Brasília (DF) – Primeiro país a reconhecer oficialmente a legitimidade do governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), a Argentina voltou a reiterar a legalidade do processo de afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República. Em entrevista ao jornal argentino Clarín, a chanceler Susana Malcorra destacou que considera o processo de impeachment legal. As informações são de reportagem publicada nesta terça-feira (17/05) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
“Não restava outra alternativa que não fosse fazer um reconhecimento. Do ponto de vista formal, não se pode dizer que não seguiu a legalidade”, disse.
A chanceler argentina avaliou que não existe razão para punir o país com base na cláusula democrática que poderia vigorar em caso de decisão unânime do Mercosul ou da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). A aplicação da cláusula imporia ao Brasil fortes sanções comerciais e econômicas, o que poderia agravar ainda mais a atual recessão.
Após a votação da admissibilidade do processo de impeachment no Senado, na última quarta-feira (11/05), o governo do presidente Mauricio Macri declarou em nota o seu reconhecimento às “novas autoridades instituídas” no Brasil.