A crise política e o quadro de recessão econômica instalados no Brasil durante o último ano de gestão da presidente afastada Dilma Rousseff fizeram o país cair mais uma posição e ocupar o 57º lugar (entre 61 nações) no ranking de competitividade elaborado pela escola de negócios suíça International Institute for Management Development (IMD). Como destaca matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta segunda-feira (30), apenas Croácia, Ucrânia, Mongólia e Venezuela estão abaixo do Brasil na lista.
Desde 2010, quando ocupava a 38ª colocação, o Brasil já perdeu 19 posições no ranking do IMD. Para a pesquisadora Fernanda Bedê, da Fundação Dom Cabral, que participou do levantamento local dos dados, a queda do Brasil não aconteceu apenas na comparação com os outros países. “O Brasil não perdeu só espaço relativo na pesquisa, mas também absoluto. Desde 2009, a pontuação total do País caiu 10%”, destacou, em entrevista ao jornal.
No cenário latino-americano, o Brasil viu a ascensão da Argentina, que subiu quatro posições em relação a lista elaborada no ano passado. Na visão de Ana Burcharth, professora da Fundação Dom Cabral, a posse de Mauricio Macri foi decisiva para a melhora apresentada no país vizinho.
“Embora a mudança de governo na Argentina não tenha ainda surtido efeito nos indicadores econômicos, a opinião do empresariado sobre o clima para investimentos mudou. E isso influencia bastante a pesquisa”, avaliou à reportagem do Estadão.
O ranking de competitividade global é liderado por Hong Kong. Completam a lista dos cinco primeiros colocados Suíça, Estados Unidos (líder no ano passado), Cingapura e Suécia.
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