
Fotos: Jota Eurípedes
O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, recebeu, nesta terça-feira (15/3), no Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle (CIICC), o governador Marconi Perillo, que deu início a uma série de encontros com os diversos secretários de Estado. Na reunião, que contou com a participação do alto comando das polícias Civil e Militar e de superintendentes da SSAP, José Eliton fez um balanço das ações realizadas nos últimos dias e apresentou as prioridades que estão sendo definidas para investimentos, principalmente em tecnologia e em ferramentas para fortalecer o aparato de inteligência que, segundo declarou, contribui para o combate a crimes de grande repercussão ou grande impacto, como o ocorrido recentemente em Mara Rosa e em outros estados.
De acordo com José Eliton, os responsáveis pelas diversas áreas mostraram os indicadores relacionados ao combate à criminalidade em todo o estado que, entre várias operações, incluem as ações ostensivas na capital e no interior. Durante o encontro, segundo o vice-governador e secretário, foi feito um debate muito claro com a Polícia Militar e a Polícia Civil em relação ao chamado “novo cangaço”, e em relação a esses últimos episódios que ocorreram no Norte do estado, uma das decisões tomadas foi a de ampliar a atuação do Comando de Operações de Divisas (COD) naquela região, decisão que envolverá investimentos e alocação de efetivo.
“Novo cangaço”
Conforme destacou José Eliton, além de discutir as formas de se buscar efetivamente coibir numa ação preventiva o chamado “novo cangaço”, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária irá fortalecer toda a estrutura de inteligência para investigar os crimes dessa natureza. A integração das inteligências dos estados próximos também foi assunto da reunião. Segundo o vice-governador e secretário, é importante destacar que em Goiás não há um só crime de grande repercussão que não tenha sido solucionado pelas forças policiais. “Já estamos em contato com os secretários de outros estados e na próxima reunião do Fórum de Governadores deve ter, também, a presença dos secretários de Segurança Pública, visando essa integração”, ressaltou.
Ele lembrou que recentemente, foram presas duas quadrilhas especializadas em roubos a bancos e que numa operação denominada Esfacela a polícia goiana quebrou articulações que eram feitas do interior dos presídios para o mundo externo, explicando que grande parte das operações dessas organizações criminosas eram relacionadas a furtos e roubos de bancos.
Quanto aos contingentes policiais nas cidades do interior e às investigações da ação do “novo cangaço” em Mara Rosa, José Eliton declarou que há situações que são de natureza reservada, em função da própria investigação que está ocorrendo em função desses episódios. Mas, destacou que caso semelhante ocorreu em Campinas (SP), que tem um dos maiores contingentes policiais do país, em que só para a retirada dos malotes de dinheiro até os veículos os autores levaram cerca de 15 minutos. “Portanto, essa questão não tem qualquer correlação com contingente policial”, disse ele. Segundo lembrou, em Tocantins, há cerca de duas semanas aconteceu um crime similar.
José Eliton afirmou que desde o episódio em São Miguel do Araguaia que está em curso uma investigação criteriosa no sentido de se identificar e chegar aos autores e que, naturalmente, nos próximos dias ou nas próximas semanas as forças policiais terão avançado nessa questão.
Ao destacar o combate à criminalidade de uma forma geral, José Eliton afirmou que a ostensividade das polícias, especialmente da Polícia Militar, já vem resultando em queda, em declínio, dos indicadores. “Não queremos pautar essa discussão agora, pois o espaço temporal é muito curto, queremos consolidar os números para que nós tenhamos um norte a seguir, e estamos convencidos, do ponto de vista da inteligência, de que esse norte é a ostensividade, é a ação forte da Polícia Militar, respaldada por um aparato de investigação da Polícia Civil, com a participação da Secretaria da Fazenda, do Procon, da Polícia Técnico-Científica, do Corpo de Bombeiros, de todo o aparato de segurança, que vamos coibir o crime”, acentuou.
José Eliton afirmou que em caso de roubos de carros, por exemplo, nem sempre se consegue pegar imediatamente o ladrão que rouba, mas ao quebrar a cadeia do comércio de veículos e peças roubadas você evita que esse tipo de crime aconteça. “Então, vamos atuar com muita força nessa questão, ao remeter o projeto de lei do desmanche para a Assembleia Legislativa, e também com as ações integradas que estão sendo executadas, nós vamos diminuir esse indicador”, destacou.