
Foto: Wildes Barbosa
A ação foi coordenada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com ostensivo apoio e integração de outras forças policiais, como Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e equipes especializadas, como GT3, Graer e Bope. Também participaram integrantes do Grupo de Operações Penitenciárias (Gope) e do Grupo de Operações Regionais (Gore).
As investigações duraram cerca de um ano. Os policiais cumpriram os mandados de prisão na Capital e nas cidades de Catalão, Cristalina, Itumbiara, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Quirinópolis, Rio Verde e São Simão. Os presos foram levados para o Núcleo de Custódia, em Goiânia, onde ficarão sob o regime de segurança máxima.
Os delegados responsáveis pelas investigações, Breynner Vasconcelos Cursino e Cleybio Januário Ferreira, respectivamente titular e adjunto da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), também participaram de entrevista coletiva no auditório da SSAP ao lado do vice-governador e secretário José Eliton; do comandante geral da PM, coronel Divino Alves; e do diretor-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio.
Eliton destacou a importância de operações especiais no combate aos crimes organizados e ressaltou que os resultados são obtidos graças à integração das forças policiais, do trabalho desenvolvido pelos serviços de inteligência e, também, pela sintonia entre as instituições. Ele citou os esforços para viabilizar os recursos financeiros que sustentarão a continuidade das ações e reforçou o comprometimento desprendido pelos demais poderes: “Temos recebido respostas imediatas dos Poder Judiciário e do Ministério Público para atacar as causas e implementar ações de combate ao comércio ilegal de peças automotivas e de uma série de outros crimes”, defendeu.
O delegado Januário explicou que a operação teve início há um ano, em Itumbiara, no sul do Estado, quando as investigações mostraram que criminosos – inclusive presos – se comunicavam para planejar e executar diversos crimes, como roubos de carros, assaltos a carros-fortes e explosão de caixas eletrônicos. “A partir daí, conseguimos identificar detentos que lideravam rebeliões e organizavam ações criminosas em vários locais”, afirmou.
O delegado titular da Draco, Breynner Vasconcelos, lembrou que a operação possibilitou à polícia evitar vários crimes em Goiás. “O uso do sistema de inteligência fez com que muitos crimes importantes não fossem concretizados pelos criminosos. Ficávamos sabendo com antecedência e o crime era inibido”, disse. Entre os crimes frustrados foi citado o roubo de uma carreta cegonha, lotada de veículos, em Rio Verde.
Sobre a dificuldade de coibir ligações e o uso de celulares nos presídios, o delegado garantiu que a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária tem buscado meios e recursos tecnológicos que evitem essa situação. “A empresa de telefonia que ganhou a licitação para fazer o bloqueio teve problemas de ordem técnica com a operadora. Mas o assunto em breve será definitivamente resolvido”.
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária