabria na segunda-feira. A reabertura se tornou possível devido ao novo modelo de gestão hospitalar implantado nessas unidades, garantindo assim mais eficiência na gestão dos recursos.
Estão previstos novos investimentos no hospital, que disponibilizará 180 leitos, aumentando sua capacidade de internação em 27%. Serão abertos mais três leitos de obstetrícia, 10 leitos de saúde mental, 20 leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo), três leitos na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), e dois leitos de Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico.
No Hospital Estadual de Vila Velha, que teve seu Centro de Ortopedia aberto no ano passado, foram realizadas 2.955 cirurgias ortopédicas eletivas entre janeiro e outubro deste ano, uma média de 295 por mês. Com isso, a fila para cirurgia de mão já foi zerada.
Isso tudo nos permite concluir que a situação do Espírito Santo é, sim, diferenciada em relação aos demais estados. É só olhar para os nossos vizinhos e ver que a vida anda dura para todo mundo. Tem estado que servidor ainda não recebeu 13º salário e que está recebendo salários atrasados de forma parcelada. Mas aqui, a situação está melhor. A gestão realizada aqui – que é liderada pelo governador Paulo Hartung – é, sim, motivo de orgulho para o nós e para todo o país.
E aqui em Vila Velha não é diferente. São quatro unidades do Escola Viva no município, que em 2018 vão oferecer mais de 2.300 vagas. E vamos investir em outras áreas. Por meio de um convênio com a Caixa Econômica, por exemplo, vamos investir R$ 500 milhões em obras de macrodrenagem na Grande Vitória. Vamos construir a Estação de Bombeamento do Canal Bigossi, na recuperação do Dique Jucu-Guaranhuns e na conclusão dos acessos da ponte sobre o Canal Marinho.
Junto com o BNDES, também vamos investir R$ 282 milhões em pavimentação e recuperação de rodovias. Vamos pavimentar a ES-388, que liga Xuri a Amarelos, em Guarapari, e vamos recuperar a Ponte da Madalena, na Barra do Jucu.
Na área de segurança, o Governo do Estado tem trabalhado de forma integrada com o município de Vila Velha. Criamos uma nova Companhia Independente da PM para atender aos bairros da Região 5, na Grande Terra Vermelha; entregamos novas viaturas para o policiamento da cidade e também entregamos um novo espaço para o funcionamento da Delegacia da Mulher aqui em Vila Velha.
E não estamos fazendo nenhum favor, porque Vila Velha é a porta de entrada da colonização capixaba e merece uma atenção na área do turismo. Em parceria com o Sebrae, qualificamos empresários e agentes do setor de turismo religioso, criando o projeto ‘Vila das Artes’, que é um sucesso na Prainha.
Ajudamos a realizar, com o apoio do Banestes, o Festival Cultural e Gastronômico da Barra do Jucu, e também pudemos reabrir o Farol de Santa Luzia para visitação pública, depois de 10 anos fechado.
Podemos celebrar as conquistas e continuar enfrentando os desafios, sem medo de ousar. Nossa tarefa é somar esforços, com planejamento, estratégia e metas. Para isso, precisamos fazer as reformas estruturantes que darão estabilidade ao processo econômico brasileiro, fazendo coro com as nossas iniciativas locais.
Temos que lembrar que reforma não é impopular! Impopular é largar o país nessa direção que está. Impopular é deixar a Previdência explodir as contas públicas do país nas próximas décadas. Isso é impopular. O caminho rumo ao futuro deve ser trilhado coletivamente e não podemos esperar que uma única ‘liderança salvadora’ venha nos conduzir aos céus. Essa obra caberá a líderes numa construção coletiva!
Senhores vereadores, autoridades e demais presentes, os especialistas não sabem precisar um prazo certo, mas o fato é que essa crise vai passar e a diferença é quem sai organizado e quem sai desorganizado dela. E eu posso garantir: o Espírito Santo vai sair dessa crise de pé! E vai sair na frente, e mais forte. Aliás, já estamos saindo! Aqui, nós construímos um presente e um futuro melhor para todos os capixabas!
Se o Brasil não atrapalhar, o Espírito Santo vai dar um salto de desenvolvimento nos próximos anos. Digo isso porque existe uma realidade inquestionável: o Brasil foi, para o capixaba, a âncora que, quando foi ao fundo, nos levou junto. Estamos construindo nosso caminho. Entretanto, mesmo que tecnicamente tenhamos saído da recessão, precisamos que o Brasil dê certo!
Por aqui, o Instituto Jones dos Santos Neves já nos garante a saída da recessão. Recentes dados divulgados pelo Instituto apontam crescimento do Produto Interno Bruto na casa dos 3% no terceiro trimestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano passado. A estimativa é de que, este ano, o PIB capixaba ultrapasse o teto de R$ 119 bilhões.
Na agricultura, após a crise hídrica que impactou a produção no Estado, houve recuperação de algumas das principais lavouras. Os maiores avanços foram na produção de café conilon (+18,5%). O volume de vendas do comércio varejista cresceu 13% este ano, em comparação com igual período de 2016. O setor da indústria também dá sinal de recuperação e, em outubro, obteve a quinta melhor produção industrial entre todos os estados brasileiros. Essa melhora no setor privado também traz benefícios aos cofres públicos. Apesar um começo de ano ruim, já obtivemos um crescimento forte na arrecadação de ICMS, que é nosso principal imposto. E não foi apenas em um setor ou outro, mas pulverizado em toda a economia capixaba.
Recentemente, o Espírito Santo recebeu nota máxima do Tesouro Nacional quanto à nossa capacidade de pagamento. O resultado foi alcançado seguindo uma nova metodologia criada pelo Tesouro Nacional, que avalia três indicadores: endividamento, poupança corrente e liquidez. Além do Espírito Santo, apenas o estado do Pará obteve nota ‘A’.
No país, alguns sinais positivos já começam a se apresentar. Entretanto, nossa recuperação não pode ser como ‘vôo de galinha’: pesado e de curta duração. Por isso, essa construção coletiva inclui análise dos números, redução de gastos e priorização de investimentos, sem deixar nossa gente de lado. E, depois deste arrocho todo, temos que continuar unindo esforços para permanecermos seguindo no trilho, no caminho certo, sem afrouxar o cinto. Caso contrário, nossa paralisia pode nos tornar uma outra Venezuela.
Essa crise maluca da economia brasileira não resulta de nada vindo lá fora. Ela é uma jabuticaba, totalmente tupiniquim, brasileira. E o que nos levou a essa crise? Precisamos ter claro que a crise da democracia representativa em nosso país é um hiato de líderes, mas precisamos de nomes que, com responsabilidade, possam tomar atitudes sábias e corretas para sairmos dessa fase tão ruim.
Precisamos criar uma ambiência que propicie ao brasileiro dar as respostas, mas que elas não sejam dadas com o fígado e, sim, com a cabeça. Precisamos de sabedoria para dar as respostas necessárias e preencher esse hiato de nomes e de líderes, para então colocarmos este país no trilho novamente. Se pensarmos com o fígado, corremos o risco de elegermos um ‘Trump’ brasileiro. Agradeço a todos pela atenção e vamos em frente! Obrigado”.
Fonte: Departamento de Comunicação
Câmara Municipal de Vila Velha