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Vinte anos de real, por Luiz Paulo Vellozo Lucas

lp25 de fevereiro de 2014 é o dia do aniversário de vinte anos da aprovação do Plano Real pelo Congresso Nacional, que vai lembrar a data em uma sessão solene com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O senador Aécio Neves, nosso candidato à presidência da república, vai se inspirar nesta história de sucesso e de soerguimento institucional para fazer sua mensagem de futuro aos brasileiros, cansados das mentiras do governo do PT, descrentes do país e de si mesmos.
A principal herança econômica do regime militar foi a hiperinflação. Por dez anos, os governos civis tentaram sem êxito enfrentar o dragão destruidor da moeda, do sistema de preços e da própria estrutura produtiva do Brasil. O povo brasileiro apoiou e acreditou em todos os planos econômicos desde o Plano Cruzado, fiscalizou os congelamentos, denunciou os sabotadores cobradores de ágio e remarcadores de preços, fraudadores de contratos e sonegadores de produtos. Por isso mesmo era imenso o desânimo e a descrença geral quando a inflação voltava com seus índices de correção automática de preços e contratos, empobrecendo a população e encolhendo o horizonte de futuro da economia.
O governo Itamar Franco era um governo de transição formado depois do impeachment de Collor de Melo e Fernando Henrique Cardoso foi o quarto ministro da fazenda. O Plano Real reverteu a descrença da população em planos econômicos e fez disso sua maior força. Não apelou para o congelamento de preços nem interveio nos contratos, tampouco mudou regras da noite para o dia de forma autoritária. Fez tudo de maneira gradual, anunciando etapas e cumprindo o que anunciava. A nova moeda seria introduzida por adesão e convencimento da sociedade de que o caminho a percorrer era a construção de um novo ambiente econômico, com mercados saudáveis, preços livres e estáveis, fazendo sua função de equilibrar oferta e demanda. Sem promessas ou ilusões sobre o que o governo seria realmente capaz de fazer na economia e na vida das pessoas.
A defesa da concorrência e dos direitos do consumidor eram novidades num país com controle de preços, SUNAB e todo um arsenal de interferência do governo nas decisões de produção e nas relações de compra e venda. Economia de mercado era apenas uma utopia para alguns e um fantasma para muitos. Com o Plano Real, passou a ser uma realidade que, gradativamente, foi ocupando maiores espaços institucionais e orientando comportamentos e decisões de agentes econômicos nas esferas pública e privada.
A descrença no governo e a desorganização dos serviços públicos básicos na saúde, na educação e na segurança, a insalubridade e a violência da vida nas cidades brasileiras e suas periferias fazem com que o Brasil se lembre de um momento em que soubemos reagir. O aniversário de vinte anos do Plano Real mostra que nosso pais já teve , num passado recente, inteligência e coragem para empreender uma reforma de verdade e uma mudança profunda na vida nacional. Soube ousar e enfrentar o sentimento de descrédito da população e também a força contrária de uma oposição selvagem e oportunista.
Estarei na próxima terça feira no Congresso Nacional na solenidade e, certamente, vou me emocionar, mas em compensação vou sair ainda mais motivado com o processo eleitoral de 2014 e com a possibilidade de encerrarmos pela força das urnas o ciclo do Lulo-petismo em nosso país.

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