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Em entrevista, Dilma contraria STF: “Lula estará no governo de qualquer jeito”

28 de março de 2016
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Brasília- DF 11-03-2016 Presidenta, Dilma e ministro, Aloizio Mercadante, durante coletiva. Palácio do Planalto   Foto Lula Marques/Agência PT

Brasília- DF 11-03-2016 Presidenta, Dilma e ministro, Aloizio Mercadante, durante coletiva.

Palácio do Planalto Foto Lula Marques/Agência PT

Brasília (DF) – Insatisfeita com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (24), em entrevista a seis veículos estrangeiros, que Lula vai participar de seu governo de qualquer forma, seja como ministro ou assessor.

“Lula não é apenas um negociador talentoso, mas entende também todos os problemas do Brasil. Ou ele vem como ministro ou vem como assessor, de uma maneira ou de outra. Vamos trazê-lo para ajudar o governo. Não há como impedir”, disse a presidente, segundo o jornal espanhol “El País”.

A declaração de Dilma mostra que a presidente está disposta a manter Lula no governo mesmo depois da decisão do STF. Dilma e Lula foram flagrados em conversa telefônica na qual deixam clara a manobra para o ex-presidente conquistar foto privilegiado, escapando das investigações do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato.

Segundo edição desta sexta (25) do jornal Folha de S. Paulo, Dilma comentou a acusação de ter nomeado o ex-presidente para livrá-lo do risco de prisão nas investigações da operação da PF em primeira instância. “O Supremo não é bom o suficiente para investigar Lula?”, questionou.

“Vamos supor que venha ao governo para se proteger: que proteção mais esquisita, na verdade, porque um ministro não está protegido. Ao contrário, é investigado pelo Supremo Tribunal Federal. E os 11 ministros [do Supremo] não são melhores nem piores que um juiz de primeira instância. O que acontece é que Lula iria fortalecer meu governo, e os partidários do ‘quanto pior, melhor’ não querem que isso ocorra”, completou.

Além de “El País”, os outros veículos que a entrevistaram foram “The New York Times” (Estados Unidos), “The Guardian” (Inglaterra), “Le Monde” (França), “Página 12” (Argentina) e “Die Zeit” (Alemanha).

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