Após votação que elegeu, nessa quinta-feira, os 65 integrantes da comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, parlamentares aguardam o início dos trabalhos ainda nesta semana. O deputado federal Paulo Abi-Ackel, do PSDB de Minas Gerais, que fará parte do grupo, espera que a oposição faça prevalecer seu ponto de vista e que os deputados deem celeridade ao processo na Casa.
“Expectativa muito positiva para que a gente possa não só fazer prevalecer o nosso ponto de vista na comissão como principalmente no cronograma dos trabalhos, para que em quatro semanas a gente possa ter um relatório e esse relatório ser aprovado na comissão”, acrescentou.
Segundo Abi-Ackel, muitos deputados estão indecisos sobre seu posicionamento em relação ao afastamento da presidente. Ele acredita que a voz das ruas deve convencê-los a votar favoravelmente ao impeachment.
“É claro que há muitos parlamentares ainda indecisos. Portanto, o peso das ruas e a mobilização das pessoas pelo Brasil afora haverão de convencer os duvidosos neste meio tempo para que a gente possa ter, como houve no episódio do presidente Collor, um resultado amplamente favorável”, declarou.
O tucano ressalta ainda que ocorrências nas quais o governo está envolvido demonstram que a presidente não pode permanecer à frente do País.
“O que vejo é que as ultimas ocorrências do governo e tudo mais o que vem sendo apurado no âmbito da Operação Lava Jato demonstram claramente que ela perdeu completamente a capacidade de governar o país”, disse.
Dilma Rousseff terá 10 sessões para apresentar defesa após a instalação do colegiado.