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Rendimento do FGTS perde para poupança e não cobre inflação

2 de fevereiro de 2017
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carteira-de-trabalhoO dinheiro aplicado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem perdido para todas as aplicações do mercado, e em 20 anos, ficou abaixo da poupança em rentabilidade, e nem sequer cobriu a inflação. A constatação, feita por especialistas consultados pelo portal UOL, é de que a perda real, ou seja, o prejuízo no poder de compra do consumidor, chega a mais de 24% em 15 anos. Os efeitos negativos ao consumidor podem ser reduzidos com o impacto do saque das contas inativas do FGTS autorizado pelo presidente Michel Temer no ano passado. A deputada federal Yeda Crusius (PSDB-RS) reconhece que a medida garante ao trabalhador o uso mais adequado do dinheiro, de acordo com as necessidades individuais de cada um.

“Veja que essa é uma medida anticíclica.E você faz uma medida anticíclica consertando uma injustiça. O FGTS rendendo como ele não estava nos últimos 20 anos tirou uma parte do direito do trabalhador, por não ter recuperado a inflação. É nesse momento de crise que aquele que é o dono do FGTS, o titular da conta, tem a sua disposição uma opção. Deixa lá ou resgata para fazer frente às suas dificuldades.”

Além de não cobrir a inflação, o rendimento do FGTS também se mostrou menor que o de diversas aplicações financeiras no período analisado. Diante da situação, o governo anunciou também uma fórmula para tentar melhorar o rendimento, que dependerá dos resultados anuais do fundo. Para Yeda Crusius, é uma tentativa de corrigir uma injustiça, após anos de negligência dos governos anteriores com o dinheiro do trabalhador.

“Usando essa perda do FGTS, tirando do trabalhador, mas aferindo os resultados para as suas próprias prioridades, e não a prioridade para a qual o FGTS foi criado. Então essa é uma modificação que tem que vir, não apenas para corrigir uma injustiça, mas para ser um fator de sustentação do patrimônio do trabalhador.”

Hoje, o FGTS é corrigido pela Taxa Referencial mais 3% ao ano. Já a poupança, aplicação mais popular entre os brasileiros, rende a taxa mais 6%.

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