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País vive maior alta da inflação desde 2002

9 de janeiro de 2016
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inflaçao nas alturasMedida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação de 2015 fechou em alta de 10,67%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8) e representam a maior alta dos últimos 13 anos, superando o teto da meta do governo, que era de 6,5%. Em 2014, o IPCA foi de 6,41%. Os preços administrados, controlados pelo governo federal, foram os principais responsáveis pela explosão dos números, sendo que os principais vilões foram a energia, o gás de cozinha, a gasolina e o plano de saúde. Somente a energia elétrica aumentou 51%. Irônico já que a redução dos custos da energia era uma das principais bandeiras de campanha da presidente Dilma Rousseff.
Outro dado que chamou a atenção foi o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação da baixa renda. A inflação medida por este índice praticamente dobrou em um ano, passando de 6,29% para 11,52%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Alimentos, habitação e transportes foram os principais responsáveis por esta alta.
Desequilíbrio nas contas públicas
Especialistas afirmam que o desiquilíbrio nas contas públicas foi um dos fatores que contribuíram para a alta dos preços durante o ano de 2015. Ao injetar dinheiro na economia, o governo estimula a demanda e acaba gerando inflação na ponta da cadeia. Por causa destes números, o presidente do Banco Central terá de se explicar em carta aberta ao Ministério da Fazenda, o que ocorreu pela última vez em 2003.
A inflação em Goiânia acompanhou os índices nacionais e é a mais alta desde 2002, atingindo 14,18%. Energia, água e esgoto, gás de cozinha, etanol e alimentação estão entre os principais gatilhos da alta. Os dados são do Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento do Estado de Goiás (Segplan). “Em 2015, a inflação chegou para valer para todas as classes sociais, tirando poder de compra, corroendo salários e empobrecendo mais a população”, comentou o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais da Segplan, o economista Marcelo Eurico de Sousa.

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