A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações do governo Dilma e do Planejamento do governo Lula, foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por corrupção passiva no âmbito da operação Lava Jato. Eles são acusados de terem recebido recursos de origem ilícita em 2010, quando Gleisi foi candidata ao Senado.
De acordo com matéria publicada nesta quinta-feira (31) pelo jornal Valor Econômico, o doleiro Alberto Youssef afirmou, em delação premiada, que a parlamentar petista se beneficiou de um esquema de distribuição e repasse de propina oriunda da Petrobras.
Youssef contou que repassou recursos para a campanha de Gleisi ao Senado em 2010. O doleiro afirmou, ainda, que Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento estatal “determinou a entrega de valores, recordando-se no caso da campanha para o Senado de Gleisi Hoffmann no ano de 2010, quando o declarante pessoalmente entregou a quantia de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) para um senhor em um shopping de Curitiba”.
O depoimento do doleiro pode ser comprovado por meio de evidência colhidas pela PF, que apreendeu, durante as investigações, uma agenda com uma suposta tabela de pagamento de propina. No documento, havia a ligação entre a sigla “PB” e “1,0”. Segundo Paulo Roberto Costa, a anotação se referia ao pagamento de R$ 1 milhão a Paulo Bernardo.
