Na primeira sessão plenária da semana, realizada nesta segunda-feira (26), o deputado estadual Neto Evangelista usou o seu tempo na tribuna para ler e comentar alguns trechos do artigo ‘O fim da Miséria’, escrito pelo senador Aécio Neves.
“Neves retrata muito bem o que os desesperados no Maranhão estão falando. Ele diz que a miséria é um desafio que precisa ser enfrentado com responsabilidade e requer que o compromisso com a propaganda não supere o compromisso com a transformação dura da realidade de vida por milhões de pessoas no país”, disse o parlamentar.
Neto esclareceu os compromissos traçados pelo seu partido para enfrentar essas questões de miséria no Maranhão e em todo o país. “Primeiro, no campo da renda, além da manutenção atual do Programa Bolsa Família, buscamos o que foi pactuado nos objetivos do milênio no ano de 2000, que nenhum brasileiro tenha renda inferior a um dólar e vinte e cinco centavos por dia. E, segundo, adotar o índice de pobreza multidimensional do programa das Nações Unidas para o desenvolvimento que mede a pobreza a partir das privações de saúde, educação, moradia e qualidade de vida”, explicou o deputado.
Ele lembrou que Minas Gerais foi o primeiro estado do mundo a pactuar com o programa das Nações Unidas, utilizando o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para identificar as famílias e as comunidades em situações de extrema pobreza.
Ainda de acordo com o artigo lido pelo deputado, para que a miséria chegue ao fim no Brasil é “preciso mapear os territórios brasileiros e o risco social das famílias, trabalhar com inteligência e com metas para que uma área não tenha mais analfabetos e moradias inseguras, que todas as crianças e adolescentes estão estudando e que todas as famílias são acompanhadas por equipes sociais”.
No último trecho repercutido por Neto Evangelista, Aécio afirma que “as famílias precisam conhecer os direitos que não estão vivenciando. Que a criança tem direito a uma vaga na escola, que o adulto pode voltar a estudar e que a moradia em que vivem não está segura. Todos os brasileiros devem ter o direito de deixar de ser pobres, porque a pobreza não pode ser uma herança, não pode ser uma condição intransponível. A superação real da miséria se dará quando de fato as famílias tiverem plena educação, trabalho e autonomia em relação à dependência estatal”.
Antes de concluir seu discurso, o deputado registrou que fez um requerimento à Assembleia Legislativa, para que seja analisada pela mesa diretora e siga para votação a constatação do artigo ‘O fim da miséria’ nos anais da Casa.