A crise econômica sem precedentes instalada no país durante o governo de Dilma Rousseff deve fazer com que haja uma explosão no número de empresas quebrando ou pedindo recuperação judicial em 2016. Segundo matéria publicada nesta segunda-feira (14) pelo jornal O Estado de São Paulo, o endividamento das empresas nacionais chegou, em janeiro, a R$ 1,4 trilhão – com empréstimos feitos no exterior, essa conta fica US$ 211 bilhões mais cara.
Em 2015, ano marcado por uma forte recessão no Brasil, houve um total de 1.256 recuperações judiciais enfrentadas pelas empresas brasileiras, o que representa um crescimento de 50% em relação ao ano anterior. O cenário em 2016 deve ser ainda mais ameaçador, uma vez que, apenas no primeiro bimestre do ano, o indicador apresentou uma alta de 116% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O preocupante futuro das companhias nacionais vem sendo apontado também por agências de classificação de risco. 53% das empresas brasileiras acompanhadas pela Fitch, por exemplo, estão com perspectivas negativas e devem ter suas notas de crédito rebaixadas em um curto prazo.
“As empresas estão sofrendo e ainda vão sofrer muito em 2016 por falta de liquidez”, afirmou Mauro Storino, diretor sênior da Fitch Ratings.
A reportagem do Estadão destaca também que, ao contrário do que aconteceu em outros anos, a crise atinge também grandes empresas do país, cenário que desperta a preocupação de Artur Lopes, da consultoria Artur Lopes & Associados, especializada em gestão de crise. “Antes, uma recessão afetava mais as pequenas e médias. Hoje, o problema está nas grandes, que podem abalar todo o sistema financeiro se quebrarem”.
Clique aqui para ler a matéria completa do jornal O Estado de São Paulo.