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Varejo terá ano ainda mais difícil em 2016, indicam previsões

10 de fevereiro de 2016
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loja-de-roupas-300x214Após ter registrado em 2015 o pior resultado nas vendas em mais de uma década, o varejo deve ter um ano ainda mais complicado em 2016. O agravamento do quadro de recessão econômica neste ano deve reduzir a disposição das famílias para gastar e frear parte considerável dos novos investimentos que o setor planejava fazer, de acordo com informações de matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense nesta segunda-feira (8).
Segundo a consultoria GS&BGH, entre 22 médias e grandes empresas, 40% suspenderam completamente a inauguração de lojas em 2016. Das restantes, cerca de 30% reduziram planos de expansão de pontos comerciais. “Se a intenção de uma rede era abrir 15 lojas, agora vai abrir 10”, avaliou Marcos Hirai, sócio-diretor da companhia, à reportagem do Correio.
Ele indicou também que as projeções já pessimistas ainda podem sofrer revisões, o que tornaria o cenário para 2016 ainda pior. “Sem o estancamento da crise econômica, a perspectiva é de que mais empresas decidam suspender a abertura de lojas”, destacou. A falta de perspectivas a curto prazo deve estender os danos até o fim de 2017, segundo avaliação da Tendências Consultoria Integrada.
Além da suspensão da abertura de novos estabelecimentos, um reflexo ainda mais grave da crise é o fechamento de lojas. Em janeiro de 2015, por exemplo, havia um total de 719,3 mil empresas do varejo com vínculo empregatício no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Em dezembro, o número caiu para 638,2 mil, o que indica o fechamento de 81,1 mil lojas apenas durante o ano passado, número 52% maior do que o visto em 2014.
Fábio Bentes, analista sênior da Confederação Nacional do Comércio (CNC) acredita que tal processo pode ser ainda mais intenso em 2016. Ele também classificou as medidas adotadas pelo governo para amenizar a situação como “inócuas”. A mesma linha de pensamento é adotada por Flávio Calife, economista do Serviço Central de Proteção ao Crédito (Boa Vista SCPC), que acredita que as ações do governo são paliativas e não convencem os agentes financeiros. “Como a política econômica não está bem definida, vai ser difícil convencer investidores e empreendedores de que a situação está melhorando. Assim, eles não tocarão novos projetos. E isso certamente vai impactar em fechamento, falência e expansão de empresas”, constatou.

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