“Queda do Brasil – Dilma Rousseff e o desastroso ano que vem pela frente” é a chamada de capa da nova edição da revista britânica The Economist. Uma foto da presidente em pose cabisbaixa ilustra a capa do primeiro número da publicação em 2016.
De acordo com matéria da Folha de S.Paulo desta quarta-feira (30), a reportagem é repleta de críticas ao governo da petista e destaca o risco de impeachment, o rebaixamento da nota de crédito do Brasil por duas agências de classificação de risco e a recém demissão de Joaquim Levy após menos de um ano à frente do Ministério da Fazenda. “A revista também classifica a corrupção na Petrobras como um ‘escândalo gigante de propinas’ e ironiza as previsões de crescimento negativo da economia do país em 2016 (‘até a Rússia, cheia de sanções e dependente do petróleo, deve fazer melhor’)”.
A publicação afirma ainda que o país poderia estar na “vanguarda das economias” emergentes ao citar os Brics (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Ao contrário disso, enfrenta disfunções políticas e talvez um retorno da inflação disparada”.
A The Economist defende reformas na Previdência e na legislação trabalhista, que “torna muito caro para as empresas demitirem até os empregados incompetentes”, mas acredita ser difícil colocar em prática. “Apenas decisões difíceis podem trazer o Brasil de volta a seu caminho… Neste momento, Dilma Rousseff não parece ter estômago para elas”.
“Extravagância”
Segundo a Folha, a reportagem ressalta que as políticas de Dilma e do PT teriam aprofundado os efeitos econômicos da queda global nos preços das commodities, o ajuste fiscal “não tem sido suficiente” e aponta “gastos extravagantes e imprudentes com aposentadorias e reduções de impostos improdutivas para indústrias favorecidas”. Com data de 2 de janeiro de 2016, a revista ainda critica a situação da Previdência no Brasil, que gasta 12% do PIB com aposentados e pensionistas. “Fatia maior do que a praticada no Japão, um país mais rico e mais velho”.