Brasília (DF) – As projeções para o desempenho da economia brasileira estão indo de mal a pior. Dados do Boletim Focus, realizado semanalmente pelo Banco Central (BC), revelaram nesta segunda-feira (1º) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela quinta semana seguida, para 7,26%. A meta do governo é de 4,5% ao ano, com dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) avaliou como “delicadíssimo” o momento da economia e disse que o resultado da inflação é apenas mais um dos indicadores ruins para o país neste ano.
“O cenário é muito complicado. Temos uma retração econômica violenta, desemprego nas alturas, alto endividamento público e das famílias, além de uma taxa de crescimento negativo que irá se repetir até o final do ano. Agregada a essa crise, enfrentamos um desajuste total no setor público, desequilíbrio fiscal enorme e inibição de investimentos”, ressaltou.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, a pesquisa, realizada entre economistas e instituições financeiras, informou que, para o Produto Interno Bruto (PIB), a perspectiva é de retração de 3,01%, ante 3% na semana anterior.
Na avaliação do tucano, a ausência de liderança e falta de clareza da presidente da República e do PT fazem com que apenas uma mudança “profunda” possa mudar o cenário de recessão instalado no país. “É um quadro nada animador. Precisamos de um governo forte, com um plano, uma visão de futuro clara que empolgue a sociedade e retome a confiança do brasileiro. Infelizmente, fica cada vez mais claro que este governo não dá mais conta de liderar um projeto nacional ou de recolocar o brasil nos trilhos do desenvolvimento”, afirmou.
2017
De acordo com a reportagem, as projeções para 2017 também pioraram. A inflação aumentou de 5,65% na estimativa anterior para 5,80% nesta semana, enquanto o crescimento do PIB foi reduzido de 0,80% para 0,70% nesta semana.
Ainda segundo Pestana, as previsões pessimistas também para o ano que vem indicam que a gestão Dilma Rousseff “falhou continuamente” e as consequências não têm data para cessar. “Se tudo der certo, vamos fechar o ano com um custo social enorme do desemprego e da queda de renda da população”, lamentou.