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Amigo de Lula preso na Lava Jato diz que vai revelar irregularidades sobre Belo Monte

28 de dezembro de 2015
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amigo de lulaO pecuarista amigo de Lula, José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato, vai revelar à Polícia Federal fatos ilícitos sobre a construção da usina Belo Monte.
Em depoimento feito às autoridades ele contou que ajudou a configurar o primeiro consórcio que ganhou o leilão para construir Belo Monte, mas não fez a obra por falta de capacitação técnica, conforme matéria publicada hoje (24) no jornal Folha de São Paulo.
O consórcio foi estimulado no governo do ex-presidente Lula para pressionar as empreiteiras que haviam estudado para construir Belo Monte (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht), e que consideram baixo demais o preço estimado para a obra. O consórcio era integrado, também, por empresas menores, como Queiroz Galvão, Mendes Junior e Cetenco, junto da Companhia Hidroelétrica do São Francisco.
A PF informou que vários delatores já contaram que houve pagamento de propina na obra de Belo Monte, orçada em R$ 14 bilhões em valores de 2010, para políticos do PT e do PMDB.
O pecuarista decidiu revelar as ilegalidades depois de ser detido pela Lava Jato. Ele já admitiu que fez empréstimo de R$ 12 milhões em seu nome para o caixa dois do PT. O partido nega. Os fatos narrados por Bumlai permanecem em segredo porque vão fazer parte de um novo inquérito da PF.
A nova confissão do pecuarista revela que ele ajudou a marcar uma reunião em 2014 entre Lula e o embaixador do Qatar porque tinha interesse em vender a sua usina de álcool a uma empresa do país do Oriente Médio. Em um e-mail apreendido pela PF Bumlai escreve ao secretário da embaixada do Qatar que havia falado com o ex-presidente Lula e que marcariam uma nova reunião assim que o petista chegasse de viagem. Procurado, o Instituto Lula não quis se pronunciar.
Bumlai queria vender a usina porque seu grupo empresarial, chamado São Fernando, está em recuperação judicial desde abril de 2013, com dívidas de R$ 1,2 bilhão. O BNDES pediu a falência “imediata” das empresas do amigo de Lula porque não recebe nada delas há um ano. A dívida de Bumlai junto ao BNDES soma R$ 300 milhões.

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