Brasília (DF) – O Brasil tem tudo para virar a página da crise política, econômica e social sem precedentes que se instalou no país durante o governo de Dilma Rousseff. Essa é a avaliação de boa parte do empresariado brasileiro, que manifestou otimismo com os rumos da economia após o afastamento da petista da Presidência da República. As informações são de reportagem desta sexta-feira (13/05) do jornal Folha de S. Paulo.
Para o presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, a expectativa é que o governo do presidente interino Michel Temer “direcione o Brasil a um novo tempo de solidez, um país pensado para fluir”.
“O Brasil não pode mais ficar aprisionado a esse feitiço do tempo, no qual os dias apenas se repetem. O tempo passa rápido e assim deve ser”, disse.
Em comunicado, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, também se mostrou confiante com a mudança no comando do governo.
“Hoje o Brasil inicia um novo capítulo de sua história, sob a presidência interina de Michel Temer, renovando as esperanças em um país mais justo e com maior crescimento econômico”, afirmou. “Acreditamos que o Brasil tem todas as condições de reverter a atual situação rapidamente e, desde já, desejamos amplo sucesso à equipe que assume a liderança do país”, salientou.
Retomada da confiança
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, destacou que o empresariado espera que o governo de Michel Temer adote medidas que estimulem a retomada da confiança na economia nacional, ponto vital para que o país possa sair da crise.
“Uma visão de longo prazo é fundamental para a previsibilidade, tão necessária para o planejamento e o desenvolvimento”, ressaltou.
Wesley Batista, presidente da JBS, constatou que a nova gestão deve ser capaz de “dar o próximo passo em direção às reformas estruturantes, para diminuir o custo Brasil”.
Já o presidente do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, avaliou que o momento é de virar a página. “A economia está derretendo e as empresas estão fechando ou demitindo. Não dá mais para postergar os ajustes importantes”, completou.