A recessão econômica enfrentada pelo país por conta do caos econômico gerado pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff vem afetando diretamente um dos serviços mais utilizados pelos brasileiros: a telefonia móvel. Apenas entre janeiro do ano passado e junho deste ano, o número de linhas pré-pagas no Brasil passou de 213,4 milhões para 178,758 milhões, uma queda de quase 35 milhões de linhas, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicados em matéria do jornal O Globo neste sábado (20).
Até o fim do ano, a queda nas linhas telefônicas pré-pagas do país deve se acentuar ainda mais. Para a consultoria Teleco, outros 20 milhões de números devem ser cortados até dezembro. A crise também vem tendo impacto no número de recargas feitas pelos usuários, que apresentaram um recuo de 11,5% neste ano na comparação com 2015, segundo analistas e operadoras consultados pela reportagem de O Globo.
O mercado de chips é outro segmento afetado pela recessão. Para Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, a queda na renda da população é o principal responsável pela situação. Tude acredita que o número de linhas para cada cem habitantes deve cair dos atuais 116 para cem até o final do ano.
“As pessoas tinham mais de um chip e abandonaram isso. Agora, a crise econômica acelera o corte na telefonia. Todo mundo busca reduzir as despesas, cortando as linhas e fazendo recargas de menor valor. Os usuários estão ligando menos e falando por mensagem, que é mais barato”, destacou o presidente da Teleco.
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