Brasília (DF) – O orçamento dos brasileiros deve sofrer mais um baque esse ano, dessa vez por conta do preço dos remédios, que podem ficar 12,5% mais caros a partir do próximo dia 31. Os cálculos são da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Caso o aumento se confirme, vai superar a inflação, que fechou 2015 em 10,67%.
Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (10/03) pelo jornal Correio Braziliense, na mesma época do ano passado, os reajustes autorizados foram de 7,70%, 6,35% e 5%, dependendo da categoria do produto.
A Anvisa deve informar o percentual oficial de reajuste nos próximos dias. Anualmente, os preços são divulgados pelo governo com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que já acumulou alta de 10,36% nos últimos 12 meses.
O governo usa três outros fatores para definir as faixas de correção do preço dos medicamentos: a produtividade da indústria, a concorrência das classes terapêuticas e forças econômicas como o câmbio e a energia elétrica. Para o presidente executivo da Interfarma, Antônio Brito, “o cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”.