Dilma desmoraliza Comissão de Ética ao manter Lupi, avaliam parlamentares

A decisão da presidente Dilma de manter o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, desmoraliza a Comissão de Ética Pública da Presidência, que recomendou a exoneração do pedetista. Essa é a avaliação do líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e do deputado Antonio Imbassahy (BA). O pedido foi baseado em representação protocolada em 16 de novembro por Nogueira.

Acompanhe - 02/12/2011
"Quando um líder perde a autoridade, os subordinados perdem o respeito", disse Duarte Nogueira

Brasília – A decisão da presidente Dilma de manter o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, desmoraliza a Comissão de Ética Pública da Presidência, que recomendou a exoneração do pedetista. Essa é a avaliação do líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e do deputado Antonio Imbassahy (BA). O pedido foi baseado em representação protocolada em 16 de novembro por Nogueira.

No documento, o tucano destaca que o art. 7º do Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe que autoridades do Executivo recebam “transporte, hospedagem ou favores de particulares”.

A revista “Veja” revelou que Lupi teria viajado em avião pago por ONGs que ganharam, posteriormente, verbas de convênios com a pasta. O episódio foi seguido por uma série de contradições. Após o assunto vir à tona, ele negou conhecer o empresário Adair Meira, em depoimento na Câmara. Logo depois, no Senado, afirmou não ter decorado o nome dele. Meira, por sua vez, admitiu ter bancado o fretamento de aeronave.

Imbassahy condenou a decisão da petista de ignorar as numerosas evidências de corrupção. “É inacreditável que nada aconteça. É melhor extinguir o conselho. Isso é um acinte, um deboche, um desrespeito com a opinião pública.” Após se reunir com o assessor, Dilma enviou ofício ao colegiado solicitando os argumentos que embasaram a recomendação da demissão.

As denúncias contra o pedetista não param de surgir. Nessa quinta, o jornal “Folha de S.Paulo” revelou que ele ocupou, simultaneamente, um cargo no Congresso e outro na Prefeitura do Rio de Janeiro durante cinco anos. A prática é proibida pela Constituição Federal.

Fonte: Diário Tucano

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02/12/2011