As expectativas negativas para a economia brasileira em 2016 ficam mais intensas a cada nova pesquisa divulgada. A última delas, realizada pela PricewaterhouseCoopers (PwC) no fim do ano passado, indica que 93% dos executivos de empresas brasileiras planejam cortar custos ao longo do ano, o que deve aumentar ainda mais o desemprego no país.
O levantamento foi feito com dirigentes de 83 países e apresentado nesta terça-feira (19), véspera da abertura do Fórum Econômico Mundial, sediado em Davos, na Suíça. Do total de 1.409 executivos entrevistados, 46 são brasileiros. A análise das respostas deles revela um futuro sombrio para o Brasil em 2016.
De acordo com matéria publicada pela Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (20), 98% consideram o governo de Dilma Rousseff ineficaz em obter um sistema tributário claramente compreensível, estável e efetivo; 91% dizem que o governo foi igualmente ineficaz em conseguir uma força de trabalho preparada, educada e adaptável; e 85% lamentam o fato de que o governo não conseguiu obter alto nível de emprego.
Além disso, somente 24% dos brasileiros consultados manifestam confiança no crescimento de suas companhias nos próximos 12 meses, enquanto que 72% veem mais ameaças ao crescimento do que há três anos.
As críticas em relação à carga tributária no Brasil também foram extremamente elevadas. 89% dos dirigentes a consideraram uma ameaça, o que indica uma rejeição à Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), medida que o governo petista insiste em reintroduzir. Já sobre o déficit fiscal e à carga da dívida, 93% avaliam como uma ameaça a resposta dada pelo governo até agora.